Licença paternidade rj 2022 são de quantos dias

A licença de paternidade ou maternidade são direitos irrevogáveis à homens e mulheres que possuam filhos recém nascidos. O benefício é garantido por lei, em todos os estados do Brasil. Deste modo, fique atento a este artigo, e saiba as modalidades de licença paternidade 2022 e maternidade, tanto em empresas privadas ou públicas. Entenda!

Licença paternidade rj 2022 são de quantos dias
Licença Paternidade 2022

Como Funciona a Licença Paternidade?

A licença paternidade é um benefício válido a todos os pais que acabaram de ter filhos, em todo o território nacional. O principal objetivo do benefício é fazer com que o pai de uma criança recém nascida, possa estar presente nos primeiros dias após o parto, dando a assistência necessária, tanto ao filho quanto à mulher. Aliás, esse tempo também é válido para a família conciliar suas atividades diárias com o novo membro, que precisa de cuidados especiais.

  • A duração da licença é de 5 (cinco) dias, e começa a contar no dia do nascimento do filho, ou da adoção da criança ou jovem.
  • Tanto os trabalhadores urbanos, rurais e que possuam carteira assinada terão acesso garantido ao benefício, bem como todos os servidores públicos.
Licença paternidade rj 2022 são de quantos dias
Como Funciona

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Licença Maternidade em Empresa Privada

A licença maternidade, por sua vez, é dada à todas as mães de filhos recém nascidos ou adotados. A duração do benefício é, em suma, de 120 dias. Todavia, dependendo do caso, há a possibilidade do benefício chegar à um total de 180 dias, ou seja, a não pode obter mais 60 dias corridos de afastamento.

Uma opção, como exemplo, é quando a empresa faz parte de projetos como o Empresa Cidadã pela Lei 11.770 de 2008, ou até mesmo quando as mães são servidoras públicas, pelo Decreto 8.112 de 1990.

Em caso de pessoa jurídica, o 4º artigo da Lei 7.052 de 2009 prevê que a mãe poderá deduzir o valor do imposto do período, e vedar a despesa deduzida como despesa operacional.  Todas as informações pertinentes à modalidade estão disponíveis nos Decretos 11.770 de 2008 e 7.052 de 2009.

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Por fim, outro fator importante, é a possibilidade de demissão por justa causa, caso haja algum problema grave ou situacional por parte da mulher. Entretanto, a legislação brasileira prevê a proteção à trabalhadora contra a dispensa ou demissão sem justa causa, por parte do contratante ou empregador, durante o período de confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Licença Paternidade Servidor Público

No caso da licença paternidade dos funcionários públicos brasileiros, o benefício é diferenciado e depende do estatuto relacionado a supervisão do estado ou munícipio onde o indivíduo presta serviços.

  • Normalmente a licença paternidade para este setor configura um prazo de cinco dias, mais uma possível prorrogação de dois dias úteis subsequentes ao parto ou adoção.
  • Porém, há casos de determinados estados ou municípios brasileiros que, por meio de decretos, asseguram o direto à licença maternidade no mesmo padrão de cinco dias, porém em casos de filhos biológicos, o que não inclui adoções, o prazo poderá ser estendido, por até mais 15 dias úteis, totalizando 20 dias de afastamento remunerado.
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Licença Paternidade Servidor Público

Por fim, a contagem do prazo deverá ser realizada a partir do dia do nascimento ou adoção do filho do servidor público, sempre em dia útil e então conta-se 5 dias úteis, lembrando que o prazo do benefício poderá ser prorrogado, e a contagem de dias úteis sempre será empregada.

Não é novidade que a nossa sociedade foi construída de forma com que homens e mulheres tenham tratamentos diferentes. Aliás, essa diferença reflete também entre os papeis de pais e mães – inclusive quando o assunto é Licença Paternidade ou Maternidade.

Sendo assim, é comum que a maternidade seja uma das principais pautas da luta para igualdade de gênero.

Nesse sentido, se torna cada vez mais claro a importância da atuação do pai na educação e desenvolvimento da criança. Em outras palavras, a presença de uma paternidade real faz diferença na criação dos filhos.

Além disso, a história não nos deixa mentir: no Brasil, a licença maternidade já estava inserida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde o seu surgimento, em 1942. Por outro lado, a licença paternidade passou a ser prevista apenas em 1988, e apenas por dois dias. Enfim, em 1998, esse direito foi estendido para a forma como conhecemos hoje, que falaremos no tópico a seguir.

Contudo, ainda que tenham sido apresentados diversos projetos para ampliar a licença nas últimas décadas, nenhum chegou a ser aceito. Na verdade, até hoje muitas pessoas não conhecem o direito à licença paternidade, inclusive os próprios empregadores. Por isso, siga a leitura e tire as dúvidas! 

