Em qual desses trechos e possível identificar um posicionamento nitidamente

153

Agora é sua vez

Escreva no caderno

1. Os trechos a seguir são de autoria de três intelectuais brasileiros: um deles viveu no século XIX; os outros dois, no século passado. Os três foram pessoas cultas, publicaram inúmeros livros e conheciam a fundo a língua portuguesa. Leia-os e responda aos itens de a a c.

TEXTO 1

A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Da mesma forma que instituições justas e racionais revelam um povo grande e livre, uma língua pura, nobre e rica anuncia a raça inteligente e ilustrada. [...]

ALENCAR, José de. Ficção completa e outros escritos. Rio de Janeiro: Companhia Aguilar, 1965. v. 1. p. 399.

TEXTO 2

Os delinquentes da língua portuguesa fazem do princípio histórico "quem faz a língua é o povo" verdadeiro moto para justificar o desprezo de seu estudo, de sua gramática, de seu vocabulário, esquecidos de que a falta de escola é que ocasiona a transformação, a deterioração, o apodrecimento de uma língua. Cozinheiras, babás, engraxates, trombadinhas, vagabundos, criminosos é que devem figurar, segundo esses derrotistas, como verdadeiros mestres de nossa sintaxe e legítimos defensores do nosso vocabulário. [...]

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. São Paulo: Ática, 1996. Verbete "vernáculo".

TEXTO 3

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros

Vinha da boca do povo na língua errada do povo

Língua certa do povo

Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Record, [s.d.]. p. 135.

LEGENDA: Dia de feira, da pintora brasileira Helena Coelho (1949-).

CRÉDITO: Helena Coelho. 2013. Óleo sobre tela, 50 x 100 cm. Galeria Jacques Ardies, São Paulo

a) Em qual desses trechos é possível identificar um posicionamento nitidamente preconceituoso em relação a uma das variedades linguísticas do português? Justifique.

Resposta: Texto 2. O autor se opõe totalmente à ideia de que "quem faz a língua é o povo". Ao afirmar que a escola evita o "apodrecimento da língua" e fazer referência depreciativa a falantes das classes sociais mais pobres, ele revela seu menosprezo pela variedade popular da língua portuguesa.

b) Os três autores expressam a mesma opinião a respeito de como os falantes devem usar o idioma? Justifique.

Resposta: Não. Alencar e Napoleão Mendes têm posições mais próximas entre si. O primeiro defende a supremacia da língua "rica", "nobre", afirmando que isso revela a inteligência e a "cultura" (ilustrada) do povo; fica subentendido, portanto, o preconceito em relação aos grupos sociais não "ilustrados"; o segundo é radicalmente contrário à valorização das variedades populares. Bandeira, em posição oposta, mostra-se simpático/receptivo à variedade popular e é favorável a que todos a utilizem.

c) Considerando apenas o conteúdo dos textos, é possível identificar qual desses escritores era um gramático? Justifique sua resposta.

Resposta: O gramático era Napoleão Mendes de Almeida. Os pontos de vista explicitados em seu texto evidenciam claramente que ele, ao defender com convicção a variedade padrão e também expressar raivosamente sua aversão às variedades populares, revela sua visão extremamente elitista da língua, típica dos gramáticos puristas/ conservadores.



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Em qual desses trechos e possível identificar um posicionamento nitidamente
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Severino Antônio Moreira Barbosa

Doutor em Educação (área de Filosofia e História da Educação) pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.

Professor do Ensino Médio e do Ensino Superior há 40 anos e autor de vários livros.

3ª edição

São Paulo - 2016

FTD


MANUAL DO PROFESSOR

2

FTD

Copyright © Emília Amaral, Mauro Ferreira do Patrocínio, Ricardo Silva Leite, Severino Antônio Moreira Barbosa, 2016

Diretor editorial Lauri Cericato

Gerente editorial Flávia Renata P. A. Fugita

Editora Angela C. D. C. M. Marques

Editoras assistentes Ana Paula Figueiredo, Irene Catarina Nigro, Maria Aiko Nishijima, Nathalia de Oliveira Matsumoto, Roberta Vaiano

