3 Leia uma tirinha de Calvin e Haroldo.
CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1986 WATTERSON/DIST. BY UNIVERSAL UCLICK a) Calvin explica que é preciso colocar uma colher de açúcar no cereal. Por que isso provoca humor? b) Como se caracteriza a linguagem corporal de Haroldo no último quadrinho? Com que finalidade esse recurso foi usado? c) Que outro recurso da linguagem não verbal completa o efeito da expressão corporal do tigre? d) Releia o balão de fala de Haroldo no último quadrinho. É possível afirmar que tanto “MFFPBFF!” quanto “Q-Q-QUE D-D-DOCE!!” são expressões constituídas por fonemas? Justifique. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 2Cristiane SiniscalchiBacharela e licenciada em Letras (habilitação Português) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Mestra em Letras (área de concentração: Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Professora de Português e coordenadora de Língua Portuguesa em escolas de Ensino Médio em São Paulo por 23 anos. Coautora de livros didáticos e paradidáticos. Se liga na língua Literatura Produção de texto Linguagem 1 Ensino Médio Componente curricular: língua portuguesa 1ª edição São Paulo, 2016 Editora Moderna Página 2Coordenação editorial: Aurea Regina Kanashiro Edição de texto: Cecília Kinker, José Paulo Brait, Sueli Campopiano Assistência editorial: Yuri Bileski, Daniel Maduar Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 3UNIDADE 10 – Linguagem, comunicação e sentidos 278• Capítulo 19 – Fatores envolvidos na comunicação 280 Pra começar 281
Leitura: “Silêncio”, de Eugen Gomringer 293 • Capítulo 20 – Os vários sentidos de um texto 295 Pra começar 296
Leitura: título, linha-fina e olho de reportagem 296 Relações de sentido 297 Refletindo sobre a língua – Atividades 300 Polissemia, sentido denotativo e sentido conotativo 303 Refletindo sobre a língua – Atividades 304 Para dar mais um passo – O dicionário e o sentido das palavras 307Leitura: tira Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes, e verbetes “perigoso”, “difícil” e “fofo”, do Dicionário Houaiss da língua portuguesa 308 Você já viu isso antes – O emprego de por que, por quê, porque e porquê 309 Leitura: tira de Benett 309 • Capítulo 21 – Figuras de linguagem 312 Pra começar 313 Leitura: “Poema”, de Mario Quintana 313 Figuras de linguagem I 314 Metáfora e comparação 314 Metonímia 315 Catacrese 316 Sinestesia 316 Refletindo sobre a língua – Atividades 317 Figuras de linguagem II 319 Eufemismo 319 Hipérbole 320 Antítese e paradoxo 320 Ironia 321 Personificação ou prosopopeia 321 Gradação 322 Refletindo sobre a língua – Atividades 323 Para dar mais um passo – As figuras de linguagem e o efeito de criatividade 326 Leitura: sinopses dos filmes Mãos talentosas – a história de Ben Carson, de Thomas Carter, As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky, O vendedor de passados, de Lula Buarque de Hollanda, e Tá chovendo hambúrguer, de Chris Miller e Phil Lord 326 Você já viu isso antes – Algumas regras de grafia de substantivos abstratos 328 Leitura: títulos de reportagem 328Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 4Movimentos literáriosAlém do domínio sobre a língua e a linguagem do texto, a interpretação de um conto, poema, romance etc. depende do conhecimento de outros elementos: • contexto histórico-social e cultural em que o texto foi concebido; • estilo do autor (cada escritor apresenta um conjunto de “marcas” particulares que o tornam singular se comparado a outros autores); • estilo de época (cada época apresenta um conjunto de traços comuns que a diferencia das demais). De forma semelhante ao que ocorre com as artes plásticas, o cinema, o teatro etc., as obras literárias produzidas em determinada época veiculam, em algum grau, valores ligados ao contexto histórico em que estão inseridas. Além disso, seus autores estabelecem diálogos e jogos intertextuais com obras anteriores e lançam novas tendências artísticas, que, muitas vezes, serão compreendidas apenas futuramente. Denominam-se movimento literário, escola literária ou estilo de época os grupos de autores e obras de um mesmo período histórico que possuem semelhanças entre si, embora apresentem particularidades de estilo.
