Morte de pai e mãe são quantos dias de atestado

Hoje, o trabalhador regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito a 2 (dois) dias consecutivos de ausência legal em caso de falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa declarada como dependente econômico na Previdência Social.

O texto da lei é claro ao definir os graus de parentesco geradores da licença; No entanto, pairam dúvidas quanto aos termos ascendentes e descendentes.

ASCENDENTE – é a linha de geração anterior: pai e mãe; avô e avó, bisavós e bisavôs, trisavôs etc;e

DESCENDENTE – é a linha posterior: filhos, netos, bisnetos, trinetos etc.

Como a CLT não faz referência ao grau de parentesco, o direito não é limitado sob esse aspecto.

Outra questão a ser analisada é o momento em que se inicia o prazo para contagem dos dias para o luto.

Esses dois dias são os imediatamente após a morte do familiar, não incluindo o dia do falecimento. Quanto ao dia do falecimento, a lei nada fala, mas é comum o dia ser abonado em respeito aos sentimentos daquele empregado.

Vamos às principais dúvidas sobre o assunto.

1- Se minha sogro (a) morrer, tenho direito?

R.: Não, somente aqueles familiares trazidos no texto de lei, no art. 473, da CLT, que são o cônjuge, ascendentes, descendentes, irmãos e aqueles declarados como dependente na carteira de trabalho.

2- Tios, sobrinhos e primos, também são parentes colaterais como o irmão; portanto se um deles falecer também tenho direito a licença nojo?

R.: Não, o único parente colateral previsto no texto legal são os irmãos.

3- Meu avô faleceu na sexta-feira? Começa a contar a licença na segunda-feira?

R.: Não, o texto legal é claro quando indica que os dias são consecutivos; portanto, se falecer na sexta, contará o sábado e o domingo e terá de ir trabalhar normalmente na segunda-feira;

Se ocorrer numa terça-feira, os dias consecutivos serão quarta e quinta-feira. Os dias serão sempre os seguintes, independente se os forem úteis ou não.

4- Meu marido tem um filho, que é meu enteado, se ele falecer , eu terei direito à Licença?

R.: Não, sendo enteado, ele é filho do seu cônjuge, somente ele terá direito, ao considerarmos que ele não vive a sob a sua dependência econômica.

5- Convenção Coletiva pode modificar a duração da licença?

R.: Sim, prazo maior que os dois dias pode ser previsto em Acordo ou Convenção coletiva. Por isso, empregadores sempre devem observar a convenção coletiva de sua classe

Contudo, a CLT trata em Seção diferente do direito à licença nojo para os Professores, onde prevê no artigo 317, § 3º que “não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho”.

Já, os Servidores Públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais tem a previsão legal de 8 (oito) dias de licença em caso de falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos conforme lei nº 8.112/90.

Saiba todas as informações referente a licença de óbito, ou como conhecida, licença Nojo.

Por Amar Assist. Criado em 9 SETEMBRO de 2019

Morte de pai e mãe são quantos dias de atestado

Nesse post, explicamos sobre a licença nojo. Falamos sobre quem tem direito a essa licença, quantos dias são permitidos e como solicitar. Venha ver. 

Perder um pai ou um parente querido está em uma das possibilidades mais distante de cogitarmos, mas quando isso acontece, você sabe, de fato, quantos dias de afastamento você tem direito no trabalho e por que você tem esse direito? 

Por entender que esse é um momento difícil e que o trabalhador precisa resolver toda a burocracia, pendências e se recuperar para voltar ao trabalho a Consolidação de Leis do Trabalho, a CLT, garante que  todos os empregados neste regime, logo após o falecimento de um pai ou familiar próximo terá o direito de se ausentar do trabalho. 

Essa ausência pode ser chamada de licença de óbito ou licença nojo como é popularmente conhecida.  O termo pode até causar estranheza, mas tem uma explicação: O nome é de origem portuguesa e se deve ao fato de que a palavra “nojo” também é sinônimo de luto, desconsolo, tristeza e pesar. 

Quem Tem Direito a Licença Nojo? 

Conforme falamos acima, todo trabalhador registrado por meio CLT, tem direito ao período de luto. O artigo 473 garante que o empregado “poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário” por um período de dois dias. A regra inclui o falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que declarada em sua carteira de trabalho e previdência social sob sua dependência econômica.  Vale lembrar que esse direito prevê apenas os parentes mais próximos e diretos. Ascendentes: pais, avós e bisavós, descendentes: filhos, netos e bisneto se encaixam na lei. Primos, tios e sobrinhos não entram nesse grupo. 