Assessoria Suelen Rocha M. Marques

Gerente de produção editorial Mariana Milani

Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes




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E mais..., p. 306

Critérios de avaliação e reelaboração, p. 307

Resumindo o que você estudou, p. 307

Atividades: Leitura e produção, p. 307

Capítulo 2 - Linguagens: entre textos, entre linhas, p. 309

Primeira leitura

Então tá, de Leticia Wierzchowski e Marcelo Pires, p. 310

Releitura, p. 310

Atividades: Produção, p. 311

Multiplicidade de linguagens, p. 311

A relação texto-contexto, p. 311

Atividades: Leitura, p. 311

E mais..., p. 312

Atividades: Leitura e produção, p. 313

Critérios de avaliação e reelaboração, p. 314

Resumindo o que você estudou, p. 314

Atividades: Leitura e produção, p. 315

Capítulo 3 - A enumeração e os gêneros textuais, p. 316

Primeira leitura

Memória dos dias comuns, de Fabrício Corsaletti, p. 317



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Page 4

PARA VER NA REDE

Para conhecer outras obras de Sorgh e Miró, visite os sites:

Obras de Sorgh

· Disponível em: http://tub.im/3udeam. Acesso em: 18 abr. 2016.

Obras de Miró

· Disponível em: http://tub.im/is36xf. Acesso em: 18 abr. 2016.

· Disponível em: http://tub.im/fpwk2z. Acesso em: 18 abr. 2016.

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LEITURA

Atenção Professor(a), antes da leitura do próximo texto, é importante promover uma discussão sobre qual é o conceito de arte na perspectiva cultural dos alunos. Fim da observação.

Neste texto, o historiador da arte Horst Waldemar Janson procura esclarecer o que é arte. Não é uma tarefa simples nem fácil. Observe que o autor relativiza constantemente as definições, ou melhor, as aproximações da ideia de arte: "para nós", "antes de mais nada", "muitas vezes", "costuma ser definida".

O que é arte?

"Por que isto é arte?" "O que é arte?" Poucas perguntas provocarão polêmica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias. Embora não cheguemos a nenhuma conclusão definitiva, podemos ainda assim lançar alguma luz sobre estas questões. Para nós, arte é, antes de mais nada, uma palavra, uma palavra que reconhece quer o conceito de arte, quer o fato de sua existência. Sem a palavra, poderíamos até duvidar da própria existência da arte, e é um fato que o termo não existe na língua de todas as sociedades. No entanto, faz-se arte em toda a parte. A arte é, portanto, também um objeto, mas não é um objeto qualquer. A arte é um objeto estético, feito para ser visto e apreciado pelo seu valor intrínseco. As suas características especiais fazem da arte um objeto à parte, por isso mesmo muitas vezes colocado à parte, longe da vida cotidiana, em museus, igrejas ou cavernas. E o que se entende por estético? A estética costuma ser definida como "o que diz respeito ao que é belo".

JANSON, H. W. História geral da arte. Adaptação e preparação do texto para a edição brasileira de Maurício Balthazar Leal. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 11-12.




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NAVEGAR É PRECISO

A partir da pop art (década de 1960), a arte contemporânea ampliou os horizontes das práticas estéticas, concentrando-se mais nos processos artísticos do que nos resultados, nas obras acabadas. Novos movimentos - como a arte conceitual, o minimalismo, a body art, a performance, as instalações e os multimeios - desafiam os conceitos da arte tradicional e mesmo da arte moderna.

Procure na internet e veja com seus amigos o vídeo Der Lauf der Dinge (em inglês: The way things go), dos artistas alemães Peter Fischlii e David Weiss.

16

· 2º momento: escolha de duas dessas imagens para análise mais detalhada; discussão dos elementos intrínsecos e extrínsecos que predominam em cada imagem escolhida.

· 3º momento: preparação do material visual (cartazes, projeção de slides, lousa etc.) e ensaio da apresentação, obedecendo às regras estabelecidas pelo(a) professor(a).

2. Apresentação - O grupo deve apresentar as imagens escolhidas e explicar os elementos intrínsecos e extrínsecos que predominam em cada uma.

3. Avaliação - O grupo deve avaliar o trabalho e o desempenho dos participantes.

A LITERATURA

A arte da literatura existe há alguns milênios. Entretanto, sua natureza e suas funções continuam objeto de discussão, principalmente para os artistas.

Como qualquer outra arte, é uma criação humana; por isso sua definição constitui uma tarefa tão difícil.

O homem, como ser histórico, tem anseios, necessidades e valores que se modificam constantemente. Suas criações - entre elas a literatura - refletem seu modo de ver a vida e de estar no mundo. Assim, ao longo da História, a literatura foi concebida de diferentes maneiras. Mesmo os limites entre o que é e o que não é literatura variaram com o tempo.

