Por que florestas em crescimento contribuem para redução do efeito estufa?

A vida orgânica seria impossível sem esse elemento químico e sua capacidade combinatória. É um componente fundamental de todos compostos orgânicos, elemento primário da vida e componente de um dos principais gases causadores do efeito estufa.

A existência de vida na Terra depende da ininterrupta circulação de carbono entre as diferentes esferas constitutivas do planeta. Esse movimento é denominado ciclo do carbono.

A drenagem de gás carbônico da atmosfera é intermediada pela fotossíntese efetuada pelos vegetais terrestres e aquáticos. Por outro lado, a incorporação de gás carbônico na atmosfera é realizada pela respiração de vegetais e animais, queima de massas vegetais e combustíveis fósseis. As florestas podem dar relevante contribuição para a drenagem do excesso de carbono atmosférico, ao mesmo tempo em que produz matéria prima que evita queima de combustíveis fósseis.

A título de ilustração, 1 hectare de árvores absorve 3,1 toneladas de gás carbônico por ano. Essa é a quantidade de gás emitida por um carro depois de transitar 16000 km. Uma árvore adulta, de tamanho médio, produz cerca de 120 kg de oxigênio por ano. 1 hectare de árvores produz a quantidade de oxigênio equivalente à necessidade de 40 pessoas.

Os especialistas apontam duas vias principais para mitigar o desequilíbrio no ciclo do carbono. A primeira, reduzir as emissões. A segunda, aumentar a fixação por meio da fotossíntese. Para que a equação se equilibre, é fundamental reduzir as emissões, medida que implica reduzir a queima de combustíveis fósseis. Como essa alternativa parece irrealizável, no atual contexto econômico, a conservação das florestas existentes, recuperação das áreas degradadas e reflorestamento são apontados como as alternativas mais viáveis. As florestas em crescimento fixam mais carbono que liberam, funcionando como verdadeiros sumidouros de gás carbônico.

Vale recordar que as florestas contribuem para a saúde e bem-estar humano de inúmeras formas, entre elas por manter a qualidade do ar, retendo em suas folhas partículas em suspensão, bloquear e regular a força do vento e por seus valores estéticos, paisagísticos e recreativos.

Em condições normais, o efeito estufa não é necessariamente prejudicial. A retenção pela atmosfera de raios infravermelhos mantém a temperatura terrestre em valores compatíveis com a vida. A temperatura media global é de 15 graus, entretanto, seria de -10 a -30 graus sem o efeito estufa.

O câmbio climático representa muito mais que o derretimento glacial e aumento do nível do mar. Existem outros fatores gravíssimos como o deslocamento de habitats, disseminação de pragas e enfermidades, fenômenos climáticos extremos, como secas e tempestades que afetariam adversamente as florestas e as pessoas.

A indústria de árvores plantadas no país pode trazer vantagens para o meio ambiente, principalmente no combate ao aumento da concentração de gases de feito estufa na atmosfera, mostra relatório divulgado hoje (23) pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

Por que florestas em crescimento contribuem para redução do efeito estufa?
Por que florestas em crescimento contribuem para redução do efeito estufa?

As árvores plantadas demoram sete anos para serem colhidas, mas o modelo de produção das indústrias permite que todos os anos parte delas seja colhida. A sequência de plantações promove um estoque de carbono, que é removido da atmosfera, equivalente a 200 toneladas por hectare. “A floresta é um reciclador natural do carbono”, disse Fábio Marques, consultor do Ibá.

O plantio de árvores absorve o gás carbônico (CO2), que é um dos gases de efeito estufa, e libera oxigênio (O2), essencial para a vida humana. Fábio explica que a necessidade de redução dos produtos de base fóssil no mundo vai aumentar a demanda por energias renováveis nos próximos anos.

De acordo com ele, uma das formas de evitar a emissão de gases provenientes do produto fóssil é a substituição por biomassa florestal, como fonte de energia. A celulose também pode ser usada no lugar de polímeros, de origem fóssil. “É necessário pensar em mecanismos capazes de estimular a demanda sustentável, como o aumento de estoques de carbono em áreas de restauração, como plantações em um pasto abandonado”, disse.

Relatório

O relatório do Ibá revela que as florestas plantadas no Brasil ocupavam 7,84 milhões de hectares em 2016, equivalente a 0,5% de crescimento em relação a 2015. Essas áreas representam menos de 1% do território nacional, sendo que 90% da madeira são usados para fins produtivos.

As árvores resultam em papel, painéis de madeira, celulose, piso laminado, carvão vegetal, entre outros. O setor acumulou receita bruta de R$ 71 bilhões em 2016, respondendo por 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Foram gerados 3,7 milhões de empregos direitos e indiretos.

A maior parte das árvores é de eucaliptos, que ocupam 5,7 milhões de hectares. Os principais estados produtores são Minas Gerais (24%), São Paulo (17%) e Mato Grosso do Sul (15%). Outra espécie de árvore, pinus, ocupa 1,6 milhão de hectares, sendo 42% no Paraná e 34% em Santa Catarina.

Segundo Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá, o Brasil é o maior produtor de celulose de fibra curta de eucalipto do mundo, devido ao alto grau de desenvolvimento da genética arbórea no país. “As árvores plantadas no Brasil têm a maior produtividade do mundo, de 36 metros cúbicos de madeira por hectare ao ano”, disse a presidente.

Como as florestas podem contribuir para diminuição do efeito estufa?

O plantio de árvores absorve o gás carbônico (CO2), que é um dos gases de efeito estufa, e libera oxigênio (O2), essencial para a vida humana. Fábio explica que a necessidade de redução dos produtos de base fóssil no mundo vai aumentar a demanda por energias renováveis nos próximos anos.

Por que as florestas têm grande importância no controle do efeito estufa?

Isso porque toda área florestal bem conservada tem ligação direta com a manutenção da concentração de CO2 estocado e com o regime de chuvas, pois é da floresta que emana parte da umidade que possibilita melhor qualidade de vida para a população.

Porque o processo de reflorestamento contribui para a diminuição do efeito estufa?

As atividades de reflorestamento promovem o seqüestro de CO2 da atmosfera, diminuindo assim a concentração deste gás e consequentemente, desempenhando um importante papel no combate à intensificação do efeito estufa.

Por que o plantio de árvores ajuda a diminuir o efeito estufa?

Cientistas concordam que uma das formas mais eficazes que absorver parte do CO2 da atmosfera seria plantando mais árvores, pois estas utilizam CO2 para crescer e liberam oxigênio, tal ação traz benefícios para todo o meio ambiente.