8.como é feito o transporte de água e sais minerais nas briófitas como os musgos e hepáticas?

No reino vegetal as plantas são divididas em plantas avasculares e plantas vasculares. As plantas avasculares são aquelas que não possuem vasos condutores de seiva, e as plantas vasculares são plantas que possuem vasos condutores de seiva. Os vasos condutores de seiva presentes nas plantas funcionam como os vasos sanguíneos que temos em nosso corpo, levando substâncias úteis e substâncias que não serão mais utilizadas.

No Reino Plantae (lê-se “plante”), as plantas são classificadas em briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

As briófitas são plantas avasculares, facilmente encontradas na natureza. Elas são muito conhecidas como musgos e não ultrapassam os 2 cm de altura. Para que essas plantas consigam se reproduzir, elas precisam de água, por esse motivo são encontradas somente em locais úmidos.

As briófitas são plantas muito pequenas, e apresentam cauloide, que lembra o caule das plantas vasculares; filoides, que lembram folhas; e rizoides que têm a mesma função das raízes das plantas vasculares, fixar a planta no solo.

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As briófitas são plantas que dependem da água para sua reprodução

As pteridófitas são plantas vasculares, podem atingir vários metros de altura. Gostam de ambientes úmidos e sombrios, e seus representantes mais conhecidos são as samambaias. Essas plantas costumam apresentar raiz, caule e folhas, mas nem sempre são percebidas com facilidade.

Assim como as briófitas, as pteridófitas também necessitam da água para sua reprodução, que é feita através dos gametas que se encontram no interior dos soros, aqueles pontinhos pretos que podem ser vistos a olho nu no dorso das folhas das samambaias.

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As pteridófitas, assim como as briófitas, necessitam de água para sua reprodução

As gimnospermas são plantas vasculares que possuem raiz, caule e folhas. São as primeiras plantas a apresentarem sementes, e por esse motivo não necessitam de água para que ocorra a fecundação de seus gametas. As pinhas encontradas nas gimnospermas são muito utilizadas em decorações natalinas, e é por meio delas que a planta, através de insetos ou vento, consegue fecundar seus óvulos, originando sementes que chamamos de pinhão. As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros.

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As gimnospermas foram as primeiras plantas a apresentar sementes

Por último temos as angiospermas, plantas vasculares que apresentam raiz, caule, folhas, flores e frutos. As angiospermas constituem mais de 70% de todas as espécies de plantas existentes no planeta, e seu tamanho varia desde pequenas ervas até grandes árvores. A fecundação das angiospermas ocorre através de suas flores, e quando fecundadas produzem frutos e sementes, que servem de alimento para muitos animais, inclusive para o homem.

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As angiospermas são plantas que dominam o ambiente terrestre


Videoaula relacionada:

Briófitas são plantas avasculares que apresentam como representantes musgos, hepáticas e antóceros. Assim como outros grupos de plantas, as briófitas se destacam por possuírem ciclo de vida com alternância de gerações. O gametófito haploide compõe a fase dominante, enquanto o esporófito é uma fase que dura apenas pouco tempo.

Essas plantas se caracterizam por serem avasculares, um dos motivos que impedem que elas atinjam grandes tamanhos. Algumas briófitas, no entanto, possuem células especializadas na condução de água e nutrientes. Além de não possuírem vasos condutores, briófitas não possuem sementes, flores e frutos.

Saiba mais: Reino Vegetal — o grupo em que estão todas as plantas

Resumo sobre briófitas

  • Briófitas são plantas avasculares.

  • Alguns musgos apresentam células especializadas na condução de substâncias.

  • Briófitas não possuem semente, flores e frutos.

  • No ciclo de vida de uma briófita, a fase de gametófito é dominante.

  • Para que os anterozoides atinjam a oosfera, é fundamental a presença de água.

  • As briófitas atuais são divididas em três filos: Marchantiophyta, Bryophyta e Anthocerophyta.

Videoaula sobre briófitas

Briófitas são plantas relativamente simples que não possuem:

  • vasos condutores (xilema e floema);

  • semente;

  • flores;

  • frutos.

Devido à ausência de vasos condutores, essas plantas são chamadas de avasculares, diferindo-se das pteridófitas, que são vasculares. Embora não possuam xilema e floema, em muitos musgos é possível observar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Nessas plantas, as células condutoras de água são chamadas de hidroides, e as células responsáveis por conduzir substâncias nutritivas são chamadas de leptoides.

Algumas briófitas são talosas, e outras são folhosas. As talosas são aquelas que apresentam corpo não diferenciado em raiz, caule e folhas. As folhosas, por sua vez, apresentam diferenciação entre rizoide, filídio e caulídio.

Apesar de as estruturas parecem folhas e caules verdadeiros, elas não podem ser assim consideradas, pois verdadeiros caules e folhas são produzidos pelos esporófitos, e nessas estruturas há presença de tecidos de condução.

No que diz respeito ao rizoide, a estrutura também não possui tecidos de condução e está relacionada apenas com a fixação do vegetal ao substrato. De forma distinta da raiz das plantas vasculares, os rizoides não estão relacionados com absorção de água e sais. Nas briófitas, a embebição ocorre por meio de todo o corpo do gametófito.