Tentemos, portanto, a definição mais abrangente possível, que atenda à concepção da literatura em nosso tempo:

Literatura é a arte que utiliza a palavra como matéria-prima de suas criações.

No poema ao lado, Cassiano Ricardo procura definir a poesia, parodiando a definição de ilha dos antigos livros de Geografia.

O poeta parece diferenciar a linguagem da poesia da linguagem comum, que a cerca "por todos os lados". Mas a poesia só pode brotar da palavra, arduamente trabalhada no poema.

Uma obra literária - um poema, um conto, um romance... - tem alguma coisa em comum com um quadro ou uma canção, embora seja muito diferente destes.

A obra de arte tem um valor intrínseco - uma qualidade estética - que a distingue das obras realizadas com finalidades práticas.

Do mesmo modo, a obra literária é essencialmente diferente dos textos produzidos em nossa vida prática, como cartas, relatórios ou este texto didático que você está lendo agora. Ela possui valores intrínsecos ou valores estéticos, que são construídos com as palavras. Ela (re)inventa a realidade com as palavras. Leia os textos a seguir e constate essa afirmação.

Poética

1

Que é a Poesia?

uma ilha

cercada


de palavras

por todos

os lados.

2

Que é Poeta?

um homem

que trabalha o poema

com o suor do seu rosto.

Um homem


que tem fome

como qualquer outro

homem.

RICARDO, Cassiano. Jeremias sem-chorar. 2ª ed. rev. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968. p. 11.




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PARA NÃO ESQUECER

Polissemia (ou polivalência) é a multiplicidade de referências da palavra em um contexto. No texto literário, o sentido brota da tensão entre os diferentes significados. Exemplo: sol = símbolo musical; Sol (o astro) = luz, calor.

E MAIS...

Fazendo conexões

A paródia é um dos processos mais comuns de recriação de obras.

Pesquise na internet e encontre exemplos de paródias de obras de arte famosas.

Procure também imagens das obras originais, as parodiadas.

Escolha as mais interessantes para mostrar e comentar para seus colegas.

Atenção professor: O aluno poderá facilmente encontrar na internet recriações paródicas de obras famosas como O grito, de Munch, Mona Lisa e Santa Ceia, de Leonardo Da Vinci, de muitos quadros impressionistas e pós-impressionistas. Fim da observação.



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Mario Quintana (1906-1994)

Poeta suI-rio-grandense, buscou sempre uma poesia simples e despojada. Publicou mais de uma dezena de livros, entre os quais se destacam: A rua dos cata-ventos (1940), Espelho mágico (1948), O aprendiz de feiticeiro (1950), Caderno H (1973), Apontamentos de história sobrenatural (1976), A vaca e o hipogrifo (1977), Esconderijos de tempo (1980).

23

Em tom de conversa

Participe de uma conversa com os colegas, orientada pelo(a) professor(a), sobre a crônica de Mario Quintana. Externe suas impressões sobre o texto, destacando os trechos de que mais gostou, ou de que não gostou, e explicando por quê. Apresente as dúvidas que possam ter surgido durante a leitura, para que os colegas e o(a) professor(a) o(a) ajudem a resolvê-las.

Eis algumas questões que podem aquecer e orientar a conversa:




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26

FORMA E CONTEÚDO

Na obra literária, o como (o modo, a forma, o significante, a escolha e a ordem das palavras etc.) é tão importante quanto o quê (o que o texto diz, o conteúdo referencial, o significado). Na verdade, um não existe sem o outro. Forma e conteúdo são abstrações correlatas e recíprocas, ou seja, uma implica necessariamente a outra.

No capítulo anterior, ao ler o poema "As andorinhas de Antônio Nobre", você viu que a separação das sílabas, formando, cada uma, um verso (forma), já é conteúdo, ou seja, uma imagem concreta das andorinhas pousadas nos fios e das notas musicais grafadas na pauta. Se desmanchássemos os versos, as palavras continuariam as mesmas, mas a imagem visual das andorinhas desapareceria. O poema perderia grande parte de sua força expressiva: "Nos fios tensos da pauta de metal as andorinhas gritam por falta de uma cl'ave de sol".

Do mesmo modo, a forma visual em que Arnaldo Antunes dispôs as letras e as palavras na construção de seu poema é, por si mesma, responsável pela produção do conteúdo, ou seja, dos significados que você e seus colegas desentranharam do texto.

