Por que a pessoa soa muito

Por que a pessoa soa muito

Especialista consultado Dra. Fabiana Seidl Dermatologia CRM 878529

Médica dermatologista, com residência em clínica médica pela UERJ. Título de especialista e membro pela Sociedade Brasil...

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Por que a pessoa soa muito

Escrito por Redação Minha vida

Redação formada por jornalistas especializados em alimentação, beleza, bem-estar, família, fitness e saúde.

Hiperidrose é uma condição médica em que o paciente sua excessivamente e de forma imprevisível. Pessoas com hiperidrose possuem glândulas sudoríparas hiperfuncionantes, podendo suar mesmo quando a temperatura está baixa ou quando estão descansando.

Ainda de acordo com Fabiana, uma das probabilidades para o surgimento dessa condição é uma alteração que ocorre no sistema nervoso. Essa mudança é piorada por fatores emocionais, genéticos ou prática de atividade física. “Os hormônios não parecem desenvolver papel importante na hiperidrose, a não ser que haja alguma doença endócrina (hiperidrose secundária)”, conta.

Suar ajuda a manter o corpo frio. Todas as pessoas suam, especialmente em dias em de temperaturas muito altas, após exercícios físicos ou durante uma situação estressante, que deixe a pessoa muito nervosa, com raiva, envergonhada ou com medo.

No entanto, o suor excessivo também pode ocorrer em outras situações. Pessoas com hiperidrose parecem ter glândulas sudoríparas superativas. O suor incontrolável pode levar à sensação de desconforto significativo, tanto físico como emocional.

Na maioria dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que leva os médicos a acreditarem que trata-se de um problema hereditário. Já quando o diagnóstico é de hiperidrose secundária, algumas condições médicas podem ser investigadas como causa:

Sudorese

Segundo Fabiana Seidl, médica dermatologista, a hiperidrose pode ser classificada em duas: primária focal e secundária generalizada.

Primária focal: ocorre por fatores genéticos, com sintomas que se iniciam logo na infância ou adolescência. Entre as principais queixas, estão o suor excessivo em diferentes partes do corpo, como o couro cabeludo, palma das mãos, axila, planta dos pés, face e virilha.

Secundária generalizada: esse tipo de hiperidrose tem início na idade adulta, se manifestando através da produção de suor por todo o corpo, mesmo em períodos de sono. Normalmente, o problema possui ligação com alguma doença ou efeitos causados por medicamentos.

O diagnóstico é clínico e baseado nos sintomas e em uma série de questionamentos que são feitos aos pacientes. O médico avaliará a possibilidade da hiperidrose estar relacionada a doenças mais graves.

Caso haja suspeita da condição, é possível que alguns exames sejam solicitados - principalmente nos casos de hiperidrose secundária generalizada. Um dos testes é feito com a aplicação de um papel especial sobre a área afetada pelo suor excessivo, que será pesado após o tempo determinado pelo dermatologista. A quantidade de fluido acumulado pode ajudar a identificar o problema.

Consulte um médico se você apresentar:

  • Suor prolongado, excessivo e sem explicação
  • Sudorese com ou seguida de dor ou pressão no peito
  • Sudorese com perda de peso
  • Sudorese que ocorre mais frequentemente durante o sono
  • Suor com febre, perda de peso, dor no peito, falta de ar ou taquicardia - esses sintomas podem ser um sinal de uma doença subjacente, como o hipertireoidismo

A condição não tem cura, mas pode ser tratada de acordo com seu diagnóstico. “Para tratar a hiperidrose, em primeiro lugar precisamos determinar se existe alguma doença ou medicamento que esteja precipitando essa condição, já que o tratamento será direcionado para a causa base”, explica Fabiana Seidl .

O tratamento para suor excessivo causado por hiperidrose costuma ser clínico ou cirúrgico. Nos casos mais leves, podem ser indicados medicamentos orais e de uso tópico, além da aplicação de desodorantes antitranspirantes feitos com sais de alumínio.

Em casos em que o suor ocorre de maneira moderada e em um local específico, como as axilas, a aplicação de botox pode ser uma das recomendações. Entretanto, Fabiana conta que a toxina botulínica possui duração de até nove meses, sendo necessária a manutenção e novas aplicações para que o seu efeito permaneça o mesmo.

Quadros mais graves podem exigir intervenção cirúrgica. Chamado de simpatectomia torácica endoscópica, o procedimento é feito com a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia). Porém, o paciente pode desenvolver hiperidrose compensatória em uma região diferente do corpo.

Dessa forma, o tratamento para a condição deve ser avaliado com cautela para cada quadro clínico, determinando os benefícios e possíveis riscos para cada paciente.

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Academia Americana de Dermatologia

Mayo Clinic

Fabiana Seidl, médica dermatologista, CRM RJ 5287852-9

Suar muito pode ser sinal de que tem algo errado com a sua saúde. Vamos te explicar um pouco mais sobre isso. Confira!

