Como se desfazer de imagens religiosas

Por Redação A12 Em Redação A12 08 JUN 2018 - 09H52 Atualizada em 11 JAN 2019 - 16H21

REDAÇÃO CENTRAL, 04 nov. 17 / 08:00 am (ACI).- Ao longo do tempo, muitos objetos religiosos que foram abençoados por um sacerdote podem quebrar devido ao uso. Entretanto, todos os católicos devem ser reverentes ao desfazer-se deles de maneira adequada.

O Grupo ACI explica o que se deve fazer com as imagens, terços, crucifixos, ramos de palmeiras ou outros objetos abençoados que, de acordo com o número 1171 do Código de Direito Canônico, devem ser tratados “com reverência e não se votem ao uso profano ou a outro uso não próprio, ainda que estejam sob o domínio de particulares”.

Caso os objetos não possam ser reparados, a tradição assinala que devem ser queimados ou enterrados. Se um objeto for queimado, as cinzas também devem ser enterradas.

A tradição de devolver os objetos abençoados a terra, vem da ideia de que um objeto abençoado em nome de Deus deve voltar para Deus, da mesma maneira que uma pessoa é enterrada.

Em 1874, a Sagrada Congregação para os Ritos e o Santo Ofício emitiu determinações formais sobre quais são os métodos para eliminar adequadamente os objetos abençoados.

Qualquer pano de linho, vestuário ou panos do altar devem ser queimados e as cinzas enterradas. A água benta em excesso ou contaminada deve ser vertida diretamente no solo. Os ramos devem ser queimados e as cinzas são utilizadas na quarta-feira de cinzas. Do mesmo modo, um teço ou imagem devem ser enterrados.

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O que devemos fazer com imagens, terços, escapulários, medalhas e cruzes abençoadas quando estes se quebram? Jogamos fora? (Katia Gomes, 32 anos – Paróquia Santo Antônio – Catedral Sé Piracicaba)


De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (1159), “a imagem sagrada [...] representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova ‘economia’ das imagens”. Logo, compreendemos que a realidade dos objetos de devoção, ao serem abençoados, trazem consigo uma representação do sagrado, que marca nossa experiência de fé. São João Damasceno, diz: “a beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos [...] e estimulam meu coração a dar glória a Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 1162).

Contudo, estes objetos religiosos e de devoção são finitos e, às vezes, por descuido, acidente ou outras circunstâncias se rompem, quebram. Então nos perguntamos: o que fazer com aquilo que, representando o sagrado, se quebrou? No Código de Direito Canônico (1171) diz que, as coisas sagradas “sejam tratadas com reverência, e não se empreguem para uso profano ou não próprio a elas, mesmo que pertençam a particulares”. Mas, uma imagem ou um objeto de devoção só terá o seu pleno valor na inteireza do sinal. Se o sinal não está completo, ele não mais transmite a mensagem adequadamente. Assim, concluímos que um objeto religioso quebrado, mesmo que tenha sido abençoado, não está mais cumprindo a sua função.

O que se deve fazer, primeiramente, é analisar o valor da peça. Se é algo precioso, de valor artístico ou tem um valor de pertença muito forte, a solução é procurar o reparo, a restauração, um artista, que possa fazer o trabalho de recomposição da peça. Pensemos, por exemplo, na imagem de Nossa Senhora Aparecida, quando foi destruída no atentado, em 1978. Neste caso, o restauro foi a solução. Porém, tratando de algo que se possa readquirir facilmente, substituindo o objeto de devoção quebrado, podemos destruí-lo no fogo, queimando-o, portanto. No caso de uma peça de gesso ou barro, podemos tirar as feições da imagem e depositá-la na terra, em um jardim, por exemplo, enterrando-a. Não se recomenda guardar um objeto quebrado ou, tampouco, descartá-lo no lixo.

Portanto, a função, tanto das imagens abençoadas quanto dos sinais sagrados (terços, escapulários, medalhas, etc), em boas condições, é entrar “na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis” (Catecismo da Igreja Católica, 1162). Que a nossa oração pessoal e comunitária sempre encontre, nos sinais visíveis, aquela beleza real, que nos leve a contemplar, por analogia, a Beleza plena de nosso Deus (Cf. Sb 13,5).