As briófitas são plantas que não atingem grande porte. Seu pequeno porte é explicado pelo fato de seu corpo ser muito delgado e a ausência de tecidos de condução impossibilitar o transporte de água e nutrientes a longas distâncias. Como salientado anteriormente, alguns musgos possuem tecidos especializados, o que garante maior altura nessas plantas, sendo possível observar indivíduos com mais de 50 cm.

Veja também: Transpiração nas plantas — processo por meio do qual a planta libera água no estado gasoso

Habitat das briófitas

As briófitas ocorrem em diferentes ambientes, no entanto, são encontradas principalmente em locais úmidos de florestas e ao longo de cursos d’água. Uma das razões para isso é a dependência da água para sua reprodução.

Vale destacar, no entanto, que essas plantas também podem sobreviver em locais considerados hostis, como:

Destaca-se que algumas espécies são aquáticas, porém não há espécies verdadeiramente marinhas, exceto o musgo Fontinalis dalecarlica, que ocorre no norte do mar Báltico em razão da baixa salinidade local.

Ciclo de vida das briófitas

Todas as briófitas, assim como as plantas vasculares, apresentam ciclo de vida com alternância de gerações. Nas briófitas, o gametófito é a fase de vida dominante, maior e de vida livre, sendo o esporófito menor, nutricionalmente dependente do gametófito e de vida curta. A seguir, conheceremos melhor o ciclo de vida das briófitas, utilizando como exemplo os musgos.

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A figura acima representa o ciclo de vida de um musgo.

O esporófito é a fase produtora de esporos, uma geração diploide. Ele é formado por três partes básicas: o pé, inserido no arquegônio do gametófito; a seta, haste que segura a cápsula; e a cápsula, localizada na extremidade da seta e responsável por produzir os esporos por meiose.

Os esporos, que são estruturas haploides, são liberados e, com a ajuda do vento, dispersados pelo ambiente. Se caírem em um ambiente adequado, como solo úmido, germinam e dão origem ao protonema, que origina o gametófito.

O gametófito é a fase produtora de gametas, uma geração haploide. Nos musgos, há gametófitos masculinos e femininos. No gametófito masculino, há anterídios que produzem os anterozoides, únicas células flageladas nas briófitas. O gametófito feminino, por sua vez, apresenta arquegônios, os quais produzem a oosfera. Cada arquegônio produz uma única oosfera, enquanto os anterídios produzem numerosos anterozoides.

Os anterozoides são liberados e nadam em direção à oosfera. Para que consigam atingi-la, é fundamental a presença de chuva ou de gotas de orvalho. Os anterozoides são quimicamente atraídos para o arquegônio, onde encontram a oosfera, se fundem e dão origem ao zigoto. O zigoto se divide e dá origem ao esporófito. O esporófito então produz esporos e os libera, reiniciando o ciclo.

Saiba também: Como é o ciclo de vida das pteridófitas?

Classificação das briófitas

As briófitas atualmente são divididas em três filos: Marchantiophyta, Bryophyta e Anthocerophyta. Marchantiophyta é o filo do qual fazem partes as hepáticas. Nesse grupo, que conta com mais de 5.000 espécies, há representantes talosos e também folhosos. As hepáticas se destacam pela ausência de estômatos, característica observada nos outros filos. O nome de hepática faz referência aos gametófitos em forma de fígado.

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As hepáticas são plantas assim denominadas em referência ao gametófito com formato de fígado.

Bryophyta é o filo mais diversificado, apresentando cerca de 12.800 espécies, de modo que nele estão incluídos os musgos, um dos representantes mais conhecidos de briófitas e que formam grandes tapetes verdes no solo. Apresentam hidroides e leptoides, células especializadas no transporte de substâncias pelo corpo da planta.

Por fim, há o filo Anthocerophyta, o menos diverso entre as briófitas, possuindo cerca de 300 espécies. No filo Anthocerophyta, estão as plantas conhecidas como antóceros. O nome do filo tem origem do grego keras, que significa “chifre” e é uma referência ao formato do esporófito.

Importância ecológica e econômica das briófitas

  • Briófitas compõem a flora de várias regiões do planeta, sendo abundantes, por exemplo, em florestas tropicais e temperadas.

  • São consideradas plantas pioneiras, conseguindo se estabelecer em locais como rochas nuas e solos desnudos.

  • São indicadores ambientais, pois estão parcial ou totalmente ausentes em regiões muito poluídas.

  • Musgos do gênero Sphagnum fazem parte do que chamamos de turfa, material orgânico parcialmente decomposto. As turfeiras são importantes no ciclo do carbono, uma vez que essas áreas armazenam grandes quantidades do elemento.

  • No passado, musgos do gênero Sphagnum, devido a suas capacidades antissépticas e de absorção, eram usados para fazer curativos e fraldas. Esse musgo também é usado por jardineiros para aumentar a capacidade de retenção de água pelo solo.

  • Além disso, a turfa é usada como combustível e no tratamento de derramamento de óleo na água.