3 explique por que a posição do pronome em como não encontrou se diferente do uso recomendado

Referências Bibliográficas

Almor, Amit, Jefferson de Carvalho Maia, Maria Luiza Cunha Lima, Mirta Vernice, e Carlos Gelormini-Lezama. 2017. Language processing, acceptability, and statistical distribution: A study of null and overt subjects in Brazilian Portuguese, Journal of Memory and Language92: 98-113. [ Links ]

Alonso-Ovalle, Luis; Charles Clifton, Lyn Frazier e Susana Fernández-Solera. 2002. Null vs. Overt Pronouns and the topic-focus articulation in Spanish, Journal of Italian Linguistics, 14, 2: 151-169. [ Links ]

Ariel, Mira. 1990. Accessing noun phrase antecedents, Linguistics, 96: 113-118 [ Links ]

Arnold, Jennifer E. 2001. The effects of thematic roles on pronoun use and frequency of reference continuation, Discourse Processes, 31: 137-162. [ Links ]

Baayen, R. Harald; Douglas J. Davidson e Douglas M. Bates. 2008. Mixed-effects modelling with crossed random effects for subjects and items, Journal of Memory and Language , 59: 390-412. [ Links ]

Barr, Dale. 2013. Coding categorical variables when analyzing factorial experiments with regression. em linha. Disponível em http://talklab.psy.gla.ac.uk/tvw/catpred/ [ Links ]

Barr, Dale, Roger Levy, Christoph Scheepers e Harry Tily. 2013. Random effects structure for confirmatory hypothesis testing: Keep it maximal, Journal of Memory and Language 68, 3: 255-278 [ Links ]

Benjamini, Yoav e Yosef Hochberg. 1995. Controlling the False Discovering Rate: A practical and powerful approach to multiple testing, Journal of the Royal Statistical Society, Series B, 57: 289-300. [ Links ]

Brennan, Susan E., Marilyn W. Friedman e Carl J. Pollard. 1987. A centering approach to pronouns, em Proceedings of the 25th meeting of the association for computational linguistics, Stanford: 155-162. [ Links ]

Carminati, Maria Nella. 2002. The processing of Italian subject pronouns, Tese de Doutorado. University of Massachusetts, Amherst, Inédita. [ Links ]

Chambers, Craig G. e Ron Smyth. 1998. Structural parallelism and discourse coherence: A test of Centering Theory, Journal of Memory and Language , 39: 593-608. [ Links ]

Dikker, Suzanne e Liina Pylkkänen. 2013. Predicting language: MEG evidence for lexical preactivation, Brain and Language, 127, 1: 55-64. [ Links ]

Filiaci, Francesca, Antonella Sorace e Manuel Carreiras. 2014. Anaphoric biases of null and overt subjects in Italian and Spanish: A cross-linguistic comparison, Language and Cognitive Processes, 29, 7: 825-843. [ Links ]

Filiaci, Francesca. 2011. Anaphoric Preferences of Null and Overt Subjects in Italian and Spanish: a Cross-linguistic Comparison. Tese de Doutorado. University of Edinburgh, Edimburgo. Inédita [ Links ]

Fine, Alex B., Tim Florian Jaeger, Thomas A. Farmer e Ting Qian. 2013. Rapid expectation adaptation during syntactic comprehension, PLoS ONE, 8, 10: e77661. [ Links ]

Fonseca, Maria Cristina M. e Erlândio Guerreiro. 2012. Resolução de correferência pronominal no português do Brasil, Lingüística, 8, 2: 112-133. [ Links ]

Fukumura, Kumiko e Roger P. G. van Gompel. 2010. Choosing anaphoric expressions: Do people take into account likelihood of reference?, Journal of Memory and Language , 62: 52-66. [ Links ]

Gordon, Peter C., Barbara J. Grosz e Laura A. Gilliom. 1993. Pronouns, names, and the centering of attention in discourse, Cognitive Science, 17: 311-347. [ Links ]

Grosz, Barbara J., Aravind Joshi e Scott Weinstein. 1995. Centering: A framework for modelling the local coherence of discourse, Computational Linguistics , 21, 2: 202-225. [ Links ]

Grüter, Theres, Hannah Rohde e Amyu Schafer. 2016. Coreference and discourse coherence in L2: The roles of grammatical aspect and referential form, Linguistic Approaches to Bilingualism, 7, 2: 199-229. [ Links ]

Hobbs, Jerry R. 1979. Coherence and coreference, Cognitive Science , 3, 1: 67-90. [ Links ]

Kaiser, Elsi. 2013. Looking beyond personal pronouns and beyond English: Typological and computational complexity in reference resolution, Theoretical Linguistics , 39, 1-2: 109-122. [ Links ]