Pe. Elizio Anunciação Filho, CSS
Pároco da Igreja Santa Cruz de Rio Claro/SP 

Como se desfazer de imagens religiosas
Ao longo do tempo, muitos objetos religiosos que foram abençoados por um sacerdote podem quebrar devido ao uso. Entretanto, todos os católicos devem ser reverentes ao desfazer-se deles de maneira adequada.

O Grupo ACI explica o que se deve fazer com as imagens, terços, crucifixos, ramos de palmeiras ou outros objetos abençoados que, de acordo com o número 1171 do Código de Direito Canônico, devem ser tratados “com reverência e não se votem ao uso profano ou a outro uso não próprio, ainda que estejam sob o domínio de particulares”.

Leia também: O que fazer com imagens de santos quebradas?

Caso os objetos não possam ser reparados, a tradição assinala que devem ser queimados ou enterrados. Se um objeto for queimado, as cinzas também devem ser enterradas.

Como se desfazer de imagens religiosas
A tradição de devolver os objetos abençoados a terra, vem da ideia de que um objeto abençoado em nome de Deus deve voltar para Deus, da mesma maneira que uma pessoa é enterrada.

Em 1874, a Sagrada Congregação para os Ritos e o Santo Ofício emitiu determinações formais sobre quais são os métodos para eliminar adequadamente os objetos abençoados.

Qualquer pano de linho, vestuário ou panos do altar devem ser queimados e as cinzas enterradas. A água benta em excesso ou contaminada deve ser vertida diretamente no solo. Os ramos devem ser queimados e as cinzas são utilizadas na quarta-feira de cinzas. Do mesmo modo, um teço ou imagem devem ser enterrados.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/como-desfazer-se-adequadamente-de-objetos-abencoados-que-estao-quebrados-19249/

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Antes de pontuar o que se pode fazer com uma imagem sacra que se quebrou, é válido destacar a importância e o valor das imagens na Igreja. Começo recordando que católico não adora imagem, mas tem por ela veneração.

São João Damasceno diz que “antigamente, Deus, que não tem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (…) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1159).

Nessa perspectiva, o Catecismo da Igreja ensina que, “na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos padres e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos, com toda certeza e acerto, que as veneráveis e santas imagens […] devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1161). A Igreja sempre valorizou tais práticas que conduzem para o próprio Deus.

Como se desfazer de imagens religiosas

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Como dispensar com zelo uma imagem sacra abençoada que quebrou?

Um primeiro ponto a ser observado, em relação a uma imagem sacra que se quebrou, é verificar a possibilidade de restaurá-la, se assim for oportuno.

Após uma avaliação do estado da imagem e não havendo uma possibilidade ou interesse em sua restauração, o próximo passo seria utilizar a forma mais coerente de se desfazer do objeto, levando em conta o seu significado.

A sugestão é que não há “necessidade” de se levar as imagens quebradas para depositar nas Igrejas, cemitérios, jogar em rios ou em outros lugares, mas elas podem ser trituradas e enterradas no jardim ou em um vaso de sua casa. O sentido é evitar a possibilidade de as imagens que foram abençoadas serem escarnecidas, ao serem jogadas no lixo com indignidade ou deixadas em lugar indevido.

Com isso, deve-se desfazer das imagens danificadas de forma que o seu valor espiritual e significado religioso não sejam afetados, evitando qualquer sinal de desrespeito.

As imagens sacras são estímulo para a oração

Dizia São João Damasceno que “a beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”.

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Assim, a função tanto das imagens abençoadas quanto dos ícones santos em boas condições é entrar “na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1162).

Portanto, uma imagem que está quebrada ou danificada não atinge todo o seu objetivo, por isso, pode ser dispensada sem nenhum problema.

Como se desfazer de imagens religiosas

Como se desfazer de imagens religiosas

Natural de Sete Lagoas (MG), é missionário da Comunidade Canção Nova. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP), Márcio Leandro é também Bacharelando em Teologia pela Faculdade Dehoniana, em Taubaté (SP). Atua no Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários.

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