Em qual modalidade o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro nas Olimpíadas?

Com 21 medalhas ao todo, o Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas de Tóquio na 12ª colocação no quadro de medalhas, superando as 19 conquistas na Rio 2016 e tendo a melhor posição da história nos jogos olímpicos. Relembre todas as vezes em que um brasileiro subiu ao pódio no Japão: 

KELVIN HOEFLER
A primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio aconteceu na madrugada do dia 25 de julho com Kelvin Hoefler, conquistando a prata no skate street. Dos três brasileiros presentes nas baterias, apenas Kelvin conseguiu seguir à final e disputou o pódio contra o japonês Yuto Horigomi e os norte-americanos Jagger Eaton e Nyjah Huston. Com a nota de 36,16 o brasileiro superou Eaton e conseguiu o segundo lugar. 

DANIEL CARGNIN
No mesmo dia, mas pela manhã, a segunda medalha do Time Brasil saiu, sendo também a primeira do judô. Daniel Cargnin, número 15 do ranking mundial na categoria até 66kg, conquistou o bronze ao vencer o israelense Baruch Shmailov com um wazari, depois de ter passado por um egipcio, um atleta da Moldávia, o número um do mundo, o italiano Manuel Lombardo e pelo japonês que o venceu nas semifinal. 

RAYSSA LEAL
A terceira medalha veio também no street skate, mas dessa vez, com as mulheres. Rayssa Leal, com apenas 13 anos, foi medalha de prata. Tendo a pioneira Letícia Bufoni e a melhor do mundo, Pamela Rosa no time, o Brasil conseguiu ir à final apenas com a “Fadinha”, que deu show de carisma e tranquilidade e com sua nota 14.64 colocou as cores brasileiras no segundo lugar do pódio.

FERNANDO SCHEFFER
A primeira medalha da natação veio com Fernando Scheffer, conquistando o bronze nos 200m livres. O atleta do Minas Tênis Clube fez o tempo de 1m44s26, ficando apenas 0.44s da prata e trouxe a quarta conquista do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio.

ÍTALO FERREIRA
O primeiro ouro brasileiro veio do mar. Ítalo Ferreira, grande responsável por colocar o Brasil entre os países mais respeitados do surf, com a “brazilian storm”, venceu o dono da casa Kanoa Igarashi -  que havia derrotado Gabriel Medina na semifinal com polêmica à respeito da nota do japonês - sem grandes dificuldades, mesmo tendo a prancha quebrada logo no início da bateria na grande final e subiu no lugar mais alto do pódio. 

MAYRA AGUIAR
O segundo bronze do judô veio com Mayra Aguiar, a primeira judoca brasileira a conquistar três medalhas em Olimpíadas - Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. O lugarzinho no pódio veio após a representante do Time Brasil encarar a israelense Inbar Lanir, a atual campeã mundial, a alemã Ana Maria Wagner, na repescagem foi a vez de enfrentar a russa Aleksandra Babintseva e, por fim, a vitória veio diante da sul-coreana Hyunji Yoon. 

REBECA ANDRADE
Rebeca Andrade fez história ao conquistar a primeira medalha para a ginástica artística feminina. Com a ausência de Simone Biles no individual geral, a brasileira se tornou a grande favorita ao ouro, mas por dois passinhos fora do tablado no solo, a representante do Brasil não conseguiu subir no lugar mais alto do pódio ficando atrás da norte-americana Sunisa Lee. Depois, a brasileira foi competir por aparelhos e, no salto, não deixou margem para ninguém, conquistando o primeiro ouro entre as mulheres.

LAURA PIGOSSI E LUISA STEFANI
Sem a confirmação da ida a Tóquio até 20 dias antes do início dos jogos, Laura Pigossi e Luisa Stefani surpreenderam ao vencer duplas favoritas ao ouro no tênis e avançarem até a semifinal e, posteriormente, lutando pelo bronze, bateram a dupla do Comitê Olímpico Russo e ganharam a primeira medalha da história do Brasil no tênis.

BRUNO FRATUS
Bruno Fratus saiu “felizão” de Tóquio. Depois de bater na trave em Londres e no Rio, o nadador brasileiro conseguiu a tão sonhada medalha olímpica ao ter a terceira melhor marca dos 50m livres e levar o bronze para casa.

