O que é bom para dor de cólica

Cólicas menstruais acometem entre 16% e 91% das mulheres em idade reprodutiva, destaca Susan Logan, ginecologista e obstetra, ao “CNA Lifestyle”. A dor também é chamada de dismenorreia primária, pois surge antes ou durante a menstruação e não é resultado de doença ginecológica. Estão mais propensas a este problema quem tende a ter níveis elevados de prostaglandinas, substâncias inflamatórias produzidas pelo revestimento do útero, que causam contrações uterinas mais intensas do que o normal.

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Apesar de ser algo comum entre a grande maioria das mulheres, a intensidade da dor pode variar entre elas, pois é proporcional a quantidade de prostaglandinas liberadas. “Às vezes, é tão forte que muitas buscam por ajuda na emergência médica”, explica a especialista.

“Os ciclos menstruais que não ocorrem ovulação, geralmente são menos dolorosos ou indolores”, esclarece Logan. Ou seja, algumas mulheres não ovulam todos os meses, e isso pode estar relacionado ao alto nível de estresse ou problemas como hipotireoidismo, por exemplo.

Vale ressaltar que esse tipo de cólica é diferente da dismenorreia secundária, causada por distúrbios reprodutivos, como endometriose, miomas, doença inflamatória pélvica e dispositivos anticoncepcionais intrauterinos, principalmente os de cobre. Nesses casos, os tratamentos podem ser diferentes e é imprescindível a consulta com um médico ginecologista.

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Embora a causa da dismenorreia primária seja conhecida, ainda não há tratamentos totalmente eficazes, apenas métodos que aliviam as dores. “A fisiopatologia não é completamente compreendida”, reforça a obstetra.

Entre as fórmulas que podem ser usadas para o alívio das dores menstruais, as mais conhecidas são paracetamol e ácido mefenâmico, conforme diz Tan Toh Lick, obstetra e ginecologista, ao “CNA Lifestyle”. Há também métodos naturais que prometem efeito e têm ganhado a preferência de muitas mulheres, veja a seguir. Vale reforçar que antes de tomar qualquer medicamento ou optar por algum tipo de tratamento, é necessário procurar ajuda de um médico especialista no assunto.

Vitamina D

Segundo alguns estudos, mulheres que têm deficiência de vitamina D podem fazer a reposição por um período de oito semanas, de acordo com os níveis que precisa reabastecer, a fim de reduzir a intensidade da dor menstrual.

Cálcio

Presente em alimentos como leite e queijo, por exemplo, o cálcio pode reduzir até 58% das cólicas. O risco de sobredosagem é baixo, pois a dose diária recomendada, de acordo com o “Healthhub”, é de cerca de 800 mg a 1.000 mg. Os especialistas advertem evitar o uso de cálcio associado ao ferro e zinco, medicamentos para a tireoide e certos antibióticos.

Magnésio

O magnésio atua como um relaxante muscular e é capaz de acalmar e tonificar os músculos uterinos, reduzindo as prostaglandinas que causam dor. Ao “CNA Lifestyle”, a nutricionista Jaclyn Reutens recomenda uma dose diária de 250 mg a 350 mg de magnésio. De acordo com ela, também vale associar com a vitamina B6 para potencializar os resultados.

Importante ressaltar que o magnésio não é adequado para pessoas com insuficiência renal grave. Além disso, deve evitar sua ingestão com antibióticos.

Ácidos graxos ômega 3

Os ácidos graxos ômega 3 são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a aliviar a dor, além de também poder contribuir nos mecanismos de coagulação saudável, suprimindo a produção de prostaglandinas. Reutens sugerir tomar 1.000 mg por dia para ajudar com as cólicas menstruais, mas alerta evitar associar com anticoagulantes, medicamentos antiplaquetários ou qualquer outra coisa que tenha objetivo de afinar o sangue.

Erva doce

Sementes de erva-doce podem calmar os músculos e servir como alívio das cólicas menstruais. De acordo com o nutricionista Caleb Mok, um estudo demonstrou que o consumo de cápsulas contendo 30 mg de extrato de erva doce quatro vezes ao dia, durante três dias antes do início da menstruação, pode reduzir significativamente a dor.

Gengibre

O gengibre também tem sido usado por defensores de remédios naturais para ajudar a aliviar as cólicas, por ser rico em fitoquímicos anti-inflamatórios e antioxidantes que podem combater a inflamação e equilibrar as causas da dor, conforme explica Mok.

Com base em estudos, incluindo mais de 600 mulheres, descobriu que consumir cerca de 750 mg a 2.000 mg de gengibre em pó, como o chá, durante os primeiros três a quatro dias do período menstrual pode ajudar a reduzir a dor.



A dismenorreia, popularmente conhecida como cólica menstrual, é uma dor pélvica que pode ocorrer antes ou durante o período menstrual. Embora na maioria dos casos não seja um sinal de uma condição grave, as cólicas podem nos impedir de desempenhar muitas de nossas atividades diárias, principalmente quando vêm acompanhadas de outros sintomas como náusea, diarreia, constipação e dor nas costas, que só intensificam nosso desconforto.

