O que acontece se ter relação no resguardo

O ideal é conversar com o ginecologista para entender quais métodos contraceptivos são mais indicados para o seu organismo, principalmente durante a amamentação. Alguns métodos, como a pílula anticoncepcional combinada e o anel vaginal, podem afetar o suprimento de leite. Alguns médicos podem pedir que você aguarde até o fim da amamentação para usá-los, receitando outras formas de contracepção.

Métodos como injeção, diafragma e DIU podem ser usados algumas semanas após o nascimento do bebê. No entanto, é fundamental consultar um ginecologista da sua confiança, além de se sentir confortável com o método escolhido.

Outros cuidados íntimos após o parto

Se o bebê nasceu de parto normal e houve corte próximo à vagina (episiotomia), mantenha a cicatriz bem limpa, lavando-a com sabonete durante o banho ou após ir ao banheiro. Seque bem a região, que pode ficar dolorida. Os pontos devem cair sozinhos.

Se o parto foi cesárea, também é preciso manter a cicatriz bem limpa, lavando com sabonete durante o banho o secando-a bem. Os pontos deverão ser retirados de oito a dez dias, em uma Unidade de Saúde ou no consultório do obstetra. Como o útero estará voltando ao normal, é comum sentir cólicas que podem aumentar durante a amamentação. Além disso, por mais ou menos um mês, uma secreção pode sair pela vagina. No início parece um sangramento que vai clareando com o tempo.

Em caso de dor na parte de baixo da barriga, sangramento vaginal com cheiro desagradável e febre, procure o médico rapidamente. Além disso, não deixe de comparecer às consultas de rotina e tirar todas as dúvidas com o ginecologista.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ministério da Saúde (“Caderneta da Gestante 2014”) Ministério da Saúde (“Puerpério: período pós-parto requer cuidados especiais”) National Health Service - Reino Unido (“Sex and contraception after birth”) National Health Service - Reino Unido (“When can I use contraception after having a baby?”)

O resguardo quebrado pode trazer riscos à saúde da mulher e à do seu parceiro. O papai e a mamãe precisam saber que devem respeitar o tempo recomendado por especialistas antes de retomarem a atividade sexual depois do parto. Se o casal desobedecer a essa orientação, poderá desenvolver infecções.

A seguir, explicaremos os principais problemas associados ao descumprimento do resguardo. Também existem medidas que a mulher pode adotar para acelerar a recuperação depois do parto. Por exemplo, é bom ficar atenta sobre quais alimentos podem ser consumidos e os que devem ser evitados, após dar à luz.

Tire as suas dúvidas a respeito do tema e saiba quando é preciso buscar ajuda médica. Confira!

O período corresponde ao momento de involução do útero que ocorre após o nascimento do bebê e da saída da placenta. Esse intervalo de tempo também abrange a duração da recuperação do tecido uterino em que houve a inserção placentária.

É importante pontuar que não há diferenças entre o resguardo do parto normal e o da cesariana. Assim, os cuidados e o tempo de recuperação são semelhantes em ambos os casos. “Isso porque é algo fisiológico e natural do corpo da mulher”, afirma Carolina Curci, ginecologista e obstetra.

Enquanto o Dr. Jurandir Piassi Passos, médico do Departamento de Obstetrícia da UNIFESP – EPM, detalha que o prazo pode variar. Porém, há um período mínimo recomendado. “O tempo de duração do resguardo pós-parto é de aproximadamente 40 dias, variando um pouco para mais ou para menos dependendo de cada mulher”, explica o obstetra.

Problemas do resguardo quebrado

O período de recuperação dos órgãos genitais femininos deve ser respeitado. “O resguardo caracteriza-se pela saída de um fluxo vaginal de início vermelho vivo, como uma menstruação, que vai escurecendo, tornando-se marrom escuro e que gradualmente vai clareando até se tornar incolor, chamado lóquio. Essa secreção é rica em proteínas e altera o pH vaginal”, afirma Passos.

O casal deve ficar atento para impedir o surgimento de complicações que geralmente são decorrentes de atividade sexual ocorrida durante o período de resguardo. Há o risco de infecção vaginal e uterina para a mulher. Já para o homem, aumenta a chance de infecção prostática.

Os problemas podem acontecer porque, depois do parto, as paredes da vagina demoram um tempo para cicatrizarem por completo. Mesmo com a lubrificação durante o sexo no pós-parto, ela não vai evitar machucados nas camadas de tecido que revestem a parede da vagina. Por isso, a mulher pode sentir dor e depois desenvolver infecções vaginais.

Ela também deve ficar atenta se perceber um cheiro diferente nas secreções depois do parto. A expulsão de líquidos da vagina é comum, mas se o odor ficar muito forte ou se surgir muito sangue, é sinal de uma infecção. Se isso acontecer, busque um atendimento médico imediatamente.

