O processo de desconcentração industrial no Brasil vem promovendo um relativo aumento na migração de empresas para o interior do território e para as cidades médias. Show O processo de desconcentração industrial no Brasil corresponde ao atual momento pelo qual a economia e a produção do espaço no país vêm passando, em que a localização concentrada das indústrias e investimentos vem gradativamente se revertendo. Com isso, embora ainda esteja latente a herança estrutural e financeira do Brasil nas áreas litorâneas, há uma relativa distribuição da atividade industrial em curso. Entre as principais causas da desconcentração industrial no Brasil, é possível citar: a) política governamental de interiorização do território a partir da segunda metade do século XX; b) aumento da disponibilidade de infraestruturas em transportes e redes em algumas áreas mais afastadas do país; c) afloramento da guerra fiscal, que gerou uma competição entre os estados brasileiros em busca da atração de indústrias; d) oferta de terrenos e construção de áreas industriais e tecnopolos em cidades localizadas em regiões antes não industrializadas; e) aumento na disponibilidade de mão de obra qualificada e barata nas regiões interioranas; f) saturação das condições socioespaciais das áreas densamente industrializadas, com problemas relacionados com a excessiva poluição do ar, trânsito caótico, atuação sindical, aumento dos custos com mão de obra etc. Existem, naturalmente, vantagens e desvantagens na desconcentração industrial no Brasil. De um lado, eleva-se a geração de empregos, serviços e comércios em áreas pouco desenvolvidas economicamente, além de se promover uma maior democratização em investimentos públicos. Por outro lado, perde-se muito emprego e geram-se muitas desvantagens econômicas nas áreas em que se registra a chamada “fuga de indústrias”. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Historicamente – e ainda nos dias atuais – a região mais industrializada do Brasil é o Sudeste, com destaque para o eixo Rio-São Paulo, além da região sul. São justamente essas áreas que mais perdem investimentos atualmente com a guerra fiscal e a desconcentração industrial, o que leva muitos analistas econômicos a chamar esse processo de desconcentração concentrada, haja vista que são poucas as áreas que perdem indústrias. Os exemplos são muitos: as indústrias automobilísticas, como Hyundai, Mitsubishi, Volkswagen e Ford, que abandonaram São Paulo em direção a territórios em Goiás, Paraná e Bahia; a Azaleia e a Grendene, que abandonaram o Rio Grande do Sul em direção ao norte, entre outros. Além de migrarem, boa parte dessas e outras indústrias também descentralizara sua produção, dividindo-a em várias unidades espalhadas por diferentes áreas do território. A desconcentração industrial acontece do Sul e do Sudeste para as demais regiões, sobretudo o Nordeste. Mas é importante ressaltar que não ocorre apenas uma migração inter-regional de fábricas, mas também uma interiorização, cujo principal efeito é o notável crescimento das chamadas cidades médias. Muitas dessas cidades apresentam recentes crescimentos industriais e acelerados processos de urbanização, tais como Anápolis (GO), Uberlândia (MG), Maringá (PR), São José do Rio Preto (SP), Caruaru (PE), entre muitas outras. Por: Rodolfo F. Alves Pena A Região Sudeste do Brasil, corresponde a 10,85% do território nacional. É a região mais populosa e economicamente mais desenvolvida do país, com grande concentração industrial, financeira e comercial. O relevo da Região Sudeste apresenta contrastes entre as superfícies elevada, que variam de 500 a 1200m, destacando-se as serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e a Serra Geral e as amplas baixadas litorâneas do Espírito Santo e Rio de Janeiro. O clima predominante no litoral é o tropical atlântico e nos planaltos o clima é o tropical de altitude, com temperaturas apresentando grandes variações. A vegetação de Mata Atlântica e cerrado, foi devastada, ao longo do tempo, pela urbanização, com a extração da madeira, com o desenvolvimento das culturas de laranja, cana-de-açúcar e soja. Estados da Região SudesteOs Estados do Sudeste do Brasil são quatro:
História e Economia da Região SudesteCom o declínio da cana de açúcar no nordeste e com a descoberta de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais, no fim do século XVII, na década de 1690, ocorreu uma intensa migração para a Região Sudeste. Ciclo da MineraçãoOs colonizadores que antes se concentravam no litoral, partiram para o interior, formando núcleos urbanos, que se desenvolveram em torno das áreas da mineração, que depois se transformaram em cidades, entre ela destacam-se Ouro Preto, São João del Rei, Mariana e Sabará, todas em Minas Gerais. A capital Salvador, foi transferida para o Rio de janeiro, por se encontrar próxima da mineração. Por volta de 1760, com a decadência do “ciclo do ouro”, em virtude dos elevados impostos pagos ao colonizador, da falta de técnicas para minas profundas e com o esgotamento das jazidas minerais, a população migrou para os atuais estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Ciclo do CaféBuscando outras atividades lucrativas e com solo propício, a cafeicultura foi a solução do problema, seu desenvolvimento foi rápido. O sucesso do café, na Região Sudeste, foi tanto, que tornou-se necessário buscar mão de obra no exterior principalmente na Itália. Ferrovias e rodovias foram construídas para escoar os produtos das fazendas de café e de outras agriculturas. Muitas cidades surgiram ao redor dessa região. A crise na economia mundial em 1920, reduziu a exportação do café para os Estados Unidos e para Europa. Com a segunda guerra mundial, veio a falta de produtos e a necessidade de fabricá-los. IndustrializaçãoCom grande número de mão de obra e dinheiro em caixa, lucro da cafeicultura, a Região Sudeste tornou-se logo a área mais industrializada e de maior concentração de população do país. A construção da Rodovia Anchieta e a existência da Estrada de Ferro Santos- Jundiaí, que já em 1938, ligava São Paulo ao Porto de Santos, agilizou as importações e exportações. O Porto de Santos é hoje o maior do país. Ao longo dessas vias surgiu o chamado o ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, integrando à região metropolitana. As indústrias instaladas nas três maiores cidades do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, são bastante diversificadas, como vários outas cidades da Região Sudeste, fabricam alimentos, aviões, equipamentos elétrico, eletrônicos, navios, automóveis, etc. Temos mais textos para você:
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