O que e coito interrompido

O que e coito interrompido
O que e coito interrompido
Casal debaixo dos lençois: coito interrompido não é um método contraceptivo seguro . Crédito: Freepik

O coito interrompido consiste em retirar o pênis da vagina antes do momento do clímax, quer dizer, antes da ejaculação, evitando, assim que os espermatozoides possam chegar ao óvulo, fecundando-o. Não é bem assim.

Para Thaíssa, como se não bastasse isso tudo, o coito interrompido acaba estragando toda a brincadeira. "O coito interrompido geralmente é desaconselhável pelos médicos porque, além de sua baixa efetividade, não previne doenças sexualmente transmissíveis. Outra desvantagem, é que interrompe o sexo na hora do clímax", comenta ela.

Thaíssa acredita que ele seja uma opção hoje em dia principalmente porque muitas mulheres não querem usar métodos hormonais. "Elas querem se livrar dos efeitos colaterais dos anticoncepcionais que possuem hormônio, como inchaço, diminuição da libido, cansaço, etc. Essa decisão também tem ligação com um movimento que está crescente nos dias de hoje, que é a medicina funcional", avalia.

Há quem acredite que o coito interrompido gere algum distúrbio no homem. Mas isso não passa de fake news. "Não há nenhum malefício para homem ou para sua saúde, só o fato de interromper o sexo bem no clímax", afirma a ginecologista.

Thaíssa lembra, portanto, que o coito interrompido não deve ser utilizado como método contraceptivo. "Deve ser utilizado em pessoas que não tem nenhum acesso a outros métodos".

Segundo Lorena, mulheres que conhecem bem o próprio corpo e seu ciclo menstrual conseguem ter uma ideia de quando estão no período fértil, "Tem sim como o coito interrompido não levar a uma gestação. Mas na maioria das vezes, o que eu falo é: não confia", alerta.

Thaíssa destaca que, para quem, mesmo ciente de sua baixa eficácia e risco de doença sexualmente transmissível, ainda deseja praticar o coito interrompido, vão algumas dicas que podem minimizar as chances de gravidez indesejada:

- A mulher deve conhecer seu ciclo menstrual e o período ovulatório, desta forma, pode tentar aumentar a eficácia do método

- O homem deve ter pleno controle e perceber o momento certo de retirar o pênis. Porque muitas vezes ele retira o pênis no início da ejaculação, então, uma pequena porção de sêmen é depositada na vagina, aumentando o risco de gravidez

- O homem deve urinar após cada ejaculação, eliminando resíduos de espermatozoides que permanecem na uretra. Se isso não for feito, antes de ocorrer a ejaculação o homem pode eliminar um líquido contendo espermatozoides, desta forma, pode ocorrer gestação

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Métodos contraceptivos são técnicas que possuem como função principal evitar a gravidez. De uma maneira geral, eles podem ser classificados em métodos reversíveis e definitivos. Entre os reversíveis, existem os comportamentais, os de barreira, os hormonais e os de emergência.

→ O que é o coito interrompido?

O coito interrompido é um método comportamental ou natural, uma vez que se trata de uma mudança na prática sexual do casal em que não há a utilização de algum produto ou medicação. Essa prática caracteriza-se pela retirada do pênis do interior da vagina no momento próximo à ejaculação, evitando, assim, que o sêmen entre em contato com as genitais da mulher.

Esse método é um dos mais antigos já relatados e, para que funcione, é necessário que o homem tenha um grande autocontrole. O homem tem o papel primordial de conter a ejaculação para que ela não aconteça no interior da vagina, o que muitas vezes não é uma tarefa fácil.

O coito interrompido pode trazer graves problemas aos casais, uma vez que muitos se sentem insatisfeitos com esse tipo de relação. É preciso que tanto o homem quanto a mulher sintam-se bem com esse método para evitar desgastes na relação.

→ Coito interrompido é um método eficaz?

O método possui um índice de falha variável estimada em quatro gravidezes a cada 100 mulheres, sendo que o motivo principal do insucesso é a falta de autocontrole masculina. É importante destacar que alguns pesquisadores afirmam que, antes mesmo de ejacular, o líquido eliminado pode conter alguns espermatozoides, aumentando, assim, o risco de falha. Outros estudos, no entanto, desmentem essa afirmação.

Leia também: Tabelinha

→ Dicas para aumentar a eficácia do coito interrompido

Para aumentar a eficácia do método, duas dicas principais podem ser seguidas:

→ Urinar entre uma relação e outra;

→ Lavar bem as mãos e o pênis antes de iniciar uma nova relação.

Além disso, combinar o coito interrompido com outro método contraceptivo, como anticoncepcionais, pode diminuir muito a chance de gravidez.