ALISON DOS SANTOS
Com irreverência e muita leveza, o "Piu" deu show de carisma e de rapidez nos 400m com barreiras. O jovem de apenas 21 anos bateu o recorde sul-americano da prova e se sagrou o terceiro melhor atleta da modalidade ao conquistar o bronze - com tempo que, se fosse feito na Rio 2016, Alison teria lvado o ouro em casa.

MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE
Bicampeãs olímpicas, Martine e Kahena não tiveram um início fácil na vela 49er. As brasileiras chegaram a ser punidas por tocarem em uma das boias no decorrer de uma regata, mas conseguiram se superar e chegaram até a medal race. Na hora da verdade, a dupla do Brasil apostou no diferente, tomando um rumo no mar oposto ao das adversárias e, literalmente, com o vento à favor, conquistaram o ouro. 

ABNER TEIXEIRA
O baiano foi o primeiro a conquistar uma medalha para o boxe brasileiro, que fez história em Tóquio. Derrotado na semifinal, Abner garantiu o bronze para o Time Brasil. 

THIAGO BRAZ
Dispensado do clube no meio da pandemia e sem patrocinador, Braz não chegou até o Japão como favorito ao pódio, mas o brasileiro do salto com vara não deixou o ciclo olímpico ruim que havia feito afeta-lo e, superando as próprias marcas ao longo da preparação para as Olimpíadas, conseguiu caminhar rumo ao bronze. E ah, mais uma vez, Thiago conquistou uma medalha em cima do francês Lavillenie.

ANA MARCELA CUNHA
Nadando por duas horas sem parar,  Ana Marcela conseguiu superar todas as batidas na trave que havia acontecido nas edições anteriores dos jogos olímpicos e, com uma prova absoluta de liderança ponta a ponta, a brasileira colocou a medalha de ouro no peito e subiu no lugar mais alto do pódio nos 10km da maratona aquática.

PEDRO BARROS
Campeão de tudo no skate park, Pedro Barros chegou a Tóquio como principal candidato à medalha para o Brasil na modalidade, ao lado de Luiz Francisco, o Luizinho. E, com uma atuação de gala na pista japonesa, Barros fez jus às expectativas e levou o Time Brasil até a medalha de prata - que ainda poderia ter rendido uma dobradinha com Luizinho no bronze, mas a conquista foi barrada por um ponto que os juízes não deram na nota do brasileiro.

ISAQUIAS QUEIROZ
Maior medalhista olímpico da história recente do Brasil, Isaquias Queiroz entrou na canoa nas águas de Tóquio movido pelo ódio e pela promessa feita ao ex-técnico Jesus Morlán. No C2 1000m não veio, mas a dupla com Jacky Godmann acabou sendo a quarta melhor do mundo, no entanto, na prova individual, Isaquias sobrou e conquistou o tão sonhado ouro no C1 e entrou para o hall dos poucos brasileiros que carregam no peito quatro medalhas olímpicas.

HEBERT CONEIÇÃO
Hebert fez história. Perdendo por dois assaltos a zero, o brasileiro praticamente tinha que fazer chover no ring e o representante do Time Brasil conseguiu. Restando pouco menos de um minuto e quarenta segundos para o fim da luta, Conceição acertou um nocaute técnico no adversário ucraniano, o único golpe que o levaria à glória olímpica, e de raríssimo feito em jogos olímpicos. 

SELEÇÃO MASCULINA DE FUTEBOL
Sem pressão nas costas, a seleção de futebol, comandanda por Richarlison no ataque - artilheiro da competição, bateu a favorita Espanha na final por 2 a 1, com direito a gol nos últimos minutos da prorrogação e conquistou o bicampeonato olímpico no mesmo estádio em que o Brasil foi pentacampeão do mundo, em 2002.

BIA FERREIRA
Fechando a grande participação do boxe brasileiro nos jogos olímpicos de Tóquio, Bia Ferreira ficou com a prata em uma luta disputada contra a irlandesa, que acabou levando o ouro após virar o confronto em dois rounds a um. 

SELEÇÃO FEMININA DE VÔLEI
Preterida por muitos por conta das dificuldades enfrentadas durante o ciclo olímpico, o Brasil chegou a Tóquio como a quinta ou sexta força entre as mulheres. No entanto, a seleção feminina conseguiu fazer uma campanha belíssima nos jogos e chegou invicta até a final diante dos EUA, reeditando o confronto da Liga das Nações e de Londres 2012. Mas, por três sets a zero, as brasileiras acabaram com a prata, porém, conquistaram a única medalha do vôlei brasileiro no Japão.