Sabia?
Além de veicular determinados padrões de uma época, reforçando-os, a literatura pode interferir mais diretamente na sociedade, mudando concepções e alterando a ordem estabelecida. O poema “Dentro da noite veloz”, de Ferreira Gullar, publicado em 1975, acabou inspirando e incentivando muitos brasileiros a lutar contra a ditadura que se seguiu ao golpe militar de 1964. Investigue em • História • Geografia • Sociologia Que obras literárias (e seus autores) foram responsáveis por influenciar mudanças sociais e políticas? Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 51 Paulo parece viver em dois planos, o da fantasia e o da realidade.a) Que elementos do texto sugerem que a vida do menino era povoada pela fantasia? b) O que, no texto, nos permite saber que Paulo também vivia em um plano real? 2 De acordo com sua compreensão do texto, o que seria esse “caso de poesia”, referido pelo Dr. Epaminondas? Fala aí
As histórias que Paulo contava para a mãe eram bem difíceis de acreditar. Na sua opinião, ele pode, por isso, ser avaliado como mentiroso? Por quê? Para você, mentira e imaginação podem ser consideradas a mesma coisa? Justifique sua resposta. Biblioteca cultural Veja o texto, interpretado por Antônio Abujamra, em: .
CAPÍTULO 2 GÊNEROS LITERÁRIOS (I): O ÉPICO E O DRAMÁTICO PERCURSO DO CAPÍTULOCatálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 61 Quem narra os acontecimentos no miniconto?2 Em que espaço acontece a história? 3 Considerando que personagem é um ser fictício, criado por um autor a partir de uma caracterização física e psicológica, reflita: a) Como você caracterizaria as personagens do conto lido? b) Elas têm o mesmo peso na história? Por quê? 4 O que assinala a passagem do tempo na narrativa? 5 Qual é o enredo (conjunto de ações) do miniconto “No metrô vazio”? As ações que compõem o enredo podem ser externas (representadas no conto lido pela moça que entra no vagão, senta-se à janela, olha para a outra passageira) ou internas (evidenciadas pela inquietação da personagem e seu sentimento de horror, por exemplo). Observe que as ações externas se desenrolam num período de tempo físico (cronológico): a passageira certamente demorou-se alguns momentos para entrar no vagão, sentar-se, olhar para a frente etc. Já as emoções da personagem aconteceram dentro de um tempo interno (psicológico). Em “No metrô vazio”, o narrador não participa da história, e os verbos e pronomes estão na 3ª pessoa. O emprego da 3ª pessoa caracteriza o foco narrativo (ponto de vista) do narrador-observador ou narrador-onisciente, que está exemplificado no miniconto analisado. Página 31 Supondo-se que a narrativa estivesse na 1ª pessoa (“Entrei no trem e sentei-me junto à janela. Detesto metrô”), o foco narrativo seria o do narrador-personagem, que é aquele que participa da ação. O emprego da 1ª pessoa ocorre quando o personagem principal conta sua história ou quando um personagem secundário relata a história do personagem principal. Assim como o miniconto “No metrô vazio”, o romance, a novela, a crônica, ou mesmo a mescla deles, são exemplos de gêneros literários modernos com os quais você terá contato ao longo do Ensino Médio. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 7LeituraUma voz Sua voz quando ela canta me lembra um pássaro mas não um pássaro cantando:lembra um pássaro voando. GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1999). 18. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 179. EDUARDO FRANCISCO Pensando Sobre o Texto 1 Quantos versos formam a estrofe do poema apresentado? 