O que acontece com a quantidade de água na urina se os níveis de hormônios antes?

O diabetes é uma doença relativamente comum, entretanto sempre a associamos com a insulina, esquecendo-nos dos outros tipos. Existem quatro tipos básicos dessa patologia, podendo ser classificada em mellitus tipo 1, mellitus tipo 2, gestacional e insipidus. Eles assemelham-se em razão do fato de os pacientes produzirem grande quantidade de urina.

O diabetes insipidus, diferentemente dos outros, é ocasionado em razão de problemas na produção, secreção ou mecanismo de ação do hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vasopressina. Esse hormônio está relacionado com a reabsorção da água no processo de formação da urina, sendo assim, uma diminuição de ADH faz com que o volume de urina aumente.

Uma pessoa com essa doença apresenta urina clara e não concentrada, graças a alterações na síntese ou ação do ADH. O paciente urina em grande quantidade, sente muita sede e bebe muito líquido. Ocorre ainda um aumento da micção durante a noite, podendo ocorrer até mesmo involuntariamente.

Podemos classificar o diabetes insipidus em três tipos principais: nefrogênico, neurogênico e gestacional. Chamamos de diabetes neurogênico quando a produção de ADH é insuficiente; de nefrogênico, quando o rim não responde ao hormônio. A forma gestacional é resultado de uma degradação de ADH por uma substância denominada vasopressinase durante a gestação e é uma doença transitória.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

No diabetes neurogênico, forma mais comum, a deficiência do hormônio geralmente está associada à destruição da neuro-hipófise, local onde o ADH fica armazenado. A neuro-hipófise pode ser lesionada em virtude de tumores, traumatismos, infecções, fatores genéticos, entre outros. O tipo nefrogênico, diferentemente do tipo neurogênico, é ocasionado normalmente pelo uso de medicamentos e doenças renais genéticas.

O diagnóstico é feito através de exames que tentam medir a quantidade de urina eliminada antes e após a utilização de ADH, além de ressonância e tomografia computadorizada.

O tratamento vai ser baseado no tipo de diabetes insipidus do paciente. O tipo neurogênico não possui cura e, portanto, o tratamento baseia-se no controle dos sintomas. Na forma neurogênica e gestacional, é utilizada uma forma modificada de ADH, chamada de desmopressina. Na forma nefrogênica, geralmente se trata a doença que está causando o diabetes.

Ao perceber um aumento no volume de urina, sede insaciável e aumento da micção noturna, procure um médico. Lembre-se sempre de que um diagnóstico precoce pode ser a chave para evitar complicações.

< Voltar

Concentração e Diluição da Urina
14/11/2012
Publicado por: administrador

Davi Melo

A concentração de solutos na urina pode variar enormemente. Pode-se ter uma urina com concentração de alguns solutos próxima àquela, desses mesmos solutos, presente no sangue. Entretanto, o rim tem a capacidade de produzir uma urina até 10 vezes mais diluída ou 4 vezes mais concentrada que o plasma.

Geração de Urina Diluída X Concentrada

Quando o rim gera água livre, a urina torna-se diluída. Contrariamente, quando o rim remove água de um fluido isosmótico, a urina torna-se concentrada.

Os rins geram urina diluída bombeando sais para fora da luz dos segmentos tubulares que são impermeáveis à água. O que é deixado para trás é um fluido tubular que é hiposmótico em relação ao sangue.

Já a geração de urina concentrada se deve à passagem do fluido por segmentos tubulares (ducto coletor medular) que estão mergulhados em um compartimento hiperosmótico (medula renal). Desta maneira, por osmose, a água deixará o túbulo, indo para a medula e criando uma urina concentrada.

Se a urina é mais diluída ou mais concentrada depende se a reabsorção de água ocorre nos segmentos mais distais: túbulos coletores iniciais e corticais, e ductos coletores medulares internos e externos. Uma importante observação é que o ADH regula a fração variável de reabsorção de água nesses quatro segmentos.

Em suma, os dois principais elementos para que se forme urina concentrada são: o interstício hiperosmótico medular, que proporciona o gradiente osmótico e o ADH, que eleva a permeabilidade à água no néfron distal.

