Explique como ocorre a reprodução das plantas

A reprodução é uma das características que diferem os seres inanimados dos seres vivos. Ela consiste no processo em que um ou mais organismos produzem descendentes, passando a eles uma cópia de todos ou de alguns de seus genes. Assim, a reprodução é imprescindível para a manutenção das espécies. Ela costuma ser dividida em duas categorias: reprodução assexuada e reprodução sexuada. Na reprodução assexuada, um único indivíduo dá origem a um ou mais descendentes. Por tal motivo é que eles são geneticamente idênticos aos seus genitores, embora possam ocorrer mutações e variações fenotípicas. Esse tipo de reprodução geralmente se dá por brotamento, quando determinada região do corpo do indivíduo cresce e depois se desprende, tornando-se um novo indivíduo; ou por fissão, caso em que o corpo do animal se parte e cada um dos pedaços se regenera independentemente, dando origem a novos indivíduos. Quanto à reprodução sexuada, esta ocorre a partir da união de gametas. Geralmente, metade das características dos descendentes é oriunda do gameta masculino, e outra metade, do feminino. Ela tem como uma de suas vantagens a variabilidade genética, visto que os gametas de um mesmo indivíduo apresentam-se distintos entre si. Nesse tipo reprodutivo, a fecundação pode ser tanto externa quanto interna e, nesse primeiro caso, a quantidade de gametas produzidos pela geração parental tende a ser bem maior. Existem organismos que podem reproduzir-se tanto assexuadamente quanto sexuadamente, como plantas e certos cnidários. Há também casos especiais de reprodução, como a partenogênese, em que acontece o desenvolvimento de embriões a partir de óvulos não fecundados. Ficou curioso (a)? Conheça os textos dessa seção! Nela você também encontrará textos sobre sexualidade e contracepção. Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima

A presença de flores e frutos, nas angiospermas, otimizou a fecundação das plantas e dispersão das sementes que, em outros grupos de plantas, ocorriam primordialmente por meio da ação dos ventos. Tais fatores, juntamente com um sistema eficaz de vasos condutores, permitiram que as angiospermas conquistassem diversos ambientes, representando cerca de 70% de todas as plantas de nosso planeta. Apesar de essas novas estruturas terem propiciado um grande avanço no que se diz respeito à reprodução sexuada das angiospermas, a reprodução assexuada não deixou de ser importante para esses indivíduos. Além de, geralmente, dar origem a novos indivíduos de forma mais rápida, tal modalidade produz indivíduos de mesmo genótipo, conservando as características da espécie nas novas gerações.
A forma mais comum de reprodução assexuada em plantas é denominada propagação vegetativa. Nela, estruturas como caules e folhas de determinadas plantas formam raízes, dando origem a novos indivíduos. Grama, batata, morangueiro e violeta são alguns exemplos de plantas que podem dar origem a novos indivíduos por meio desse tipo de reprodução assexuada. A partir desse princípio, podemos desenvolver algumas técnicas de propagação vegetativa que não ocorrem espontaneamente na natureza. São elas:

Estaquia: ramos caulinares contendo gemas laterais são cortados (assim como a gema apical) e são plantados, dando origem a novas plantas.



Mergulhia: partes de ramos são enterradas até que se criem raízes, sendo depois separadas da planta de origem e replantadas.

Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é retirado e plantado.

Enxertia: uma muda (cavaleiro ou enxerto) é transplantada em outra (cavalo ou porta-enxerto), enraizada.

Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e cultivados em soluções nutritivas.

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima

Os seres vivos dependem da reprodução para produzir descendentes e garantir a perpetuação da espécie. A reprodução de um organismo varia de acordo com as características de vida e comportamento. Então, neste texto, vamos aprender sobre a reprodução das plantas e como ela ocorre em cada um dos grupos vegetais. Acompanhe:

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As plantas possuem duas formas de reprodução, a reprodução assexuada e sexuada.
Na reprodução assexuada ocorre a formação de um indivíduo idêntico ao indivíduo de origem, ou seja, forma um clone da planta mãe. Esse tipo de reprodução pode ocorrer por esporos, brotamentos de caules ou folhas que precisam encontrar condições ideais no ambiente para germinar. Além disso, possui a vantagem de ser uma reprodução rápida, com pouco gasto de energia e independência de polinizadores.

