Qual o tipo de arritmia mais grave?

Uma arritmia cardíaca ocorre quando os batimentos cardíacos não funcionam corretamente, o que faz com que o coração bata muito rápido, muito devagar ou de maneira irregular. Você sabia?¹

As arritmias cardíacas podem provocar uma sensação de alteração no peito ou de que o coração está acelerado e podem ser inofensivas. Entretanto, algumas arritmias cardíacas podem provocar sinais e sintomas irritantes.²

Existem diferentes tratamentos para controlar ou eliminar os batimentos cardíacos irregulares, lentos ou acelerados. Mas para saber qual tratamento é o ideal, é necessário que você conheça os diferentes tipos de arritmias.³

Os médicos as classificam segundo o lugar de origem, átrios ou ventrículos, e segundo a velocidade da frequência cardiaca provocada:⁴

• Taquicardia. Referente ao batimento rápido: frequência cardíaca em repouso superior aos 100 batimentos por minuto⁵

via GIPHY

• Bradicardia. Referente ao batimento lento: frequência cardíaca em repouso inferior aos 60 batimentos por minuto.⁶

via GIPHY

Nem todas as taquicardias ou bradicardias indicam que você tenha uma doença cardíaca. Por exemplo, quando se faz exercício é normal que os batimentos do coração fiquem mais rápidos a medida que a frequência cardíaca aumenta ou ao dormir é normal que os batimentos sejam mais lentos.⁷

Taquicardias:

Os tipos de taquicardia que se originam no átrio são:

• Fibrilação Atrial:

É a arritmia cardíaca mais frequente. É uma doença que se caracteriza por batimentos atriais descoordenados e desorganizados, produzindo um ritmo cardíaco rápido e irregular (ou seja, batimentos irregulares. Fibrilação Atrial pode provocar complicações graves, como um AVC).⁸

• Flutter Atrial:

É similar a Fibrilação Atrial, os batimentos do coração são impulsos elétricos mais organizados e ritmicos que na F.A. O Flutter atrial também pode provocar um acidente vascular cerebral (AVC).⁹

• Taquicardia Supraventricular:

É um termo amplo que compreende muitas formas de arritmia que se originam na parte superior dos ventrículos (supraventricular) do átrio ou do nó atrioventricular.¹⁰

As taquicardias que ocorrem nos ventrículos são:

• Taquicardia Ventricular:

É a frequência cardíaca regular acelerada que se origina com sinais elétricos anormais nos ventrículos. Sem tratamento médico rápido, a taquicardia ventricular pode piorar e produzir fibrilação ventricular.¹¹

• Fibrilação Ventricular:

Produzida quando os impulsos elétricos acelerados e caóticos fazer com que os ventrículos se agitem ao invés de bombear o sangue necessário para o corpo. Este grave problema é mortal se o coração não volta ao ritmo normal em minutos. ¹²

Bradicardia:

Uma frequência cardíaca abaixo de 60 batimentos por minuto em repouso é considerada bradicardia, no entanto, a baixa frequência em repouso nem sempre indica que exista um problema. Se a pessoa está em boa condição física, é possível que o coração seja capaz de bombear sangue de maneira eficaz e correta. ¹³

Além disso, alguns medicamentos usados para o tratamento de outras doenças, como a pressão arterial alta, podem reduzir a frequência cardíaca. ¹⁴ Conheça os tipos de bradicardia a seguir:

• Síndrome da doença do nó sinusal:

O nó sinusal é o responsável de estabelecer o ritmo do coração, esta síndrome ocorre quando o nó não envia os impulsos correspondentes e faz com que a frequência cardíaca seja muito baixa (bradicardia) ou acelere (taquicardia) e desacelere intermitentemente. ¹⁵

• Bloqueio atrioventricular:

Pode ocorrer um bloqueio dos condutores elétricos do coração no nó atrioventricular, ou perto dele, que fica no caminho entre os átrios e os ventrículos. Alguns bloqueios podem não apresentar sinais ou sintomas, enquanto que outros podem produzir interrupções nos batimentos ou bradicardia.¹⁶

Para prevenir a arritmia cardíaca, é muito importante ter um estilo de vida saudável para o coração e assim reduzir o risco de sofrer uma doença cardíaca ou AVC. ¹⁷

Baixe este guia e conheça os sinais de alerta de um AVC, para que você reduza os riscos. http://bit.ly/2Z3boPQ

Referências:

1- 3. Mayo Clinic – https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/heart-arrhythmia/symptoms-causes/syc-20350668
4 – 5. Fundación del Corazón – https://fundaciondelcorazon.com/informacion-para-pacientes/enfermedades-cardiovasculares/arritmias/tipo-de-arritmias.html
8 – 17. Mayo Clinic – https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/heart-arrhythmia/symptoms-causes/syc-20350668

O que é uma arritmia cardíaca?

