Lista de 20 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Romanceiro da Inconfidência Cecília Meireles com questões de Vestibulares. Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Romanceiro da Inconfidência Cecília Meireles. Trocar de Disciplina Matemática História Geografia e Atualidades Sociologia e Filosofia Biologia Física Química Linguagens
01. (URCA) Sobre a obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, é correto afirmar:
02. (Universidade de Fortaleza) Cecília Meireles recebeu uma homenagem do Goodle na sexta-feira (7/11/2014). A imagem comemora o 113º aniversário da escritora carioca. Cecília foi poetisa, pintora, professora jornalista brasileira, além de ter sido considerada uma das vozes líricas mais importantes da língua portuguesa. Em relação às obras de Cecília Meireles, considere as afirmações abaixo: I - Giroflê Giroflá - livro de contos quase crônicas, breves comentários e memórias da autora, sobre personagens de sua infância. II - Romanceiro da Inconfidência – obra que tem como tema principal a Guerra de Canudos. III - Ou Isto ou Aquilo – livro que traz poemas infantis. IV - Espectro - primeiro livro de poesias de Cecília Meireles que traz um conjunto de sonetos simbolistas. É verdadeiro apenas o que se afirma em:
03. (PUC-PR) Aponte o que for correto sobre o Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.
04. (PUCCamp) A dois séculos de distância, o espetáculo ainda é assombroso (...) Que de tão longe uma Rainha enlouqueça e venha a morrer no cenário final do drama; que os sonhos dos Inconfidentes se cumpram depois de tantas sentenças; e que o Brasil se torne independente dali a 31 anos, e a República seja proclamada exatamente ao cumprir-se um século sobre aquelas prisões − tudo parece impregnado de um mistério claro, desejoso de revelar-se e de se fazer compreender. (Cecília Meireles. “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, anexo a Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012. p. 255) É correto afirmar que a independência do Brasil realizou os sonhos dos Inconfidentes, como afirma Cecilia Meireles, no que diz respeito
05. (PUCCamp) A dois séculos de distância, o espetáculo ainda é assombroso (...) Que de tão longe uma Rainha enlouqueça e venha a morrer no cenário final do drama; que os sonhos dos Inconfidentes se cumpram depois de tantas sentenças; e que o Brasil se torne independente dali a 31 anos, e a República seja proclamada exatamente ao cumprir-se um século sobre aquelas prisões − tudo parece impregnado de um mistério claro, desejoso de revelar-se e de se fazer compreender. (Cecília Meireles. “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, anexo a Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012. p. 255) Tendo como centro os sonhos dos Inconfidentes, Cecília Meireles criou a obra-prima que é o Romanceiro da Inconfidência, poema
06. (PUC-PR) Considere as afirmativas abaixo sobre os aspectos formais do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles: I. Apegada ao estilo simbolista, do qual nunca se afastou, a autora escreve no livro apenas sonetos de temática amorosa ambientada no contexto da proclamação da República no Brasil. II. Encarnando até as últimas consequências o espírito da neovanguarda dos anos 1950, a autora escreve no livro uma série de poemas concretos sobre a história do Brasil, colocando como centro da luta pela liberdade assumida pelo movimento abolicionista. III. Embora se abra a uma variedade de metros poéticos, predominam no texto as redondilhas maiores (de sete sílabas) e as redondilhas menores (de cinco sílabas). Isso demonstra o apego da autora à tradição e, ao mesmo tempo, a busca por exprimir vivacidade e musicalidade que, segundo os teóricos, são alcançados de modo mais pleno nesse tipo de métrica. IV. Composto de “romances”, tomados como narrativas de tom lírico, o romanceiro é uma referência à tradição poética medieval, para a qual o termo romance tinha um sentido diferente do atual. Primordialmente, havia romances que não eram escritos em prosa. Essa ligação com o passado hibrido – narrativo e lírico – da forma romance é trabalhada esteticamente nos textos do livro, que contam uma ação, mas com elementos poéticos. É correto o que se afirma SOMENTE em:
07. (Ciências Médicas de Minas Gerais) A questão refere-se às obras literárias indicadas para este concurso: Olhai os lírios do campo, de Erico Verissimo, e Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. As passagens de Olhai os lírios do campo têm relações com aspectos apresentados ao longo do Romanceiro da Inconfidência, uma vez que abordam temas como memória e olvido, covardia, ambição e loucura. Assinale o trecho que mais se aproxima da “Fala aos pusilânimes”.