O autor pode partir de uma inspiração, de uma intuição, de uma ideia, da observação de uma realidade - coisa ou acontecimento -, de um sentimento, de uma inquietação para criar a obra. Mas são apenas pontos de partida. Como diz Mario Quintana, é necessário ainda encontrar a "implícita imagem-poema", ou seja, a forma, o "como" dizer, para que esses pontos de partida se tornem conteúdos e... tenham vida.

O autor pode também partir da própria forma, como ocorreu no poema de Arnaldo Antunes. O palíndromo "rio: o ir", uma brincadeira com as palavras, um manuseio de letras, se desdobrou em outras formas visuais e produziu conteúdos, significados.

Verossimilhança

Por tudo que foi dito até agora, fica claro que a relação entre a literatura e a realidade é muito complexa. É comum leitores perguntarem se uma história narrada em um conto ou em um romance realmente aconteceu. A principal razão dessa pergunta é o fato de que os elementos da narrativa (personagens, ações, espaço) parecem muito verdadeiros, dando à ficção aparência de relato de acontecimentos reais.

A pergunta, portanto, não deve ser se os acontecimentos narrados são reais, verdadeiros, mas se são verossímeis.

Nem sempre as obras narram acontecimentos que seriam possíveis no mundo real. Nenhum leitor perguntaria, por exemplo, se a história do vampiro, narrada no romance Drácula, realmente aconteceu. No entanto, é uma obra escrita com técnicas descritivas e estratégias narrativas tão realistas, que produzem um efeito de verdade e provocam inquietação e medo no leitor durante a leitura. Apesar de narrar coisas extraordinárias, impossíveis de acontecer no mundo real, essa obra possui verossimilhança.

Para resolver essa aparente contradição, devemos distinguir dois tipos de verossimilhança.




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LEITURA

TEXTO 1

Algumas variações sobre um mesmo tema

I

As vacas voam sempre devagar porque elas gostam da paisagem.

Porque, para elas, o encanto único de uma viagem olhar, olhar...

II

Partir... tão bom! Mas para que chegar?

III

o melhor de tudo é embarcarmos num poema...

Carlos Drummond, um dia, me pôs de passageiro num poema seu*.

Ah, seu Carlos maquinista, até hoje ainda não encontrei palavra para agradecer-lhe...

Mas que longa, longa viagem será!

IV

E das janelinhas do trenzinho-poema

abanaremos para os brotinhos do futuro.

Ui, como serão os brotinhos do século XXIII,

meu Deus do Céu?

Pergunta boba! Em todas as épocas da História

um brotinho é um brotinho é um brotinho...

V

Tenho pena, isto sim, dos que viajam de

avião a jato:

só conhecem do mundo os aeroportos...

E todos os aeroportos do mundo são iguais, excessivamente sanitários

e com anúncios de Coca-Cola.

VI

Nada há, porém, como partir na lírica desarrumação da minha cama-jangada

onde escrevo noite adentro estes poeminhas com a esferográfica:

a tinta - quem diria? - é verde, verde...

(o que não passará, talvez, de mera coincidência)

ALGUMAS VARIAÇÕES SOBRE UM MESMO TEMA - In: Apartamentos de História Sobrenatural, de Mario Quintana, Alfaguara, Rio de Janeiro; © by Elena Quintana.

* Trata-se do poema "Quintana's Bar" de C. D. de Andrade. Os dois poetas, Quintana e Drummond, "viajam" no tempo e no espaço da imaginação poética.




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FIQUE SABENDO

A voz que fala em um poema é chamada eu lírico. O eu lírico, assim como o narrador, não deve ser confundido com a pessoa do autor.

Do texto 3

7. Assim como o poema de Ferreira Gullar, o de Olavo Bilac é metalinguístico, é um poema que fala da poesia.

a) Qual é a qualidade que Bilac almeja atingir na produção de sua poesia?

Resposta: Bilac almeja criar poemas formalmente perfeitos, como as joias produzidas pelos ourives. Para ele, a forma é tudo, uma deusa a quem ele deve servir.

b) No primeiro capítulo vimos que a matéria-prima da criação literária é a palavra. Considerando a comparação com o trabalho do ourives, podemos inferir o tipo de linguagem que Bilac pretende utilizar. Que tipo é esse?

Resposta: Uma linguagem de alto nível, de vocabulário requintado e raro, como a matéria-prima utilizada pelos joalheiros: ouro, prata e pedras preciosas.

c) Bilac demonstra preocupação com o conteúdo referencial dos poemas?

