As queixas de inchaço (bloating) e distensão abdominal são cada vez mais relatadas pelos pacientes. Recentemente, o periódico American Journal of Gastroenterology publicou um artigo de cunho prático elucidando como essas queixas devem ser abordadas e tratadas. Inchaço é um sintoma, ou seja, a percepção de aumento de gases abdominais, enquanto a distensão abdominal é um sinal, e pode ser avaliada no exame físico, através do aumento objetivo da circunferência abdominal. Leia também: Refluxo laringofaríngeo refratário pode estar relacionado a ansiedade e/ou depressão? No geral, essas alterações predominam em pacientes com constipação crônica, do sexo feminino, sendo causa frequente de encaminhamento ao gastroenterologista. Pode ocorrer devido a aumento da tensão da parede intestinal pelo gás luminal, aumento da percepção da tensão da parede intestinal ou reflexo viscerossomático anormal. Causas e diagnósticoNa prática, podemos dividir as causas de bloating e distensão em cinco grandes grupos: relacionados a alimentos fermentáveis, constipação intestinal, supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO), hipersensibilidade visceral e reflexo viscerossomático anormal. Na prática, foi proposto um algoritmo diagnóstico envolvendo cinco perguntas.
Mensagens práticasApesar de muito frequente na prática médica, muitas vezes nos deparamos com pacientes com queixas crônicas de bloating e distensão abdominal. Esses pacientes frequentemente já estiveram em vários especialistas e foram submetidos a investigação, porém muitas vezes mantêm as queixas e se preocupam com elas. Na ausência de sinais de alarme, devemos primeiramente acolher esses pacientes e tranquilizá-los. Seguir um algoritmo diagnóstico auxilia na condução desses casos. Adaptação do algoritmo proposto na referência |