Qual a importância de estudar os fósseis

Os fósseis são importantes para vários ramos científicos, pois permitem-nos para saber como era a vida em nosso planeta.

Os fósseis são restos de organismos extintos encontrados em rochas sedimentares, congeladas no gelo ou também na seiva de árvores que, quando solidificadas, poderiam manter os restos de pequenas plantas ou organismos.

Qual a importância de estudar os fósseis

A ciência responsável pelo estudo de fósseis é a paleontologia. Com os registros fósseis, é possível estudar, entre outras coisas, a evolução da vida selvagem e por que algumas espécies foram extintas, qual era o seu habitat, a idade da terra e como ela sofreu mudanças.

Conhecimento para a ciência em geral

Já, por si só, o simples fato de obter fósseis representa um evento muito importante para a ciência, porque o habitual é que os restos se desintegre.

Eles conseguiram resgatar restos que correspondem às partes mais sólidas que faziam parte de organismos ou animais extintos, além de pegadas e folhas de plantas solidificadas em seiva.

Uma vez feita a descoberta, uma equipe multidisciplinar trabalha para determinar aspectos relacionados à geologia, biologia e outras áreas científicas.

Conhecimento para geologia

Os estudos fósseis são essenciais para a geologia, pois fornecem informações sobre períodos específicos da história do planeta. Os fósseis mais comuns são encontrados nas rochas, mas também no gelo.

Por exemplo, fósseis marinhos foram descobertos em montanhas de alta altitude, demonstrando que o ambiente em que esses sedimentos foram depositados correspondia a um ambiente marinho milhões de anos atrás.

Casos como a descoberta na Patagônia de um sedimento de 60 milhões de anos com um dente de um animal da Oceania, como o ornitorrinco, reforçam a teoria da existência de um único continente há 250 milhões de anos.

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Desenvolvimento de teorias evolutivas

A quantidade de fósseis recuperados e estudados ao longo dos séculos serviu de base para a formulação de teorias evolutivas.

Graças a esses restos, foi determinado que havia uma enorme quantidade de espécies animais que estão extintas. Eles também encontraram algumas espécies que possuíam características temporais ligadas a outros gêneros de animais.

Um dos primeiros casos notórios foi a descoberta de que os pássaros tinham ligações com répteis, ou registros encontrados na África que ligavam o homem ao macaco.

Com essas evidências, teorias como a de Darwin poderiam ser fortalecidas com a afirmação de que as espécies se adaptam e suas características não permanecem fixas.

Conhecimento das características meteorológicas

A partir da reconstrução dos ecossistemas onde restos fósseis foram encontrados, as condições climáticas de uma região podem ser reveladas.

A tipologia de um animal fossilizado, com pêlo grosso ou não, indica como eram as características meteorológicas ou as estações do ano e se o ambiente em que vivia era quente, úmido ou deserto.

Combustíveis

A palavra fóssil vem do latim fossilis, que significa escavado. Portanto, não apenas os restos de animais extintos são fósseis, mas há um grupo de minerais produzidos milhões de anos atrás, como carvão e petróleo, que fazem parte do que é conhecido como combustível fóssil.

O combustível usado na terra vem quase inteiramente de fósseis. Graças a eles, temos serviços como eletricidade e transporte. Apreciamos os benefícios dos fósseis em nossas vidas diárias.

Referências

1- Madden, G. (2014). Fósseis e tipos de fossilização . Recuperado de important.org
2- Fortey, R. (1991).Fósseis: a chave do passe.Cambridge: Harvard University Press
3- Brown, T. (1982).Geologia e paleontologia.recuperado de books.google.vom
4- Busbey, A. (1997).Rochas e fósseis.Barcelona: Editorial Planeta.

Juliana Diana

Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

Os Fósseis são vestígios de organismos (animais e vegetais) muito antigos que foram preservados como passar dos anos por meio de processos naturais.

São considerados fósseis os restos que apresentem mais de 11 mil anos. Ou seja, na época geológica do Holoceno da era Cenozoica que se iniciou após a última era glacial, cerca de 11,5 mil anos e que se estende até o presente.

Qual a importância de estudar os fósseis
Fóssil de dinossauro

O estudo dos fósseis foi aprofundado em meados no século XVIII, embora o filósofo grego Xenófanes já utilizava os fósseis em suas análises.

Os fósseis mais antigos encontrados no planeta Terra são datados por aproximadamente 3,8 bilhões de anos.

Formação dos Fósseis

Os fósseis podem ser ossos, conchas, dentes, pegadas e geralmente são encontrados nas pedras e rochas muito antigas.

