O que pode causar uma arritmia cardíaca?

Levantamento do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor aponta que 61% dos pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico para o controle da arritmia cardíaca

Um levantamento do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor realizado entre janeiro de 2010 e agosto de 2018, com 5.357 pacientes, mostrou que 61% destes precisaram ser submetidos a tratamento cirúrgico para controle da arritmia cardíaca e 39% foram tratados apenas com medicamentos. Do total de pacientes, 58% são do sexo masculino e 42% do sexo feminino, sendo que 48,6% foram inicialmente atendidos no Pronto Socorro do hospital e, o restante, no ambulatório do Serviço de Arritmias Cardíacas.

Do total de pacientes que passaram pelo Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor durante este período, 50% tem a faixa etária dos 45 a 74 anos. Já os pacientes com mais de 75 anos representam 27%, de 30 a 44 anos (13%), de 15 a 29 anos (7%) e menores de 15 anos (3%). Segundo o cardiologista do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor, Dr. Enrique Pachón, as arritmias cardíacas representam uma grande ameaça à saúde da população em geral e, principalmente, daquelas que já tiveram um infarto ou apresentam outras doenças cardiovasculares. “Isso porque, nestas condições, elas podem evoluir desfavoravelmente para a mais temida complicação, a chamada morte súbita”, esclarece o cardiologista Dr. Pachón.

Tipos de Arritmias Cardíacas

No ritmo normal, o coração bate de 50 a 90 bpm (batimentos por minuto). Quando o coração bate em ritmo lento (abaixo de 50 bpm), temos uma bradicardia. Já quando o coração bate em ritmo acelerado (acima de 100 bpm em repouso), temos uma taquicardia. “Assim como no infarto, a arritmia cardíaca pode ser evitada e controlada com algumas medidas preventivas como reduzir o estresse, ter uma alimentação saudável, rica em legumes, frutas e verduras, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos, não fumar e praticar alguma atividade física regularmente”, aconselha o cardiologista Dr. Pachón.

Existem arritmias sem risco

De acordo com o Dr. Pachón sim. “Temos as arritmias benignas que normalmente ocorrem na parte superior do coração (átrios) e, apesar de interferirem nos batimentos cardíacos, dificilmente levam à morte. Já as arritmias cardíacas malignas geralmente ocorrem na parte inferior do coração (ventrículos) e podem ocasionar a morte súbita. Há também outro tipo de arritmia cardíaca, muito comum e capaz de provocar o AVC (derrame cerebral), conhecida como fibrilação atrial. Neste caso, tanto a frequência como a regularidade do ritmo cardíaco são afetados. Este distúrbio, é o mais frequente da atualidade devido ao envelhecimento da população. No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sejam afetadas por esta arritmia cardíaca. Uma avaliação detalhada feita por um cardiologista permitirá identifica-la e determinará a necessidade ou não de tratamento”, alerta.

Sintomas de Arritmia Cardíaca

Palpitações, escurecimento da vista, tonturas, desmaios, palidez, sudorese, mal-estar, dores no peito, falta de ar, são alguns sintomas dos portadores de arritmia cardíaca. “Muitos pacientes não têm sintomas e a descoberta da arritmia é acidental, sendo que a morte súbita pode ser a primeira e a única manifestação”, explica o cardiologista.

Diagnóstico e tratamento da arritmia cardíaca

O diagnóstico da arritmia cardíaca é feito através de uma minuciosa avaliação clínica e por exames como o eletrocardiograma, Holter, teste ergométrico e o estudo eletrofisiológico entre outros. Já o tratamento é feito utilizando medicamentos específicos, implante de marca-passos e a ablação por radiofrequência (que podem tratar de forma definitiva a arritmia cardíaca). “Esta última é realizada através de cateteres que são levados ao coração por veias e artérias, sem a necessidade da abertura do tórax”, explica o cardiologista.

Arritmia cardíaca e morte súbita. Fique alerta!

Segundo o Dr. Pachón, caso o paciente não tome os cuidados necessários ou não procure avaliação médica, as chances de um evento cardíaco de alto risco ocorrer só aumentam. Por isso, é preciso ter atenção ao problema. “Evitar a arritmia cardíaca ainda é a melhor maneira de impedir morte súbita ou derrames causados pela doença”, diz o médico.

Vale lembrar que mais de 95% das mortes súbitas ocorrem fora do ambiente hospitalar. “Por isso, ter conhecimento do suporte básico de vida, por exemplo, pode garantir a rápida intervenção e aumentar consideravelmente a taxa de sobrevida durante um evento. Quando as manobras de ressuscitação são iniciadas entre cinco e sete minutos após a parada cardíaca, mais da metade dos pacientes pode ser salva”, revela o cardiologista Dr. Pachón. A sobrevida dos pacientes que sofrem uma parada cardíaca pode ser totalmente modificada quando utilizamos adequadamente o desfibrilador automático, cada vez mais presente em muitos locais públicos.

Estatísticas mostram que a morte súbita é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres após os 65 anos e abaixo dessa idade, o homem é acometido quatro vezes mais que a mulher. A maior prevalência ocorre em portadores de doença coronariana e em pessoas do sexo masculino.

Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor:

Com um dos mais avançados centros tecnológicos de saúde da América Latina, o HCor atende mais de 1,5 mil pacientes por mês para investigação diagnóstica, prevenção e tratamento dos mais variados tipos de cardiopatias e arritmias cardíacas. “Trata-se de uma questão que merece atenção permanente. O tratamento preventivo de arritmia cardíaca é altamente eficaz permitindo evitar grande número de casos de morte súbita” explica Dr. Pachón.

O HCor sempre foi inovador e pioneiro, buscando oferecer aos seus pacientes os mais avançados recursos, tanto de diagnóstico quanto de tratamento. A Instituição reúne profissionais especializados e equipamentos de ponta para oferecer o que há de melhor na cardiologia mundial, tendo se transformado num centro de referência para o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares.

O que causa ter arritmia cardíaca?

Quais são as causas da arritmia cardíaca? São diversos os motivos que podem acarretar uma arritmia cardíaca, doenças como hipertensão, diabetes, hipertireoidismo, ao longo prazo, podem trazer consequências à estrutura cardíaca e aos pulsos elétricos, que produzem os batimentos, alterando o ritmo normal.

O que piora a arritmia cardíaca?

Diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo, entre outros fatores, podem causar arritmias cardíacas e demais problemas cardiovasculares. Por isso, a prevenção começa por hábitos e comportamentos saudáveis.

Quais são as doenças que causam arritmia cardíaca?

Outras causas e fatores de risco mais comuns da arritmia são:.
cardiomiopatia (distúrbio do coração que causa dificuldade de bombear sangue);.
choque elétrico;.
desgaste do tecido do coração;.
doença da artéria coronária;.
estresse;.
hipertireoidismo;.
infarto;.
poluição do ar;.