Resposta: Não. Desde que a forma seja perfeita, o conteúdo não importa. O ourives trabalha minuciosamente para produzir a joia, um ornamento, que é apenas a representação de uma flor.



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a) criar a fantasia.

b) permitir o sonho.

c) denunciar o real.

d) criar o belo.

e) fugir da náusea.

Resposta: Alternativa c.

7. (Enem/MEC)

Negrinha

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.

Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.

Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.

Ótima, a dona Inácia.

Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.

[...]

A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos - e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual.

LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição inferese, no contexto, pela



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3. Interprete o sentido das palavras quintal (metonímia) e noite (metáfora) na última estrofe:

Agora era fatal

Que o faz de conta terminasse assim

Pra lá deste quintal

Era uma noite que não tem mais fim

Pois você sumiu no mundo

Sem me avisar

E agora eu era um louco a perguntar

O que é que a vida vai fazer de mim.

BUARQUE, Chico; SIVUCA. "João e Maria". 1977. Disponível em: http://chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=jooemari_77.htm. Acesso em: 25 maio 2016.

Resposta: O quintal é o lugar das brincadeiras da infância, e, no texto, representa, por metonímia, a própria infância; o substantivo noite é uma metáfora comum para representar a infelicidade, a tristeza, a desesperança (é um lugar-comum, e está consignado nos dicionários como um dos significados dessa palavra). Os versos significam, portanto, que, na vida adulta (pra lá da infância) só há infelicidade.

A metonímia e a metáfora, figuras de linguagem, são trabalhadas no capítulo 4 de Gramática.

4. Compare e comente o final das duas histórias de amor, o da "Balada...", de Drummond, e o da letra "João e Maria".

Resposta: No poema de Drummond, cada episódio tinha final trágico, mas a história teve um final feliz, com o casamento dos namorados. Em "João e Maria" ocorre o contrário: nas brincadeiras da infância havia felicidade, mas na vida adulta (o "agora" real), o faz de conta não é mais possível, e os namorados se separam (saem do "quintal" para a "noite que não tem mais fim").



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Capítulo CXXIII / Olhos de ressaca

8 Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

9 As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.




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· A leitura superficial, horizontal, que se limita à compreensão dos elementos mais imediatos e concretos do texto. Por meio dela o leitor apreende o significado literal , ou aquilo que o texto diz explicitamente. Por exemplo: o namorado foi pirata mouro da Tripolitânia, no século XVII, e sua amada, sendo cristã, suicidou-se para que ele não a raptasse. Isso é o que o texto diz literalmente. Sem o domínio desse primeiro nível de significação, o leitor não pode passar para um segundo nível.

· A leitura em profundidade, ou leitura vertical, requer a interpretação dos elementos de significação literal. O leitor busca aquilo que o texto quer dizer. Nesse nível, o texto se revela plurissignificativo: o namorado, homem do século XX, identificando-se com os personagens dos filmes a que assiste, imagina ser o herói dessas aventuras. Podemos também entender que o poema não fala de um caso particular de amor, mas do amor em geral, de todas as épocas. Podemos ainda avançar nossa interpretação e inferir que a balada ironiza as relações amorosas de hoje, opondo à visão que temos do amor de outras épocas, heroico, cheio de aventuras e trágico, o amor prosaico dos tempos da liberdade sexual e da igualdade entre os sexos.

Essas interpretações, e outras mais que você tenha dado ao poema de Drummond, não se excluem. Todas elas preenchem as possibilidades significativas do texto.



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a) "mas havendo acordo em que o passivo devia ser pequeno" (§ 3).

Resposta: Conjunto das dívidas.

b) "No tílburi em que andei uma ou duas horas" (§ 7).

Resposta: Tipo de carro urbano, do século XIX, puxado a cavalo.

c) "O cocheiro aventurou duas ou três perguntas sobre a minha situação moral" (§ 7).

Resposta: Estado de espírito, de ânimo.

d) "Olhos de ressaca" (título do capítulo CXXIII - para depreender o significado, relacione-o com o parágrafo 9).

Resposta: Refluxo da vaga do mar, depois de se chocar com o litoral.

e) "Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida" (§ 8).

Resposta: Cerimônia e orações que se fazem antes do enterro.

f) "e ajudar a levar o féretro à cova" (§ 11).

Resposta: Caixão mortuário.

g) "Tinham jus ao discurso anunciado" (§ 13).

Resposta: Direito.