2 Observe que eles formam uma unidade que se desenvolve em torno de uma ideia. Que ideia é apresentada na estrofe? No poema de Gullar, o eu lírico se declara para uma mulher utilizando uma metáfora inesperada, que surpreende o leitor, ao associar a voz da amada não ao canto, mas ao voo de um pássaro. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 8Comece sua leitura por:Dom Quixote (1604), de Miguel de Cervantes Por que ler: A obra é um verdadeiro marco cultural que há séculos se renova em inúmeras releituras feitas tanto na literatura como nas demais expressões artísticas. Essa paródia das novelas de cavalaria medievais tem como protagonista um anti-herói que oscila entre o cômico e o dramático ao encarnar dilemas, lutas, sonhos e desilusões que ainda hoje são comuns a todos nós. Terra sonâmbula (1992), de Mia Couto Por que ler: Para participar da história de dois refugiados da guerra, o velho Tuahir e o menino Muidinga, uma espécie de releitura moderna do escudeiro Sancho e do cavaleiro Quixote. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 9LeituraQue prazer havedes, senhor, de mi fazerdes mal por benque vos quis’ e quer’ e por en
que mi havedes tan sen razon. Prazer havedes do meu mal, pero vos amo mais ca mi; e poren peç’a Deus assi, que sabe quant’é o meu mal, que vos mud’esse coraçon que mi havedes tan sen razon. Muito vos praz do mal que hei, lume d’aquestes olhos meus; e por esto peç’eu a Deus, que sab’a coita que eu hei, que vos mud’esse coraçon,que m’havedes tan sen razon. E, se vo-lo mudar, enton poss’eu viver, (e) senon, non. D. DINIS. In: SPINA, Segismundo. Era medieval. 11. ed. Rio de Janeiro: Difel, 2006. v. 1, p. 59. (Coleção Presença da literatura portuguesa). Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 10Classicismo: a lírica de CamõesEm 1500, quando os portugueses aportaram nas terras que viriam a se chamar Brasil, a Europa vivia o auge do Renascimento, movimento cultural que se iniciou timidamente a partir do século XIII e teve seu apogeu entre os séculos XIV e XVI. O homem do Renascimento buscava recuperar os valores da Antiguidade clássica, que davam ênfase ao ser humano, às coisas terrenas. Assim, o pensamento renascentista situou o homem no centro do Universo e substituiu a fé pelo pensamento racional e investigativo. O contexto da época era o das Grandes Navegações. Portugal, favorecido em parte por sua posição geográfica, alargou os horizontes europeus ao se aventurar pelos mares, tornando-se importante em seu continente. Na literatura, esse entusiasmo com as conquistas e descobertas está representado nos versos de Camões, o maior poeta do Classicismo português. Biblioteca cultural Conheça mais sobre as navegações portuguesas: . Página 55 Naquele tempo... Embora os estudos clássicos de ciência e literatura tenham se iniciado na cidade italiana de Florença no século XV (denominado Quattrocento), é no Cinquecento (século XVI) que a “idade áurea” renascentista toma corpo, com artistas como Rafael, Michelangelo, Botticelli, Lorenzo de Medici, Leonardo Da Vinci, Poliziano, Pulci, Ariosto, Maquiavel, entre outros. Na área da ciência, experiências significativas foram realizadas. O físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano Galileu Galilei (1564-1642), por exemplo, iniciou suas experiências com a astronomia, o pêndulo e o termômetro no século XVI; Nicolau Copérnico (1473-1543) desenvolveu a teoria heliocêntrica. Nas artes plásticas, a obra de Leonardo Da Vinci (1452-1519) é o ponto alto. A literatura feita no Cinquecento italiano era conhecida em toda a Europa e considerada referência para os artistas dos outros países. Nesse período, passou-se a cultuar a Antiguidade latina como forma de resgate das origens italianas. O latim, muito usado até o século XV como expressão erudita e religiosa, foi substituído pelos dialetos, e a produção literária ganhou novos contornos e uma identidade própria.VENIAMIN KRASKOV/SHUTTERSTOCK Davi. 1501-1504. Mármore. A valorização da perfeição do corpo humano pelos artistas do Classicismo é influência direta da cultura greco-latina. Quase nada se conhece sobre a vida de Luís Vaz de Camões (1525?