Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal

  • Paulricar
  • há 3 meses
  • Geografia
  • 62

Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal? * A) Os “bárbaros” eram os romanos que construíram um grande império no interior da Europa que deu origem à sociedade feudal. B) Os “bárbaros” eram povos que invadiram e destruíram o Império Romano provocando a fuga da população para o campo, fazendo surgir a sociedade feudal. C) Os “bárbaros” eram os primeiros guerreiros que lutaram pelo Império Romano, assim transformando-se nos nobres da sociedade feudal.

D) Os “bárbaros” eram feiticeiros condenados pela Igreja Católica que, dessa forma, fortalecia a religião na sociedade feudal.


You're Reading a Free Preview
Page 2 is not shown in this preview.

Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal

Os Barbaros influenciaram no feudalismo por serem conhecidos como invasores e aterrorizarem as regiões começou a forma-se vilas, fortes e castelos nas terras do grandes proprietários de terra (senhores feudais ) que fornecia proteção e concediam pedaços de terra para os servos para trabalharem para ele .

Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade Fundamental?

Os bárbaros eram, na ótica grega, todos os povos que não falavam o idioma grego e nem compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega. O termo foi assimilado pelos romanos e tornou-se um sinônimo para referir-se aos povos estrangeiros de forma estereotipada.

Quais foram as contribuições dos povos bárbaros para a formação da Europa Ocidental?

Faziam parte deste grupo as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, etc. Entre os povos bárbaros, os germanos foram os mais significativos para a formação da Europa Feudal. ... Em algumas tribos proibia-se até o casamento das viúvas. O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes.

Quais elementos da cultura bárbara que caracterizou o feudalismo?

Um elemento da organização social bárbara que se manteve durante o feudalismo foi o comitatus, que consistia na relação de lealdade entre os guerreiros e os chefes tribais, servindo de base para o estabelecimento das relações de suserania e vassalagem entre os membros da nobreza.

Quais elementos romanos foram herdados pelo feudalismo?

– Agricultura de subsistência. – Comitatus: relação de suserania e vassalagem (doação de terras em troca de apoio militar e fidelidade). – Direito consuetudinário: leis orais.

Que elementos herdados dos romanos é outro dos bárbaros que serviram de base para a formação do sistema feudal?

Os principais elementos romanos e germânicos que contribuíram para a formação do feudalismo na Idade Média foram: - A invasão do Império Romano pelos povos germânicos (chamados de bárbaros pelos romanos), que ocorreu a partir do século V. ... - Fusão de instituições romanas como o colonato e germânicas como o comitatus.

Quem eram os bárbaros e como eles influenciaram na queda do Império Romano?

Particularmente foram chamados de bárbaros os povos de origem germânica que, entre 4, nas migrações dos povos bárbaros, invadiram o Império Romano do Ocidente, causando sua queda em 476 d.C.. As invasões ocorreram em duas ondas principais. A primeira com penetração dos bárbaros e a assimilação cultural romana.

Quem eram os bárbaros E o que mudou a partir da sua chegada no continente europeu?

Resposta: Os principais povos germânicos que invadiram o Império Romano foram os hunos, os vândalos, os visigodos, os ostrogodos, os francos, os lombardos e os anglo-saxões(bárbaros). Em alguns momentos, eles conseguiram alcançar a cidade de Roma, saqueando a cidade e buscando destruí-la.

Quais contribuíram para a formação do feudalismo?

  • Os principais elementos romanos e germânicos que contribuíram para a formação do feudalismo na Idade Média - A invasão do Império Romano pelos povos germânicos (chamados de bárbaros pelos romanos), que ocorreu a partir do século V. Esse fato gerou o isolamento de várias regiões europeias, que deram origem aos feudos.

Qual a origem do feudalismo na Europa Ocidental?

  • A formação do feudalismo, na Europa Ocidental, envolveu uma série de elementos estruturais, de origem romana e germânica, associados aos fatores conjunturais, num longo período, que engloba a crise do Império Romano a partir do século III, a formação dos Reinos Bárbaros e a desagregação do Império Carolíngeo no século IX.

Qual a origem do feudalismo no Império Romano?

  • - A invasão do Império Romano pelos povos germânicos (chamados de bárbaros pelos romanos), que ocorreu a partir do século V. Esse fato gerou o isolamento de várias regiões europeias, que deram origem aos feudos, propiciando assim a origem do feudalismo. - Desagregação do sistema escravista existente no Império Romano.

Qual a origem do feudalismo na Igreja?

  • Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”. No século X, o feudalismo atingiu o seu auge, tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu.

A concepção de povos bárbaros surgiu na Grécia Antiga, sendo usada inicialmente para referir-se a povos que falavam línguas ininteligíveis para os gregos. Com o tempo, o termo passou a ser associado com uma noção etnocêntrica que classificava o outro, o estrangeiro, como selvagem, inculto e incivilizado.

O termo foi apropriado pelos romanos, que enxergavam como bárbaros todos aqueles que não praticavam a cultura greco-romana. Na história romana, os povos germânicos ficaram muito conhecidos como bárbaros. Esses povos foram fundamentais na crise que colocou fim no Império Romano do Ocidente, no século V.

Leia mais: Principais transformações na Europa durante a Alta Idade Média

Origem dos bárbaros

Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal
Escultura que retrata Átila sendo impedido de saquear Roma. Átila e os hunos eram registrados de maneira etnocêntrica pelos romanos.[1]

Quando estamos falando de bárbaros, referimo-nos a uma série de povos, mas, antes de tudo, é necessário entender que a noção de povos bárbaros baseia-se em uma ideia etnocêntrica que surgiu na Grécia Antiga. Os gregos falavam que bárbaros eram todos os que não falavam idioma grego e não tinham a cultura grega.

O termo bárbaro vem de barbaros. Até então, sabemos que a utilização mais antiga dele remonta à Ilíada, poema atribuído a Homero. Acredita-se que, inicialmente, ele tenha sido usado pelos gregos para referir-se a povos que não falavam seu idioma. Foi a partir do período clássico que esse termo ganhou um significado mais etnocêntrico.

Assim, passou-se a usar a designação bárbaro como uma forma de demonstrar diferenciação cultural sob um viés de desprezo pela cultura alheia. Existem algumas evidências que apontam que isso começou a desenvolver-se, principalmente, por conta das Guerras Médicas.

Com isso, o estrangeiro passou a ser enxergado de maneira negativa, e seus costumes e tradições, assim como suas formas de organização política, social, econômica, passaram a ser considerados selvagens. Portanto, todos aqueles que não falavam o grego ou não partilhavam da cultura grega eram vistos como bárbaros.

O termo em questão, no idioma grego, formou-se por uma repetição de onomatopeias, pois os gregos reproduziam a fala dos estrangeiros por meio da sonoridade “bar bar bar” — uma maneira de demonstrarem a não compreensão que tinham dos idiomas estrangeiros.

A concepção de bárbaro ia muito além dos persas e foi usada para outros povos da época. Até mesmo os macedônios, povos de origem grega e que reivindicavam para si essa herança, eram vistos pelos gregos como bárbaros. Os contatos entre gregos e romanos fizeram com que a expressão fosse utilizada na cultura latina, e os romanos tornaram-na usual para referir-se a  estrangeiros.

Quem eram os bárbaros para os romanos?

Os romanos tornaram a palavra bárbaro comum em seu vocabulário. Para eles, todos que não compartilhavam da cultura clássica, isto é, da cultura greco-romana, eram bárbaros. Aqui o uso do termo é totalmente pejorativo. Os bárbaros eram enxergados pelos romanos como povos selvagens, incultos, incivilizados, atrasados.

A crise romana fez com que o termo ficasse diretamente associado aos povos germânicos. Vamos conhecer um pouco deles agora.

Leia mais: Invasões normandas - incursões dos vinkings nos territórios francos, no século IX

Os germânicos habitavam o norte da Europa e tinham origem indo-europeia, portanto, eram povos originários da Ásia Central e do planalto iraniano que, no Período Neolítico, começaram a migrar e estabelecer-se em terras europeias e indianas. Os contatos dos romanos com os germânicos remontam ao período republicano da história romana.

Por germânicos não entendemos um povo apenas, mas sim diferentes povos que tinham origens étnicas semelhantes e partilhavam entre si alguns elementos culturais. De toda forma, havia diferenças entre eles, e, portanto, existiam dezenas de povos distintos. A concepção de germânicos que temos atualmente surgiu por meio de Júlio César.

César usou o termo para diferenciar os povos celtas, contra quem ele estava em guerra na Gália, dos cimbros e suevos, entendidos como germânicos ou germani, em latim. De toda forma, esses povos organizavam-se em tribos lideradas por um chefe militar. A guerra era, inclusive, uma ação muito comum entre eles, mas eles também valorizavam a paz e sabiam praticar agricultura, pecuária e comércio.