4. Nestes capítulos que você está lendo, o narrador não se refere explicitamente ao modo como Escobar morreu (a narração desse acontecimento é feita no capítulo anterior - CXXI / "A catástrofe"). Mesmo assim, interpretando alguns indícios, você pode inferir o que ocorreu.

a) A partir de expressões usadas pelo narrador nos parágrafos 3 e 7, deduza se a morte de Escobar era esperada ou foi repentina.

Resposta: Pode-se deduzir que foi uma morte repentina, tomando de surpresa os parentes e amigos, a partir das expressões desastre (§ 3) e um lance da fortuna (lance: acontecimento inesperado; fortuna: destino, acaso).

b) As pessoas apontavam, na praia, o lugar onde Escobar falecera (§ 3).

Relacione essa passagem com o título e com o final no capítulo CXXIII e deduza a causa da morte de Escobar.

Resposta: Escobar morreu por afogamento. Segundo o narrador, Capitu parecia querer "tragar também o nadador da manhã" com seus "olhos de ressaca", como a vaga do mar. (A dedução é fácil, mas o aluno deve entender o significado do substantivo ressaca e a tão expressiva imagem dos olhos de Capitu).

5. Releia, no item 1 do tópico "A leitura do texto literário" (p. 39), o comentário sobre o romance Dom Casmurro. Em seguida, retorne aos capítulos que está analisando e responda:

a) Qual é a primeira palavra utilizada pelo narrador a sugerir o adultério de Capitu?

Resposta: O advérbio apaixonadamente, no parágrafo 8.

b) Essa palavra refere-se a um fato categórico ou a uma interpretação do narrador?

Resposta: Refere-se à interpretação que ele fez do comportamento de Capitu, à avaliação de que sua esposa parecia sofrer mais que a viúva do defunto. (Observar que Bentinho interpreta todas as atitudes de Capitu como sinais de culpa: as lágrimas são manifestações da paixão; o enxugar os olhos, o olhar "a furto" para as pessoas e a solicitude para com a viúva, como gestos de disfarce.)

c) Qual foi a atitude de Bentinho, em seguida? Que característica do personagem essa atitude indica?

Resposta: Bentinho imediatamente parou de chorar, concentrando-se apenas na observação do comportamento da esposa. Essa atitude indica que Bentinho é um homem extremamente ciumento e um marido inseguro. Sua dor pela morte do maior amigo transformou-se em ódio, como se percebe em seu desejo de atirar o caixão e o defunto à rua (§ 11).



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Comentário (p. 343)

Professor(a), fazer uma ponte entre a resolução das questões e o comentário, acentuando a relação entre ser capaz de linguagem (em amplo sentido) e conseguir dar um ponto de vista sobre um aspecto da realidade, ou seja, posicionar-se diante dela.

Atividades (p. 344)

Leitura e produção

A atividade 1 é dedicada à leitura de uma imagem do desenhista polonês Pawel Kuczinski. Ela apresenta personagens e ações que mostram duas situações opostas e paralelas: enquanto o menino da esquerda representa as crianças exploradas, o da direita representa as crianças "bem-nascidas". A finalidade da leitura é perceber como imagens aparentemente isentas apresentam e defendem um determinado ponto de vista. No caso, trata-se da denúncia da desigualdade social entre as crianças.

Na atividade 2, as produções enfocam o relato e o texto dissertativo-argumentativo, mostrando como se estruturam, em diferentes contextos.

Sugestão de avaliação

Qualquer uma das atividades de produção textual deste capítulo deve ser avaliada de acordo com elementos trabalhados ao longo desse início do curso: relação entre texto e contexto, fatores de coerência e coesão, e, por meio de ambas, clareza, adequação, somadas à presença de pessoalidade e inventividade.

O buraco da memória ll

Criar um blog para postar histórias interessantes, que o aluno conheceu e/ou produziu, ao longo do ano.

Sugestão de bibliografia especializada

MENDONÇA, Marta Rodrigues de Souza. Um gênero quadro a quadro: a história em quadrinhos. In: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna RacheI; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

OZ, Amós. E a história começa: dez brilhantes inícios de clássicos da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007. 448

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Capítulo 6 - Linguagem e ponto de vista

Proposta

A focalização da relação entre as várias manifestações da linguagem (visual, verbal, oral, escrita etc.) e a criação de pontos de vista sobre a realidade.