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Já na reprodução sexuada ocorre a união de dois gametas por meio fecundação, garantindo a recombinação e a variabilidade genética. Os gametas feminino e masculino estão presentes nos órgãos reprodutivos da planta. Esse tipo de reprodução ocorre por alternância de gerações em que planta se alterna entre a fase de gametófito, haploide (n), e esporófito, diploide (2n). O gametófito é o local onde o gameta masculino se une ao gameta feminino para formar o zigoto e formar o esporófito. Dessa forma, após sofrer a meiose, o esporófito irá produzir diversos esporos, para originar novos gametófitos e assim, completando o ciclo.

Ciclos reprodutivos das plantas

Cada tipo de planta possui um ciclo reprodutivo diferente, pois elas apresentam características morfofisiológicas e comportamentais distintas. Por isso, vamos compreender como é a reprodução em cada grupo de plantas. Confira abaixo.

Briófitas

Nas briófitas, a reprodução assexuada ocorre em algumas espécies e consistem na fragmentação de várias partes da planta mãe para formar novos indivíduos. Na reprodução sexuada ocorre a alternância de gerações em que o gametófito (2n) é a fase dominante. Os esporos germinam no solo e dão origem aos gametófitos, que geralmente apresentam na região apical os arquegônios (órgão sexual feminino) e os anterídios (órgão sexual masculino). Após a ação da chuva, os gametas femininos e masculinos podem entrar em contato, resultando na fecundação e formando o zigoto (2n). Então, o zigoto se desenvolve no arquegônio e, por meiose, formam a estrutura temporária, os esporófitos (n). Assim é que ocorre a liberação dos esporos no solo e então, reinicia-se o ciclo com um novo gametófito.

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As pteridófitas também possuem a reprodução assexuada por brotamento. Porém, na reprodução sexuada, o esporófito (2n) é a fase dominante, essa característica se mantém em todas as plantas vasculares. Os esporófitos produzem esporos (n) que ficam reunidos nos soros, pequenas estruturas encontradas na face inferior das folhas das pteridófitas. Essas estruturas se rompem e liberam os esporos no ambiente que caem no solo e germinam o gametófito (n). O gametófito produz gametas masculinos e femininos, que quando maduros, e na presença de água, fecundam e formam o zigoto (2n). Por fim, o zigoto se desenvolve e o gametófito se degenera, restando a planta adulta.

Gimnospermas

A partir das gimnospermas, a reprodução ocorre independente da água e com a formação sementes. Os gametas são formados nos estróbilos em que o gameta masculino corresponde aos grãos de pólen e os femininos aos óvulos. Pela ação do vento, os grãos de pólen chegam até o tubo polínico e encontra o óvulo. Assim, ocorre a fecundação para formar o zigoto e depois o embrião. Então, o óvulo se transforma em semente para proteger o embrião contra a dessecação. Essa semente sofre a dispersão no solo, reiniciando o ciclo.

Angiospermas

As angiospermas são as plantas que apresentam flores e frutos, caracterizando o grupo mais diverso. A flor é o órgão reprodutivo dessas plantas e possui uma grande variedade de cores e cheiros para atrair animais polinizadores. Já os frutos também funcionam como um atrativo para animais, porém ajudam mais na dispersão de sementes. Na reprodução, o grão de pólen se deposita sobre o estigma no aparelho reprodutor feminino e dá origem a dois gametas, além disso, forma o tubo polínico que conduz os gametas até o óvulo. Um gameta fecunda o óvulo, dando origem ao zigoto. Ele formará o embrião, que se desenvolverá em plântula até atingir maturidade e se tornar adulta. Enquanto o outro gameta se funde aos núcleos do gametófito feminino, formando o endosperma (3n). O endosperma funciona como reserva energética para outras fases de desenvolvimento da planta.