Os romanos tinham contato frequente com os germânicos, praticando o comércio e fazendo guerra e alianças com eles. As guerras entre romanos e germânicos tornaram-se mais frequentes a partir do século III d.C., quando o Império Romano entrou em crise.

A visão que os romanos tinham dos bárbaros (incluem-se germânicos e outros povos) era, como já vimos, etnocêntrica. Relatos romanos apresentavam-nos como grotescos, sujos, incivilizados, violentos, grosseiros, e os romanos menosprezavam os costumes e a fé dos germânicos (que eram pagãos e acreditavam em forças da natureza).

Acesse também: O que aconteceu com o Império Romano do Oriente?

Invasões bárbaras

Quem eram os bárbaros e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal
Ruínas visigóticas na Espanha, onde os visigodos estabeleceram-se após invadir as terras romanas.

A crise do Império Romano do Ocidente foi fortemente influenciada pelas invasões bárbaras, ou seja, pelas invasões de diferentes povos estrangeiros que não faziam parte do Império Romano e não partilhavam da cidadania e cultura romanas. Os povos germânicos foram os principais bárbaros a invadirem as terras romanas, mas houve povos de outras origens étnicas que também participaram.

As relações entre germânicos e romanos sempre foi instável. Como vimos, havia contatos pacíficos com alguns povos, mas outros eram tratados com hostilidade pelos romanos. A partir do século III d.C., muitos desses povos começaram a ser assimilados pelos romanos, que não tinham forças para lutar contra todos os que ameaçavam suas terras.

Muitos desses povos começaram a ganhar terras nas regiões de fronteira. Em troca, eles ofereciam sua força militar para o Império Romano. Os povos que aceitavam essa condição ficaram conhecidos como federados. Com o tempo, os acordos feitos pacificamente tornaram-se acordos de paz, para resolução de desentendimentos entre romanos e germânicos.

Os visigodos, por exemplo, fizeram um acordo, no século IV, com os romanos para ocupar terras no leste europeu. Eles ganhariam as terras e ofereceriam sua lealdade ao rei romano, mas, logo, desentendimentos levaram romanos e visigodos à guerra. Em 410, os visigodos, liderados por Alarico, saquearam Roma e sequestraram Placídia, irmã do imperador Honório.

Outro exemplo é o dos vândalos, povo germânico que invadiu o norte da África no século V. Os romanos ofereceram paz para os vândalos, permitindo-os estabelecer-se naquelas terras, desde que não invadissem mais nenhuma outra região romana. Visigodos e vândalos são apenas dois exemplos de uma série de povos que invadiram as terras de Roma.

Os bárbaros mais conhecidos nesse contexto foram os hunos, povo de origem tártaro-mongol que vinha das estepes da Ásia Central e penetrou a Europa até sua região central, disseminando pânico entre romanos e germânicos. Os hunos eram liderados por Átila, e os relatos romanos sobre esse povo caracterizavam-no da pior maneira possível.

O historiador bizantino do século VI chamado Jordanes descreveu Átila como um semeador de terror|1|. Já Amiano Marcelino, historiador romano do século IV, falava que os hunos excediam os modos de ferocidade, eram feios e tinham hábitos classificados como grotescos e rudes|2|. As narrativas romanas sempre foram nesse sentido: desqualificar o estrangeiro taxando seus hábitos como inferiores e brutos.

Esses povos germânicos migraram por uma série de fatores que ainda são debatidos pelos historiadores. Há certa concordância em afirmar-se que a procura por terras mais férteis e climas mais agradáveis, além do temor pela chegada de outros povos, como os hunos, é o principal fator que explica essas migrações.

O Império Romano do Ocidente deixou de existir com o destronamento de Rômulo Augusto pelos hérulos, em 476. As terras então dominadas pelos romanos foram ocupadas pelos germânicos, e diferentes reinos foram surgindo nelas. Houve uma fusão entre a cultura germânica e a cultura latina.

Cronistas romanos registraram esse enfraquecimento da cultura latina. Sidônio Apolinário falava do desaparecimento do latim por volta do século V, e São Gregório de Tours, do desaparecimento da escrita na região da Gália, por volta do século VI|3|. Caso queria saber mais sobre esse importante movimento migratório, leia: Invasões bárbaras.

Notas

|1| PEDREIRO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos. São Paulo: Unesp, 2000. p. 29.

|2| Idem, p. 30-31.

|3| Idem, p. 42-43.

Créditos da imagem

[1] Polvo2020 e Shutterstock