447

Objetivos

1. Praticar a leitura de gêneros diversificados, que envolvem vários tipos de linguagens, como histórias em quadrinhos, fábulas, fotografias etc. 2. Apreender as formas pelas quais esses gêneros expressam pontos de vista sobre a realidade e assim criam sentidos. 3. Criar textos narrativos e dissertativos, exercitando as questões discutidas ao longo do capítulo.



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Sugestão de procedimento

Primeira Leitura (p. 334)

"O buraco da memória", de Carlos Heitor Cony

Em tom de conversa (p. 335)

A leitura da crônica em voz alta deve ser realizada pelo(a) professor(a). Seria interessante que as questões apresentadas permitissem de fato uma conversa entre o(a) professor(a) e os alunos, seguida das questões de releitura, que aprofundam a discussão sobre os recursos expressivos mais significativos da bela crônica em que Cony faz o retrato comovido de seu pai já falecido. Acentuar a analogia, os elementos descritivos e o tom lírico da crônica, gênero estudado no capítulo 6 de literatura deste livro.



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Sugestão de avaliação

Todos os itens estudados sobre o gênero notícia, sejam textuais e ou contextuais, devem ser avaliados. Sugerimos que o(a) professor(a) rastreie o capítulo e enumere tais itens, para fazer uma lista do que pretende avaliar. Por exemplo: texto (a estrutura da notícia, a linguagem, o tom etc.); contexto (a relevância da notícia, a explicitação do público-leitor e sua adequação a ele etc.); coerência entre título e texto.

Sugerimos que o(a) professor(a) proponha a cada aluno que, com seu celular (ou mesmo sem ele), transforme-se em uma espécie de detive do seu bairro, da sua escola, dos seus lugares de lazer, em busca de uma boa notícia para trazer aos colegas. O(A) professor(a) deve aproveitar a curiosidade dos alunos e o fato de terem acesso a recursos tecnológicos para convertê-los em repórteres.



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Leitura (p. 329)

"Índia proíbe pássaro na gaiola", jornal Agora São Paulo

Na atividade 2 da seção Releitura, acentuar que é comum a presença de elementos não verbais na constituição das notícias de jornal, revistas etc.

Estrutura de um jornal (p. 330)

Seria interessante que os alunos anotassem todos os elementos apresentados da estrutura de um jornal para realizar posteriormente as atividades propostas na atividade de leitura seguinte e no E mais...

Títulos de jornal (p. 330)

Professor(a), é possível pedir que os alunos produzam títulos a partir da amostragem de alguns dos estilos de títulos mais conhecidos e de produção de notícias.

Atividade (p. 331)

Leitura

É importante promover um momento de análise da estrutura dos jornais. Para isso, sugerimos ao (à) professor(a) que leve alguns exemplares de periódicos mais ou menos conhecidos para que sejam comparados pelos alunos. É interessante que os alunos também contribuam trazendo seus próprios exemplares. Peça para que trabalhem em pequenos grupos e descubram, em um primeiro momento, o(s) nome(s) e a(s) sequência(s) dos cadernos e seções e, num segundo momento, que identifiquem outros gêneros textuais publicados em jornais, além de notícias. Ajude-os a encontrar, na prática, a infinidade de gêneros textuais presentes nos jornais: notas, reportagens, entrevistas, editoriais, comentários, artigos de opinião, resenhas, crônicas, cartas do leitor, anúncios de serviços e anúncios publicitários. Ressaltar que o jornal também apresenta textos com linguagem não verbal, além da mista (linguagem verbal e não verbal), como caricatura, charge, cartum e tirinhas. Um exemplo de jornal pode ser desenhado na lousa, até mesmo com seus anúncios e propagandas. Após esta atividade, peça para que reparem no grande número de propagandas e anúncios que aparecem pagos pelos anunciantes que garantem o sustento do jornal. Enfim, seria interessante que especulassem, através da leitura de alguns textos, as imagens de leitores aos quais os jornais se dirigem. Ex: classe social, elementos ideológicos etc.



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Capítulo 4 - Notícia

Proposta

Apresentação das principais características do gênero textual notícia.

Objetivos

1. Levar o aluno a entender como se estrutura uma notícia. 2. Estender o trabalho ao contexto jornalístico, procurando esclarecer suas especificidades. 3. Explorar o conceito de lide de modo a que os alunos percebam que ele constitui uma espécie de núcleo básico para a realização de vários tipos de relato. 4. Incluir a figura do leitor, como elemento fundamental tanto na escolha dos assuntos abordados nas notícias, quanto na necessidade de dar a elas um tom de neutralidade, de imparcialidade.