A arritmia é um batimento cardíaco anormal. Assim, as alterações do ritmo do batimento cardíaco designam-se por arritmias e podem manifestar-se por:

  • alterações da frequência com que se dá o batimento cardíaco: mais rápida ou mais lenta
  • alterações da regularidade com que o batimento cardíaco ocorre

Algumas arritmias são consideradas benignas, mas outras podem ser fatais e originar morte súbita.

Como se carateriza a morte súbita?

A morte súbita cardíaca é definida como sendo uma morte de causa natural, devida a uma doença cardíaca, caracterizada por uma perda súbita de consciência, e que ocorre dentro de uma hora após o início dos sintomas agudos.

Em Portugal, em média, cerca de 10 mil pessoas sofrem de morte súbita cardíaca anualmente. A prevalência desta situação é superior em faixas etárias mais elevadas, no entanto também pode afetar jovens com doença cardíaca não diagnosticada e assintomática. No geral, cerca de 20% das mortes ocorre de forma súbita e, aproximadamente, metade das mortes por doença cardiovascular são atribuídas a episódio de morte súbita.

Existem diferentes tipos de arritmias cardíacas?

Sim. A arritmia pode ser:

  • lenta
  • rápida: aquelas cujos batimentos são acima de 100 por minuto. Estas arritmias dividem-se em dois tipos, conforme o local onde têm origem:
    • arritmias supraventriculares: quando a sua origem é ao nível das aurículas
    • arritmias ventriculares: quando a origem é nos ventrículos
  • sinusal respiratória: este tipo de arritmias pode ocorrer na criança ou no jovem e é totalmente normal que ocorram
  • extrassístole: estas arritmias caracterizam-se por batimentos precoces que ocorrem mais cedo no ciclo cardíaco. São muito frequentes na população e, na grande maioria das vezes, são benignas
  • taquicardia sinusal: aquelas cujos batimentos são acima de 100 batimentos por minuto
  • taquicardia ventricular mantida: caracterizam-se por batimentos rápidos a nível dos ventrículos, e que pode culminar na fibrilhação ventricular, com paragem cardíaca ou morte súbita
  • fibrilhação auricular: é uma arritmia que se manifesta por batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Nestes casos pode ocorrer uma espécie de “curto circuito” nas aurículas, que perdem a capacidade de contraírem normalmente. O coração em fibrilhação auricular não funciona de forma adequada, torna-se menos eficaz e apresenta o risco de formação de coágulos no seu interior. Estes coágulos podem libertar-se para a circulação sanguínea e dar origem a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a principal complicação desta arritmia

Quando ocorrem as arritmias cardíacas?

As arritmias, ou alterações do ritmo cardíaco, ocorrem quando os impulsos elétricos do coração que coordenam os batimentos cardíacos não são emitidos de forma adequada originando que o coração bata:

  • demasiado depressa
  • demasiado devagar
  • de um modo irregular

Quais os sintomas das arritmias?

Os sintomas possíveis das arritmias são:

  • aumento ou diminuição da frequência do batimento cardíaco
  • irregularidades do batimento cardíaco
  • palpitações
  • dor no peito
  • dificuldade na respiração

Quando as arritmias afetam a capacidade do coração para bombear sangue, podem causar:

  • enjoos
  • tonturas
  • desmaio

Qual é a causa das arritmias?

As arritmias podem ser de causa:

  • primária: originadas nas células cardíacas responsáveis pela condução do impulso elétrico, não existindo doença do músculo cardíaco, das artérias coronárias nem das válvulas cardíacas. Algumas destas arritmias podem ser de origem congénita/genética
  • secundária: têm origem numa doença do coração subjacente. Como exemplos são a doença coronária (enfarte do miocárdio agudo ou antigo), dilatação das cavidades cardíacas, doença valvular, alcoolismo, uso indevido de drogas, etc.

Quais os fatores de risco para desenvolver as arritmias?

Uma vez que muitas arritmias estão associadas à doença cardiovascular, os principais fatores de risco são:

  • colesterol elevado
  • tabagismo
  • diabetes
  • hipertensão arterial
  • obesidade
  • sedentarismo
  • aterosclerose

Segundo os dados disponíveis, 55% da população portuguesa entre os 18 e os 79 anos apresenta dois ou mais fatores de risco.

Quais as principais complicações das arritmias?