Alguns casos costumam gerar dúvida e confusão, por exemplo, a lei entende por cônjuge marido ou esposa (certidão de casamento). Por mais que você tenha uma união estável ou more junto com a pessoa não poderá ser considerado nesses casos. 

Já em relação aos enteados, só serão considerados caso você seja o responsável legal por ele. 

Morte de pai e mãe são quantos dias de atestado

Como Solicitar a Licença Nojo?

Na grande maioria dos casos, basta entrar com contato com a empresa e informar o ocorrido e o motivo do afastamento. Assim que retornar ao trabalho, leve até o responsável a certidão de óbito e, caso seja necessário, algum documento que comprove o seu grau de parentesco.

Este com certeza será um momento doloroso e agitado na vida de qualquer pessoa e o trabalhador terá inúmeras coisas para resolver, por isso atente-se em informar a empresa ou peça que alguém faça isso por você caso não seja possível, para que você possa usufruir da licença.  Perder um pai ou um ente querido, com certeza é um dos momentos mais dolorosos e vulneráveis para uma pessoa e mesmo diante de tanta turbulência lembre-se de manter a calma e se necessário contar com a ajuda de empresas especializadas para apoiar você e sua família neste momento.  Agora que você já entendeu mais sobre o direito do trabalhador diante de falecimentos na família, saiba o que fazer com os pertences de quem faleceu.

O Plano Funerário Familiar é uma solução da Amar Assist, empresa especializada em assistência em seguros, inscrita no CNPJ nº 17.414.457/0001-45.
Morte de pai e mãe são quantos dias de atestado

Embora tenha um nome um tanto incomum, a Licença Nojo é um direito trabalhista que garante o afastamento do colaborador sem que o mesmo sofra prejuízo no salário, conforme determinam as Consolidações das Leis do Trabalho.

No entanto, esse direito abrange uma série de conhecimentos que o departamento de Recursos Humanos precisa dominar, como a documentação necessária, quem pode se afastar, quando começa a contar o prazo, quais foram as mudanças com a Nova Reforma Trabalhista, entre outros aspectos.

Por isso, preparamos este conteúdo para que você entenda o que é Licença Nojo, quem tem direito, como funciona, quais documentos são exigidos e muito mais pontos importantes em torno do tema. Continue a leitura do artigo para saber mais sobre o assunto!

O que é a Licença Nojo?

Segundo um dos maiores portais de informações relacionadas ao universo jurídico, o Jus, a Licença Nojo é um direito que os funcionários de uma determinada empresa têm de se afastarem do exercício da profissão caso um parente próximo venha a falecer.

Ou seja, a legislação prevê que um colaborador pode faltar no trabalho sem que haja prejuízo financeiro, isto é, nenhum desconto em seu salário, quando acontece a morte de alguém da família.

Para compreender melhor, pense no seguinte cenário: Mário, empregado da companhia X, descobre que o seu irmão, João, veio a falecer. No caso, Mário pode solicitar a Licença Nojo e, por isso, garantir um tempo para passar pelo processo de luto.

Sendo assim, é correto afirmar que a Licença Nojo é um direito constitucional, considerando que a morte de um ente querido é um momento doloroso e exige empatia inclusive por parte da empresa. Em um momento desses, muitas emoções complicadas vêm à tona, como tristeza e insegurança. É preciso que o colaborador tenha um tempo para processar o acontecimento, possa se recompor e retornar à sua rotina.

Por que a licença tem esse nome?

O nome peculiar dessa licença gera curiosidade em muita gente sobre qual a origem do termo. Pois bem, se olharmos a definição da palavra nojo no dicionário, veremos que ela está ligada a algo que não é agradável, especialmente em termos visuais e físicos.

Contudo, o conceito de Licença Nojo foi originado na língua lusitana, ao qual está mais relacionado a termos relativos ao luto, como mágoa, pesar, tristeza profunda etc., diferentemente da concepção brasileira.

Quem tem direito à licença?

Qualquer trabalhador que esteja protegido pelo regime CLT têm direito à Licença Nojo. Porém, o direito se restringe apenas à morte de familiares diretos. Em outras palavras, primos, tios, sobrinhos e sogros, por exemplo, não garantem dias de afastamento do trabalho sem que a empresa possa fazer reduções em seu salário.

