Como ajudar o meu filho a estudar

Para que a criança se desenvolva bem, além de ter um ambiente saudável e cheio de estímulos em casa, é importante seguir as atividades escolares.

E é nesse ponto que mora o problema: muitos alunos não demonstram interesse pelos livros e cadernos e dão um trabalhão para os pais na hora de fazer tarefas ou de se preparar para as provas. As famílias ficam sem saber o que fazer, mas se preocupam que essa situação tenha um impacto negativo no futuro deles.

Então, como ajudar meu filho a estudar? Se você busca a resposta para essa pergunta, vai gostar de conferir o nosso post. Continue a leitura e coloque em prática as 5 dicas a seguir!

Como ajudar o meu filho a estudar

1. Crie uma rotina de estudos

Talvez o que falte na sua casa é organização para o momento de fazer as lições, trabalhos e estudar para a prova. A proposta é criar uma rotina de estudos, delimitando o período em que a criança vai se dedicar a essas atividades.

No começo, vai ser necessário lembrá-la todos os dias desse compromisso, mas, com o tempo, ela se acostuma e isso se torna algo natural em seu dia a dia.

Os pais podem até mesmo criar um cantinho de estudos, com uma mesa e cadeira confortável, escrivaninha para os livros, porta-lápis e luminária. Assim, seu filho terá um incentivo para fazer as tarefas escolares.

Outra dica é acompanhar essa rotina para que a criança se sinta mais segura para a atividade. Mas atenção: os pais não devem fazer os exercícios e resolver os problemas para ela, pois a ideia é somente orientar. Em caso de alguma dificuldade, o indicado é relatar para os professores.

2. Traga aspectos práticos e lúdicos ao aprendizado

Como ajudar meu filho a estudar? Trazendo os tópicos abordados na escola para situações práticas e momentos lúdicos. Você pode, por exemplo, utilizar o supermercado para mostrar o funcionamento da matemática, apontando variações entre preços ou quantidades de produtos, ou ensinar sobre frações na hora de cortar uma pizza.

Que tal frequentar um parque para falar sobre botânica ou ainda montar uma horta em casa para mostrar como ocorre o desenvolvimento de verduras e a importância da chuva para seu crescimento?

Você pode também utilizar livros infantis para estudar ortografia e gramática. A dica é fazer a criança ler as palavras e acompanhar esse momento. Ao final, vocês podem, até mesmo, encenar a história.

Como ajudar o meu filho a estudar

3. Mantenha a criança motivada

Acompanhe as atividades escolares que a criança precisa fazer e procure entender o motivo pelo qual ela perdeu o interesse. Será que é por que não entendeu o que foi falado em sala de aula e ficou com vergonha de perguntar?

Ao compreender essa questão, fica mais fácil buscar meios de motivar o seu filho. Às vezes, só o fato de estudar com ele já vai ajudar, trazendo acolhimento. Você pode também descobrir os assuntos em que ele demonstra mais interesse e dar uma atenção maior para esses temas. Se a criança gosta de tecnologia, delimite um horário por dia em que ela possa escolher jogos e aplicativos que tenham enfoque educacional.

Outro ponto importante é não compará-la com outro aluno da turma, estar sempre aberto para ouvir suas dificuldades e, principalmente, ter o hábito de elogiar seus esforços e conquistas.

4. Incentive a leitura em casa

Quer ajudar seu filho nas atividades escolares? Então fique por dentro de uma dica bem simples e que pode ter resultados extraordinários nos estudos: incentive a leitura em casa.

Quando a criança adquire prazer em acompanhar boas histórias, melhora sua concentração, seu raciocínio e vocabulário, além de ser um estímulo para a criatividade. Tudo isso vai se refletir nas tarefas e trabalhos escolares.