A maior parte das arritmias não apresenta sintomas, e não interfere na capacidade cardíaca de bombear o sangue. Por isso, normalmente, implicam pouco ou nenhum risco, embora possam causar grande ansiedade se a pessoa tiver consciência da arritmia.

No entanto, qualquer arritmia que interfira na capacidade cardíaca de bombear o sangue deve ser considerada grave. O prognóstico depende, em parte, da origem da arritmia. Habitualmente, as arritmias iniciadas nos ventrículos são mais graves e podem resultar em morte súbita.

A fibrilhação auricular, pelo risco de formação de coágulos no interior do coração, pode causar AVC, pelo que deve ser medicada com anticoagulantes para prevenir os mesmos.

Como é feito o diagnóstico das arritmias?

A descrição dos sintomas permite ao médico, em muitos casos, realizar um diagnóstico preliminar e determinar a gravidade da arritmia. Contudo, é necessário a realização de exames específicos para determinar com exatidão a natureza e causa da arritmia. Os principais são:

  • eletrocardiograma (ECG): é o principal exame diagnóstico uma vez que fornece uma representação gráfica da produção de corrente elétrica a cada batimento do coração, durante o período da realização desse exame (menos de um minuto).
  • ECG portátil: é principalmente útil nas arritmias intermitentes uma vez que regista o ritmo cardíaco de forma contínua, durante 24 a 48 horas (Holter), ou quando a pessoa percebe uma anormalidade no ritmo cardíaco e ativa o aparelho (monitor de eventos). Posteriormente, o médico pode correlacionar os sintomas com o ritmo cardíaco naquele momento

Para detetar arritmias ainda mais raras, os médicos podem igualmente utilizar:

  • gravador de eventos implantável: trata-se de um pequeno dispositivo subcutâneo de gravação implantado na região subcutânea do tórax, junto ao esterno, podendo aí permanecer durante anos a transmitir informação
  • teste eletrofisiológico: consiste em cateteres com pequenos elétrodos nas extremidades que são inseridos pelas veias da perna, ou do pescoço, até ao seu coração sob anestesia local. Os elétrodos vão estimular o coração e vão monitorizar a resposta para analisar que tipo de arritmia está presente, em que parte do coração é originada e qual é o melhor tratamento para esta alteração

É possível prevenir as arritmias?

É possível prevenir as arritmias na medida em que a prevenção da doença cardiovascular reduz também a ocorrência da maioria das arritmias.

Qual é o tratamento das arritmias?

O tratamento vai depender do tipo e gravidade da arritmia. Em pessoas com uma arritmia inofensiva, o tratamento suficiente pode ser a confirmação de que a arritmia não tem gravidade. Evitar o consumo de álcool, cafeína e tabaco são medidas igualmente importantes.
Em geral os tratamentos dividem-se em:

  • medicamentos antiarrítmicos, para arritmias com frequência cardíaca rápida
  • estimulação do ritmo cardíaco (pacemaker), para arritmias com frequência cardíaca lenta. O pacemaker é um sistema de estimulação implantado sobre a pele abaixo da zona clavicular para controlar e promover os batimentos cardíacos
  • aplicação de choque elétrico, para arritmias com frequência cardíaca rápida, sob sedação/anestesia
  • ablação por cateter, aplicação de energia (radiofrequência ou crioenergia) no interior do coração, para terminar ou modificar a arritmia

Fonte: Sociedade Portuguesa de Cardiologia

Esta informação foi útil?

Qual a arritmia mais perigosa?

Uma das arritmias mais perigosas e também mais frequentes é a Fibrilação Atrial. Ela acontece quando há vários pontos de estímulo elétrico no átrio.

Qual arritmia e maligna?

As arritmias malignas geralmente estão associadas a presença de doenças cardíacas, como infarto, doença de Chagas e insuficiência cardíaca. A arritmia maligna mais grave é a fibrilação ventricular (parada cardíaca), pois provoca morte cerebral em poucos minutos, é uma emergência e exige atendimento imediato.

Quando a arritmia é considerada grave?

Assim, demandam rapidez no atendimento. Considera-se batimento cardíaco acelerado quando a pessoa tem mais de 100 batimentos por minuto. Se for um episódio de início agudo e duradouro, associado ou não com sintomas como fraqueza, tontura, desmaios e falta de ar, a pessoa deve procurar atendimento médico de emergência.

Quais são as arritmias perigosas?

As arritmias cardíacas podem ser: taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando as batidas são muito lentas e em descompasso, com pulsação irregular, sendo sua pior consequência a morte súbita cardíaca (MSC).