Kehler, Andrew, Laura Kertz, Hannah Rohde e Jeffrey L. Elman. 2008. Coherence and Coreference Revisited, Journal of Semantics, 25, 1: 1-44. [ Links ]

Kim, Kitaek, Theres Grüter e Amy J. Schafer. 2013. Effects of event-structure and topic/focus-marking on pronoun reference in Korean. Poster presented at the 26th Annual CUNY Conference on Human Sentence Processing, Columbia, SC. [ Links ]

Kuperberg, Gina R. e T. Florian Jaeger. 2015. What do we mean by prediction in language comprehension?, Language, Cognition and Neuroscience, 31, 1: 32-50. [ Links ]

Luegi, Paula. 2012. Processamento de sujeitos pronominais em Português: efeito da posição estrutural dos antecedentes. Tese de doutorado, Universidade de Lisboa. Inédito. [ Links ]

Mayol, Laia. 2016. Asymmetries between interpretation and production in Catalan pronouns. Comunicacao apresentada no 7th Experimental Pragmatics Conference. Köln. June 2017. [ Links ]

Norcliff, Elisabeth, Alice C. Harris e T. Florian Jaeger. 2011. Cross-linguistic psycholinguistics and its critical role in theory development: early beginnings and recent advances,Language and Cognition, 8, 2: 167-205. [ Links ]

Rohde, Hannah. 2008. Coherence-Driven Effects in Sentence and Discourse Processing. Tese de Doutorado. University of California, San Diego. Inédito [ Links ]

Rohde, Hannah e William S. Horton, 2014. Anticipatory looks reveal expectations about discourse relations, Cognition, 133, 3: 667-691. [ Links ]

Rohde, Hannah e Andrew Kehler. 2014. Grammatical and information-structural influences on pronoun production, Language, Cognition and Neuroscience, 29, 9: 912-227. [ Links ]

Salverda, Anne P., Dave Kleinschmidte e Michael K. Tanenhaus. 2014. Immediate effects of anticipatory coarticulation in spoken-word recognition, Journal of Memory and Cognition, 1, 71: 145-163. [ Links ]

Stevenson, Rosemary J., Rosalind A. Crawley e David Kleinman. 1994. Thematic roles, focusing and the representation of events, Language and Cognitive Processes, 9: 519-548. [ Links ]

Teixeira, Elisângela Nogueira, Maria Cristina Micelli Fonseca, e Maria Elias Soares. 2014. Resolução do pronome nulo em Português Brasileiro: Evidência de movimentação ocular. Veredas, 18, 1: 281-301. [ Links ]

Ueno, Mieko e Andrew Kehler. 2016. Grammatical and pragmatic factors in the interpretation of Japanese null and overt pronouns, Linguistics , 54, 6: 2057-2062. [ Links ]

Wolf, Florian, Edward Gibson e Timothy Desmet. 2004. Discourse coherence and pronoun interpretation, Language and Cognitive Processes, 19: 665-75 [ Links ]

Na linguística, a ambiguidade ou anfibologia ocorre quando um trecho, uma sentença ou uma expressão linguística apresentam mais de um entendimento possível, gerando problemas de interpretação no enunciado e dificuldades de comunicação. A ambiguidade é um problema muito comum e presente em diversas construções textuais e orais, estando muitas vezes relacionada à escolha do léxico (escolha das palavras) e à sintaxe (disposição das palavras) da sentença.

Ambiguidade como vício de linguagem

A ambiguidade é vista como um vício de linguagem, isto é, como um desvio das normas padrão estabelecidas para a língua portuguesa. Embora seja aceitável na linguagem lírica e poética, devido à maior liberdade criativa nesse tipo de escrita, a ambiguidade é um vício que deve ser evitado em textos jornalísticos, acadêmicos e, mesmo, durante a comunicação informal enquanto troca de informações objetivas e precisas, já que causa problemas na interpretação dessas informações.

Tipos de ambiguidade

A língua portuguesa apresenta alguns tipos específicos de ambiguidade que ocorrem devido à maneira como o próprio idioma estabelece-se. Vamos conhecer esses tipos vendo exemplos e maneiras de evitá-los.

Uso indevido de pronomes possessivos

Costuma ocorrer quando há mais de um sujeito na sentença e qualquer pronome possessivo ou termo que indique posse, não ficando claro a qual sujeito se estabelece a relação de posse. Exemplo:

Andréia pediu a Fabiano que pegasse sua mochila na sala.