Propriedades Osmóticas da Medula Renal

A Medula renal é hiperosmótica em relação ao sangue (plasma) tanto durante a antidiurese (baixo fluxo urinário) quanto durante a diurese da água. É importante ressaltar que a medula renal consegue seus altos níveis de osmolaridade às custas de concentrações elevadas de NaCl e Uréia no seu interstício.

O fluxo sanguíneo medular é relativamente baixo, apenas 5-10% do fluxo renal total (através do vasa recta). Isso se deve à necessidade de suprir a medula com nutrientes, mas evitar uma “lavagem” dos solutos desta área, e assim desfazer sua hipertonicidade.

Papel do Ducto Coletor

O Ducto Coletor Medular é a porção final do ducto coletor, que após sair da zona cortical, mergulha na zona medular hiperosmótica, sendo possível, dependendo das circunstâncias, produzir uma urina concentrada. Esse processo é dirigido pelo gradiente de NaCl entre o interstício medular e a luz do ducto.

A parede do ducto coletor medular possui 3 importantes propriedades de permeabilidade:

1. Na ausência de ADH, é relativamente impermeável à água, uréia e NaCl em toda a sua extensão;

2. O ADH aumenta a permeabilidade à água em toda sua extensão;

3. O ADH aumenta a permeabilidade à uréia apenas na porção teminal.

Papel do ADH

O hormônio antidiurético, também conhecido como vasopressina ou argipressina devido ao seu leve efeito vasoconstritor, é um hormônio hipotalâmico secretado pela neurohipófise que tem como efeito principal a conservação de líquido corporal, alcança a por um aumento da reabsorção de água em nível renal.

Antes de entrar no mecanismo de ação do Hormônio antidiurético, vale ressaltar que, em condições normais, a permeabilidade à água em bem maior no Túbulo Proximal e na Porção descendente delgada da Alça de Henle, graças à abundante presença de canais de água chamados de Aquaporinas tipo 1 (AQP1).

O ADH consegue aumentar a reabsorção de líquido no rim, agindo principalmente nos ductos coletores, onde há receptores de vasopressina tipo 2 (V2R) situados na suas membranas basais laterais. A interação entre o hormônio e seu receptor ativa a proteína Gs, que estimula a adenilato-ciclase e a produ-ção de AMPc, com ativação da proteína kinase a. Esse processo inicia uma cascata de fosforilação até promover a translocação de canais de água da aquapo-rina tipo 2 (AQP2) para a membrana apical da célula, aumentando assim a permeabilidade desta região à água. Na ausência de ADH, os canais de aquaporina tipo 2 sofrem endocitose e retornam às vesículas para reciclagem.

Além desse efeito, pode-se elencar outros 3 efeitos renais:

1. Aumenta a permeabilidade à água em todos os segmentos do néfron;

2. Aumenta a permeabilidade à uréia no Ducto Coletor Medular Interno;

3. Aumenta a reabsorção ativa de NaCl na alça de Henle.

Só para finalizar, vale ressaltar que o etanol é um potente inibidor da secreção de ADH, fato que impede a expressão da AQP2 e a consequente reabsorção de água nos ductos coletores, o que gera adeptos de bebidas alcóolicas, principalmente da Cerveja, uma diurese exagerada.

Fonte: Boron & Boulpaep: Medical Physiology, 2nd ed. - 2008

O que acontece com a quantidade de água na urina se os níveis de hormônios?

Na presença do ADH, a membrana luminal se torna permeável à água, e com isso ocorre reabsorção de água, ou seja, a água é reabsorvida para o sangue. Sendo assim, uma menor quantidade de líquido é excretada na urina, pois houve a reabsorção.

O que ocorre com o hormônio ADH quando a quantidade de água do corpo for excessiva?

O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor de água no corpo humano, determinando o controle da reabsorção de água nos túbulos renais. Assim, quando o suprimento de água do corpo for excessivo, espera-se encontrar no sangue: a) pouco ADH, o que reduz a reabsorção de água.

O que acontece com o volume urinário quando o indivíduo ingere pouca água deixando o plasma muito concentrado?

Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), e a concentração de sódio for baixa, haverá inibição da produção do ADH e, conseqüentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída.

Qual hormônio liberado quando há pouca concentração de água no sangue diminui a eliminação de urina poupando água?

O hormônio antidiurético, ou ADH, é um hormônio produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuroipófise. Esse hormônio diminui o volume de urina, pois promove a reabsorção de água pelos rins.