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A enumeração e os gêneros (p. 319)

A ideia deste tópico é explorar alguns gêneros textuais que operam por enumeração (enquete, artigo, ensaio, verbete de dicionário), e, a partir da leitura e da compreensão desses gêneros, realizar exercícios de produção que implicam o uso da técnica enumerativa.

Atividades (p. 321)

Leitura e produção

Sugerimos que o(a) professor(a) divida a classe em grupos, de modo que cada grupo apresente os exercícios relativos a cada gênero estudado, concluindo a exposição com a definição dos gêneros (os gêneros "ensaio'' e "verbete" já aparecem definidos no capítulo). Ao circular pela sala, o(a) professor(a) pode atender aos grupos esclarecendo suas dúvidas.

Todas as atividades realizadas ao longo do capítulo podem ser muito ricas, no sentido de propiciarem a interação da classe.



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Sugestão de atividade extraclasse

Pedir aos alunos que façam um inventário dos gêneros mais utilizados em seu cotidiano - e daqueles de que mais necessitam para comunicar-se - e o tragam para ser discutido e trabalhado em classe, de acordo com critérios de seleção e pesquisa fornecidos pelo(a) professor(a), que pode sugerir a criação de um painel de textos considerados interessantes pela classe.

Sugestões de bibliografia especializada

COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. São Paulo: Autêntica, 2008.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 2000.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2005.

PRETI, Dino (Org.). Estudos de língua falada: variações e confrontos. São Paulo: Humanitas, 1999.

ZANOTTO, Normelio. E-mail e carta comercial: estudo contrastivo de gênero textual. Rio de Janeiro: Lucerna; Caxias do Sul: Educs, 2005.



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E mais... (p. 312)

Debate

A realização dessa atividade, que pressupõe que vários pontos de vista possam ser debatidos num contexto de oralidade, deve ser orientada pelo(a) professor(a) no que diz respeito a objetivos, condução e avaliação do debate;

O(A) professor(a) deve:

· explicar os objetivos do trabalho;

· orientar a organização dos grupos e a distribuição de tarefas (incluindo utilização da lousa e outros recursos visuais);

· estabelecer os parâmetros e as regras para a apresentação e a discussão (tempo de apresentação de cada aluno e cada grupo; tempo de réplica, de tréplica, anotação dos resultados do debate);

· coordenar a avaliação dos resultados.




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Sugestão de procedimento

Primeira leitura (p. 310)

Troca de e-mails entre Marcelo e Letícia

Como os elementos que caracterizam a relação texto e contexto são fundamentais tanto para o reconhecimento quanto para a produção de textos de diferentes gêneros textuais, sugerimos que, desde as questões de releitura, o(a) professor(a) ressalte tais elementos, de modo que os alunos possam incorporá-los por meio de exemplos que eles mesmos criem durante a aula. Na questão 3 da Releitura, ressaltar para os alunos as partes em que se dividem os textos, tendo em vista seus elementos contextuais.

Observar a definição do gênero e-mail do boxe O que dizem os especialistas. Mais uma vez, reforçamos que a consulta a esses dicionários deve ser uma prática constante ao longo das aulas.

Novamente, ressaltar os elementos da interlocução ou elementos contextuais, utilizando o boxe Para não esquecer especialmente como parâmetro para as respostas às questões de releitura.



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Atividades (p. 311)

Leitura

No primeiro bloco de atividades dessa página, uma narrativa em 1ª pessoa deve conduzir a um desfecho para a leitura dos e-mails a partir do ponto de vista de um dos personagens; em seguida, há o exercício de produção de e-mail, também de caráter narrativo. Na leitura comentada dos textos produzidos, seria interessante focalizar a questão da particularidade e ao mesmo tempo da diversidade do(s) ponto(s) de vista. E também insistir que, na utilização da 1ª pessoa narrativa, o narrador incorpora o ponto de vista de um determinado personagem. É interessante chamar a atenção para a autoimagem, a autoapresentação, com linguagem bem-humorada e coloquial.

No segundo bloco de atividades dessa página, sugerimos que seja valorizada a conjugação entre imagens e palavras, tematizando de modo irônico os diferentes valores dos jovens (antecipação do tema consumismo, na tirinha 1, e a relação complexa entre vida real e virtual, na tirinha 2. É importante ressaltar, nas tirinhas, a conjugação entre imagens e palavras, abordando os temas já mencionados.




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