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A sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/ABr A placa com as informações sobre a inauguração do sede da CBF, no seu interior. Foto: Cristina Índio do Brasil/ABr Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é a entidade máxima do futebol no Brasil. Fundada em 8 de junho de 1914, sob a denominação Federação Brasileira de Sports (FBS),[1] a CBF, tal como existe hoje, foi fundada em 24 de setembro de 1979,[2] quando ocorreu a desmembração da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), entidade sucessora da FBS, que além de comandar o futebol, aglutinava os demais esportes olímpicos praticados em território brasileiro.[3] A CBF é responsável pela organização de campeonatos de alcance nacional. Também administra a Seleção Brasileira de Futebol Masculino, cinco vezes campeã mundial, e a Feminina, vice-campeã mundial. A CBF é uma associação privada cuja principal atividade econômica é a produção e promoção de eventos esportivos.[4] A ela respondem as Federações estaduais, responsáveis pelos campeonatos em cada Unidade da Federação. Sua sede localiza-se na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. À Confederação também pertence um centro de treinamento localizado no bairro Granja Comary, em Teresópolis no Rio de Janeiro.[5] À CBF cabe definir e publicar, através de seu Boletim Informativo Diário (BID) os nomes dos atletas dos plantéis profissionais que estão legalmente aptos e autorizados a atuar em partidas oficiais de futebol. O jogador cujo nome não conste no BID à véspera de uma partida, não poderá atuar; a escalação de um atleta sem registro é considerada irregular e a equipe, dependendo da competição que disputar, estará sujeita a punições, tais como desclassificação da competição e perda de mandos de campo, entre outras sanções aplicadas. O atual presidente é Ednaldo Rodrigues que substitui Rogério Caboclo, destituído por acusações de assédio sexual e moral. Caboclo por sua vez foi eleito como candidato único sob indicação do presidente anterior, Marco Polo del Nero,[6] para mandato entre abril de 2019 e abril de 2023. Ele substitui Coronel Nunes, que completou o mandato de Del Nero, então afastado da presidência. Origem[editar | editar código-fonte]A origem da atual CBF data de 8 de junho de 1914, quando a carioca Liga Metropolitana de Esportes Atléticos (LMEA) juntamente com a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) fundaram a Federação Brasileira de Sports (FBS), entidade criada com o objetivo de comandar não só o futebol, mas o esporte brasileiro. Em 3 de março de 1915, a Liga Paulista de Futebol (LPF), rival da APEA, funda a Federação Brasileira de Football (FBF), com o objetivo de combater a FBS e se tornar a entidade máxima do futebol do Brasil. Em 1916, a Argentina decidiu realizar o primeiro Campeonato Sul-Americano de Futebol, porém surgiu um problema quanto a qual entidade representaria o Brasil na competição. Para contornar a situação, no dia 19 junho de 1916, o então Ministro das Relações Exteriores, Lauro Müller, toma a iniciativa de se reunir, em sua residência, com os presidentes da FBS, FBF e LMEA e, após algumas horas de debate, foi proposta a criação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Culminando com a assinatura, em 21 de junho de 1916, de um acordo entre as entidades para a extinção da FBS e FBF e criação definitiva da CBD. Em 24 de setembro de 1979, após sofrer modificações em sua estrutura, a CBD foi transformada em Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sobretudo como consequência de um decreto da FIFA, segundo o qual todas as entidades nacionais de futebol deveriam ser voltadas unicamente para o desenvolvimento deste esporte. Este não era o caso da CBD, que, à época, ocupava-se do fomento a todos os esportes olímpicos, incluindo o futebol. Corrupção[editar | editar código-fonte]Gestão de Ricardo Teixeira[editar | editar código-fonte]Escândalos atingiriam a gestão de Ricardo Teixeira, que é marcada por denúncias,[7] com acusações de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF, pagamento de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados e outras autoridades, importação irregular de equipamentos para sua choperia El Turf, no Rio de Janeiro, após a Copa de 1994, a celebração de supostos contratos lesivos para o futebol brasileiro, em especial com a fabricante de artigos esportivos Nike.[8] Em 1998, vê-se envolvido em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, mas, com auxílio de congressistas fiéis, consegue se livrar das acusações. Prestou depoimento em duas CPIs, a do futebol e a da CBF-Nike.