A glândula hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é composta por duas porções

A hipófise, ou glândula pituitária é uma glândula pequena que se divide em duas porções distintas, os lobos anterior e posterior, e é localizada na base do cérebro.

A hipófise anterior, também conhecida como adeno-hipófise, secreta seis hormônios peptídeos importantes, são eles:

A hipófise posterior, conhecida como neuro-hipófise, secreta dois hormônios:

  • O hormônio antidiurético
  • A ocitocina

A glândula hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é composta por duas porções

Anatomia da Hipófise. Ilustração: Alila Medical Media / Shutterstock.com

O hormônio antidiurético e a ocitocina são sintetizados por neurônios no hipotálamo e depois secretados, e os hormônios que são secretados pela hipófise posterior são produzidos no hipotálamo.

A unidade funcional hipotálamo-hipófise forma o mais complexo, e o mais dominante componente do sistema endócrino, eles se ligam através de uma estrutura chamada pedúnculo hipofisário.

A maior parte da secreção hipofisária é controlada tanto por sinais hormonais como nervosos a partir do hipotálamo. O hipotálamo recebe sinais do organismo, e esses vão controlar as secreções dos vários hormônios hipofisários.

O hipotálamo sintetiza e secreta os hormônios liberadores e inibidores que controlam a secreção de hormônios na porção anterior da hipófise.

Os principais hormônios liberadores e inibidores hipotalamicos são:

  • O hormônio liberador da tireotropina (TRH), que estimula a secreção de hormônio tireoestimulante (TSH) pelos tireotropos.
  • O hormônio liberador da gonadotropina (GNRH), que estimula a secreção de hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) pelos gonadotropos.
  • O hormônio liberador de corticotropina (CRH) que estimula a secreção do hormônio adrenocorticotrófico ( ACTH) pelos corticotropos.
  • O hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) que estimula a secreção do hormônio do crescimento (GH) pelos somatotropos.
  • O hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina) que inibe a secreção do hormônio do crescimento pelos somatotropos.
  • O hormônio inibidor da prolactina (PIH), que inibe a secreção de prolactina (PRL) pelos lactotropos.
  • Os hormônios hipotalâmicos são secretos nas terminações nervosas antes de serem transportados para a hipófise, e são importantes para um perfeito funcionamento do corpo.

Fontes:

  • Berne, Robert M., Levy, Matthew N., Koeppen, Bruce M. e Staton. Bruce A.. Fisiologia, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
  • Guyton, Arthur C. e Hall, John E.. Tratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

A hipófise, também chamada de pituitária, é uma glândula pequena que se localiza na base do encéfalo. Muitos a classificam como a glândula mestra do corpo, pois os hormônios que ela produz regulam o funcionamento de outras glândulas. Por ser constituída de tipos diferentes de células endócrinas, a hipófise é dividida em duas partes: a adenoipófise (ou lobo anterior da hipófise) e neuroipófise (lobo posterior da hipófise).

A adenoipófise sintetiza e secreta hormônios. Alguns deles são chamados de tróficos porque estimulam e controlam outras glândulas endócrinas. Dentre os hormônios tróficos produzidos pela adenoipófise estão:

TSH (hormônio tireotrófico): hormônio que estimula e regula a atividade da tireoide na produção dos hormônios T3 e T4;

ACTH (hormônio adrenocorticotrófico): que controla a atividade do córtex da glândula suprarrenal;

LH (hormônio luteinizante): hormônio que regula as atividades das gônadas masculinas e femininas, como a produção de testosterona nos testículos, indução da ovulação e formação do corpo lúteo.

FSH (hormônio folículo-estimulante): hormônio que atua na produção dos folículos, nos ovários; e dos espermatozoides, nos testículos.