08. (UFPR) Sobre o livro O romanceiro da inconfidência, de Cecília Meireles, considere as afirmativas a seguir: 1. Os documentos históricos legados à posteridade não esclarecem de fato certos episódios relacionados à Inconfidência Mineira. Em face dessa situação, Cecília Meireles optou por apresentar os acontecimentos e as personagens a partir de uma perspectiva lírica que prescinde de nitidez e definição. 2. O poema contém partes de elaboração clássica, metrificadas em versos longos, e outras, mais próximas das composições populares, em versos curtos. 3. Além das personagens diretamente envolvidas no movimento sedicioso do título, o poema também trata de outras, como Chica da Silva, que embora não estejam diretamente envolvidas, ajudam a compor o ambiente histórico do texto. 4. Tiradentes, o alferes que a história transformou em herói, é apresentado na obra como indivíduo ambíguo e de moral discutível, numa clara contraposição literária à imagem apresentada pelos historiadores mais conservadores. Assinale a alternativa correta.
09. (UFPR) “A duzentos anos de distância, embora ainda velados muitos pormenores desse fantástico enredo, sente-se a imprescindibilidade daqueles encontros, de raças e homens; do nascimento do ouro; da grandeza e decadência das Minas; desses gráficos tão bem traçados de ambição que cresce e da humanidade que declina; a imprescindibilidade das lágrimas e exílios, da humilhação do abandono amargo, da morte afrontosa – a imprescindibilidade das vítimas, para a definitiva execração dos tiranos.” (Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência) O fragmento transcrito faz parte da conferência “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, proferida por Cecília Meireles em 1955. Com base na leitura do Romanceiro e nos conhecimentos sobre a literatura do período, assinale a alternativa correta.
10. (UFMS) Os poemas da obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, fazem uma releitura lírica dos eventos da Inconfidência Mineira. A poetisa também cria um hipertexto com os poetas Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, que na época se envolveram com acontecimentos políticos que culminaram na Inconfidência Minera. “Vão cavalos, vêm cavalos, Por cima da Mantiqueira. Donas espreitando as ruas, Pelas grades de urupema. Padres escrevendo cartas... Doutores lendo Gazetas... Uns querendo ouro e diamantes, Outros, liberdade, apenas...” (MEIRELES, Cecília. Romance XXXVII ou de maio de 1789. In: Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1991. p. 468). Levando em conta essas informações, a qual período da literatura brasileira é correto relacionar os poetas mencionados (Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga) e o contexto histórico da Inconfidência Mineira?
11. (Ciências Médicas de Minas Gerais) A questão refere-se às obras literárias indicadas para este concurso: Olhai os lírios do campo, de Erico Verissimo, e Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Em seu depoimento “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, Cecília Meireles assim se manifestou em relação a Joaquim José da Silva Xavier: “(...) o Alferes Tiradentes, que calcorreou todas estas serras, estas matas, estes caminhos, a serviço de um partido, à mercê de um sonho, às ordens de seus amigos -, a imperícia ou pusilanimidade desses mesmos amigos, a perfídia dos inimigos, a intriga dos calculistas, dos oportunistas (...)” (MEIRELES, C. Romanceiro da Inconfidência. S.P.: Gaudi, 2014, p.240.) Assinale a passagem do Romanceiro da Inconfidência em que os versos NÃO fazem referência a esse protagonista.
Texto Para as próximas duas questões. Na obra Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles reescreve de forma poética a história oficial de eventos da Inconfidência Mineira, rebelião ocorrida em Vila Rica, no fim do século XVIII, cenário dos “romances” que compõem a referida obra. Romance LIII ou Das palavras aéreas Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, no vento que não retorna. [...] Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! [...] Ai, palavras, ai, palavras, íeis pela estrada afora, erguendo asas muito incertas, entre verdade e galhofa, desejos do tempo inquieto, promessas que o mundo sopra... Ai, palavras, ai, palavras, mirai-vos: que sois, agora? [...] Perdão podíeis ter sido! — sois madeira que se corta, — sois vinte degraus de escada, — sois um pedaço de corda... — sois povo pelas janelas, cortejo, bandeiras, tropa... Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Éreis um sopro na aragem... — sois um homem que se enforca! Fonte: MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012.