A mochila era de Andréia ou de Fabiano? Para evitar esse tipo de ambiguidade, evite usar o pronome seu ou sua nesses casos e use dele ou dela:

Andréia pediu a Fabiano que pegasse a mochila dele/dela na sala.

Leia mais: A ambiguidade gerada pelo emprego inadequado dos pronomes possessivos

Colocação inadequada de palavras

Ocorre quando a sintaxe da frase prejudica o entendimento. Exemplo:

O garoto mal-humorado resmungou durante a prova.

O garoto é sempre mal-humorado ou estava mal-humorado apenas durante a prova? A posição em que se coloca o termo mal-humorado pode definir isso, além de outras construções dando maiores detalhes sobre o garoto (nesse caso, deixaremos o termo explicativo entre vírgulas):

• Mal-humorado, o garoto resmungou durante a prova.

O garoto, sempre mal-humorado, resmungou durante a prova.

Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante

Ocorre quando há uso indistinto de um termo que pode servir como pronome relativo (aquele que retoma um antecedente, representando-o no início de uma oração) ou como conjunção integrante (aquela que introduz orações substantivas) dependendo de onde ele é encaixado na frase. Exemplo:

A mãe avisou à filha que estava terminando o serviço.

Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha? Novamente, é possível solucionar esse problema mudando a posição das orações.

• À filha, a mãe avisou que estava terminando o serviço.

• A mãe avisou à filha, que estava terminando o serviço.

Leia também: Que: conjunção integrante ou pronome relativo?

Uso indevido de formas nominais

Ocorre quando a ambiguidade aparece em contextos de uso de verbos na forma nominal (gerúndio, particípio ou infinitivo). Exemplo:

A garota viu o vizinho correndo.

Quem estava correndo: a garota ou o vizinho? Mudando a posição das orações, temos o seguinte:

  • Correndo, a garota viu o vizinho.
  • A garota viu o vizinho, que estava correndo.

Leia também: Emprego das formas nominais do verbo

Ambiguidade e polissemia

A polissemia diz respeito às palavras que apresentam mais de um significado, variando de acordo com o contexto. Assim, o gramático Evanildo Bechara define que a polissemia é um fato da língua, isto é, ela é uma ocorrência natural do nosso idioma. Embora possam estar relacionadas, a polissemia não deve ser confundida com a ambiguidade.

A palavra “pregar” pode corresponder a “pregar um sermão”, “pregar um prego” ou “preguear um tecido”. A palavra isolada pode gerar dúvidas quanto ao seu verdadeiro significado, porém, quando aplicada na sentença, o contexto não deixará dúvidas e o falante do idioma poderá identificar o que se quis dizer.

A palavra “ponto” é outro bom exemplo, podendo tratar-se de um ponto no espaço (em geometria), do ponto final que é um sinal de pontuação (em gramática), do ponto que é auxiliar de atores (no teatro) ou de um ponto de ônibus ou de táxi.

Leia também: Homonímia e polissemia

3 explique por que a posição do pronome em como não encontrou se diferente do uso recomendado
A ambiguidade pode gerar um enorme ruído na comunicação, trazendo diversas dúvidas aos interlocutores.

Exercícios resolvidos

Questão 1

(CEC - 2014)

A ambiguidade é um problema de construção na produção da mensagem. Ela se dá a partir de vários fatores.

Como você deve ter observado, o pronome “ela" pode ter vários referentes (pode ser “ambiguidade", “construção", “produção" ou “mensagem"), por isso, essa construção é considerada ambígua. Agora, analise as frases a seguir.

I. Atlético quebra invencibilidade do São Paulo em casa.

II. O deputado falou para os seus colegas que suas observações, quanto ao relatório apresentado, não deveriam ser revistas.

III. Policial atira em assaltante com arma de brinquedo em São Paulo.

Assinale a alternativa que contém um comentário INCORRETO sobre essas frases.

a) A frase I é ambígua e uma das possibilidades de reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: “Em casa, Atlético quebra invencibilidade do São Paulo".

b) A frase II é ambígua e uma das possibilidades de reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: “O deputado falou para os seus colegas que as observações dele, quanto ao relatório apresentado, não deveriam ser revistas".

c) A frase II é ambígua e uma das possibilidades de reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: “O deputado falou para os seus colegas que as observações deles, quanto ao relatório apresentado, não deveriam ser revistas.”

d) A frase III é ambígua e uma das possibilidades de reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: “Policial atira em assaltante que estava com arma de brinquedo”.

e) A frase III é ambígua e uma das possibilidades de reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: “Policial atira em assaltante portando uma arma de brinquedo”.

Solução

Alternativa e, pois a solução apresentada continua sendo ambígua. Quem portava a arma de brinquedo: o policial ou o assaltante?