Leia também: Pílulas anticoncepcionais

→ Principal desvantagem do coito interrompido

É importante frisar que o coito interrompido é um método que pode ser usado por qualquer pessoa, pois não possui contraindicação, além de ser uma alternativa que não afeta a fertilidade do casal. Entretanto, como desvantagem, destaca-se a não proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

Veja também: Prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis

Lembre-se de que o melhor método contraceptivo é aquele que se adequa melhor ao seu estilo de vida. Converse com seu médico e com seu parceiro e escolha a forma que lhe dá maior confiança.

Por Ma. Vanessa dos Santos

Coito interrompido (em latim Coitus Interruptus) é um método de contracepção no qual, durante a relação sexual, o pênis é removido da vagina logo antes da ejaculação, impedindo a deposição de sêmen no interior da vagina. Este método tem sido utilizado amplamente pelos últimos 2000 anos e seu uso em 1991 foi estimado em 38 milhões de casais em todo o mundo.[1]

Coito interrompido Informação Tipo Natural Primeiro uso mais de 2000 anos atrás Taxas de falha (primeiro ano) Uso perfeito 4% Uso típico 15-28% Utilização Reversibilidade Sim Notas Depende do auto-controle do homem. Intervalo clínico Nenhum Vantagens e desvantagens Proteção contra IST Não Aumento de peso Não Benefícios Sem efeitos colaterais Riscos gravidez e doenças sexualmente transmissíveis

Como muitos outros métodos contracetivos, a efetividade confiável é alcançada somente com o uso correto e consistente. As taxas de falha observadas de coito interrompido variam dependendo da população estudada: estudos mostraram taxas de falhas de 15-28% por ano.[2] Em comparação, a pílula anticoncepcional tem uma taxa real de falha de 2-8%,[3] enquanto que o diafragma tem uma taxa real de falha de 5-10%.[2][4] O preservativo tem um taxa real de falha de 10-18%.[2]

Para casais que usam o coito interrompido em todos atos sexuais, a taxa de falha é de 4% por ano. Em comparação a pílula tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 0.3%, enquanto o diafragma tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 6%. O preservativo tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 2%.[5]

A principal causa da falha do método do coito interrompido é a falta do auto-controle de quem o utiliza. Isso pode resultar no depósito de sêmen na vulva, que pode facilmente migrar para o trato reprodutivo feminino. Alguns médicos vêem o coito interrompido como um método ineficiente para o controle de natalidade.[6] Em contraste, um estudo recente no Irã demonstrou que províncias com altas taxas de uso de coito interrompido não apresentam altas taxas de fertilidade, e que a contribuição do método para uma gravidez não desejada não é muito diferente do que a dos outros métodos mais utilizados, como a pílula ou preservativo.[7]

Foi sugerido que o pré-ejaculado ("fluido de Cowper"), fluido emitido pelo pênis antes da ejaculação, contém espermatozoides e é facilmente inserido na vagina através da ação dos capilares. Entretanto, muitos estudos novos[8][9] não obtiveram êxito em achar algum espermatozoide viável no fluido. Enquanto grandes estudos conclusivos não foram realizados, acredita-se que a principal causa da falha do uso-correto é a do fluido pré-ejaculado adquirindo espermatozoides de uma ejaculação anterior.[10] Por esta razão, é recomendado que os usuários do coito interrompido façam com que o homem urine entre as ejaculações, para limpar a uretra do esperma, e limpar qualquer ejaculado de objetos que possam chegar perto da vulva da mulher (por exemplo, mãos e pênis). Até hoje não foram constatados casos de gravidez do uso do Coito Interrompido aliado à injeções anti-concepcionais (Mesygina, Perlutan e Ciclofemina) ou ao adesivo Anti-concepcional (Evra).Por transformarem a parede da vagina em um ambiente inapropriado para a sobrevivência do espermatozoide, esses remédios fazem que os poucos que existem no líquido pré-ejaculado morram facilmente, impossibilitando a fecundação. As injeções e o adesivo anti-concepcional são considerados hoje os contraceptivos mais eficientes, com um índice de falha extremamente baixo.[11]

A vantagem do coito interrompido é a de que pode ser utilizado por qualquer pessoa que tiver vontade ou não tiver acesso a outras formas de contracepção. (Alguns homens preferem fazer isso de modo que eles protejam suas parceiras dos possíveis efeitos adversos dos contraceptivos.)[12] Este método não tem custos, não requer dispositivos artificiais, não têm efeitos colaterais físicos, e pode ser praticado sem a prescrição ou consulta médica.