Existem fósseis que são conservados quase que inteiramente, por exemplo, os mamutes encontrados no gelo, ou os insetos em âmbar (resina vegetal).

Note que as partes duras dos seres apresentam maior probabilidade de se fossilizar em relação as partes moles.

A formação dos fósseis está intimamente relacionada com as condições climáticas do planeta e as características morfológicas dos seres envolvidos, que conservaram, de alguma maneira, os restos ou vestígios durante muitos anos.

Para saber o período em que o fóssil esteve vivo no planeta Terra, os cientistas medem a quantidade de compostos químicos presentes, por exemplo, o carbono, chumbo e urânio.

Esse método moderno de datação dos fósseis é denominado de "radioatividade" e determina quantos milhões ou bilhões de anos, o organismo esteve presente.

Veja abaixo os principais processos de fossilização, os quais levaram à formação dos fósseis.

A fossilização representa o processo de conservação dos fósseis, que podem ocorrer de diversas maneiras. Abaixo estão os principais processos de fossilização:

  • Marcas: impressões deixadas por atividades dos seres vivos, por exemplo, as pegadas.
  • Restos: incluem todos os tipos de vestígios rígidos, por exemplo, as conchas.
  • Moldes: fósseis moldados pela região em que ocorre o processo de fossilização, do qual permanecem as partes rígidas dos seres, por exemplo, os ossos.
  • Mineralização: ocorre por meio da transformação da matéria orgânica em minérios, por exemplo, a sílica.
  • Mumificação: também chamado de “conservação”, é processo em que permanecem as partes rígidas e moles dos seres, por exemplo aqueles que fossilizaram no gelo.

Tipos de Fósseis

De acordo com o estudo dos fósseis, há dois tipos:

  • Somatofóssil: são os fósseis de organismos do passado (restos somáticos), por exemplo, ossos, carapaças, folhas, troncos, dentre outros.
  • Icnofóssil: são fósseis que identificam a atividade animal, seja por meio de pegadas, rastros, túneis, excrementos, marcas de dentadas, dentre outros.

A Importância dos Fósseis

É através dos estudos sobre os fósseis que podemos conhecer melhor a história do planeta em tempos remotos, identificada pelos vestígios que marcaram determinada época.

Um exemplo notório é os fósseis encontrados dos dinossauros, visto que se não fossem estudados nunca saberíamos que esses répteis gigantescos viveram no planeta muito antes da raça humana habitá-lo.

Outro exemplo são os fósseis de mamutes, que foram extintos há mais de 10 mil nos e ainda hoje são estudados por pesquisadores.

Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta, sendo uma importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos. Eles revelam as transformações que ocorreram nos seres vivos e no próprio planeta durante anos.

Por esse e outros motivos, a conservação dos fósseis revela grande importância histórica para o estudo da evolução da vida.

O trabalho de encontro dos fósseis é executado pelo paleontólogo, realizado por meio da escavação de um local e da coleta do material.

Atualmente, é possível encontrar muitos fósseis em diversos museus de história natural espalhados pelo mundo.

Curiosidades

A Paleontologia é o nome da ciência que estuda os fósseis e o paleontólogo é o profissional da área.

A denominada Paleozoologia é um ramo da Paleontologia que estuda os fósseis de animais.

Do latim, o termo fóssil (fossilis) está relacionado com o verbo “cavar” (fodere), que significa “retirado por escavação”.

Fósseis são matérias orgânicas transformadas em minério. Podem ser restos de seres vivos, rastros de animais, folhas e etc contidos em rochas.

O que mais encanta quando vamos à museus de história natural são as representações de animais, pessoas e até artefatos que existiram há milhares e milhares de anos. Pois, a essas representações damos o nome de fósseis. Assim,  são a matéria preservada em forma de rochas. Dessa forma, podemos encontrar corpos de seres vivos, rastros e pegadas em forma de fóssil.

Nesse sentido, os fósseis são encontrados nas rochas sedimentares. Deste modo, a forma rochosa que representa um animal, pegada e etc é denominada registro fóssil.  Por isso, o termo fóssil é uma derivação da palavra em latim “fossilis”, que possui significado de “ser enterrado”.

Os profissionais responsáveis por essa atividade estudam Paleontologia e são denominados paleontólogos. Assim, para que um organismo seja fossilizado é necessário que os restos sejam cobertos por sedimentos de forma natural. Dessa forma, é possível classificar diversos tipos de fósseis e inúmeras formas de fossilização.