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A reprodução das plantas é cheia de detalhes e peculiaridades. Aqui, tratamos de forma resumida os ciclos reprodutivos de cada grupo vegetal.

A importância da reprodução para as plantas

A reprodução nas plantas, assim como em qualquer outro ser vivo, é muito importante para garantir a sobrevivência da espécie. Com a reprodução sexuada ocorre a recombinação de genes para formar o zigoto. Esse processo garante a variabilidade genética, ou seja, alterações nos indivíduos descendentes que ao longo do tempo sofrerão com a seleção natural, contribuindo para a evolução.

Saiba mais sobre a reprodução nas plantas

Fizemos a seleção de algumas videoaulas para você revisar o conteúdo estudado e expandir seus conhecimentos. Então, não deixe de conferir os vídeos.

Tipos de reprodução

Selecionamos um vídeo para você relembrar as características da reprodução assexuada e sexuada. Confira a importância de cada uma delas para os seres vivos. Dessa forma, você vai compreender melhor os ciclos reprodutivos das plantas.

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Aqui, as diferenças do processo reprodutivos das plantas que possuem flores para as que não possuem flores. Cada uma possui uma peculiaridade para conseguir se reproduzir e manter a espécie.

Reprodução das briófitas

As briófitas são plantas de pequeno porte e avasculares. Por conta disso, a sua reprodução difere um pouco quando comparado a outros grupos vegetais. Nesse vídeo, você revisa as características principais das briófitas e entende como é a sua reprodução.

Em conclusão, o ciclo reprodutivo das plantas varia de acordo com o tipo de planta. Porém, ele é fundamental para garantir o processo evolutivo. Aproveite seus estudos de biologia e leia mais sobre o que acontece na mitose e meiose.

Referências

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. Biologia Vegetal. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p., 2014.

Taiz, L., Zeiger, E., Møller, I. M., & Murphy, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6ª ed. Artmed Editora. 2017.

Exercícios resolvidos

1. [UFPB]

Entre as adaptações dos vegetais à vida terrestre, uma das mais importantes está relacionada com o desenvolvimento da reprodução sexuada independente do meio aquático. Sob este aspecto, os vegetais terrestres que conseguiram superar a dependência da água para a fecundação dos gametas foram apenas as: a) pteridófitas; b) gimnospermas; c) briófitas; d) angiospermas;

e) gimnospermas e angiospermas.

A alternativa correta é e) gimnospermas e angiospermas.

As briófitas e pteridófitas dependem da água para completar seu ciclo reprodutivo. Sem a água, essas plantas não conseguem se desenvolver porque não ocorrerá a fecundação.

2. [UFPE]

O Reino Vegetal foi dividido informalmente em dois grandes grupos: criptógamos e fanerógamos, considerando-se principalmente os aspectos reprodutivos. A seguir, há uma série de exemplos de vegetais, identificados por algarismos e algumas de suas principais características: 1) Plantas vasculares, com sementes, porém sem frutos. 2) Plantas com sistema condutor de seiva, com flores, sementes e frutos. 3) Plantas com sistema condutor, com raízes e sem sementes.

4) Plantas avasculares, com rizoides e sem sementes.

As características descritas pelos algarismos de 1 a 4 representam, respectivamente:

a) gimnospermas, angiospermas, pteridófitas e briófitas. b) pteridófitas, angiospermas, gimnospermas e briófitas. c) pteridófitas, angiospermas, briófitas e gimnospermas. d) angiospermas, gimnospermas, pteridófitas e briófitas.

e) angiospermas, gimnospermas, briófitas e pteridófitas.

A alternativa correta é a) gimnospermas, angiospermas, pteridófitas e briófitas.