-1580). Sabe-se que suas aventuras o levaram a terras distantes. Esteve nas Índias, na África e na China. Em Macau, escreveu a primeira parte da obra que o tornaria imortal, a epopeia Os lusíadas. Goa e Moçambique foram outros lugares em que Camões aportou. Em 23 de abril de 1569, com o apoio do historiador português Diogo do Couto, retornou a Portugal, onde, três anos depois, publicou Os lusíadas. A obra de Camões é fruto de uma combinação rara num artista: a experiência intelectual (teórica) unida à aventureira (prática). A rica vivência pessoal fez do lusitano uma espécie de artista-síntese de sua época e precursor de tendências que surgiriam décadas (e até séculos) depois. Camões também escreveu textos teatrais, como Anfitriões (inspirado no modelo clássico), Auto de Filodemo e El-Rei Seleuco (inspirados em Gil Vicente, autor que você conhecerá neste capítulo), além de ter produzido uma consistente literatura lírica, publicada postumamente e objeto de nosso estudo neste tópico. As primeiras edições de Rimas, obra lírica de Camões, datam de 1595 e 1598. Embora o poeta tenha conservado alguns traços de inspiração medieval em sua poesia lírica, ele inova na abordagem amorosa e no uso de referências clássicas, como a comparação que faz nos versos a seguir entre a mulher amada e a deusa grega Circe. BRIDGEMAN IMAGES/KEYSTONE BRASIL - PRIVATE COLLECTION, FRANCE GÉRARD, François. Camões. Século XIX. Gravura. Página 56 Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 11As novelas de cavalariaNo final do século XIV e início do XV, surgem em Portugal as novelas de cavalaria (elas circularam praticamente na mesma época em que Gil Vicente apresentava suas peças). Nessas novelas era comum a presença de cavaleiros, homens valentes submetidos a situações de risco, vividas em nome da defesa de ideais nobres e cristãos. O cavaleiro medieval obedecia a rígidos padrões estabelecidos pela Igreja: fidelidade, castidade e honra. Esses ideais cavalheirescos identificavam-se com os propósitos das Cruzadas e constituíam uma espécie de estímulo da fé cristã. As novelas de cavalaria estão organizadas em três ciclos: clássico (abrange temas da Antiguidade greco-latina); carolíngio (protagonizado por Carlos Magno e os doze pares da França); bretão ou arturiano (centrado no rei Artur e em seus cavaleiros da Távola Redonda). RICO TORRES/FRANCHINE PICTURES/ALBUM/LATINSTOCK Cena do filme Tristão e Isolda, adaptado de uma narrativa medieval e dirigido por Kevin Reynolds (2006). Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 12LeituraA terra que se abre como flor Vamos nessa vamos partir desta terra Vamos nos mandar Para que os filhos desta terra Terra de sofrimentos Os poucos Mbyá que sobrem sobre ela Fiquem numa boa. Eles dirão: Ficamos numa boa. Estamos numa boa. A terra se abre como flor. Todos podem ver Nossa pequena família numa boa. Alimentos brotam por encantamento para nossas bocas. Queremos Encher a terra de vida Nós os poucos (Mbyá) que sobramosNossos netos todos Os abandonados todosQueremos que todos vejam Como a terra se abre como florMbyá: um dos subgrupos que compõem a nação Guarani. HUGO ARAÚJO COHN, Sérgio (Org.). Poesia.br: cantos ameríndios. Trad. Douglas Diegues e Guillermo Sequera. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012. p. 46.
