Cite alguns problemas urbanos enfrentados pela população que vive nas grandes cidades nordestinas

Veja quais as consequências urbanas para o planeta!

Prepare as suas anotações: hoje é dia da revisão completa sobre problemas urbanos. É importante perceber que o estudo dos problemas decorrentes da urbanização é essencial para podermos criticar e entender a maneira como o ser humano age e se organiza em sociedade.

Siga esta leitura e tire suas dúvidas sobre o tema para se preparar com confiança para o Enem e garantir um bom desempenho em diversas questões, especialmente as de Geografia. Não perca a oportunidade, pois as provas estão chegando. Confira as dicas de estudo deste post na íntegra!

Problemas ambientais urbanos

Pessoas que moram nas grandes cidades acabam causando prejuízo ao meio ambiente, direta ou indiretamente. A grande concentração populacional nas zonas urbanas do Brasil e do mundo, provoca uma série de impactos ambientais. Portanto, o tema dos principais problemas ambientais urbanos merece atenção.

Nos itens a seguir, entenda algumas das categorias centrais relacionadas à essa questão e conheça os principais problemas ambientais no Brasil e no mundo.

Problemas urbanos: lixo

A maneira como a sociedade moderna consome os produtos industrializados implica uma crescente preocupação com o problema do lixo urbano.

Realizar a gestão de resíduos sólidos é uma das atividades mais complexas dos governos dos municípios. Infelizmente, no Brasil, cerca de 50% deles ainda depositam o lixo em vazadouros a céu aberto, segundo a Pesquisa Nacional de Resíduos Sólidos, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse tipo deposição implica em riscos de contaminação para a natureza e a população ao redor, pois gera chorume e emite gases, como o metano, que no processo de decomposição, transforma-se em dióxido de carbono (CO2), um dos principais compostos do efeito estufa que causa uma série problemas ambientais no Brasil.

Solucionar esse problema urbano envolve iniciativas do governo e também das várias camadas da sociedade. Destacam-se, como medidas de resolução: a criação de aterros sanitários adequados, a coleta seletiva, além da mudança no modo de produção e consumo.

Problemas urbanos: poluição

Chegou a hora de conferir os principais problemas ambientais relacionados à poluição do meio ambiente nas zonas urbanas. Continue a leitura e entenda os detalhes de cada ocorrência!

Poluição do ar

A agenda ambiental das cidades que se propõem a mudar a qualidade de vida das pessoas, de modo geral, propõe destaque à qualidade do ar, sendo esse um dos principais assuntos tratados nas conferências ambientais.

Consequências diretas à saúde da população são percebidas facilmente quando o ar dos espaços urbanizados está carregado de toxinas. Problemas respiratórios já fazem parte do cotidiano nas grandes metrópoles.

Durante a queima de combustíveis fósseis, como hidrocarbonetos e carvão mineral, ocorre a liberação de gases para a atmosfera, sendo este o principal motivo da sua contaminação.

Os combustíveis dessa natureza estão entre as principais fontes de energia primária no mundo, movimentando carros, motos, ônibus, caminhões, navios e aviões, e contribuem significativamente para o Efeito Estufa.

Logo, é um assunto que merece muita atenção. Nas últimas décadas, a poluição do ar vem aparecendo como uma das principais questões ambientais das grandes cidades entorno do aquecimento global.

Poluição sonora

Existem, no ambiente urbano, inúmeros estímulos externos que facilitam o desenvolvimento do estresse na população. Nas regiões metropolitanas, são comuns os ruídos produzidos por automóveis, fábricas, pessoas trabalhando, etc.

É verdade que, a poluição sonora não se acumula no espaço, como as outras situações poluentes, porém, ela é responsável por causar sérios danos à saúde, pois a exposição direta a barulhos intensos pode comprometer a audição e o bem-estar das pessoas.

Poluição visual

O excesso de estímulos visuais na paisagem das grandes cidades é constituído, em grande parte, por propagandas que oferecem produtos e serviços. Você já reparou a disputa entre outdoors, faixas e placas nas ruas da sua região?

Essas comunicações, quando instaladas de maneira indevida, constituem vários problemas urbanos, dentre os quais podemos destacar:

  • a modificação do espaço público, a fim de veicular interesses particulares;
  • a deterioração da paisagem urbana e a degradação dos elementos naturais, como vegetação, rios e lagos;
  • o prejuízo na percepção do espaço, referente à referenciação espacial e localização, além do trânsito de pessoas nas cidades.

Esgoto

O alto teor de matéria orgânica que os mananciais de água dos centros urbanos recebem, através do esgoto doméstico e industrial, é a razão da poluição desses corpos d’água.

A deposição de resíduos sólidos, diretamente no solo ou na água, como os vazadouros a céu aberto, também compromete de maneira significativa a qualidade dos reservatórios hídricos da cidade.

Infelizmente, o descomprometimento quanto às políticas públicas relacionados ao saneamento básico, é um dos principais problemas urbanos no Brasil.

Problemas sociais urbanos

Nesta seção do artigo, você vai entender sobre os principais problemas sociais encontrados nas grandes cidades. Confira!

Violência urbana

O crescimento desordenado das cidades intensificou o problema da violência urbana. É correto dizer que essa situação acontece em função de fome, miséria e desemprego, encontrados, principalmente, em países subdesenvolvidos.

No Brasil, a violência urbana é reflexo de políticas públicas ineficientes, que não resolvem as situações de risco e não conseguem sanar lacunas do desenvolvimento dos cidadãos, como o acesso à direitos fundamentais.

