Quais as principais adaptações dos peixes para viver em ambiente aquático?

• A designação de peixes é simplesmente definido como um vertebrado aquático de sangue frio. Possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sangüínea se equilibra com o ambiente.

• A maioria dos peixes respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de nadadeiras, se reproduz pondo ovos e seu corpo é coberto por escamas protetoras.

• Certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno. Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias.

• As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento do peixe. As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e anal) e pares (peitorais e pélvicas).

Além das características gerais descritas, existem diversas adaptações evolutivas que os peixes aperfeiçoaram para viver em ambientes aquáticos, ressaltando:

• Para a adaptação ao ambiente aquático, os peixes possuem brânquias, que são extremamente vascularizadas, possibilitando a troca gasosa entre o sangue do animal e a água do meio. Para isso, a água entra pela boca do peixe e se conduz até as brânquias;
• O seu formato hidrodinâmico é outra característica importante da adaptação ao meio aquático, que aprimora sua movimentação na água, possibilitando movimentos mais rápidos;
• A linha lateral, importante órgão sensorial, permite que consigam interceptar movimentos e fugir de predadores;
• Por serem animais de sangue frio, a temperatura corporal varia de acordo com o ambiente externo. No caso da criação de espécies, de forma geral, a temperatura deve permanecer na faixa dos 20°C a 24°C para que mantenham seu desempenho zootécnico;
• Apresentam rins com excreção de ureia e nas espécies com bexiga natatória, o principal produto excretado é a amônia;
• Seu sistema respiratório é fechado, com o coração com duas cavidades, um átrio e um ventrículo;
• O sistema digestivo é completo, iniciando pela boca e terminando na cloaca (peixes cartilaginosos) e no ânus (peixes ósseos).

Onde vivem os peixes?

Conforme visto, os peixes vivem em um ambiente integralmente aquático, independente de seu estágio de vida e contam com diversas estruturas que evoluíram ao longo do tempo para sua perfeita adaptação a mares, lagos, lagoas e rios.

Existem algumas variações de classes, identificadas por determinadas características físicas e fisiológicas, conforme veremos a seguir.

Quais os grupos de peixes?

Condrictes (peixes cartilaginosos)

• Características gerais: Não possuem ossos, com esqueleto formado por cartilagem, seu nome deriva do grego chondros (cartilagem) e ichthys (peixes). Vivem majoritariamente em mares e oceanos.
• Alguns exemplos são: Tubarões, arraias e quimeras.

Osteíctes (peixes ósseos)

• Características gerais: São o grupo com maior abundância de espécies, com grande distribuição nos ambientes aquáticos e esqueleto formado predominantemente por ossos. Além disso, possuem escamas mais flexíveis e presença de bexiga natatória.
• Alguns exemplos são: Salmão, peixe-palhaço, cavalo-marinho, dentre tantos outros.

Qual a diferença entre peixes cartilaginosos e ósseos?

A principal diferença entre as duas classes de peixes é sua estrutura corporal, revestida majoritariamente por cartilagem (condrictes) e por ossos (osteíctes).

Além disso, nos cartilaginosos a flutuação na água se deve pela presença de um fígado bem desenvolvido e maior quantidade de gordura, o que os impede de afundar. Já nos peixes ósseos, a bexiga natatória é a grande responsável, permitindo que nadem na superfície e no fundo da água.

Ciclóstomos (agnatos)

• Características gerais: Caracterizados pela ausência de mandíbulas, fazem parte do grupo de vertebrados mais primitivos do planeta. Além disso, possuem uma boca circular sugadora, com corpo longo, delgado e cilíndrico.
• Alguns exemplos são: As lampreias e feiticeiras – também conhecidas como peixe-bruxa.

Para diferenciação entre as três classificações vistas, vale destacar também as escamas, que são caracterizadas da seguinte forma:

• Osteíctes: Possuem escamas de origem dérmica – que são fixas na zona superficial da pele, ligadas umas às outras e não crescem;
• Condrictes: Possuem escamas de origem dermo epidérmica – coberto por placoides, que se assemelham com dentes, composta por esmalte, dentina, vasos e nervos;
• Agnatos: Não possuem escamas, com a pele bem lisa.

Peixes nativos do Brasil

O Brasil, devido ao seu rico sistema hidrográfico e extensos ambientes costeiros, possui grande diversidade de espécies nativas, alguns exemplos de espécies por região são:

• Norte: Pirarucu, tucunaré;
• Nordeste: Tambaqui, piau;
• Centro-oeste: Pacu, cachara;
• Sudeste: Pintado, piabanha;
• Sul: Palombeta e parati.

Maria Beatriz Ayello Leite
Redação Ambientebrasil

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