Como trabalhar a Tabela periódica em sala de aula

Como professor, você sabe que matérias como Química, Física e Matemática costumam assustar mais os alunos, que já as consideram muito difíceis sem nem ao menos conhecê-las.

Infelizmente, isso é algo cultural e acontece porque normalmente essas disciplinas são ensinadas de maneira enfadonha e repetitiva, o que, além de aborrecer os alunos, ainda deixa o assunto mais difícil de ser compreendido.

A tabela periódica é uma ferramenta extremamente útil, mas que pode parecer muito complicada se olhada por um aluno que não recebeu uma boa explicação sobre ela.

Felizmente, ela também é muito adaptável e pode ser usada de diversas formas para proporcionar um ensino mais completo, divertido e interessante.

É essencial fazer com que o aluno realmente compreenda e fixe a tabela periódica em sua mente. Decorar não adianta e não o levará a lugar nenhum.

Por isso não faz sentido ensinar apenas a teoria, com vários textos e muitos discursos. Atitudes assim geralmente fazem com que a turma pare de prestar atenção no meio do caminho.

É claro que é importante explicar os conceitos e toda a organização da tabela e seus elementos químicos, mas, para fazê-los entender de verdade, a melhor coisa é realizar uma dinâmica criativa na sala de aula, ensinando de forma descontraída.

A seguir preparamos algumas dicas para que você consiga trabalhar a tabela periódica da melhor forma possível com os alunos, fazendo-os realmente capturarem e compreenderem o conhecimento passado. Veja a seguir:

1 - Ilustre os elementos

Você pode preparar um material didático e divertido ao mesmo tempo, colocando figuras, colagens ou desenhos no lugar do símbolo dos elementos químicos.

Isso é interessante para que os alunos compreendam não só sua importância no meio ambiente e na sociedade, como também saibam identificar as propriedades e características de cada elemento.

Por exemplo, em Ouro (Au), você pode colocar a foto ou figura de uma jóia, como um anel, para representar que este é feito de ouro; no Níquel (Ni), você pode colocar imagens de moedas; no Hélio (He), insira o desenho de um balão de soprar e por aí vai.

2 - Utilize frases mnemônicas

Frases mnemônicas são aquelas frases aparentemente comuns que possuem “códigos” em suas palavras para que a pessoa ao lê-la ou ouvi-la se lembre do que cada sílaba está realmente querendo dizer.

É possível utilizar este artifício para estudar a tabela periódica. Por exemplo, o Guia do Estudante sugeriu que para ensinar as famílias presentes na tabela, é possível usar as seguintes frases:

1A – Hoje Li Na Kama Robinson Crusoé em Francês

2A – Bela Margarida Casou com o Senhor Bartolomeu Ramos

3A – Belas Alunas Germânicas Indo Telefonar

        Bom, Algum Gato Invadiu o Telhado

        Bebi Álcool e Ganhei uma Indigestão Tola

Dessa forma, os alunos podem achar graça das frases ao mesmo tempo em que a usam como uma ferramenta complementar para entender e memorizar ainda melhor a tabela. 

3 - Faça jogos

Depois que passar uma aula inteira ensinando a teoria para os alunos, é bom aproveitar a próxima aula para fixar o assunto. Você pode fazer isso com alguns jogos bem dinâmicos, que não só auxiliam no aprendizado como também melhoram o trabalho em equipe.

Vamos dar um exemplo de um jogo que vai ajudá-los a compreender melhor o porquê da posição e o nome dos elementos químicos.

Para fazer o jogo, você vai precisar de fichas com os símbolos dos elementos químicos e uma caixa de sorteio. Você mesmo pode fazer as fichas e a caixa, com papel cartão, cartolina ou outro material que for mais fácil.

Os alunos podem fazer um círculo ao redor da sala para a dinâmica ser maior. É possível jogar em times ou individualmente, mas é preferível que seja em times, para incentivar valores como parceria e integração.

O jogo é assim: um aluno de cada equipe pega de dentro da caixa uma ficha, e todos eles precisam conversar entre si para responderem qual é o elemento que se relaciona ao símbolo, de qual família ele é e como é classificado.

Os pontos vão se acumulando cada vez que uma equipe acerta e se uma delas errar, é bom que o professor explique o porquê. No final, o grupo que tiver mais pontos vence e pode ganhar alguma recompensa.

A verdade é que não existe uma matéria “chata” e sim uma maneira chata de ensiná-la. Capturar a atenção de alunos, em especial adolescentes, pode ser difícil, mas com imaginação e vontade está longe de ser impossível.