Aponte três fatores que contribuíram para a ascensão dos Estados Unidos como superpotência

As grandes nações da Europa ocidental encontravam-se enfraquecidas economicamente, industrialmente e politicamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois o conflito devastou diversos países. Nesse contexto se despontaram duas potências mundiais com ideais divergentes, Estados Unidos e União Soviética, ambas queriam expandir as influências de seus sistemas político-econômicos (capitalismo e socialismo) pelo mundo. Essa rivalidade, conhecida como Guerra Fria, perdurou até a queda do socialismo, em 1991. Um dos principais motivos que conduziram os Estados Unidos a se despontarem como potência mundial foi o financiamento ou o empréstimo que a nação forneceu aos países europeus para a reconstrução das nações destruídas pela guerra, esse processo foi denominado de plano Marshall. Além da ajuda financeira, os Estados Unidos abasteceram de produtos industrializados a Europa e outros países que anteriormente mantinham relações comerciais com as potências europeias.

Apesar da extrema importância que esse fato teve para a consolidação dos Estados Unidos como potência, existem outros fatores, como o enorme mercado consumidor interno, o sistema de colonização (povoamento), abundante mão de obra, potencial energético, jazidas minerais diversificadas, além de suportes estruturais nas áreas de logística, aperfeiçoamento de técnicas e tecnologias e uma malha urbana que favoreceu o funcionamento industrial.

Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia

Equipe Brasil Escola

Estados Unidos - Geografia - Brasil Escola

As recentes invasões ao Afeganistão e ao Iraque, bem como as caçadas e extermínio de Saddam Hussein e Osama Bin Laden, leva-nos a pensar a respeito da soberania internacional dos Estados Unidos da América e da sua consolidação como a maior hiperpotência mundial. Estados Unidos é a única nação a acumular a liderança no poderio industrial, militar, financeiro, nuclear, estratégico e cultural. Pode-se dizer, então, que o poder dos EUA é multidimensional e atinge praticamente todas as partes do globo terrestre.

Tal poderio se justifica principalmente pelo desempenho norte-americano nas duas grandes guerras mundiais e, em seguida, durante a Guerra Fria. Durante as grandes batalhas, os EUA não sofreram grandes consequências em seu território e tampouco ataques a civis. Mesmo na Guerra do Vietnã, em que os americanos foram considerados derrotados, não chegaram a sofrer um único ataque direto em seu território. Os atentados de 11 de Setembro foram a única vez na história da era moderna que os Estados Unidos sofreram um ataque direto dentro de suas fronteiras.

Por se encontrar em uma localização geográfica privilegiada, estando protegido por dois grandes oceanos, bem como por ter desenvolvido uma melhor tecnologia bélica e nuclear, os EUA terminaram a Segunda Grande Guerra na liderança do poderio político-militar, sendo rivalizado apenas pela União Soviética (URSS).  O dólar passou a ser a principal moeda em todo mundo, de modo que todas as economias tinham suas referências pautadas a partir da americana. Com o declínio soviético ao final da Guerra Fria, os EUA tornaram-se uma potência sem rivais, tanto no poderio bélico quanto no econômico.

Quando estudiosos e analistas abordam a conjuntura da ordem mundial no pós Guerra Fria, referem-se a uma multipolaridade, que estaria refletida na divisão de poder entre EUA, União Europeia, Japão e, posteriormente, China. Entretanto, fala-se também de uma unipolaridade, uma vez que os poderios econômicos e bélicos dos Estados Unidos encontram-se muito acima dos demais.

Para se ter uma ideia, os EUA investiram, em 2008, cerca de 607 bilhões de dólares em gastos militares, o que corresponde a 41% dos investimentos em todo mundo. O segundo lugar pertence à China, com 84,9 bilhões de dólares. Uma diferença próxima dos 520 bilhões!

Nos plano Geopolítico, os EUA mantém intervenções na maioria dos grandes conflitos armados e crises internacionais. Na guerra entre Israel e Palestina, mantém uma posição de apoio aos judeus, mantendo uma gigantesca diplomacia local. A Organização das Nações Unidas, a ONU, é frequentemente acusada por outras nações por ser submeter às ordens e vontades estadunidenses.

Um exemplo foi a invasão ao Iraque, vetada pelo Conselho de Segurança da ONU, porém ignorada pelos Estados Unidos. Nenhuma atitude em represália foi tomada pelo órgão internacional, que nada pode fazer a não ser enviar tropas para cuidar dos feridos e sobreviventes do front de batalha.

Portanto, com um PIB que corresponde a cerca de um quinto da riqueza mundial, com um poder de consumo extremamente alto e com um poder de investimento muito acima dos demais, os Estados Unidos seguem soberanos na liderança política da Nova Ordem Mundial.

Por Rodolfo Alves Pena

Graduado em Geografia

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Aponte três fatores que contribuíram para a ascensão dos estados unidos como superpotência


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- A ascensão da economia norte-americana deve-se principalmente pela intensa acumulação de capital ocorrida na segunda metade do século XIX. No início do século XX, o país já possuía grandes empresas que detinham os monopólios do petróleo, aço, automóveis e ferrovias. - A expansão das multinacionais e do comércio ocorreu a partir da segunda metade do século XX, as multinacionais norte-americanas dominaram ainda mais o processo de acumulação de capitais, os investimentos nas multinacionais ocorreram primeiramente em países europeus e depois em mercados em expansão como os países subdesenvolvidos. 

- No final do século XIX, a descoberta e a extração do petróleo deram novos rumos à economia norte-americana, pois esse momento promoveu uma revolução nos transportes, com a criação do automóvel pelo empresário Henry Ford. Esse criou um novo modelo de produção na linha de montagem, e uma nova forma de ver o mercado, para ele a produção deveria ser em massa, assim como o consumo, o trabalhador deveria ter momentos de descanso para poder consumir os produtos das indústrias.

A posição geográfica estadunidense, a Segunda Guerra Mundial e a industrialização "precoce" contribuíram para a ascensão dos Estados Unidos ao "posto" de superpotência.


A sua posição geográfica permitiu que os Estados Unidos estabelecessem um território gigantesco e rico em recursos naturais, pois, diferente dos países europeus, os "vizinhos" dos americanos não tinham poderio militar para resistir às suas investidas.


A Segunda Guerra Mundial devastou a Europa, mas não chegou às terras dos americanos, de modo que a sua indústria continuou funcionando a todo vapor, sendo a Segunda Guerra uma oportunidade econômica para os americanos.


A industrialização "precoce", ainda no século XIX, fez dos Estados Unidos uma economia moderna e dinâmica, de modo que foram capazes de se desvencilhar da influência europeia.

Atualmente os Estados Unidos são considerados a principal potência do mundo, mas essa condição alcançada não ocorreu repentinamente, foram necessários vários fatores para que este se consolidasse como uma das nações mais importantes do planeta. As raízes do crescimento econômico norte-americano foram fundamentais para o seu desenvolvimento. Foram menos de quatro séculos para que os EUA passassem da condição de colônia para superpotência, um dos motivos para essa transformação rápida foi a ascensão econômica no sul, que tinha como principal atividade a produção monocultora, pois o sul possui clima de características tropicais favoráveis ao cultivo, já no norte as atividades eram distintas, esse apresenta clima temperado, no sul a economia era voltada para o comércio, possuía os principais centros urbanos, surgiram as primeiras indústrias e instituições financeiras.
Os EUA contavam com diversos recursos naturais que eram extremamente importantes para as indústrias que estavam surgindo no nordeste, isso desencadeou vários avanços. Esses impulsionaram a aceleração comercial como a expansão do mercado interno que gerou prosperidade econômica, maciços investimentos em mineração no século XIX, aumentando ainda mais a produção.

No final do século XIX, a descoberta e a extração do petróleo deram novos rumos à economia norte-americana, pois esse momento promoveu uma revolução nos transportes, com a criação do automóvel pelo empresário Henry Ford. Esse criou um novo modelo de produção na linha de montagem, e uma nova forma de ver o mercado, para ele a produção deveria ser em massa, assim como o consumo, o trabalhador deveria ter momentos de descanso para poder consumir os produtos das indústrias. A ascensão da economia norte-americana deve-se principalmente pela intensa acumulação de capital ocorrida na segunda metade do século XIX. No início do século XX, o país já possuía grandes empresas que detinham os monopólios do petróleo, aço, automóveis e ferrovias.

O crescimento da economia norte-americana também foi propiciado por acontecimentos históricos como a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) momento em que a Europa se encontrava em reconstrução, então os EUA forneceram empréstimos e mercadorias, resultando num gigantesco crescimento do PIB e se consolidando definitivamente como a maior potência mundial.

A expansão das multinacionais e do comércio ocorreu a partir da segunda metade do século XX, as multinacionais norte-americanas dominaram ainda mais o processo de acumulação de capitais, os investimentos nas multinacionais ocorreram primeiramente em países europeus e depois em mercados em expansão como os países subdesenvolvidos. As primeiras multinacionais norte-americanas foram GENERAL MOTORS E FORD, TEXACO e ESSO, COCA-COLA, NABISCO, JOHNSON & JOHNSON e GILLETE. A expansão das multinacionais norte-americanas no mercado internacional intensificou o ritmo de crescimento econômico, foi grande gerador de fluxos de mercadorias, hoje o comércio externo americano corresponde a 16% do total mundial, o país mantêm relações comerciais com grande parte das nações.