12. (UEMA) Com base na leitura dos versos, em que se veem relações entre memória, história e literatura, pode-se fazer o seguinte comentário sobre a linguagem do fazer poético:
13. (UEMA) Releia os seguintes versos: Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! [...] Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! [...] mirai-vos: que sois, agora? [...] A estranha potência das palavras é explicada, de certa forma, por meio de sugestivas imagens. Um dos sentidos sugeridos nesses versos é a
14. (PUC-PR) Analise o seguinte fragmento do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles: Personagens solenes que arrastais os apelidos como pavões auriverdes seus rutilantes vestidos, todo êsse poder que tendes confunde os vossos sentidos: a glória, que amais, é dêsses que por vós são perseguidos. levantai-vos dessas mesas, saí das vossas molduras, vêde que masmorras negras, que fortalezas seguras, que duro pêso de algemas, que profundas sepulturas nascidas de vossas penas, de vossas assinaturas! Considerai no mistério, dos humanos desatinos e no pólo sempre incerto dos homens e dos destinos! Por sentenças, por decretos pareceis divinos: e hoje sois, no tempo eterno, como ilustres assassinos. Considere as afirmativas abaixo, que comentam a sequência acima. I. A proposta do texto de Cecília Meireles transcende a discussão sobre a inconfidência mineira e seu contexto histórico. De modo sutil, o conteúdo dos poemas, partindo da tematização dos fatos históricos do período colonial, abre-se a uma discussão sobre arbitrariedades e injustiças de que outros “heróis da liberdade” foram vítimas em outros momentos de nossa história. II. O texto busca recontar a história do Brasil reabilitando a figura de Joaquim Silvério dos Reis. Visto pela tradição como o traidor da causa dos inconfidentes, esse personagem é, no livro de Cecília Meireles, descrito como alvo de uma injustiça, o que fica evidenciado na sequência que se refere à sentença que ele recebeu das autoridades coloniais: “que duro pêso de algemas, /que profundas sepulturas /nascidas de vossas penas/ de vossas assinaturas!” III. O texto se filia à tradição simbolista de se afastar das injunções da realidade histórica e social, optando por uma postura “nefelibata”, em que o poeta celebra o fato de poder, com sua poesia, “andar sobre as nuvens” ou viver numa torre de marfim. A alienação e o descompromisso político são evidentes. IV. O texto se volta à descrição de um momento perturbado da vida brasileira, o processo que levou à proclamação da República, tendo à frente o heroísmo de figuras como Deodoro do Fonseca. São apresentadas ações bélicas sangrentas e execuções dos revolucionários por forças de repressão do Império decadente. As descrições dos assassinatos dos republicanos é o tema do fragmento citado. Estão corretas SOMENTE as afirmativas:
15. (PUC-PR) Leia atentamente o trecho a seguir, retirado de Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles: “FALA INICIAL Não posso mover meus passos, por esse atroz labirinto de esquecimento e cegueira em que amores e ódios vão: - pois sinto bater os sinos, percebo o roçar das rezas, vejo o arrepio da morte, à voz da condenação; - avisto a negra masmorra e a sombra do carcereiro que transita sobre angústias, com chaves no coração; - descubro as altas madeiras do excessivo cadafalso e, por muros e janelas, o pasmo da multidão. Batem patas de cavalos. Suam soldados imóveis. Na frente dos oratórios, que vale mais a oração? Vale a voz do Brigadeiro sobre o povo e sobre a tropa, louvando a augusta Rainha, - já louca e fora do trono - na sua proclamação. Ó meio-dia confuso, ó vinte-e-um de abril sinistro, que intrigas de ouro e de sonho houve em tua formação? Quem ordena, julga e pune? Quem é culpado e inocente? [...]” Considere as seguintes afirmações sobre o texto. I. Quanto os seus significados, o texto do Romanceiro da Inconfidência tem um duplo direcionamento temporal. De um lado, ele é voltado ao passado na recuperação do heroísmo dos insurgentes da conjuração mineira em sua luta contra a repressão do império português. De outro, ele remete ao momento da sua escrita, sendo um libelo a favor da luta pela democratização do Brasil em face da ditadura militar que se instalou no Brasil a partir de 1964. Os inconfidentes são uma referência metafórica aos participantes dos movimentos contra a repressão, dos quais Cecília Meireles, com uma participação ativa – como militante comunista -, era declaradamente uma simpatizante. II. Na “Fala Inicial”, poema que abre o Romanceiro, há referência às mortes verificadas no movimento da Inconfidência Mineira. A posição do eu lírico é a de destacar, por meio da heroização dos envolvidos e do rigor da repressão que sofreram o caráter de “martírio” dessas mortes. Ao mesmo tempo, os poderosos – responsáveis pela sufocação do levante – são vistos como criaturas obscuras, os verdadeiros agentes da morte. III. Nos versos “Ó meio-dia confuso,/ ó vinte-e-um de abril