Como estava o avanco do brasil comparado aos.demais.paises em.2012

Apesar de recuperar as perdas com a pandemia, o desempenho brasileiro ficou abaixo da média mundial, de crescimento de 5,5%.

Um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating aponta que, entre as 15 maiores economias do mundo, o Brasil tem perdido posições desde o ano de 2017, quando estava em 8º lugar. De 2019 para 2021, foram quatro posições perdidas, passando da 9ª para a 13ª maior economia.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encerrou o ano de 2021 com crescimento de 4,6%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4).

Comparando 2020 e 2021, o crescimento da economia não foi o suficiente para fazer o Brasil ganhar posições, pelo contrário. O país passou do 12º lugar para o 13º, sendo superado pela Austrália.

A posição é a mais baixa do país desde 2003, quando ficou em 14º lugar, e está distante do recorde no ranking, quando o Brasil atingiu o 7º lugar nos anos de 1995 e de 2010 a 2014. Em 2020, o país saiu da lista das dez maiores economias mundiais pela primeira vez desde 2007.

Segundo o levantamento, os Estados Unidos seguem liderando a lista, seguidos pela China, Japão, Alemanha e Reino Unido, que retornou às cinco maiores economias mundiais depois de três anos e superou Índia.

O valor nominal do PIB em bilhões dólares segue inferior ao de 2019, pré-pandemia, estimado em US$ 1.608 trilhão ante US$ 1.877 trilhão.

Em dólares, o PIB do país fechou 2021 em $ 1,608 trilhão, o que representa 1,7% do PIB mundial. Considerando o resultado do 4º trimestre, o Brasil cai ainda mais, para 15ª posição. O cálculo da Austin Ratings considera o desempenho da atividade e também a variação cambial do ano. Em 2021, o dólar subiu 7,47% sobre o real.

“São as duas coisas juntas que explicam a queda no ranking: um baixo desempenho e a valorização do dólar. Mas, independentemente do que aconteceu no ano passado, o Brasil está muito distante da média mundial. Nos últimos 10 anos, entre 2012 a 2021, nosso PIB cresceu em média 0,4% por ano. O mundo cresceu 3% ao ano e entre os países do Brics, a média foi de 3,4% de alta ao ano. Se tirarmos o Brasil do grupo (que tem Rússia, Índia e África do Sul) a média de alta do PIB sobe 4,5%”, disse à CNN Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

Considerando a média de crescimento dos Brics, grupo que engloba as maiores economias emergentes do mundo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o crescimento do PIB brasileiro foi maior que a média, 4,6% ante 3,3%.

“Os países desenvolvidos tem menor necessidade de investimento e, portanto, crescem menos. Neste mesmo período de 10 anos, a média anual entre os mais ricos foi de 1,2%, ou seja, três vezes mais que o Brasil. A explicação é má gestão doméstica. Quando o mundo cresce e a gente não, não dá colocar a culpa no mundo”, ressalva Agostini.

O ministro Paulo Guedes defendeu, até final do ano passado, que o Brasil teria crescido 5,5% em 2021 e afirmava que o país estava crescendo acima da média mundial. A desaceleração no terceiro trimestre do ano passado, no sentido contrário do que aconteceu na economia internacional, consumiu capacidade de ter melhor desempenho.

A recuperação do último trimestre foi bem recebida e sinaliza que PIB de 2022 pode ser maior que os 0,30% estimados atualmente pelos economistas. A guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre a economia, especialmente sobre a inflação global, podem mudar este cenário.

O resultado de 2021 está ligado principalmente à recuperação dos setores de serviços e indústria, favorecidos pela reabertura da economia com o avanço da vacinação. A alta inflação, dólar valorizado, falta de suprimentos, incertezas fiscais, a crise hídrica e commodities altas evitaram um resultado melhor, segundo especialistas.

Para o ano de 2022, o Fundo Monetário Internacional (FMI) teve como última projeção, em outubro de 2021, um crescimento de 0,3% do PIB.

O valor seria, segundo a Austin Rating, suficiente para colocar o Brasil no 11º lugar, superando as economias da Austrália e da Rússia, que tem sido duramente afetada pela guerra com a Ucrânia.

O PIB do Brasil é medido em reais e produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na soma de todos os bens e serviços produzidos e com base em vários indicadores econômicos de produção, renda e consumo. No período de 2000-2011, o Brasil registrou bons resultados do PIB. Contudo, a partir de 2012, o PIB do país apresentou resultados insatisfatórios, em especial nos anos de 2015 e 2016, e, mais recentemente, no ano de 2020.

Na atualidade, o Brasil se encontra em 12º entre os países com maior PIB do mundo. No cenário interno, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais possuem o maior PIB entre os estados do Brasil.

Leia também: Qual é o IDH do Brasil?

Como é calculado o PIB do Brasil?

O Produto Interno Bruto (PIB) corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos por um país, estado ou cidade ao longo de um determinado período, geralmente um ano. Ele é calculado com base em estatísticas econômicas, e seu valor é dado na moeda local. O PIB é um importante indicador econômico, uma vez que ele permite aferir a quantidade de bens e serviços produzidos. Sendo assim, ele permite avaliar com clareza o cenário da atividade econômica local.

Como estava o avanco do brasil comparado aos.demais.paises em.2012
O PIB é um importante indicador macroeconômico que permite aferir a soma dos bens e serviços produzidos por uma determinada localidade.

