Engenharia Ambiental onde trabalhar

Engenharia Ambiental onde trabalhar
O Engenheiro ambiental atua na relação entre a sociedade e os recursos naturais.

Você conhece o trabalho do engenheiro ambiental?

Você tem afinidade com temas ligados ao meio ambiente e à sustentabilidade? Então, saiba que há um profissional da área de engenharia que atua exatamente na relação entre a sociedade e os recursos naturais: o engenheiro ambiental.

E o melhor: essa é uma opção de carreira com ótimas perspectivas. Uma pesquisa da revista norte-americana Forbes coloca a engenharia ambiental entre as 15 graduações mais promissoras até 2020 – principalmente em relação a salário e a oportunidades de trabalho.

E isso faz todo o sentido, pois a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade são assuntos em alta no mundo inteiro.

Aqui no Brasil, a tarefa é ainda mais complexa diante dos graves problemas de acesso a serviços de saneamento básico. Você sabia que apenas 50,3% dos brasileiros possuem coleta de esgoto em casa?**

Diante desse cenário, o engenheiro ambiental tem um papel superimportante a cumprir, não é mesmo?

Engenheiro ambiental: atuação econômica e social

Engenharia Ambiental onde trabalhar
O engenheiro ambiental e a sustentabilidade: busca por melhorias na qualidade de vida.

De forma geral, o engenheiro ambiental atua na redução dos impactos ambientais gerados pela ação do homem: sejam eles na água que bebemos, no solo que plantamos ou no ar que respiramos.

Lembrando que as soluções propostas por esse profissional não levam em conta apenas as questões ambientais, mas também os impactos econômico e social. Afinal, esse é o significado mais amplo do conceito de sustentabilidade.

Na prática, o desafio não é simples: o engenheiro ambiental tem o dever de propor formas eficazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas de maneira que elas também sejam economicamente viáveis e, principalmente, que respeitem a natureza. Legal, né?

Por exemplo: uma fábrica de tapetes que utiliza água para tingir tecidos precisa contratar esse profissional para garantir o destino correto desses resíduos e evitar qualquer risco de contaminação (do solo ou da água). É trabalho desse engenheiro solucionar essa questão em total acordo com as leis ambientais, mas também atendendo às necessidades econômicas e sociais daquela empresa/comunidade.

O que faz um engenheiro ambiental?

Conheça as principais atividades desse profissional: 

  • fazer análises de água e de resíduos como esgoto;
  • criar e acompanhar projetos ambientais e de sustentabilidade (principalmente para indústrias);
  • promover auditorias, fiscalização, análise de risco, avaliações de impactos ambientais;
  • atuar com saneamento e licenciamento ambiental, drenagem, poluição atmosférica, plano de gerenciamento de resíduos sólidos e contaminantes;
  • também pode atuar com pesquisa e estudos diversos na área da ciência.

Onde o engenheiro ambiental pode atuar?

O profissional pode trabalhar com essas atividades em:

  • organizações de diferentes setores, como  empresas de engenharia, indústrias e  serviços;
  • ONG’s ambientais (organizações não-governamentais);
  • órgãos do setor público, principalmente na área de fiscalização;
  • sua própria empresa, como autônomo (prestando consultorias).  

O curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Senac

Engenharia Ambiental onde trabalhar
A área de fiscalização é uma das formas de atuação do engenheiro ambiental.

A curso de graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária do Senac tem como foco a sustentabilidade e o empreendedorismo, fornecendo conhecimentos de engenharia, economia, meio ambiente, além das questões sociais.


Conheça alguns destaques:

1 – Corpo Docente

O corpo docente é formado por mestres e doutores, que atuam no mercado e também desenvolvem pesquisas na área.

2 –  Vivências

Como essa é uma área em que o profissional trabalha grande parte do tempo in loco – nos locais onde há demanda – é fundamental que o aluno tenha experiências variadas com situações reais.

Para isso, o Senac promove, durante todo o curso, visitas monitoradas a empresas, indústrias, parques e estações de tratamento. Além de uma observação prática do que ele vê em teoria nas aulas, essas atividades promovem uma importante troca com profissionais do mercado e especialistas.

Por ser uma área que envolve diferentes áreas do conhecimento, o curso desenvolve os chamados projetos integradores, que são trabalhos que unificam diversas disciplinas e facilitam o processo de aprendizagem do aluno.

3 – Pesquisa

O aluno que se interessa por pesquisa na área pode participar de programas de iniciação científica, facilitando a vida de quem pensa em seguir a carreira acadêmica (fazer mestrado e doutorado). Para isso, o futuro pesquisador recebe forte incentivo para publicar seus artigos em revistas científicas e apresentar trabalhos em congressos nacionais e internacionais.

Viu como você pode construir uma carreira que vai influenciar a vida de muita gente?

Acredite no seu potencial porque o mercado requer cada vez mais profissionais com fôlego para encarar os novos desafios que virão.

Boa sorte!

Conheça o curso de graduação do Senac

Colaboração:
Emília Satoshi Miyamaru Seo – Coordenadora do Curso de Bacharelado em Engenharia Ambiental e Sanitária do Senac.

** Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados em janeiro de 2017 e referentes a 2015.

Comentários

Comentários

Engenharia Ambiental onde trabalhar

Engenharia Ambiental onde trabalhar

Formado em engenharia ambiental e mestre em recursos hídricos e gestão de áreas contaminadas, Matheus Martins atua há mais de 10 anos como engenheiro de meio ambiente. Ainda na faculdade, ele foi aprovado no concurso da Petrobras para trabalhar como engenheiro e fez carreira na instituição. Experiente no gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos e águas subterrâneas, o líder da Fundação Estudar compartilha algumas dicas para jovens que querem seguir carreira na área ambiental.

Engenharia ambiental como carreira

A escolha pelo curso de engenharia ambiental se deu por uma mistura de afinidade com a área e oportunidade de trabalho. “O curso era muito recente quando eu fiz o vestibular. Sempre gostei e tive grande interesse por esses assuntos ambientais. A princípio, eu cogitava fazer geologia até que começaram a surgir as vagas nas universidades públicas para engenharia ambiental. Passei e segui carreira”, conta.

Ao longo dos estudos, Matheus se interessou pela área de recursos hídricos. “Hoje trabalho com o gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos, que são derivados de petróleo que eventualmente acabam atingindo o meio ambiente por conta de vazamentos e situações cotidianas. Isso impacta o meio subterrâneo e a gente tem essa missão de tratar aquela área e reabilitá-la para que ela não ofereça riscos à saúde humana, às comunidades e ecossistemas, além de outras atividades como garantir sustentabilidade corporativa e licenciamento ambiental”, esclarece.

O campo da engenharia ambiental é vasto e oferece muitas oportunidades para jovens profissionais, de acordo com Matheus. “Com o agravamento dos conflitos e crises ecológicas, da relação da sociedade com os impactos ambientais, temos uma situação de grandes problemas a serem atacados e grande demanda de serviço. Ainda mais que para os profissionais que trabalham nessa área que as demandas costumam ter um caráter compulsório. Além de inúmeras possibilidades de trabalho, existe uma necessidade de profissionais que estejam preparados para desenvolver tecnologias e métodos de trabalho e gestão que minimizem os riscos ambientais e consigam conciliar as atividades econômicas com a conservação ambiental”, esclarece.

A demanda do mercado

Quem quer trabalhar na área, precisa ter um interesse genuíno e vocação para lidar com o meio ambiente. “Não adianta seguir a carreira apenas porque vê oportunidades de bons salários e posições. É legítima essa opção, mas muito melhor quando há um interesse genuíno. Vai daquela ideologia de dar o melhor de si mesmo pela questão ambiental, de trazer uma contribuição efetiva para melhorar o mundo. É uma coisa que vem bem do interior que acaba te impulsionando a seguir carreira nessa área”. afirma.

Se especializar é fundamental para quem quer trabalhar com engenharia ambiental ou qualquer outra vertente relacionada ao meio ambiente. “A quantidade de gente formada nessa área aumentou muito porque houve uma grande procura por ter sido considerada uma profissão do futuro. Muita gente foi atraída por isso, e o mercado de trabalho ficou muito mais competitivo. Então, a atualização permanente se tornou algo fundamental para quem quer exercer a profissão. Associei uma vontade de continuar me aperfeiçoando com a necessidade de continuar desenvolver habilidades, aprendendo coisas novas e me especializando”, comenta.

Leia também: Economia verde: conheça oportunidades de trabalho e habilidades essenciais

Outra particularidade da engenharia ambiental é a necessidade de aprendizado constante. “Jamais parar de estudar, não se acomodar e estar preparado para enfrentar interesses bem diferentes e bem diversos. O interessante da área ambiental é a multidisciplinaridade. Quando você tem muita gente envolvida, junta múltiplos atores e você tenta conciliá-los, chegar a consensos para diminuir os impactos ambientais de um plano, programa ou projeto. Esse gosto pelo diferente, pela interação com múltiplos atores é fundamental para seguir carreira nessa área. Você o tempo todo está se envolvendo em arenas de debate, fóruns de discussão com muita responsabilidade”, aponta.

E para isso ter soft skills e inteligência emocional podem ser ferramentas essenciais. “Se você está em um fórum, você tem que representar os interesses da sua categoria. Você precisa dialogar, discutir cenários ambientais, propostas de alocação de água, por exemplo, isso exige muita maturidade emocional e capacidade de articulação. É fundamental você estar aberto e ter essa empatia para saber quais são as necessidades do outro, para tentar a chegar uma situação que beneficie o maior numero de envolvidos possível”, pondera.

Para Matheus, fica cada vez mais claro a necessidade de levar a sério a ciência para lidar com problemas naturais, enfrentar as situações de crise e evitar a perda de tempo e recursos para resolver os problemas. “É lamentável que os investimentos em pesquisa estejam diminuindo porque mais do que nunca vamos precisar de dinheiro para fomento de pesquisas que tragam inovações para uma economia mais sustentável e menos impactante, com menos riscos sanitários. Mas quanto mais gente na engenharia ambiental, mais esforços são agregados. Mais gente mobilizada com esse espirito de trabalhar e melhorar as coisas. O movimento adquire força e a categoria ganha fôlego para participar de conselhos, discussões, influenciar o arcabouço legal e os rumos da politica nacional”, finaliza.