sinistro”, verifica-se uma retomada do passado histórico na referência ao dia do enforcamento de Tiradentes, que é um dos personagens destacados na narrativa que se faz no poema. Mas além dele, também outros envolvidos “menores” (ou menos conhecidos) na conjuração mineira são apresentados pelo texto com estima e respeito. IV. O texto é lamentoso e dotado de um tom fúnebre, dando destaque às mortes ocorridas dos dois lados do combate. Os insurgentes, embora tenham sido derrotados ao final – por lutarem pelas causas abolicionista e republicana no contexto da exploração do ouro no nordeste brasileiro –, se defenderam dos ataques das tropas de repressão, praticando atos de guerrilha que resultaram em muitas baixas do lado do império. É desse quadro geral de morticínio que a voz poética se lamenta ao longo do texto. Estão corretas APENAS as afirmações:
16. (PUC-SP) Para responder à questão, considere o texto abaixo. A dois séculos de distância, o espetáculo ainda é assombroso (...) Que de tão longe uma Rainha enlouqueça e venha a morrer no cenário final do drama; que os sonhos dos Inconfidentes se cumpram depois de tantas sentenças; e que o Brasil se torne independente dali a 31 anos, e a República seja proclamada exatamente ao cumprir-se um século sobre aquelas prisões − tudo parece impregnado de um mistério claro, desejoso de revelar-se e de se fazer compreender. (Cecília Meireles. “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, anexo a Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012. p. 255) Tendo como centro os sonhos dos Inconfidentes, Cecília Meireles criou a obra-prima que é o Romanceiro da inconfidência, poema
17. (PUC-SP) Para responder à questão, considere o texto abaixo. A dois séculos de distância, o espetáculo ainda é assombroso (...) Que de tão longe uma Rainha enlouqueça e venha a morrer no cenário final do drama; que os sonhos dos Inconfidentes se cumpram depois de tantas sentenças; e que o Brasil se torne independente dali a 31 anos, e a República seja proclamada exatamente ao cumprir-se um século sobre aquelas prisões − tudo parece impregnado de um mistério claro, desejoso de revelar-se e de se fazer compreender. (Cecília Meireles. “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, anexo a Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012. p. 255) Referindo-se no texto à origem e à motivação do Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles sugere que uma obra literária
18. (Enem) Ai, palavras, ai, palavras que estranha potência a vossa! Todo o sentido da vida principia a vossa porta: o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa; sois o sonho e sois a audácia, calúnia, fúria, derrota... A liberdade das almas, ai! Com letras se elabora… E dos venenos humanos sois a mais fi na retorta: frágil, frágil, como o vidro e mais que o aço poderosa! Reis, impérios, povos, tempos, pelo vosso impulso rodam… MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento). O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da Inconfi dência, de Cecília Meireles. Centralizada no episódio histórico da Inconfi dência Mineira, a obra, no entanto, elabora uma refl exão mais ampla sobre a seguinte relação entre o homem e a linguagem:
19. (Unimontes) A mim, o que mais me doera, se eu fora o tal Tiradentes, era o sentir-me mordido por esse em quem pôs os dentes. Mal empregado trabalho, na boca dos maldizentes! Assim se forjam palavras, assim se engendram culpados; assim se traça o roteiro de exilados e enforcados: a língua a bater nos dentes... Grandes medos mastigados... O medo nos incisivos, nos caninos, nos molares; o medo a tremer nos queixos, a descer aos calcanhares; o medo a abalar a terra, o medo a toldar os ares; [...] Vicente Vieira da Mota, muitos são os seus descendentes! Tu, com rico patrão salvo acusas o Tiradentes Mordem a carne do fraco teus rijos, certeiros dentes! [...] (MEIRELES, Romanceiro da Inconfidência, 1989, p.163-164.)
20. (UESB) TEXTO: Já vem o peso do mundo com suas fortes sentenças. Sobre a mentira e a verdade desabam as mesmas penas. Apodrecem nas masmorras, juntas, a culpa e a inocência. O mar grosso irá levando, para que ao longe se esqueçam, as razões dos infelizes, a franja das suas queixas, o vestígio dos seus rastros, a sua inútil presença. [...] Já vem o peso da vida, já vem o peso do tempo: pergunta pelos culpados que não passarão tormentos, e pelos nomes ocultos dos que nunca foram presos. Diante do sangue de forca e dos barcos do desterro, julga os donos da justiça, suas balanças e preços. E contra os seus crimes lavra a sentença do desprezo. MEIRELES, Cecília. Romance LI ou DAS SENTENÇAS. Romanceiro da Inconfidência. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. p.134-135. Os fragmentos foram extraídos da obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Esse longo poema trata dos heróis do Brasil que, motivados pelo sentimento de liberdade, lutaram e sofreram em defesa de seu ideal. As estrofes revelam
|