No caso do Brasil, o cálculo do PIB é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e seu valor é dado em reais. De acordo com o IBGE, são utilizados para o cálculo do PIB no Brasil diversas variáveis econômicas, sendo os indicadores utilizados e os órgãos responsáveis pelo seu fornecimento:

  • Balanço de Pagamentos (Banco Central)

  • Declaração de Informações Econômicas e Fiscais da Pessoa Jurídica (Secretaria da Receita Federal)

  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (Fundação Getúlio Vargas)

  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE)

  • Produção Agrícola Municipal (IBGE)

  • Pesquisa Anual de Comércio (IBGE)

  • Pesquisa Anual de Serviços (IBGE)

  • Pesquisa de Orçamentos Familiares (IBGE)

  • Pesquisa Industrial Anual de Empresas (IBGE)

  • Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (IBGE)

  • Pesquisa Mensal de Comércio (IBGE)

  • Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE)

A análise do PIB no Brasil nas duas últimas décadas permite inferir que o PIB do país cresceu de maneira consistente no período entre 2000-2010, mas teve resultados ruins, inclusive com quedas bruscas, no período 2011-2020. De maneira geral, na década que se iniciou em 2000, o Brasil apresentou um bom crescimento do PIB, em especial, nos anos de 2004 a 2008.

No ano de 2008, uma forte crise mundial gerada por questões ligadas, em especial, ao mercado internacional, refletiu no PIB brasileiro em 2009, quando foi registrada uma queda mínima de 0,1%. O efeito dessa crise mundial no Brasil foi muito pequeno, sendo que, já no ano de 2010, o país registrou uma forte alta no PIB de 7,5%.

Como estava o avanco do brasil comparado aos.demais.paises em.2012
O ano de 2020 ficou marcado como o de maior decréscimo no PIB do Brasil nos últimos 20 anos.

Por sua vez, a partir de 2012, o Brasil registrou resultados ruins no crescimento do seu PIB, cenário que perdura até os dias atuais. Destaca-se como motivações para esse cenário a crise econômica e política registrada pelo país entre 2014 e 2016 e, ainda, o cenário pouco favorável da economia mundial como um todo. Nesses últimos anos, foram registradas fortes quedas no PIB em 2015 e 2016.

Por sua vez, em 2020, o PIB do Brasil caiu 4,1%. A forte queda foi resultado da grave pandemia causada pelo vírus da covid-19 assim como das dificuldades do país em gerenciar essa crise sanitária. A forte queda já era esperada pelos analistas econômicos, sendo que esse cenário de redução do PIB do país coloca o Brasil em posição de decréscimo entre as principais economias do globo. O gráfico seguinte apresenta os valores do PIB do Brasil entre os anos de 2000 e 2020.

Como estava o avanco do brasil comparado aos.demais.paises em.2012
Fonte: IBGE

Qual o PIB dos estados brasileiros?

Fonte: IBGE.

Veja também: Qual é a densidade demográfica do Brasil?

Lista dos 15 maiores PIB do mundo

País

PIB (2020) em trilhões de dólares

Estados Unidos

20,807

China

14,860

Japão

4,910

Alemanha

3,780

Reino Unido

2,638

Índia

2,592

França

2,551

Itália

1,848

Canadá

1,600

Coreia do Sul

1,586

Rússia

1,464

Brasil

1,420

Austrália

1,334

Espanha

1,247

Indonésia

1,088

Fonte: Austin Rating.

Acesse também: 10 países mais pobres do mundo

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (UCS 2015) Os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de inflação para este ano, mas também previram uma contração maior do Produto Interno Bruto (PIB) tanto em 2015 quanto em 2016, segundo o Relatório de Mercado, documento que é fruto de pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Para o comportamento da economia neste ano, os analistas passaram a estimar uma retração de 2,26%. Foi a sétima queda seguida deste indicador. Até então, a expectativa do mercado era de um recuo de 2,06% para o PIB de 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 — quando foi registrada uma queda de 4,35%.

Disponível em: . Acesso em: 4 set. 15. (Adaptado.)

Sobre a economia brasileira, assinale a alternativa correta.

A) A região Sul, seguida pela Sudeste, a partir dos anos 90, consolidou-se como a região de maior PIB do território nacional. B) O PIB de cada estado não é um dado definitivo, os avanços ou a estagnação da indústria ou agropecuária podem acarretar mudanças na economia dos estados e alterar o PIB. C) Um estado que possui um PIB elevado apresenta melhores índices de desenvolvimento humano, visto que o PIB minimiza as diferenças sociais entre as classes mais ricas e mais pobres da população. D) O baixo índice do PIB da região Norte do Brasil se dá devido à baixa densidade demográfica de seus estados.

E) A renda per capita mede quanto, do total produzido, cada cidadão teria se todos tivessem partes iguais. Portanto, um estado com uma grande densidade populacional tende a ter um elevado PIB.

Resolução

Alternativa B. O PIB é um indicador variável, uma vez que os indicadores que o compõem variam conforme as condições econômicas e a temporalidade dessas condições. Desse modo, ele não é um dado definitivo, mas sim mutável ao longo do tempo, mediante o cenário econômico de cada situação.

Questão 2 – (Unesp 2018) O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) busca expressar o dinamismo de uma economia a partir da soma das riquezas produzidas por um país durante determinado período. No entanto, o cálculo do PIB ignora

A) os valores consumidos pelas importações, o que artificializa cálculos superavitários. B) os gastos do governo, o que interfere na produção de bens e serviços. C) a dimensão territorial, condição que interfere na paridade do cálculo. D) os investimentos de empresas, mascarados em balanços comerciais positivos.

E) a apropriação da riqueza gerada, o que prejudica análises sociais.

Resolução

Alternativa E. O PIB representa o volume de bens e serviços gerados por uma sociedade de maneira generalista, uma vez que o dado financeiro apresentado não é absorvido da mesma maneira por todas as pessoas. Sendo assim, o PIB não expõe, por exemplo, a desigualdade social de uma sociedade.