Acompanhe a seguir o que fazer para incentivar o hábito da leitura:

  • escolha livros de acordo com a faixa etária da criança — podem ser aqueles com fantoches ou até gibis. O importante é que ela tenha interesse na história e se acostume a ler;
  • leia com ela e transforme o momento em algo lúdico — use entonações diferentes para as vozes dos personagens e entre em um mundo de magia com seu filho;
  • leia para ele antes de dormir — deixe o pequeno escolher a história e aproveite para estreitar os laços;
  • monte um cantinho da leitura — uma pequena prateleira e muitas almofadas já bastam para estimular esse hábito;
  • leve a criança para livrarias, lançamentos de livros e bibliotecas;
  • dê o exemplo — tenha o costume de ler em casa, pois as crianças copiam o que os adultos fazem e, assim, podem se interessar pelos livros com mais facilidade.

5. Matricule seu filho em atividades extracurriculares

Quer descobrir como ajudar seu filho a estudar? Inclua atividades extracurriculares em sua rotina. A dica é escolher alguns cursos, mas sem sobrecarregar a criança, que precisa de um tempo na semana para descansar e brincar.

O ideal é optar por algum esporte do interesse dele para desenvolver habilidades motoras e também cursos que vão fazer a diferença no sucesso acadêmico e profissional, como o de inglês.

Esse aprendizado vai ser cobrado do seu filho, seja o inglês no vestibular, para a seleção de emprego, ou para um intercâmbio. Além disso, a criança bilíngue aprimora o raciocínio e memória, o que vai trazer ganhos para o ensino escolar. Então por que não aproveitar e aprender essa língua ainda na infância?

A ideia é que as lições sejam lúdicas, com atividades variadas e muita tecnologia. Por isso, escolha uma escola de inglês de qualidade para que o domínio da língua não se torne uma obrigação, mas aconteça de forma natural.

Se a pergunta “como ajudar meu filho a estudar” não sai da sua cabeça, você já sabe o que precisa fazer para que ele tenha interesse nas lições e em outros trabalhos escolares. As atividades extracurriculares, como o curso de inglês, vão fazer a diferença no aprendizado e no futuro da criança.

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O desafio dos pais e responsáveis em acompanhar os estudos dos filhos é algo constante e que não acaba nem quando os filhos entram na faculdade. O tipo de assistência é que vai mudar e precisamos entender nosso papel para fazer da melhor forma possível.

Diferentes tipos de assistências nas diferentes fases

No ensino infantil os pais precisam se envolver para ajudar na aprendizagem de letras e números. A melhor forma de fazer isto é por meio de brincadeiras, jogos e chamando atenção da criança para este universo, ou seja, exposição.

No ensino fundamental I os pais precisam muitas vezes acompanhar nas tarefas, auxiliar em trabalhos. Percebemos que os assuntos são parecidos entre as disciplinas e até mesmo com matérias do ano anterior. Por que? Porque eles precisam ser expostos várias vezes a um assunto para que aprendam.

Repetição, memória e aprendizado

Nós temos 2 tipos de memória: a de curto prazo e a de longo prazo. A memória rápida é o primeiro passo da aprendizagem, é quando uma informação chega no cérebro são feitas associações, criados contextos. E quando este assunto é repetido várias vezes, a memória vai se tornando de longo prazo.

Portanto, todo aprendizado exige que a informação seja recebida, processada no cérebro para que, com a repetição, ela seja efetivamente apreendida, ou seja que aconteça a memória de longo prazo.

Quando pensamos na criança de 4 anos é fácil, quase intuitivo, aceitar que ela precisa repetir muitas vezes até aprender. Mas o cérebro não muda a forma de aprendizagem com o crescimento. Ou seja, a criança com 12 ou 16 anos vai aprender da mesma maneira. Vai precisar ser exposta àquela informação de forma diferentes, várias e várias vezes para que ela aprenda. A grande mudança é que os pais não farão isto pelo filhos, mas terão que ensina-los ou orientá-los, para garantir que o processo de aprendizagem aconteça de forma significativa.

Dicas-chaves

1) É necessário ver as informações de formas e contextos diferentes para aumentar as associações que o cérebro faz.

2) É preciso ver as informações repetidas vezes, mas de forma ESPAÇADA.