O que a CLT diz sobre a licença paternidade? 

Segundo a CLT, os pais possuem direito à 5 dias de licença paternidade com remuneração integral, ou seja, sem qualquer desconto no salário. Nesse sentido, o período é contado em dias corridos, com início no primeiro dia útil após o nascimento do bebê

A princípio, a licença deve ser solicitada pelo novo pai à empresa, em até dois dias úteis depois do nascimento. A partir disso, os processos de justificativa das faltas são de responsabilidade do empregador.  

Por outro lado, existem três situações que podem alterar a forma de funcionamento da licença. São eles:

  • Empresas que fazem parte do programa Programa Empresa Cidadã oferecem mais 15 dias de licença paternidade remunerada, totalizando 20 dias. Em resumo, o programa foi criado em 2008 com a proposta de incentivar a paternidade ativa. 
  • Desde 2013, pais adotivos têm direito a licença paternidade de 120 dias, com remuneração integral. 
  • A licença paternidade dos servidores públicos varia de acordo com o estado e município.

Confira a lista de prazos da licença paternidade para alguns estados brasileiros a seguir.

Capital DiasLegislação
Rio de Janeiro20Emenda 21/2014
São Paulo6Lei 10726/1989
Belém do Pará5Lei 7502/1990
Fortaleza20Lei 6794/1990
Belo Horizonte5Lei 7169/1996
Curitiba5CF 1988
Distrito Federal30DL 37669/2016
Palmas5Lei 8/1999

Mas, infelizmente, a desigualdade entre a licença maternidade e paternidade não é um problema apenas no Brasil.

Como funciona ao redor do mundo?

Em geral, existem alguns países com legislações mais igualitárias entre gêneros, que são usadas como exemplo por órgãos que defendem os direitos humanos. Por outro lado, a maior parte do mundo apresenta leis mais conservadoras.

Por isso, confira as políticas de licença paternidade de alguns países: 

PaísDias de licença
França196
Argentina2
Uruguai84
Australia14
Reino Unido14
Portugal20
Japão 364
Suécia480*

Nesse sentido, a Suécia apresenta uma única licença para ambos os gêneros de forma igualitária, que possui duração de 480 dias aos pais e mães. Por isso, esse modelo é considerado o ideal atualmente.

Entretanto, países como China, Rússia e Índia não oferecem licença paternidade. Da mesma forma, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia são permitidos o afastamento temporário do pai, mas sem remuneração –  ou seja, também não existe licença paternidade, apenas a viabilidade de faltar por alguns dias, ainda que sem pagamento. 

Dados sobre a licença

Para que a nossa discussão seja mais aprofundada, precisamos olhar além da legislação. Afinal, é necessário desenvolver pesquisas sobre o impacto da licença paternidade e realizar uma análise cultural.

Nesse sentido, os dados da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OECD) já mostravam em 2014 que, apesar da licença paternidade do Japão ser de 364 duas, apenas 2% dos pais japoneses solicitam o afastamento prolongado.

Por outro lado, na Suécia, que tem um modelo ideal de licença parental, quase 90% dos homens usam todo o tempo disponível para ficar com os bebês. 

Voltando aqui para o Brasil, uma pesquisa feita pela Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH) e Ouvidoria do Ministério da Saúde em 2014, chamada “Saúde do Homem e Paternidade”, apontou que 48,9% dos entrevistados haviam utilizado da licença paternidade, enquanto 50,6% não utilizaram o benefício – ou seja, mais da metade dos pais que responderam a pesquisa.

Já em 2019, a ONG ProMundo divulgou o relatório “Situação da Paternidade no Mundo”, uma pesquisa feito em cerca de 30 países. Em resumo, o estudo revelou que entre 65% e 72% das mães respondentes acreditam que teriam mais saúde física e mental caso o pai do bebê tivesse ao menos duas semanas de licença.

Licença paternidade é um passo importante para a equidade de gênero no mercado de trabalho 

Enfim, podemos concluir que a licença paternidade é uma medida prática para a redução da desigualdade entre os papeis de gênero. Afinal, uma criação compartilhada evita que a mãe precise realizar jornadas duplas, triplas ou até quádruplas para criar a criança.

Além disso, é comum que as mulheres têm salários menores e até mesmo dificuldade de conseguirem um trabalho, principalmente se estiverem grávidas. Da mesma forma, elas podem enfrentar maiores obstáculos para crescerem na carreira, por causa de preconceitos como o de que mulheres trabalham menos porque cuidam dos filhos.

Por isso, a licença parental igualitária pode ajudar a solucionar vários dos problemas que conversamos, já que os pais também se responsabilizariam atividades da rotina dos filhos, como consultas médicas e reuniões da escola, por exemplo.

Sendo assim, podemos dizer que a licença paternidade é um passo importante para a busca da redução da desigualdade de gênero.  

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