Mobilidade urbana: problemas e soluções

A mobilidade urbana pode ser caracterizada como a maneira que as pessoas utilizam para se locomoverem. Para a realização de uma análise avaliativa da mobilidade urbana, é necessário levar em conta os seguintes fatores:

  • organização territorial;
  • intensidade do fluxo de automóveis nas vias de transporte da cidade;
  • tipos de transporte utilizados.

No contexto brasileiro, como problemas de mobilidade urbana, podemos citar:

  • sobrecarga de espaço;
  • limitação do fluxo de pessoas e mercadorias;
  • alto índice de acidentes fatais;
  • ineficiência do transporte público;
  • poluição do meio ambiente.

Podemos destacar, ainda, que a ausência de políticas públicas para a melhoria do transporte público resulta, consequentemente, na procura por um meio de transporte particular.

Isso gera um ciclo vicioso, pois, quanto mais carros há nas ruas, mais difícil se torna a implementação de uma mobilidade urbana eficiente, além de que acontece o aumento na emissão de dióxido de carbono.

Lembre-se de que a falta de mobilidade urbana no Brasil é um problema recorrente.

Existem, porém, algumas propostas de solução desse problema que merecem a atenção de todos os moradores das grandes cidades. Veículos a trilho, como o metrô, é uma alternativa eficiente e de energia limpa, por exemplo.

Há, ainda, os ônibus limpos, que usam combustível alternativo para não poluírem. Ciclovias também são ótimas opções de transporte, além de fazerem bem para a saúde da população.

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O processo de Urbanização no Nordeste caracterizou-se, principalmente, por ter se manifestado de forma e período distintos das demais regiões brasileiras, iniciando-se no período colonial e conhecendo um relativo declínio justamente quando o restante do país intensificou o processo de metropolização.

Para compreendermos melhor como ocorreu – e ainda ocorre – a urbanização nordestina, primeiramente é necessário compreender o que é, propriamente, a expressão urbanização. Essa expressão designa o crescimento das cidades em relação ao crescimento do campo, ou seja, só há urbanização quando o crescimento da população e do espaço das cidades é superior ao crescimento da população e do espaço do meio rural.

Além do mais, é preciso considerar a heterogeneidade do espaço dessa região, que só é concebida em um conjunto a partir das divisões regionais brasileiras ocorridas ao longo do século XX. Antes disso, o Nordeste era entendido como uma área com diversas regiões e atividades, possuindo um litoral, por exemplo, economicamente mais dinâmico e um Agreste e Sertão em fase de evolução.

Como já frisamos, a região Nordeste foi a primeira a se urbanizar no Brasil, em virtude do fato de ela abrigar as primeiras localidades colonizadas e onde se instalaram as principais atividades econômicas brasileiras. Estabeleceu-se, primeiramente, a cultura da cana-de-açúcar, consolidando a formação do chamado “Nordeste Açucareiro”, que contrastava em relação às demais atividades regionais. Esse contexto favoreceu o crescimento de cidades como Salvador e Recife, que eram, respectivamente, os centros político e econômico do Nordeste Açucareiro.

A partir do século XVIII, houve um declínio dessa atividade em função da competição da produção de açúcar no Caribe, o que se intensificou com o crescimento econômico da produção de café na região Sudeste. Em oposição, no século XIX, as faixas do Agreste e do Sertão intensificaram a produção de algodão e as atividades pecuaristas, formando o “Nordeste algodoeiro-pecuarista”, o que propiciou o crescimento de algumas cidades nessa região.

Ao longo do século XX, estabeleceu-se a formação do chamado “Nordeste cacaueiro”, consolidando o crescimento regional que, em particular, favoreceu o desenvolvimento de cidades baianas, com destaque para Itabuna e Ilhéus.

Porém, em linhas gerais, a região Nordeste conheceu um intenso declínio econômico e, consequentemente, urbano ao longo dos séculos XIX e XX. Por outro lado, regiões como o Sudeste cresceram cada vez mais e urbanizaram-se. Desse modo, justamente quando as taxas de emigrações no Nordeste acentuavam-se, as regiões urbanas nas demais localidades proliferavam-se. Apesar disso, algumas metrópoles, como Recife e Fortalezam, formavam-se em função das migrações internas, em que povos do Sertão partiam em direção às faixas litorâneas economicamente mais desenvolvidas.

Assim, atualmente, ao contrário do que ocorre nas demais regiões, principalmente no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul, que apresentam uma acentuada queda em suas taxas de crescimento urbano, o Nordeste passa a se urbanizar cada vez mais, elevando o crescimento de suas regiões metropolitanas. Isso ocorre, principalmente, em função do atual estágio de desconcentração industrial em curso no Brasil.

Dados do IBGE apontam que, na década de 1960, a população rural do Nordeste somava quase o dobro da população urbana: mais de 14 mil contra pouco mais de 7 mil habitantes, respectivamente. Na década de 1980, a população das cidades finalmente superou a população do campo.

Segundo o Censo Demográfico de 2010, a população urbana nordestina é de 38.821.246 pessoas, enquanto, no meio rural, o número é de 14.260.704 habitantes. Tais números servem, afinal, para desmitificar a ideia de que o Nordeste é essencialmente rural. É claro que, não diferente do que ocorre no restante do país, essa urbanização é extremamente concentrada, principalmente nas cidades do litoral, com destaque para algumas exceções, como a cidade de Imperatriz, no Maranhão.

Por Rodolfo Alves Pena

Graduado em Geografia