Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Show
Cartaz contendo os dizeres: "É este o amanhã? América sob o comunismo" A produção gráfica capitalista na guerra fria foi uma área da propaganda política e ideológica largamente utilizada durante o momento de tensão geopolítica conhecido como guerra fria, que tinha como objetivo dialogar com o seu respectivo público-alvo - a própria população americana e os países aliados ao EUA. A linha de raciocínio era manter ou conquistar novos adeptos ao conjunto de ideias do capitalismo, como também defender o seu sistema e atacar intensamente o regime comunista.[1] A Guerra Fria marcou a segunda metade do século XX. Com seu caráter de embate ideológico, mais do que estratégico-militar, impactou aspectos sociais que antes desse período pouco eram explorados e irrelevantes para muitos estudiosos. Desse modo os Estados Unidos desenvolveu estratégias narrativas nas quais defendia que o sistema capitalista era uma representação fiel da democracia e da liberdade, almejando propagá-la cada vez mais. Com isso ditou o ritmo da indústria cultural e levou diversas pessoas a olharem com maus olhos o sistema socialista, que de acordo com as propagandas estadunidenses configurava uma ameaça a sua liberdade.[2] Os mais variados meios foram explorados, mas cabe ressaltar os alinhados com a produção gráfica da época: cartazes, folhetos, revistas, jornais, livros didáticos e histórias em quadrinhos. Os Estados Unidos utilizou bastante, nesse contexto, o caminho do entretenimento como mecanismo de propaganda política e ideológica. Um exemplo disso são as inúmeras histórias em quadrinhos que exibem heróis patriotas, enquanto os inimigos muitas vezes eram representados caracteristicamente como "vermelhos", fazendo alusão direta aos adeptos ao comunismo e socialismo - ideologia na qual a antiga URSS defendia veementemente.[3] Selo da Cruzada pela Liberdade, uma campanha para criar apoio doméstico para a Rádio Europa Livre da América. A imagem retrata um mundo celestial de tolerância religiosa no topo, versus um mundo infernal de opressão comunista abaixo. Objetivos da propaganda capitalista[editar | editar código-fonte]As propagandas capitalistas não surgiram durante a Guerra Fria. Nas décadas de 1920 e 1930, no período da Grande Depressão que afetou os países capitalistas, a defesa do capitalismo através da propaganda intensificou-se em nível global, marcadamente após o fim da Segunda Guerra Mundial e no contexto da Guerra Fria.[4] A propaganda estadunidense tinha como objetivo defender os valores americanos, que giravam em torno de democracia, capitalismo, harmonia entre as classes e mobilidade social. Desse modo a ferramenta propagandística funcionou como uma maneira segura e que gerava resultados de validar suas ideias políticas e convencer o povo da legitimidade de seu respectivo sistema.[4] Campanha midíatica de caça aos comunistas Assim, o país lançou mão de diferentes meios de propagandas para reafirmar sua ideologia e desmoronar seus inimigos, provocando a perseguição de cidadãos que não apoiavam a ideologia capitalista. Os cidadãos que não estavam em harmonia com o país, eram acusados de traição, resultando em perda de emprego, prisão e até pena de morte.[4] A propaganda capitalista foi produzida em muitos países alinhados aos Estados Unidos, como França, Itália, Espanha e o Reino Unido. Estendeu-se também aos países da África, Ásia e América Latina que se encontram sob forte influência norte-americana.[4] As propagandas exaltavam a liberdade de expressão, as diferentes facilidades de consumo e as oportunidades de enriquecimento proporcionadas pelo capitalismo. Por outra perspectiva, as propagandas denunciavam que no comunismo não havia liberdade, afirmavam que o estado comunista controlava tudo, tomava as casas e terras de seus cidadãos, tinha uma produção obsoleta, agricultura deficiente e uma população Infeliz e sem forças, ocasionando as altas taxas de suicídio. [4] Tecnologias de impressão entre 1947-1991[editar | editar código-fonte]Um Intertype Fotossetter, uma das mais populares máquinas de fotocomposição de "primeira geração" do mercado de massa. O sistema é fortemente baseado na tecnologia de composição de metal quente, com as máquinas de fundição de metal substituídas por filme fotográfico e um sistema de luz. Muitas mudanças e inovações aconteceram na Indústria Gráfica mundial nos anos da Guerra Fria, influenciando assim toda a indústria de Produção Gráfica Norte Americana e mudando completamente como os impressos propagandísticos eram produzidos durante esse período. A partir de 1948 com a invenção da Lumitype idealizada e prototipada por Louis Marius Moyroud e René Alphonse Higonnet as máquinas de Fotocomposição que utilizavam um princípio fotográfico, substituíram as máquinas que usavam caracteres de chumbo montados manualmente ou mecanicamente para gravar a tipografia. [5] Em 1971, a Xerox Corporation desenvolveu a tecnologia de impressão a laser. Em uma impressora a laser o conteúdo a ser impresso é gerado por processos eletrônicos e impresso diretamente no papel. Com esse sistema é possível imprimir por volta de 20,000 linhas por minuto, um grande avanço para a época. Entretanto ainda mais importante que isso, foi o marco inicial para que qualquer um pudesse imprimir algo de sua casa ou escritório de maneira um pouco mais fácil.[6] Ver também...[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Referências
Qual o papel da propaganda e da espionagem na Guerra Fria?Os grupos de espionagem (CIA e KGB) foram criados na necessidade de se estar sempre um passo a frente de seu inimigo na Guerra Fria (entre EUA E URSS). ... Por sua vez, a KGB tinha o dever de manter unida toda a URSS (já que ela era uma união de países).
Qual é o principal objetivo da propaganda?Propaganda é uma estratégia de persuasão para fins ideológicos, com o objetivo de promover alguma ideia, princípio, doutrina, causa ou prática. Para isso, ela apela para recursos psicológicos, que mexem com emoções, opiniões e sentimentos, e motiva a ação a partir deles.
O que é uma propaganda de guerra?Nesse sentido, o cartaz de propaganda nas Guerras Mundiais foi utilizado visando principalmente ampliar o número de soldados que compunham as Forças Armadas do país, reforçar o nacionalismo e o sentimento de dever para com a Nação, o estímulo ao racionamento de recursos e a arrecadação de fundos para financiar a ...
Como era a comunicação durante a Guerra Fria?Há 53 anos foi criada uma linha direta de comunicação entre o governo dos Estados Unidos e o da União Soviética, durante a Guerra Fria: o telefone vermelho. Na verdade, não era um telefone, mas um teletipo, uma espécie de máquina de escrever eletromecânica conectado a uma linha telefônica.
|