Formação dos fósseis

Para que haja a formação de um fóssil é necessário que a matéria orgânica se transforme em composto mineral. Deste modo, não há perda da característica física do animal, plantas, pegadas ou etc. Assim, o fóssil consiste na substituição da matéria orgânica por minerais, sendo importante na descoberta de acontecimentos históricos de milhões de anos.

Qual a importância de estudar os fósseis
Fóssil descoberto por Peter Lund, considerado o pai da Paleontologia. Fonte: Paleo Crias

Os fósseis podem ser classificados em diversos tamanhos. Assim, são encontrados registros que variam desde um dinossauro até fontes minusculas como os protozoários. Deste modo, podem ser ossos, conchas, dentes, pegadas e etc. Nesse sentido, compostos que possuem partes mais duras como os ossos, são mais fáceis de fossilizar.

Assim, para que a fossilização aconteça, as condições climáticas e as características estruturais dos seres em questão são partes importantes no processo. Deste modo, se caracterizam como compostos orgânicos conservados durante um longo período de tempo.

Qual a importância de estudar os fósseis
Fóssil marinho pré-histórico encontrado na Alemanha, denominado Stenopterygius. Fonte: National Geographic

Nesse sentido, para que um paleontólogo avalie a idade de um fóssil são analisados a quantidade dos compostos químicos. Assim, os cientistas medem a quantidade do carbono, chumbo e urânio. Deste modo, a técnica é denominada “radioatividade” e é possível identificar a quantos milhões de anos o organismo esteve presente na Terra.

Tipos de Fósseis

Os fósseis podem ser divididos em dois tipos principais, o somatofóssil e o icnofóssil. Assim, os somatofóssil são classificados como fósseis de organismos que existiram no passado. Deste modo, podemos citar ossos, carapaças, folhas, troncos, dentre outros.

Qual a importância de estudar os fósseis
Fóssil de uma planta encontrado a Bacia do Araripe, Sul do Ceará. Fonte: Agência Eco Nordeste

Por outro lado, os icnofóssil denominam-se os fósseis que representam alguma atividade animal. Assim, tratam-se de pegadas, rastros, túneis, excrementos, marcas de dentes e etc. Deste modo, para estudar o processo de fossilização, os paleontólogos dividem a conservação dos fósseis em diferentes maneiras.

Qual a importância de estudar os fósseis
Fóssil encontrado na cratera de Maragua, na Bolívia. Acredita-se que o fóssil seja de um dinossauro que viveu há 80 milhões de anos. Fonte: BOL

Nesse sentido, os processos de fossilização podem se dividir de acordo com:

  • Marcas – indícios deixados por atividades dos seres vivos, por exemplo, as pegadas;
  • Restos – todos os tipos de vestígios rígidos, por exemplo, as conchas;
  • Moldes – fósseis que foram moldados na área em que a fossilização ocorreu. Neste caso, permanecem as partes rígidas dos seres, por exemplo, os ossos;
  • Mineralização – é a transformação do material orgânico em minerais, por exemplo, a sílica;
  • Mumificação – é também denominado “conservação”. Assim, é o processo em que permanecem as partes rígidas e moles dos seres, por exemplo aqueles que fossilizaram no gelo.

Curiosidades

  • A Paleontologia é o nome da ciência que estuda os fósseis; Paleontólogo é o profissional da área;
  • Paleozoologia é uma das áreas da Paleontologia que estuda os fósseis animais;
  • Por meio dos estudos dos fósseis é possível conhecer a história do Planeta Terra;
  • Os fósseis são a comprovação mais concreta das vidas que existiram na Terra. Assim, são importantes para estudos que biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos desenvolvem;
  • Para ser considerado fóssil, o vestígio precisa pertencer a uma época geológica anterior à atual, nesse caso, o holoceno. Portanto, um fóssil tem quer ser mais antigo que 11 mil anos, caso contrário, será caracterizado como um subfóssil;
  • O estudo da fossilização é importante para o conhecimento da evolução da vida.

E então, você gostou de aprender sobre o que são fósseis? Aproveita e confere também matérias sobre os Animais vertebrados – o que são, características e classificações e Mamíferos – Classificação, principais características e curiosidades

Fontes: Brasil Escola, Só Biologia, Toda Matéria, Mundo Educação.

Bibliografia:

  • PENA, Rodolfo F. Alves. Fósseis. [20–]. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fosseis.htm. Acesso em: 22 out. 2019.
  • FREITAS, Eduardo de. “Os fósseis”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-fosseis.htm. Acesso em: 22 out. 2019.
  • DIANA, Juliana. O que são Fósseis. [20–]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-fosseis/. Acesso em: 22 out. 2019.

Fonte imagem destaque: Jornal GGN