Dor ao amamentar depois de 1 ano

Dor ao amamentar depois de 1 ano

Mãe pode continuar amamentando (Foto: Gabi Trevisan Foto Natural)

A pega do bebê está correta, mas a mãe ainda sente dor ao amamentar. Muitas descrevem que têm sensação de ‘agulhadas’ dentro da mama, além de sentir uma ardência durante e depois da mamada pois parece que a língua do bebê é uma ‘lixa’ que machuca ainda mais os seios. Esses são alguns dos sintomas descritos pelas mulheres que têm ou tiveram candidíase mamária, que é uma infecção por fungo.

As conchas e os absorventes de seio são os grandes vilões dessa doença pois ‘abafam’ o peito criando o ambiente propício para o fungo se desenvolver, ou seja, um lugar úmido, escuro e quente. Ou seja, para prevenir é importante manter os mamilos secos e arejados e expô-los à luz por alguns muitos ao dia. Outro sintoma da candidíase é que os mamilos costumam ficar vermelhos e brilhantes e é muito comum a criança apresentar crostas brancas na boca, que devem ser distinguidas das crostas de leite (essa última é removida mais facilmente).

A consultora de amamentação Fê Lopes explica que a mulher que amamenta pode ter o problema mais de uma vez. “Se não foi tratado corretamente, é comum a infecção retornar. Por isso é importante fazer o tratamento adequadamente”, ressalta.

Fê explica que o tratamento é feito com medicamentos que são prescritos pelo pediatra do bebê ou pelo ginecologista da mãe. A laserterapia também tem sido usada como tratamento auxiliar aos medicamentos. “Alguns médicos optam por começar somente usando pomada antifúngica e, caso não melhore, entram com um antifúngico oral. E existem médicos que só tratam o bebê se ele apresentar lesões visíveis, outros tratam mesmo que não dê para ver nada. O tratamento para o bebê é tópico”.

Todos os medicamentos indicados, é claro, são compatíveis com a amamentação, ou seja, a mãe pode continuar amamentando normalmente. Além da medicação, é importante secar bem os mamilos após as mamadas e expor os mamilos à luz por pelo menos alguns minutos por dia. Vale ressaltar que as chupetas e os bicos de mamadeiras são uma fonte importante de reinfecção. Se não é possível descartar os bicos artificiais, o recomendado é ferver por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia.

A consultora explica que também vale usar algumas receitas da vovó nessas horas, como ferver o sutiã quando for lavar para matar o fugo. Manter a lingerie em local seco e arejado. A mãe com a doença também deve cuidar da alimentação pois a cândida sobrevive basicamente dos açúcares da nossa alimentação e da nossa baixa imunidade. “A mãe pode fazer uma dieta e evitar açúcar e carboidratos e, é claro, melhorar os aportes de vitaminas e sais minerais”, ressalta. A especialista diz que no pós-parto as mulheres acabam comendo quando dá tempo e optam por comidas “mais rápidas” que nem sempre são saudáveis. “Dessa forma ela acaba mesmo comendo poucos nutrientes, abre espaço para chegada infecções oportunistas”, diz Fê, que sugere a leitura do livro Candidíase, a Praga, de Sonia Hirsch.

FENÔMENO DE RAYNAUD

A consultora explica que quando a candidíase é resistente, é importante investigar se não existe junto alguma infecção bacteriana e também fazer um teste para descartar o chamado Fenômeno de Raynaud (uma isquemia intermitente causada por vasoespamos que usualmente ocorre nos dedos e também pode acometer os mamilos). Geralmente, o fenômeno ocorre em resposta à exposição ao frio, compressão anormal do mamilo na boca do bebê ou trauma mamilar importante.

Os vasoespamos podem causar palidez nos mamilos e costumam ser dolorosos. Assim como na candidíase, a mulher sente ‘fisgadas’ nos mamilos. “Raynaud tem sintomas bem parecidos com a candidíase, mas o tratamento é bem diferente. Neste caso, podem ser usados outros medicamentos e compressas mornas para aliviar a dor”, explica.

Fê aconselha as mães que sentirem os sintomas que procurem um banco de leite ou uma consultora de aleitamento materno particular. “Nem o banco de leite nem a consultora vão poder receitar os medicamentos, mas vão identificar o problema e orientar qual profissional procurar para iniciar o tratamento. Com o tratamento adequado a dor deve sumir e a amamentação seguir tranquilamente”, diz.

Pode dar mastite depois de um ano amamentando?

A mastite ocorre quando há inflamação do tecido do peito, resultante de uma infecção. Ela é mais comum entre mães que nas primeiras 6 ou 12 semanas de amamentação, mas às vezes pode ocorrer tardiamente.

Estou amamentando e estou com dor na mama?

Nos primeiros dias após o parto, é normal que a mulher sinta uma dor moderada nos seios. As mamas estão se preparando para a produção e a descida do leite: é a apojadura. Durante esse processo inicial, é produzido o colostro, o primeiro leite, extremamente rico em anticorpos para o bebê.

Como saber se estou com candidíase na mama?

Principais Sintomas da Candidíase Mamária.
Sensação de queimadura dentro das mamas..
Fortes dores no mamilo..
Vermelhidão..
Coceira..
Fissuras na divisão do mamilo com a aréola..
Pele avermelhada na região dos seios..
Feridas nos seios que demoram a cicatrizar..

Quais os sintomas da Apojadura?

As sensações durante essa transformação podem variar de um organismo para outro, mas há sintomas que costumam aparecer na maioria dos casos. Eles incluem: aumento e endurecimento dos seios; dor; impressão de peso; vermelhidão ,e maior temperatura das mamas.