Você sabe por que as cólicas acontecem?

Todo mês a parede do útero acumula uma camada mais grossa necessária para abrigar o embrião. Se não ocorre a fecundação, o útero passa a eliminar essa camada e por isso ele se contrai para soltá-la. Durante essa contração é liberada uma substância chamada prostaglandina, a qual é responsável pela sensação da cólica. E aí já viu, né? É aquele mal estar.

Os chás como uma alternativa

A maioria das pessoas apela para analgésicos a fim de minimizar os indesejáveis sintomas da cólica, porém, ao invés de tomar um comprimidinho, você já considerou uma alternativa mais natural para aliviar essas dores?

Você sabia que os chás podem ser importantes aliados no combate às cólicas? Apesar dos estudos sobre o efeito de chás no alívio das cólicas menstruais ainda serem escassos, muitos dos existentes mostram que os chás têm propriedades anti-inflamatórias e antiespasmódicas. E essa é a combinação ideal para se livrar das desagradáveis cólicas! A seguir, listamos 5 chás que podem te ajudar a aliviar as indesejáveis cólicas.

CAMOMILA

O que é bom para dor de cólica

Além de ser um calmante natural, a camomila possui propriedades anti-inflamatórias que reduzem a produção de prostaglandina e ameniza as dores. Ela também estimula a produção de um aminoácido chamado glicina, que reduz os espasmos musculares e deixa o útero mais relaxado, enfraquecendo as cólicas.

CANELA

O que é bom para dor de cólica

A canela, além de anti-inflamatória, é um antiespasmódico natural. Auxilia na diminuição das contrações e também da náusea, outro sintoma comum no período menstrual.

GENGIBRE

O que é bom para dor de cólica

O gengibre possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, a combinação perfeita para ajudar na redução das cólicas.

ORÉGANO

O que é bom para dor de cólica

Muito utilizado como tempero, poucas pessoas conhecem a ação analgésica das folhas de orégano. Essa erva ajuda ainda a regular o ciclo e a reduzir os sintomas da menopausa.

CALÊNDULA

O que é bom para dor de cólica

Os flavonoides presentes na calêndula inibem a produção da prostaglandina e reduzem as cólicas. Também pode ajudar a regular o ciclo, um problema muito comum em mulheres mais jovens.

Além de tomar chás para aliviar os sintomas da cólica, o próprio ritual de preparar essa bebida quentinha já é algo que proporciona uma agradável sensação de bem-estar. Acompanhado de uma música relaxante ou um filminho leve pode ser uma ótima alternativa para aliviar não apenas as cólicas, mas também a mente.

Gostaríamos de saber qual sua receitinha de chá para aliviar as cólicas? Conhece algum outro chá que poderia ser adicionado a nossa lista? Comenta aqui!

A cólica menstrual é a dor na região pélvica durante a menstruação. Infelizmente, ela atinge até 75% das mulheres em idade fértil em algum momento de suas vidas. E, quem tem, sabe que é uma dor que vem, passa, vem de novo… E continua por horas ou dias dessa forma, às vezes irradiando para as costas e pernas.

A intensidade da cólica também varia para cada pessoa e para cada período menstrual. Às vezes, a cólica é suportável e não requer grandes cuidados e tipos de controle. Em outras, a dor atrapalha a rotina e se torna um impeditivo para várias atividades.

Basicamente, há dois tipos de causa para as cólicas menstruais: química ou funcional.

Causa química (cólica primária)

Neste caso, a causa são as prostaglandinas, sinais químicos que estimulam a musculatura do útero para eliminar o fluxo. Simplificando, podemos dizer que há o tipo 1, o tipo 2 e o tipo 3 de prostaglandinas.

Os tipos 1 e 3 funcionam como analgésicos naturais, que aliviam a dor! Já a prostaglandina tipo 2 causa a contração do útero e aumenta a dor. Logo, quanto mais prostaglandina do tipo 2 você produzir, maior a dor. Ela também atinge o intestino, causando a dor de barriga e/ou diarreia que afeta muitas mulheres durante a menstruação.

Causa funcional (cólica secundária)

Em contrapartida, a causa para as cólicas funcionais envolvem endometriose, infecções, fibroides, cistos ovarianos (diferente de ovários policísticos ou micropolicísticos!), DIU e até mesmo passagem cervical muito estreita ou útero retrovertido.

No caso destes dois últimos, que são apenas variações anatômicas e não um “problema”, uma possível dificuldade do fluxo de ser eliminado faz o útero produzir mais prostaglandina do tipo 2, aumentando as contrações e as cólicas.

Já quando existem condições mais complexas, como doenças pélvicas, a dor é intensa, muitas vezes incapacitante e não se restringe a uma parte do período menstrual, e sim persiste durante todo o ciclo. Conforme o que sempre falamos, não se pode naturalizar esse tipo de dor como parte da menstruação. É imprescindível buscar diagnóstico e auxílio profissional, para buscar o tratamento ou conduta para uma melhor qualidade de vida – o que é fundamental, né?