Além dos hormônios tróficos, a adenoipófise secreta outros hormônios que também são muito importantes para o metabolismo do corpo, mas que não agem em glândulas endócrinas, são eles:

Somatotrofina, hormônio do crescimento ou GH: hormônio que promove a captação de aminoácidos para a formação de proteínas. Com isso, esse hormônio atua no crescimento de todo o organismo, incluindo tecidos, ossos e cartilagens, promovendo o aumento na estatura principalmente dos jovens na puberdade. Após a puberdade, a produção desse hormônio cai consideravelmente. Há casos em que, em virtude de uma disfunção na hipófise, a pessoa continua a produzir esse hormônio mesmo após a puberdade. Quando isso ocorre, não há aumento da estatura, mas os ossos do crânio, da face, das mãos e dos pés aumentam, causando uma doença que chamamos de acromegalia.

O excesso do hormônio do crescimento provoca o aumento exagerado no tamanho do corpo, o que chamamos de gigantismo; já a sua deficiência (que geralmente é causada por fatores genéticos), provoca o nanismo. Algumas crianças que têm deficiência na produção do hormônio do crescimento podem ser tratadas com injeções desse hormônio para promover o seu crescimento.

Prolactina: esse hormônio atua promovendo a produção de progesterona nos ovários femininos e também na produção de leite nas glândulas mamárias, durante a gravidez e a amamentação.

Hormônio estimulante do melanócito: estimula a produção de melanina na pele.

A neuroipófise é considerada uma expansão do hipotálamo. Ela armazena e secreta dois hormônios: ocitocina ou oxitocina e ADH (hormônio antidiurético), também chamado de vasopressina.

Ocitocina: hormônio que atua nas contrações do útero durante o parto, estimulando a expulsão do bebê. Em alguns casos, os médicos aplicam esse soro contendo ocitocina na mãe para estimular o parto. Esse hormônio também promove a liberação de leite durante a amamentação.

ADH (hormônio antidiurético): esse hormônio atua no controle da eliminação de água pelos rins, portanto tem efeito antidiurético, ou seja, é liberado quando a quantidade de água no sangue diminui, provocando uma maior absorção de água no túbulo renal e diminuindo a urina. Quando o nível desse hormônio está acima do normal, ocorre a contração das arteríolas, provocando um aumento da pressão arterial, por isso o nome vasopressina. Há casos em que a quantidade de ADH no organismo da pessoa é deficiente, provocando excesso de urina e muita sede. A esse quadro damos o nome de diabetes insípida.

Mariana Varella é editora-chefe do Portal Drauzio Varella. Jornalista de saúde, é formada em Ciências Sociais e pós-graduanda na Faculdade de Saúde Pública da USP. Interessa-se por saúde pública e saúde da mulher. Prêmio Especialistas Saúde 2021 e Prêmio Einstein Colunista +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar 2021 @marivarella

A glândula hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é composta por duas porções

Publicado em: 27 de março de 2017

Revisado em: 15 de setembro de 2021

A hipófise é conhecida como “glândula mestre”, por ser  responsável pelo funcionamento de outras glândulas do corpo. 

A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma glândula endócrina de cerca de 1 cm de diâmetro e 1 g de peso, localizada na base do cérebro, em uma área chama sela túrcica. Encontra-se abaixo do hipotálamo, que controla grande parte das funções da hipófise, e está ligada a ele pela haste hipofisária. Também é conhecida como “glândula mestre”, por ser  responsável pelo funcionamento de outras glândulas do corpo.

Veja também: Hipertireoidismo e hipotireoidismo

Em relação à sua fisiologia, divide-se em duas partes:

  • Lobo anterior (adenohipófise): quando estimulada pelo hipotálamo, secreta diversos hormônios como GH (hormônio do crescimento), TSH (hormônio estimulador da tireoide), ACTH (hormônio adrenocortical), LH (hormônio luteinizante), FSH (hormônio foliculoestimulante), entre outros. Esses hormônios estimulam outros órgãos, como tireoide, adrenal, ovários, testículos, entre outros, e assim ajudam a regular funções importantes como manutenção da pressão arterial, crescimento, reprodução etc.;
  • Lobo posterior (neurohipófise):  armazena e secreta o ADH (hormônio antidiurético) e a ocitocina, hormônios produzidos pelo hipotálamo que regulam o equilíbrio de água e eletrólitos e a contração uterina, respectivamente.

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