O que é doença venérea

DST é a sigla usada pelos médicos para identificar um conjunto de diferentes doenças que têm como característica comum o fato de serem transmitidas de um indivíduo a outro principalmente por meio do contato sexual.

O fato de uma doença ser classificada como DST não significa que a pessoa a contraiu por meio do sexo desprotegido. As DSTs podem, de modo geral, ser DSTs transmitidas pelo contato com secreções e com o sangue de uma pessoa que possui a doença.

A sífilis, por exemplo, é uma das DSTs mais comuns, sendo que ela pode ser passada de mãe para filho durante o nascimento da criança.

Quais são as DSTs mais comuns?

Entre as DSTs mais comuns, podemos destacar: clamídia, herpes, HIV, HPV, cancro mole, sífilis e gonorreia.

A AIDS também é uma DST, sendo que ela recebe a classificação de IST (infecção sexualmente transmissível), que é um outro tipo de DST.

Quais são os sintomas de DST?

Cada tipo de DST apresenta um conjunto de sintomas diferentes, de acordo com a doença contraída pelo paciente.

Alguns desses sintomas podem ser dor na região genital, ardência ao urinar, feridas que surgem nos genitais e no ânus, verrugas localizadas, bolhas, coceira na região e eliminação de secreções diversas por meio dos genitais.

Para ter um diagnóstico preciso e correto de DST, é preciso ir ao hospital e passar em uma consulta com o médico ginecologista, no caso das mulheres, e com o médico urologista, no caso dos homens.

Geralmente, a DST tem cura, sendo que a trilha de tratamento a ser seguida depende da doença que foi contraída pelo indivíduo. Algumas condições, como a AIDS, vão precisar de um tratamento que pode durar toda a vida.

Além disso, algumas DSTs podem apresentar sérias complicações, que precisam ser tratadas o quanto antes.

Por ano, a Rede D’Or realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência e emergência, com o objetivo de tratar com excelência pacientes que necessitam de cuidados imediatos.

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O que é

O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os órgãos genitais e os gânglios da virilha. É popularmente conhecida como “mula”.

Formas de contágio

A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, recomenda-se sempre o uso da camisinha masculina ou feminina e o cuidado com a higiene íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas

  • Feridas nos órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do útero, ânus e boca), as quais, muitas vezes, não são percebidas e desaparecem sem tratamento. 

  • Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de pus. 

  • Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar.

  • Quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, escroto e vulva).

Diagnóstico e tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.

As parcerias sexuais também precisam ser tratadas.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte. 

Quais são as principais infecções sexualmente transmissíveis?

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são:

Quais são os sintomas das infecções sexualmente transmissíveis?

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina. 

Quais são as características das infecções sexualmente transmissíveis?

Cada IST apresenta sinais, sintomas e características distintos. São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais.

As principais características, de acordo com os tipos de infecções sexualmente transmissíveis, são:

Corrimentos

  • Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
  • Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
  • Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
  • Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
  • Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
  • Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase. 

Feridas

  • Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.
  • Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros.
  • Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.

Verrugas anogenitais

  • São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado.
  • Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.

HIV/aids e hepatites virais B e C

  • Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV, HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.

Verrugas anogenitaisDoenças Inflamatória Pélvica (DIP)

  • É outra forma de manifestação clínica das IST.
  • Decorre de gonorreia e clamídia não tratadas.
  • Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.

 

Como é feito o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis?

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) caracterizam-se por infecções causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes (bactérias, vírus, fungos e protozoários), sendo transmitidas de maneira prioritária por contato sexual. Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

As IST ocorrem com alta frequência na população e têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz respeito ao diagnóstico das IST, a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.

A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar os principais agentes etiológicos e definir o tratamento sem o apoio de testes laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura completa nos diferentes aspectos das IST. Dessa forma, sempre que possível, os testes laboratoriais ou rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do diagnóstico. Além disso, sempre que disponíveis no serviço, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C.