É importante esclarecer, contudo, que podem haver acordos coletivos ou convenções trabalhistas para que parentes não diretos também possam ser considerados, permitindo ao colaborador o direito de solicitar a licença.

Quando falamos sobre os termos previstos na legislação, é importante deixarmos alguns pontos claros, como:

  • a lei também considera ocasiões de relação homo afetiva ou união estável, no que se diz respeito aos cônjuges, desde que devidamente comprovadas;
  • padrastos e madrastas, assim como enteados, são abrangidos pela Licença Nojo, graças a uma adição implementada na legislação (Lei N° 8.112/90;
  • a legislação considera familiares por ascendência (bisavós, avós, pai e mãe). Já no que diz respeito à descendência, a lei abrange bisnetos, netos e filhos (inclusive natimortos).

De qualquer forma, é fundamental que o departamento pessoal atente para o fato de que a lei considera dias consecutivos e não dias úteis. Isso significa que se o falecimento acontecer, por exemplo, em uma sexta-feira, o sábado e o domingo contarão e o colaborador não poderá faltar na segunda-feira. Feriados eventuais também contarão como dias de licença.

Lembrando, mais uma vez, que essas regras podem ser mudadas se a empresa fizer acordos ou convenções que levem em conta que a Licença Nojo só conte nos dias de trabalho. Nesse caso, se o parente morrer na sexta-feira, o empregado não precisará trabalhar na segunda e terça-feira sem que ocorram descontos em seu salário, já que o sábado e o domingo não contaram.

Quando começa a correr o prazo da licença por morte?

Não há um momento exato em que o prazo da Licença Nojo deve começar determinado pela CLT, porém os tribunais consolidaram o entendimento de que ele é iniciado no dia seguinte ao falecimento, via de regra. Assim, o colaborador tem a oportunidade de comparecer na cerimônia de sepultamento de seu ente querido e ainda tem mais um dia para se recuperar e cumprir o luto, o que é fundamental para a sua motivação.

É muito importante esclarecer, mais uma vez, que a legislação não fala sobre dois dias úteis, mas corridos ou consecutivos. Lembrando, também, que a Licença Nojo, assim como todos os outros direitos trabalhistas, pode ter regras diferentes e ser ampliada, desde que se estabeleçam convenções coletivas ou acordos de trabalho.

Quando surgiu a Licença Nojo?

Quando a Consolidação das leis Trabalhistas (CLT) foi promulgada, a Licença Nojo foi implementada em conjunto com os demais direitos. Isso quer dizer que o direito tem efeito desde 1943, período de governo de Getúlio Vargas. Para que você tenha uma ideia, a maioria dos especialistas cita especificamente o artigo 473, quando falam sobre o tema.

Vale destacar que a Lei 8.112, de 1990 também levanta a hipótese de que servidores públicos se ausentem do serviço quando perdem um ente próximo. Sendo assim, é correto afirmar que se trata de um espelhamento que foi baseado no artigo 473 da CLT.

Quantos dias de afastamento o colaborador tem direito?

Agora que você já tem uma compreensão mais ampla a respeito do que é a Licença Nojo e quem tem direito, mostraremos como funcionam os prazos de afastamento aos quais os empregados têm direito conforme cada modelo de trabalho.

1. Colaboradores sob regime da CLT

Conforme estabelece o artigo 473 da CLT, qualquer empregado nesse regime empregatício tem direito a dois consecutivos de afastamento a partir da data do falecimento de um parente direto, sendo eles úteis ou não. Os dias são contabilizados após a data da morte do ente, porém é muito comum que as empresas abonem o período em respeito aos sentimentos do funcionário.

2. Servidores públicos

Existem algumas pequenas diferenças no caso de servidores públicos. A legislação, de uma maneira geral, afirma que esses trabalhadores têm direito a se afastar do exercício de suas funções em casos de morte de parentes por até oito dias consecutivos, sem que haja prejuízo em seus salários.

A lei também abrange a mais categorias familiares do que no caso de empregados sob regime da CLT. Segundo o Regime Jurídico dos Servidores Públicos da Univão, Lei N° 8.112/90:

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
III – por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

No entanto, é fundamental destacar que essas normas podem variar de acordo com o município ou estado.

3. Professores

A CLT tem um seção específica para os profissionais do setor da educação. De acordo com a lei, o período de afastamento do trabalho sem desconto de salário por morte de um parente pode durar até nove dias consecutivos. Veja a seguir o que diz a legislação trabalhista no artigo 320:

“§ 3º – Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.”