O que é bom para dor de cólica

Diminuindo as cólicas imediatamente

No caso das cólicas primárias, é super possível controlar a dor com alguns cuidados e dicas! Se, junto à menstruação, a cólica também já chegou, confere essas dicas para aliviar a dor a curto prazo:

1) Bolsa térmica de sementes

As avós sempre souberam: usar fontes de calor na região do ventre ajuda e muito no controle da dor. Encontre uma posição confortável para ficar com a bolsa térmica e, se for necessário ficar em pé ou sentada, é possível amarrá-la na cintura com uma toalha ou lenço, isso se ela não tiver tirinhas de amarração próprias. Caso você não tenha uma bolsa de sementes, também é possível utilizar uma toalha aquecida a seco (no micro ondas, por exemplo).

Ah, vale lembrar que além das bolsinhas secas, mais práticas e sustentáveis, ainda existem as bolsas de água quente. 

Se a sua dor irradia para a coluna lombar, o truque é utilizar uma fonte de calor no ventre e nas costas – quase um “bambolê” de calor!

2) Pressão no ventre

Massagear o ventre e a parte inferior das costas com a ponta dos dedos pode ajudar no alívio das cólicas. Se puder ficar deitada e colocar um travesseiro, almofada ou cobertor enrolado contra o corpo, de bruços, ótimo! As posições mais confortáveis variam para o momento e para a pessoa, mas é importante sempre testar. Inclusive, a yoga tem várias posições indicadas para as cólicas menstruais!

3) Descanso

Sim, a gente sabe como é importante ter um tempo para nós nesses dias mais críticos. No início da menstruação, devido à queda hormonal, é comum que a gente fique um pouco mais fatigada e querendo ficar “na nossa”. Se você puder tirar uns momentos para relaxar e descansar quando a cólica tiver apertando mais, por favor, faça isso.

4) Usar uma Herself

Para as mais sensíveis, utilizar protetores menstruais internos (absorvente interno e coletores) pode causar uma leve pressão e aumentar o desconforto das cólicas. Inegavelmente, nestes casos, protetores menstruais externos podem ser um alívio, já que ficam fora da vagina. Usar só uma calcinha absorvente é melhor ainda!

Conheça as calcinhas absorventes menstruais Herself e viva o seu ciclo com mais conforto, saúde e liberdade!

5) Chás

Bebidas quentinhas dão conforto e podem ajudar muito! Escolha os chás naturais e com propriedades tranquilizantes, como o de camomila. Evite bebidas estimulantes, como café e bebidas açucaradas.

6) Anti inflamatórios

Medicamentos anti inflamatórios podem aliviar a dor em casos de cólicas simples. Preferencialmente, com prescrição médica, em doses baixas e antes da cólica chegar, viu?

Porém, eles não devem ser a solução a longo prazo, pois sobrecarregam o fígado e pioram possíveis desequilíbrios hormonais – também responsáveis por cólicas fortes.

Diminuindo as cólicas a médio e longo prazo

Quer investir em um ciclo mais saudável como um todo e, por consequência, usufruir de períodos menstruais mais confortáveis? Claaaaaro, né?! Afinal, quem não? Olha as dicas:

7) Exercícios físicos

Por mais que pareça discurso manjado, não é. Em síntese, os exercícios físicos liberam endorfinas, que também funcionam como analgésicos naturais. Da mesma forma, se exercitar com regularidade também ajuda no equilíbrio hormonal e no fortalecimento dos nossos músculos. Consequentemente, experimentamos cólicas mais leves durante a menstruação, além de vários benefícios para a saúde em um geral.

8) Mais sementes e folhas verde-escuras na alimentação

Vários alimentos possuem boas doses de vitaminas e minerais que, por sua vez, ajudam a diminuir a produção de prostaglandina tipo 2 e reduzem a inflamação. Amêndoas, castanhas, espinafre, couve, agrião, linhaça, sementes de abóbora, sementes de girassol, chia, gergelim, melão e sardinhas são boas pedidas. A cúrcuma ou açafrão também possui várias propriedades anti inflamatórias. Tempere sua comida com ela!

Com a finalidade de diminuir a inflamação, recomenda-se diminuir ou evitar o consumo de leites e derivados e frituras, principalmente nas semanas anteriores à menstruação.  

9) Menos estresse

Com toda a certeza, sabemos que o estresse, quando contínuo e persistente, é maléfico para a nossa saúde física e mental como um todo. De fato, a alta liberação de cortisol durante períodos de estresse afeta e muito no nosso equilíbrio hormonal. Portanto, dentro do possível, é recomendado evitar situações estressantes de forma rotineira. Cuide de si e não se cobre tanto. Além disso, não deixe de buscar auxílio na terapia, se necessário.

Vamos cuidar desses úteros? Eles merecem! ♥

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