Recuperação mais rápida

Depois de dar à luz, a mamãe pode ter uma recuperação mais rápida se adotar alguns cuidados. Ela deve manter uma dieta saudável. Isso inclui alimentos que fornecem nutrientes como ferro e proteína, por exemplo. Isso porque são importantes para auxiliar na cicatrização dos tecidos e no fortalecimento do sangue.

Por isso, a mulher que busca um resguardo mais acelerado deve ingerir itens como ovos, carne e peixe. Também não podem ficar fora da alimentação produtos como feijão e beterraba.

Nos primeiros 15 dias após o parto, ela deve evitar fazer esforços e atividades braçais para garantir uma melhor regeneração. Nesse período, o recomendado é praticar regularmente apenas exercícios físicos de intensidade leve e moderada.

Shutterstock O resguardo quebrado pode resultar em infecções, a alimentação saudável pode ajudar na recuperação

Mitos e verdades

Muitas informações circulam sobre o que pode e o que não pode ser feito durante o resguardo. É importante distinguir o que é verdade e o que é mito. Assim, a mamãe vai tomar boas decisões do que fazer e do que evitar. A seguir, reunimos alguns esclarecimentos sobre isso.

Engravidar depois do parto é impossível

Essa afirmação é um mito. Ainda que o período fértil da mulher geralmente aconteça 45 dias depois de dar à luz, existe uma probabilidade, mesmo que pequena, de ela engravidar novamente.

Não se deve lavar a cabeça

Essa crença antiga também não é verdade. Nesse período, os hábitos de higiene são ainda mais importantes, inclusive a lavagem da cabeça.

O cabelo tende a cair

Segundo a Dra. Curci, realmente, é possível que o cabelo da mulher caia depois do parto. Isso acontece por conta das alterações hormonais, além do estresse e da dieta inadequada.

O desejo sexual diminui

Fato! A queda do apetite sexual é comum no resguardo, também devido à mudança hormonal. Outro fator que contribui para isso é o cansaço causado pelos cuidados com o bebê.

Com base no que foi apresentado, você aprendeu que é preciso evitar relações sexuais e ter cuidados com a alimentação e com a prática de exercícios físicos durante o período de recuperação do pós-parto. É preciso ter atenção, afinal, já explicamos que o resguardo quebrado pode causar problemas de saúde na mulher e no seu parceiro.

Se gostou de tirar as suas dúvidas sobre o assunto, confira ainda os cuidados que devem ser tomados depois do parto normal e as precauções após a cesárea.

O resguardo, que é conhecido como quarentena ou puerpério é o período em torno de 30 a 40 dias após o parto, no qual o corpo da mulher está voltando aos poucos por conta das modificações que sofreu durante a gestação e o nascimento do bebê.

A principal restrição nesta fase é a restrição sexual, a fim de evitar complicações infecciosas graves, por isso é pedido esse tempo, pois o útero precisa de um tempo para cicatrizar corretamente todas as lesões provocadas pelo descolamento da placenta, e a relação sexual neste período pode ser prejudicial por conta da abertura do colo do útero.

É importante se resguardar até avaliar o retorno da vida sexual com o seu médico pois mesmo depois do período de 30 a 40 dias, a mulher pode apresentar feridas na região genital ou também no corte feito em casos de cesariana e por isso sentir algumas dores afetando assim o desejo de ter relações sexuais com o seu parceiro.

Libido da mulher

Ao longo da gravidez as mudanças hormonais e físicas da mulher acontecem de forma intensa. Nos três trimestres de gravidez o interesse da mulher pelo sexo muda. No primeiro trimestre por conta das náuseas e enjoos a mulher perde o interesse nesta época e também mistura com o medo de acabar tendo um aborto espontâneo que nessa fase é muito comum e todo cuidado é pouco.

Segundo trimestre

No segundo trimestre a libido da mulher aumenta por vários fatores, o primeiro é que sem náuseas e enjoos a vontade de ter relações sexuais começa a voltar, além disso, muitas gestantes se sentem mais bonitas e com mais energia. Neste trimestre a irrigação sanguínea na região pélvica aumenta e isso também faz com que as mulheres tenham mais sensibilidade nesta região, o que aumenta o prazer e a vontade de ter relações com o seu companheiro.

Terceiro trimestre

Com a barriga maior, as posições ficam mais difíceis, mas é super possível fazer sexo com o barrigão e ao contrário do que muitos casais pensam, fazer sexo na gravidez não causa nenhum dano ao bebê, nem no primeiro trimestre, que é o mais sensível e nem no último que o bebê já está grande. É claro que a gravidez precisa estar sempre correndo bem e de forma satisfatória pois em alguns casos, quando se é necessário fazer repouso a relação sexual fica restrita.