3) Para aumentar as associações é bacana conversar e perguntar para a criança o que tem estudado, pedir para explicar algo. Neste momento o cérebro da criança vai precisar lembrar e explicar para o adulto. Pedir para a criança falar é mais fácil do que estudar junto ou tomar o ponto. Faz mais efeito. No entanto, no começo não será fácil, a criança não vai lembrar de tudo, ou não vai querer. Se por um acaso o responsável não tiver como ouvir, sugira a criança após estudar, explicar para alguém (pode sre imaginário). Sempre que possível faça comentários de como aquela informação pode fazer parte do dia a dia, relacionando com alguma viagem ou fato engraçado.

A repetição leva ao aprendizado! Esta afirmação vale para aprender a andar de bicicleta ou história do Brasil. Uma informação estudada de véspera de prova, pode gerar uma nota 8,0, mas não virar conhecimento. Ao invés de gastar 1 hora lendo e relendo uma matéria, é melhor gastar 10 minutos por dia em dias espaçados. As crianças precisarão de ajuda para organizar os estudos, para criar o hábito de estudar um pouco todos os dias, com cronograma.

Técnica Pomodoro nos estudos

Um jeito que funciona muito bem com crianças é intercalar 25 minutos de estudo focado com 5 minutos de pausa (recompensa). Esta técnica é conhecida como Pomodoro, tem app para ajudar!

Durante os 25 minutos a criança deve estar desconectada de celular, internet ou TV. E nos 5 minutos de pausa ela escolhe o que fará, uma partida de um jogo, uma olhada rápida no celular. Mas só podem ser 5 minutos.

Envolvimento e dedicação dos pais

A dedicação dos pais será em montar um cronograma de estudo com as matérias que a criança terá que estudar . Pode ser só o nome da matéria, e a criança terá que ver o que estudou na sala. Ele pode refazer exercícios, reler e explicar para “alguem”. Podemos até combinar que o estudo vai ser procurar mais sobre o assunto na internet.

Eu sei que a internet é um distrator imenso, que suga as crianças a perderem a noção do tempo. Mas acordos podem ser feitos para que se o trato feito for cumprido, outras recompensas ou benefícios serão permitidos.

Aprender é um processo lento e trabalhoso (para todos os envolvidos) e que precisa ser aprendido e treinado. E não tem como não haver envolvimento dos pais e responsáveis. O envolvimento é maior no começo, depois que a criança ganha autonomia (verdadeira, vide texto), fica mais fácil para todos. Assim como os pais ficam mais livres quando as crianças finalmente aprendem a andar de bicicleta.

Como ajudar o meu filho a estudar

Nota psi: criando um ambiente seguro (psicologicamente) para o aprendizado

Cobranças. Neste papel de apoiador e envolvido no processo de aprendizagem da criança, é necessário um cuidado para não virar mais uma fonte de cobrança ou culpabilização acerca do resultado final. Por exemplo, se a criança não for bem na prova, os pais ficam frustrados por sentir que “perderam tempo” ou que o resultado não foi compatível com o esforço/desempenho. Deve-se lembrar que o resultado depende de inúmeros fatores, e não somente do tempo dedicado aos estudos - depende das condições no dia da prova. Se bastasse apenas o esforço para um resultado positivo, as notas de aprovação em provas e vestibulares seriam altíssimas. O esforço de acompanhar os filhos, dedicar tempo a eles deve ser associado à experiência do aprendizado, do aprender a aprender, para todos os envolvidos. Ter um ambiente seguro psicologicamente também auxilia neste processo, pois níveis de angústias e ansiedades estão mais baixas e níveis de bem-estar mais altos.

Não é uma fórmula de bolo, mas é o caminho das pedras. Claro, também não é o único caminho. Conte um pouco das suas experiências em ajudar os seus filhos a estudar, os desafios e também as conquistas (e falhas e risadas) deste processo! Continue acompanhando nossas publicações para mais insights trazidos pela nossa neurocientista e psicóloga.