É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST podem estar presentes e ser, inclusive, transmissíveis. Ultimamente, o manejo das infecções assintomáticas está se beneficiando de novas tecnologias diagnósticas — algumas já em uso, como os testes rápidos para sífilis e para o HIV, além de outras menos acessíveis até o momento, mas que contam com a possibilidade de implantação, como os testes para gonorreia e clamídia.

Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico.

De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro, plasma e fluido oral.

Hoje, o Ministério da Saúde distribui aos serviços de saúde do SUS os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Esses testes podem ser realizados por qualquer profissional, desde que devidamente capacitado, presencialmente ou a distância. O TELELAB consiste em uma plataforma de capacitação a distância do Ministério da Saúde, on-line, de livre acesso e gratuita, composta por cursos de diagnóstico das IST, incluindo aulas sobre os testes rápidos. Para mais informações, acesse: telelab.aids.gov.br.

Além disso, o Ministério da Saúde também oferece aos profissionais a Avaliação Externa de Qualidade para Testes Rápidos (AEQ-TR), que consiste em uma importante ferramenta de gestão para garantir a qualidade dos resultados gerados na testagem rápida. A avaliação é individual, espontânea e pode ser realizada por qualquer profissional que executa teste rápido. No site qualitr.paginas.ufsc.br/ poderão ser localizados o vídeo e o manual com informações detalhadas sobre a AEQ-TR.

Por fim, o atendimento imediato das pessoas com IST e de suas parcerias, além de ter uma finalidade curativa, também visa a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de outras IST e complicações decorrentes dessas infecções. A sinergia entre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno do HIV, da sífilis e das hepatites virais durante a gravidez leva à prevenção da transmissão vertical, devendo ser valorizada em todos os níveis de atenção.

Nesse sentido, o DCCI estabelece e apoia estratégias para redução das IST, em conjunto com estados, municípios, organizações não governamentais, entidades de classe e demais instituições envolvidas com o tema.

O que é Doença Inflamatória Pélvica (DIP)?

Informação completa em www.aids.gov.br

É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas e ovários, causando inflamações.  Esse quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas.

Como prevenir as infecções sexualmente transmissíveis?

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez.

Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha.

A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.

Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos, entre outros.

Por que alertar a parceria sexual de uma infecção sexualmente transmissível?

O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.

As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante a informação sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).

Vigilância epidemiológica de infecções sexualmente transmissíveis

O DCCI disponibiliza aos gestores e profissionais de saúde, assim como aos interessados na produção e análise epidemiológica, painéis de indicadores e dados básicos sobre o HIV/aids, sífilis e hepatites para o conjunto dos municípios brasileiros.

Os painéis apresentam a distribuição municipal dos principais indicadores epidemiológicos e operacionais, visando a maior qualidade e tempestividade das tomadas de decisão realizadas por diferentes instâncias de gestão. Encontram-se disponíveis 19 indicadores de HIV/aids e 18 indicadores de sífilis, tabulados individualmente para cada um dos municípios.

Os painéis compreendem um conjunto de indicadores construídos tendo como fontes de dados as notificações compulsórias de HIV/aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os registros dos casos no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel) e no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), os dados obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade(SIM) e os dados populacionais dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponíveis no site do DataSUS.

Ressalta-se que a qualidade de cada indicador apresentado depende, principalmente, das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação, como a frequência dos casos e o tamanho da população do município. Assim sendo, é necessário levar em conta o tamanho do município, principalmente quando se observa a evolução no tempo, pois, em municípios de pequeno porte, pode haver oscilações acentuadas, decorrentes do pequeno número de casos/óbitos existentes.

Painel de indicadores epidemiológicos de infecções sexualmente transmissíveis 

Acesse o painel de indicadores de aids aqui.

Acesse o painel de indicadores de sífilis aqui.

Acesse o painel de indicadores de hepatites aqui.

Acesse o painel de indicadores clínicos do HIV aqui.

Acesse o painel de indicadores COAP aqui.