O sexo no terceiro trimestre pode acontecer até o momento do trabalho de parto. No final da gravidez o sexo ainda ajuda a induzir o parto, principalmente nos casos em que já se passaram das 40 semanas e nada do bebê nascer. Por isso que tal você praticar o sexo para ajudar?

E a libido no pós-parto como fica?

Após o parto é normal que a vontade sexual da mulher diminua durante algumas semanas, além de ser necessário por conta do fechamento do colo do útero, como falamos, a mulher perde essa vontade por conta dos hormônios da amamentação que fazem a mulher perder a vontade.

Erros cometidos no resguardo

Carregar peso

Não levante ou carregue peso, seja ele o seu filho mais velho ou empurrar sofá pois no parto muita das vezes leva a distensão dos ligamentos e musculatura do períneo da mulher e por isso se fizer pressão nesta região como carregar peso, o retorno desses elementos ao que era antes do parto fica prejudicado, principalmente as mulheres que fizeram parto normal e precisaram de episiotomia pois e um corte que precisa ser cicatrizado.

Não descansar neste período

O descanso da mulher é essencial para que a cicatrização do canal de parto e a recuperação da mulher seja com sucesso. Alguns médicos afirmam que a mulher que descansa pouco, acaba ficando mais estimulada e estressada, além disso, pode prejudicar também a produção do leite.

Beber pouca água

Para que a produção do leite materno seja eficiente a mamãe precisa ingerir uma grande quantidade de água para que fique hidratada e também hidrate o seu bebê. Se a gestante ingerir pouca água, a perda pelo leite vai fazer com que o que seria filtrado pelos rins ou eliminado nas fezes se torne menor, sendo assim a urina fica com uma concentração maior e também o tempo de intervalo para fazer xixi aumenta, por isso, a mamãe corre o risco de ter uma infecção urinária.

Neste caso sempre que for amamentar beba água para que esteja sempre hidratada. Beber pouca água também leva ao ressecamento das fezes o que pode levar a quadros de hemorroidas ou fissuras anais.

Usar medicamentos sem indicação

Fique sempre atenta aos medicamentos contraindicados na fase da amamentação, se atente e se informe com o seu médico sobre quais você pode tomar nos casos de alguma necessidade como dor ou qualquer outro problema que necessite ser medicado imediatamente.

Cuidado com a sua alimentação

A mãe nesta fase precisa cuidar bem da sua alimentação. Evite alimentos gordurosos, frituras e também bebida alcoólica. Alguns minerais são essenciais para o fortalecimento do organismo e para a produção do leite.

O Cálcio é um mineral muito importante pois se a mãe não tomar a quantidade suficiente de Cálcio, pode acontecer dele sair dos ossos e a mulher ficar fragilizada.

O ferro também importantíssimo nesta fase e é normal que haja uma perda desse nutriente no parto por conta da quantidade de sangue que se perde. Nesse período pós-parto, também é importante enriquecer a alimentação com alimentos que tenham bastante ferro, como carnes vermelhas, beterraba, folhas verde-escuras, entre outras.

Engravidei no resguardo e agora?

Diferente do que muitas mulheres acreditam, a mulher pode sim engravidar no resguardo. É muito importante que você preserve o resguardo para que todos os seus órgãos e o cólo do útero volte ao normal o mais rápido possível, mas se acontecer de você engravidar no resguardo o ideal é que você vá em seu médico e siga as orientações recomendadas por ele.

O mais difícil de engravidar no período do resguardo é que, principalmente para as mamães de primeira viagem, cuidar de uma nova gravidez com um bebê pequeno é um desafio enorme.

Como evitar uma nova gravidez após o parto

Procure o seu médico para começar o uso do anticoncepcional. Existem diversos métodos de se prevenir, pode ser usando o Diu ou camisinha que hoje são os únicos métodos anticoncepcionais que não possuem hormônios ou você pode optar também pelo método tradicional que é o anticoncepcional.

Importante saber que provavelmente você mudará o seu remédio anticoncepcional de costume, pois quem amamenta só poderá tomar remédios com progesterona isolada. Existe a opção de injetável em que a mãe toma de 3 em 3 meses.

Todos esses métodos podem ser iniciados logo após o puerpério, por isso a importância de não ter a relações sexuais neste período.

Contextualizando sobre esse período

O período do resguardo ou puerpério é um período delicado na vida da nova mamãe, são mudanças hormonais, físicas e além disso ainda tem um bebê para cuidar.

Sobre a vida sexual, o ideal é que o resguardo não seja quebrado e o casal espere esse período passar para que volte tudo como era antes.

Mamãe, lembre sempre de cuidar da sua saúde, com bastante líquido e uma alimentação equilibrada já que agora você precisa se nutrir e ainda alimentar o seu bebê.

E você? Fez todas essas dicas? Conte para a gente nos comentários a sua experiência com puerpério.