[9] Em 2000, Ricardo Teixeira prestou depoimento na CPI do Futebol. Até 1996, a CBF apresentava lucro. Neste ano assinou um contrato com a Nike de 160 milhões de dólares e a partir de então começou a ter prejuízos, ano após ano. A entidade então tomou dinheiro emprestado de origem duvidosa, pagando juros muito mais altos do que o de mercado, em alguns casos de cerca de 43%. Descobriu-se uma série de empresas suas e de comparsas ligadas a transações irregulares de dinheiro. Afirmou em depoimento na CPI que havia ganhado tanto dinheiro investindo em ações, mesmo sabendo-se que havia falido neste ramo no início de sua carreira. Também prestaram depoimentos Vanderlei Luxemburgo, Eurico Miranda e o empresário J.Hawilla. A Receita Federal autuou a CBF em R$ 14.408.660,80 por dívidas com o Fisco.[9] Na CPI da CBF-Nike, que contou com declarações de Zagallo, João Havelange e do atacante Ronaldo, Ricardo Teixeira foi acusado por Aldo Rebelo de fazer complô para tentar enfraquecer o trabalho das CPIs, por unir forças com Pelé, que antes o acusava de corrupção.[10] Teixeira prestou esclarecimentos sobre a CBF, atividades pessoais e de suas empresas, como o restaurante carioca El Turf. Em janeiro de 2002, Teixeira obteve liminar da Justiça proibindo a impressão e distribuição do livro "CBF-Nike", de autoria dos deputados Sílvio Torres e Aldo Rebelo. A obra relatava todas as investigações que devassaram seus negócios.[9] Está disponível na internet um resumo do relatório final da CPI.[11] Envolvido em um escândalo de corrupção, mas alegando problemas de saúde renunciou em 2012, sendo substituído por um dos vice-presidentes da CBF, representante da Região Sudeste, José Maria Marin.[12] Gestão de José Maria Marin[editar | editar código-fonte]Marin assumiu o comando da Confederação Brasileira de Futebol e do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014) em 12 de março de 2012.[12] No primeiro ano de seu mandato, demitiu o então treinador da Seleção Brasileira, Mano Menezes após o título do Superclássico das Américas, na Argentina, e anunciou o retorno de Luiz Felipe Scolari. Em 2013, o Brasil foi campeão da Copa das Confederações, disputando a final contra a Espanha no Maracanã e recuperando, assim, o prestígio junto ao torcedor.[13] Em 2014, último ano do mandato de Marin, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, foi eleito para sucedê-lo no comando da CBF a partir de 2015.[14] Em 27 de maio de 2015, Marin foi preso na Suíça, acompanhado de outros seis executivos da FIFA, em investigação liderada pelo FBI.[15] Foi banido de qualquer atividade relacionada ao futebol, pela Federação Internacional de Futebol (FIFA)[16] e afastado do quadro diretivo da CBF.[17] Marin foi posteriormente enviado para a prisão, condenado por corrupção em seis acusações vinculadas à seu mandato na CBF: conspiração para recebimento de dinheiro ilícito, conspiração para fraude relativa à Copa Libertadores, conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Libertadores, conspiração para fraude relativa à Copa do Brasil, conspiração para fraude relativa à Copa América e conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Copa América, tendo recebido 6,5 milhões de dólares desde que assumiu a gestão da CBF.[18] Marco Polo Del Nero[editar | editar código-fonte]Em 16 de abril 2014, foi eleito para substituir José Maria Marin como presidente da CBF a partir de 16 de abril de 2015.[19] Em 2015, o Ministério Público Federal dos Estados Unidos divulgou casos de corrupção por parte de funcionários e associados ligados à Federação Internacional de Futebol, o órgão executivo do futebol, futsal e futebol de praia, estourando assim o chamado "FIFAGATE", o escândalo que abalou as estruturas da maior entidade do futebol mundial. Em maio de 2015, sete dirigentes da FIFA (incluindo o outro ex-presidente da CBF, antecessor de Del Nero, José Maria Marin) foram presos na Suíça e levados para os Estados Unidos, onde seriam julgados pelo Departamento de Justiça americano.[20] Naquele momento, o nome de Del Nero ainda não era citado diretamente nas acusações, a situação se complicou para Del Nero, que viu seu nome aparecer oficialmente nas investigações em dezembro de 2015, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos incluiu mais 16 nomes entre os indiciados - com mais dois presidentes da CBF envolvidos: Ricardo Teixeira, que antecedeu Marin e comandou a entidade de 1989 a 2012, e Del Nero.[20] Em dezembro do ano passado, a promotoria americana chegou a acusar tanto Marin quanto Del Nero pelo recebimento de um total de US$ 6,5 milhões cada um em propinas pagas por negociações de direitos de transmissões de campeonatos (Copa do Brasil, Libertadores e Copa América).[20] Desde maio de 2015 o presidente da CBF tem receio de deixar o Brasil, porque pode ser preso, tal como foi o seu antecessor, devido a suspeitas de corrupção.[21] Em 15 de dezembro de 2017, foi banido das atividades relacionadas ao futebol pelo Comitê de Ética da FIFA.