Lembrando que essa regra se aplica tanto aos professores servidores federais quanto os que estão sob regime da CLT.

Por fim, vale destacar os casos empregados celetistas, cuja duração do prazo do afastamento por falecimento de um parente direto também pode constar na convenção ou acordo coletivo da categoria, podendo ter um acréscimo de familiares indiretos ou um aumento na duração de dias.

Quais são os direitos e deveres do empregado?

O conceito de licença trabalhista dá a entender que o empregado, submetido a uma relação formal empregatícia, deve cumprir uma jornada pré-determinada em um contrato de trabalho, para que possa usufruir de seus direitos.

Além de exercer as suas funções, trabalhando uma quantidade de horas estabelecida, o colaborador também tem o deve assiduidade, isto é, realizar as suas responsabilidades de forma previsível e habitual.

Em outras palavras, para que o profissional possa adquirir não apenas o direito à Licença Nojo, como qualquer outro direito trabalhista, é preciso que ele preste os serviços que lhe foram designados no contrato de trabalho, já que as suas funções são cruciais para o êxito da dinâmica corporativa. Já o empregador, por consequência, precisa pagar o salário de seus funcionários, além de todos os direitos que são conexos (como o abono pecuniário), conforme prevê a lei e as normas da CLT.

Podemos compreender, então, que existe uma equivalência de prestações contratuais. A legislação determina consequências jurídicas caso as normas não sejam cumpridas, para ambas as partes.

Existem ocasiões em que o empregado deixa de comparecer no trabalho gerando buracos na escala de funcionários. Estamos falando sobre as indesejadas faltas. Quando se tratam de faltas isoladas, é preciso lembrar que não significam necessariamente infração das obrigações contratuais do colaborador, uma vez que existem duas categorias: justificadas ou injustificadas. Assim, somente as últimas abrem margem para a aplicação de penalidades.

Qual a documentação necessária para solicitar a Licença Nojo?

Em geral, para que o colaborador exerça o direito à Licença Nojo basta informar o acontecimento ao setor de Recursos Humanos e solicitar o requerimento da mesma. Afinal, não há nenhuma lei que estabeleça que o funcionário é obrigado a entregar algum documento no momento em que ele toma ciência da notícia de que um parente faleceu.

No entanto, quando o empregado retornar ao seu trabalho de forma regular, é preciso que ele entregue uma cópia da certidão de óbito comprovando o falecimento de seu familiar. Dessa forma, o RH poderá analisar o motivo do afastamento de maneira adequada.

Em situações de morte de cônjuge, é preciso apresentar documentos que comprovem a união, como os seguintes exemplos:

  • certidão de união estável;
  • certidão de casamento;
  • certidão de nascimento de algum filho do casal;
  • conta bancária conjunta;
  • certidão de união estável;
  • comprovante de endereço.

Portanto, é fundamental que a organização já deixe avisado ao funcionário quais documentos precisarão ser entregues após o seu retorno às suas atividades dentro da empresa.

Quais foram as mudanças na Reforma Trabalhista?

Para finalizarmos, vale destacar alguns pontos a respeito da Nova Reforma Trabalhista relacionados à Licença Nojo. De uma maneira geral, nem a Licença Nojo e tampouco o artigo 473 sofreram alterações com a Nova Reforma Trabalhista, sancionada em julho de 2017, pelo Governo Federal de Michel Temer.

Porém, a nova lei mudou a forma como a legislação interpreta as convenções coletivas e os acordos individuais. Isso significa que tanto os acordos quanto as convenções, de acordo com as alterações na lei, podem prevalecer sobre a legislação do trabalho. Nos casos de Licença Nojo, se o empregado negociar mais dias de luto, deve ser estabelecida essa norma, e não a norma celetista. Esse foi o caso da convenção coletiva do Sindica dos Bancários, por exemplo, no qual o período de afastamento concedido pela Licença Nojo foi estendido para quatro dias.

Como você pôde contemplar neste conteúdo, a Licença Nojo é o direito trabalhista que garante ao colaborador a possibilidade de se afastar do serviço por um determinado período para que possa cumprir o luto e se recuperar. Embora seja estabelecido um prazo específico de duração para cada categoria, é importante lembrar que uma empresa humanizada deve compreender o momento doloroso que é a perda de um familiar e fornecer todo o suporte necessário para que o funcionário se reestabeleça até que possa voltar às suas funções.

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