O coito interrompido não é eficiente na prevenção de DSTs, como HIV, já que o pré-ejaculado pode carregar partículas de vírus ou bactérias que podem infectar o parceiro se este fluido entrar em contato com membranas mucosas. Entretanto, a redução no volume dos fluidos corporais trocados durante a relação sexual pode reduzir a propensão da transmissão de doenças devido ao menor número de patógenos presentes.[8]

Este método pode ser de difícil utilização para alguns homens. A interrupção da relação sexual pode deixar os parceiros insatisfeitos, como alguns homens relataram que o ato é análogo a sair de um cinema um pouco antes do grande final de um bom filme.[13]

Mundialmente, 3% das mulheres em idade fértil confiam no método do coito interrompido como seu método contraceptivo primário. A popularidade regional do método varia amplamente, de uma baixa taxa de 1% no continente Africano até 16% na Ásia Ocidental. (Dados de pesquisas da década de 1990.) [14]

Nos Estados Unidos, 56% das mulheres em idade reprodutiva já tiveram um parceiro que usava o coito interrompido. Em 2002, 2,5% estavam usando o coito interrompido como seu método primário de contracepção.[15]

  • Contracepção

  1. Population Action International (1991). "A Guide to Methods of Birth Control." Briefing Paper No. 25, Washington, D. C.
  2. a b c Kippley, John; Sheila Kippley (1996). The Art of Natural Family Planning 4th addition ed. Cincinnati, OH: The Couple to Couple League. 146 páginas. ISBN 0-926412-13-2  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda), which cites:
    Guttmacher Institute (1992). «Choice of Contraceptives». The Medical Letter on Drugs and Therapeutics. 34: 111-114 
    Hatcher, RA; Trussel J, Stewart F, et al (1994). Contraceptive Technology Sixteenth Revised Edition ed. New York: Irvington Publishers. ISBN 0-8290-3171-5  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  3. Audet MC, Moreau M, Koltun WD, Waldbaum AS, Shangold G, Fisher AC, Creasy GW (2001). «Evaluation of contraceptive efficacy and cycle control of a transdermal contraceptive patch vs an oral contraceptive: a randomized controlled trial». JAMA. 285 (18): 2347-54. PMID 11343482. Consultado em 16 de janeiro de 2007. Arquivado do original (Slides of comparative efficacy]) em 26 de março de 2007  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
    Guttmacher Institute. «Contraceptive Use». Facts in Brief. Guttmacher Institute. Consultado em 10 de maio de 2005. Arquivado do original em 25 de maio de 2005  - see table First-Year Contraceptive Failure Rates
  4. Bulut A, Ortayli N, Ringheim K, Cottingham J, Farley T, Peregoudov A, Joanis C, Palmore S, Brady M, Diaz J, Ojeda G, Ramos R (2001). «Assessing the acceptability, service delivery requirements, and use-effectiveness of the diaphragm in Colombia, Philippines, and Turkey.». Contraception. 63 (5): 267-75. PMID 11448468  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  5. Hatcher, RA; Trussel J, Stewart F, et al (2000). Contraceptive Technology 18th ed. New York: Ardent Media. ISBN 0-9664902-6-6  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  6. Creatsas G (1993). «Sexuality: sexual activity and contraception during adolescence.». Curr Opin Obstet Gynecol. 5 (6): 774-83. PMID 8286689 
  7. Amir H. Mehryar, A. Aghajanian, B. Delavar, H. Eini-Zinab, & Shahla Kazemipour (2005). "Continuing use of a traditional method (withdrawal) in a high contraceptive prevalence country, Iran: Correlates and consequences" . Ministry of Science, Research and Technology, Iran. Acessado em 2006-09-14.
  8. a b «Researchers find no sperm in pre-ejaculate fluid». Contraceptive Technology Update. 14 (10): 154-156. Outubro de 1993. PMID 12286905 
  9. Zukerman, Z.; Weiss D.B. Orvieto R. (abril de 2003). «Short Communication: Does Preejaculatory Penile Secretion Originating from Cowper's Gland Contain Sperm?». Journal of Assisted Reproduction and Genetics. 20 (4): 157-159. PMID 12762415  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  10. «Withdrawal Method». Planned Parenthood. Março de 2004. Consultado em 1 de setembro de 2006 
  11. Delvin, David (17 de janeiro de 2005). «Coitus interruptus (Withdrawal method)». NetDoctor.co.uk. Consultado em 13 de julho de 2006 
  12. Ortayli, N; et al. (2005). «Why Withdrawal? Why not withdrawal? Men's perspectives.». Reproductive Health Matters. 25 (13): 164-73. PMID 16035610 
  13. «Coitus Interruptus (Withdrawal)». Abstinence & Natural Birth Control Methods. Sexually Transmitted Disease Resource. 2006. Consultado em 5 de setembro de 2006. Arquivado do original em 10 de setembro de 2006 
  14. (2002). "Family Planning Worldwide: 2002 Data Sheet" (PDF) . Population Reference Bureau. Acessado em 2006-09-14.
  15. William D. Mosher, Gladys M. Martinez, Anjani Chandra, Joyce C. Abma, and Stephanie J. Willson (2002). "Use of Contraception and Use of Family Planning Services in the United States: 1982–2002. Advance Data No. 350" (PDF) . Center for Disease Control. Acessado em 2006-09-14.

  • Rogow, Deborah, and Horowitz, Sonya. (1995). "Withdrawal: A Review of the Literature and an Agenda for Research." Studies in Family Planning. Vol 26, No 3 (May-June 1995), pp. 140–153.
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