Como um país tropical, o Brasil tem zonas quentes muito fortes. O calor pelo país, às vezes, chega a ser insuportável. Naturalmente, as pessoas suam muito por aqui. Mas e se a gente te disser, que suar demais pode ser uma doença? Você acredita ? Então saiba que suar muito pode ser sinal de hiperidrose.

Causa

A causa pode ter duas variações. O suor em excesso pode tanto ser uma consequência de alguma outra doença que está afetando o seu corpo, quanto um problema genético. É necessário ter em mente que em qualquer quadro, só o dermatologista (ou clínico geral) poderá fazer o diagnóstico e aplicar algum tipo de tratamento. Veja as possíveis causas:

  • Acromegalia;
  • Condições associadas à ansiedade;
  • Câncer;
  • Síndrome carcinoide;
  • Determinados medicamentos e substâncias de abuso;
  • Distúrbios de controle de glicose;
  • Doença cardíaca;
  • Hipertireoidismo;
  • Doença pulmonar;
  • Menopausa;
  • Doença de Parkinson;
  • Feocromocitoma;
  • Lesão na medula espinhal;
  • Derrame;
  • Tuberculose ou outras infecções.

Mas é preciso ficar atento, suar é uma coisa normal. O problema é quando o suor é em excesso e quase a todo momento. Algumas pessoas chegam a suar mesmo estando em um ambiente com ar condicionado.

Tipos e Tratamento

Existem dois tipos de hiperidrose. A hiperidrose primária afeta de 2% a 3% da população. Ainda assim, menos de 40% dos pacientes com essa condição busca auxílio médico. Na maioria dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que leva os médicos a acreditarem que trata-se de um problema hereditário.

Já a hiperidrose secundária é a mais comum, e é causada pelos sintomas descritos no tópico anterior. O tratamento para suor excessivo pode ser clínico ou cirúrgico. Nos casos mais leves, são indicados medicamentos orais e de uso tópico.

Em casos mais graves, porém, podem exigir intervenção cirúrgica. Nelas, ocorre a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia).

Fonte: Segredos do Mundo

Calcula-se que até 5% da população possa sofrer com hiperidrose, condição caracterizada pelo suor excessivo. Embora não seja perigoso, o problema pode comprometer a qualidade de vida, mas tem jeito de amenizar o incômodo.

Entenda por que algumas pessoas suam demais e o que pode ser feito a respeito:

1) A origem do suor

O suor é um mecanismo de regulação da temperatura corporal. Em toda a pele, temos sensores, chamados termorreceptores periféricos, que detectam as variações térmicas. Conectados ao sistema nervoso central, eles enviam mensagens ao cérebro.

Por que a pessoa soa muito
Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

2) Glândulas em ação

O hipotálamo, região cerebral responsável pela regulação da temperatura, recebe o sinal e envia estímulos às glândulas sudoríparas. Essas estruturas, por sua vez, captam líquido dos arredores e o bombeiam por um tubo que desemboca na epiderme, camada superficial da pele.

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Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

3) Além do calor

Em quem tem hiperidrose, o mecanismo de produção do suor funciona mais do que deveria, tanto em situações normais — durante o exercício físico, ao comer itens apimentados ou viver uma emoção intensa — quanto inesperadamente, sem motivo claro.

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Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

De onde vem a hiperidrose?

Pessoas com o problema tendem a suar demais mesmo quando não há nenhum gatilho em cena — e em locais bem específicos do corpo.

A condição é crônica, costuma aparecer no adulto jovem e permanecer durante a vida toda. A ciência ainda não sabe por que isso acontece e não existem fatores de risco conhecidos — exceto a presença de uma doença ainda oculta.

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+ Leia também: Suor noturno: 6 motivos que causam o desconforto e como evitá-los

Soando o alerta para outros males

Em algumas situações, a sudorese excessiva é fruto de algum problema de saúde. Caso dos suores noturnos — na hiperidrose, as crises ocorrem somente quando a pessoa está acordada.

Diabetes, distúrbios neurológicos, alterações hormonais e alguns tipos de câncer têm como sintoma a transpiração anormal, que pode vir ainda do uso de certos medicamentos.

Dá para conter a transpiração

Roupas manchadas e vergonha de interagir em público? Dá para remediar isso com algumas táticas:

Cremes e desodorantes: Produtos com sais de alumínio bloqueiam mecanicamente a saída de suor das glândulas sudoríparas.

Botox: A toxina botulínica pode ajudar por travar o músculo responsável pela ejeção do suor. Mas é preciso reaplicar de tempos em tempos.

Cirurgia: Casos mais drásticos podem ser resolvidos com a retirada das glândulas. Pode haver efeito rebote e o suor surgir em outro lugar.

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Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

Fontes: Camila Arai Seque, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Ana Paula Pierro, dermatologista da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo