Quem é ana paula henkel

O processo envolvendo Ana Paula Henkel, Walter Casagrande e a Globo acaba de ganhar mais um capítulo. Após a Justiça declarar o ex-comentarista da emissora como o vencedor da ação, a ex-jogadora de vôlei decidiu entrar com um Recurso de Apelação para tentar modificar a decisão. Ela pedia R$ 100 mil de indenização por danos morais, sendo R$ 50 mil de Casagrande e outros R$ 50 da Globo, após o ex-jogador de futebol escrever sobre ela em uma coluna no site GE.

Casagrande ganhou o processo após a juíza Rosana Moreno, da 3ª Vara Cível do Fórum de Pinheiros, em São Paulo, indeferir os pedidos feitos por Ana Paula. A magistrada entendeu que as críticas que foram feitas pelo comentarista não excederam a liberdade de imprensa e de expressão. Além disso, os apontamentos feitos por Walter sobre a ex-jogadora de vôlei foram ensejados por ela mesma. Isso porque tais comentários tiveram como base informações que ela mesma compartilhou, de forma pública, em suas redes sociais.

No entanto, em seu Recurso de Apelação, Ana Paula Henkel, logo de cara, pleiteou que a sentença seja declarada como nula. Isso porque, segundo o Código de Processo Civil, a decisão do magistrado não pode ter por base fatos que não foram discutidos no processo. E o que se defende é que nesse caso, a juíza teria ido contra essa disposição, tendo fundamentado a sua decisão em circunstâncias não abraçadas pelos autos. Ou seja, o apoio de Ana ao deputado Daniel Silveira foi utilizado como argumento para a decisão, mas o fato não havia sido levantado em nenhuma das contestações.

Em seu recurso, Ana Paula fez questão de deixar claro que não apoia o deputado, nunca o apoiou e que sempre criticou suas palavras e atitudes. Ela teria, na verdade, criticado apenas a posição da Câmara dos Deputados e alguns posicionamentos do STF. Com isso, segundo defende a ex-jogadora de vôlei, a sentença estaria completamente equivocada ao afirmar que ela seria uma apoiadora do deputado em questão. Ponto esse que sequer havia sido levantado no processo.

Outro ponto turbulento utilizado para embasar a alegação de que a sentença deveria ser modificada está no fato de que, segundo Ana Paula, o próprio Walter Casagrande teria confessado sua real conduta. Ou seja, ele mesmo teria dito que sua atividade não teve qualquer cunho jornalístico, servindo apenas para atacá-la. Ela defende, ainda, que a juíza teria entendido que as manifestações de Walter estariam amparadas pela liberdade de expressão por motivos equivocados.

Outro ponto levantado por Ana Paula foi o fato de que a ‘Rede Globo’ publicou, de imediato, seu direito de resposta Isso, segundo ela, apenas confirma a prática do ilícito, uma vez que uma emissora do tamanho da ‘Globo’ jamais abriria espaço para um direito de resposta, a não ser que já soubesse, de antemão, que sua postura foi equivocada.

Entenda o caso!

Ana Paula Henkel moveu uma ação contra Walter Casagrande e a Globo, pedindo R$ 100 mil de indenização por danos morais, sendo R$ 50 mil de Casagrande e outros R$ 50 da Globo. O imbróglio começou após o comentarista esportivo ter se referido a ela como “defensora dos violentos, dos antidemocráticos, das armas e de tudo que é ruim em nossa sociedade”, em sua ex-coluna no site GE, que pertence ao grupo Globo.

Em sua defesa, a Globo alegou que o caso em questão não comportaria qualquer tipo de indenização pois, desde o início, antes mesmo da Ação de Direito de Resposta ajuizada por Ana, publicou, de boa-fé, a carta dela em resposta às declarações de Casagrande. Ou seja, a Globo mostrou que, desde o início, tentou cooperar com a situação, antes mesmo que o pedido de resposta movido fosse apreciado pela Justiça.

Ainda, sustentou que o jornalista não teria feito nada além de exercer o seu direito constitucional de liberdade de expressão e crítica, reportando fatos que eram de notório interesse coletivo e que possuíam um claro fim jornalístico. Importante dizer, ainda, que a emissora deixou claro que Ana é conhecida por expressar e deixar em evidência para todo o público os seus posicionamentos políticos. Dessa forma, a mesma contaria com muitos apoiadores políticos, mas também com muitos haters. O que importa é que seu comportamento geraria muita exposição pública e engajamento político, o que a tornaria sujeita a opiniões e críticas desfavoráveis, que são absolutamente comuns e frequentes. Ela deveria, portanto, estar acostumada em ter pessoas, públicas ou não, discordando dela.

A Globo também alega que Ana é uma figura pública e, por isso, estaria sujeita a um nível muito maior de exposição e críticas, e deveria estar acostumada com isso e a lidar com os famosos “ossos do ofício”. Sustenta, ainda que inexistiria qualquer abuso por parte da emissora e de Casagrande, além do fato de que o direito de resposta já foi efetivamente ofertado à Ana na página do ‘Globo Esporte’ e no próprio blog de Walter. Razões essas pelas quais o feito por ela iniciado deve ser julgado como improcedente, sem a decretação de qualquer reparação.

Há também a justificativo de que nã houve comprovação da ocorrência de dano. Outro ponto que a Globo questionou foi o valor abusivo que foi pedido a título de danos morais, no valor total de R$ 100 mil. A emissora diz que o valor é claramente fantasioso e delirante, implicando em um enriquecimento ilícito por parte da ex-jogadora de vôlei, caso seja concedido.

Walter Casagrande, por sua vez, pediu que a ação seja julgada improcedente, alegando que a informação por ele publicada não deve ser lida dentro de um contexto pessoal, mas sim no contexto geral de cunho jornalístico. Disse, ainda, que a pessoa notoriamente pública se sujeita a exercer determinada atividade publicamente, tornando-a famosa aos olhos do público, de modo que não poderá se voltar contra críticas eventuais, ainda que as mesmas sejam duras e severas.

O que se sustenta é que Casagrande, no exercício do seu ofício, fez uma alusão a um fato que é público, sem, em momento algum, ofender a personalidade de Ana Paula Henkel. Ele ainda lembra que a liberdade de imprensa não se restringe ao direito da informar e comunicar um fato. Ela inclui outras garantias, entre elas, o direito de criticar e o de dar uma opinião sobre aquilo que está sendo noticiado.

Os advogados do ex-futebolista afirmam que a conduta dele não foi capaz de gerar danos à imagem e à personalidade de Ana. Além disso, chamam atenção para o fato de que não foram anexados aos autos as provas nesse sentido. Outro ponto citado é que Casagrande não criou nenhuma notícia falsa, tendo apenas emitido sua opinião jornalística, em função do cargo.  

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Qual a profissão de Ana Paula Henkel?

Jogador de vôleiAna Paula Henkel / Profissãonull

Quem é Ana Paula Rangel?

Ana Paula Rangel é advogado no processo nº 0001036-54.2014.5.05.0024.

Quantos anos tem a Ana Paula Henkel?

50 anos (13 de fevereiro de 1972)Ana Paula Henkel / Idadenull

Onde nasceu Ana Paula Henkel?

Lavras, Minas Gerais, BrasilAna Paula Henkel / Local de nascimentonull