[22] Este banimento, que adquiriu caráter definitivo em 27 de abril de 2018, deve-se a violações aos artigos 21 (Suborno e corrupção), 20 (Oferecer e aceitar presentes e outros benefícios), 19 (Conflitos de interesse), 15 (lealdade) e 13 (Regras gerais de conduta) do Código de Ética da entidade.[23] Em 13 de junho de 2018, Antônio Nunes, mais conhecido como coronel Antônio Nunes, até então presidente da CBF, votou a favor da candidatura do Marrocos para o Mundial de 2026, em vez da sede conjunta entre Estados Unidos, Canadá e México, depois de todos os membros da Conmebol terem decidido votar na candidatura dos países norte-americanos e a própria cúpula da CBF,[24] criando uma profunda crise na relação da CBF com a Confederação Sul-Americana de Futebol,[24] que chegaram a chamar a atitude de “traição” disse o presidente da AFA (Associação Argentina De Futebol), Cladio Tapia,[25] sendo considero uma represália aos EUA.[20][26] Ele quis marcar posição contra as investigações da Justiça norte-americana que resultaram na condenação de um ex-presidente da CBF por crimes de corrupção – José Maria Marin – e levou a FIFA a banir outro presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, por terem cometido os mesmos delitos de Marin.[20] “Ele quis fazer um afago ao Del Nero, votando contra os Estados Unidos, e o Rogério Caboclo sabia disso. Mas a repercussão do caso pegou todos de surpresa. E a situação piorou com as declarações desastrosas do coronel depois do incidente”, contou ao Portal Terra outro dirigente de federação, que integra a comitiva da CBF na Rússia.[20] Nunes se explicou dizendo: “Os Estados Unidos já sediaram uma vez, né? O México vai para a terceira Copa. Eles (o Marrocos) nunca foram sede de uma Copa. Então, por isso, fiz essa escolha ”,[27] disse, sem responder, porém, por que havia se comprometido antes em seguir a recomendação da Conmebol em apoiar a Copa na América do Norte.[20] Títulos conquistados[editar | editar código-fonte]Masculino[editar | editar código-fonte]Mundial[editar | editar código-fonte]
Pan-Americano[editar | editar código-fonte]
Sul-Americano[editar | editar código-fonte]
Feminino[editar | editar código-fonte]Mundial[editar | editar código-fonte]
Pan-Americano[editar | editar código-fonte]
Sul-Americano[editar | editar código-fonte]
Uso do escudo[editar | editar código-fonte]O escudo[28] da Confederação Brasileira de Futebol deve obrigatoriamente ser acompanhado da inscrição "BRASIL" logo abaixo, o que não aconteceu durante a Copa do Mundo FIFA de 2014;[29] a inscrição e as estrelas devem ser da cor verde no primeiro uniforme (camisa amarela, calções azuis e meias brancas) e uniformes materiais de fundo claro. No segundo uniforme, uniformes de goleiro e agasalhos na cor escura, a inscrição e as estrelas serão na cor branca. Presidentes[editar | editar código-fonte]Álvaro Zamith, primeiro presidente da CBD Rogério Caboclo, presidente destituído da CBF
a. ^ Em setembro de 1979, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) se tornou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por exigência da FIFA. Heleno de Barros Nunes dirigiu a nova Confederação até novas eleições em 1980. b. ^ Em setembro de 2021, a Assembleia Geral da CBF suspendeu Cabloco da presidência da entidade por assédio sexual e moral. Ednaldo Rodrigues, vice-presidente da CBF, assumiu interinamente o comando da Confederação. Em 24 de fevereiro de 2022, nova punição da Assembléia Geral faz com que o mandato de Caboclo seja extinto. Assim, Rodrigues comandará a entidade até a eleição suplementar que acontecerá dentro de um mês. Competições organizadas[editar | editar código-fonte]Futebol masculino[editar | editar código-fonte]
Futebol feminino[editar | editar código-fonte]
Categorias de base[editar | editar código-fonte]
Ranking de clubes e federações[editar | editar código-fonte]Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Quem é o dono da CBF?O atual presidente é Ednaldo Rodrigues que substitui Rogério Caboclo, destituído por acusações de assédio sexual e moral. Caboclo por sua vez foi eleito como candidato único sob indicação do presidente anterior, Marco Polo del Nero, para mandato entre abril de 2019 e abril de 2023.
Quem é o presidente da arbitragem da CBF?Leonardo Gaciba assume a presidência da Comissão de Arbitragem da CBF.
Quem é o vice da CBF?Vice-presidente da CBF desde 2018, Francisco Noveletto tem uma história de muita dedicação ao futebol do Rio Grande do Sul. O dirigente foi Presidente da Federação Gaúcha de Futebol por 15 anos, antes de assumir a cadeira no Conselho de Administração da CBF.
Qual time Ednaldo Rodrigues torce?"Ele não diz o time dele. Uma vez eu perguntei. Ele respondeu: 'Ah, eu torço pelo futebol da Bahia'", conta Portela.
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