Pensando Sobre o Texto 1 Sabendo que a história do povo Guarani, do qual faz parte o grupo Mbyá, é marcada por sucessivas perdas territoriais desde a presença dos colonizadores europeus no século XVI, como você interpretaria o verso: “Os poucos Mbyá que sobrem sobre ela”? Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 137 Em outro fragmento da Carta, lê-se:SHUTTERSTOCK [...] Contudo, o melhor fruto que dela [da terra] se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé! [...] CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. de 2016. (Fragmento). Levando em conta a leitura do texto 2 e a do trecho acima, explique de que maneira Pero Vaz de Caminha justifica a necessidade do projeto religioso português. Página 75Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 14a) hiper + radicalb) mini + sacola c) ultra + humana d) neo + anarquista e) hiper + eletiva f) anti + explosão g) pós + natação h) para + normal Alguém escreve assim? O léxico de uma língua – isto é, seu repertório total de palavras – se altera conforme surgem novas necessidades de nomeação. Observe como alterações na indústria exigem a criação de novos termos. A princípio, vendia-se leite; depois, surgiram variações do produto: os leites desnatados e os semidesnatados. Com o radical nat-, da palavra nata, formaram-se palavras derivadas para indicar os níveis de gordura do leite. Outro exemplo está relacionado ao processo de fabricação dos xampus, que hoje podem ser anticaspa, palavra formada com o acréscimo de prefixo. Agora é sua vez: olhe na despensa de casa e nas prateleiras de mercados e padarias. Que nomes parecem ter sido criados para caracterizar um produto ou explicar sua fabricação? Página 350 BIBLIOGRAFIA BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012. ______. Linguística da norma. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004. ______. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2007. ______. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 54. ed. São Paulo: Loyola, 2011. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BECHARA, Evanildo. Ensino da gramática. Opressão? Liberdade? 5. ed. São Paulo: Ática, 1991. (Série Princípios). ______. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 43. ed. São Paulo: Cultrix, 1994. BRETON, Philippe. A argumentação na comunicação. Bauru: Edusc, 1999. BRITO, Karim Siebeneicher; GAYDECZKA, Beatriz; KARWOSKI, Acir Mário (Orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola, 2011. BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2. ed. São Paulo: Educ, 2009. CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. ______. Vários escritos. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995. ______; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira: das origens ao Realismo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. ______; GOMES, Paulo Emílio Salles; PRADO, Décio de Almeida; ROSENFELD, Anatol. A personagem de ficção. 11. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. CASTELLO, José Aderaldo. A literatura brasileira: origens e unidade. São Paulo: Edusp, 2004. v. 1. CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998. ______. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010. CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999. CHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de análise do discurso. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008. COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. 16. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
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Page 1510 A palavra extraordinária contém o prefixo extra-, cujo sentido é “na parte de fora, externamente”. Explique de que modo o prefixo altera o significado de ordinário.11 Extraordinária passou pelo mesmo processo de formação de ensurdecedor? Justifique sua resposta. 12 A expressão som ensurdecedor forma, com uma palavra que a antecede no texto, uma figura de linguagem. Escreva o nome dessa figura no caderno e explique sua função na composição do elogio ao produtor musical Hans Zimmer. Você já viu isso antes Uso do hífen Leia este trecho de uma crônica metalinguística, que trata das regras de uso do hífen instituídas após o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 16Interestelar: a aposta mais arriscada de NolanInterestelar tinha tudo para ser o melhor filme de ficção científica da história e entrar para aquelas seletas listas de melhores filmes de todos os tempos. Christopher Nolan na direção, Hans Zimmer com a trilha sonora e, no elenco, uma constelação: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, Michael Caine, Matt Damon, Casey Affleck, Topher Grace. E, principalmente, uma ideia genial. [...] O primeiro ato é apenas bom. Foi o primeiro momento em que comecei a sentir certo desapontamento. Apesar de Mackenzie Foy ser uma atriz extraordinária e conseguir criar uma personagem ótima para Murphy, a filha de Cooper, essa parte do filme não se sustenta. Com um ar “spielbergiano”, o drama familiar acaba se mostrando fraco e Nolan não consegue exprimir sua marca. O roteiro não consegue criar o vínculo necessário. Outro momento, em que Cooper começa a entrar em sua jornada interestelar, é mal aproveitado e aleatório. Porém, o que mais incomodou foram as atuações sem graça de Lithgow e, principalmente, Michael Caine. Atores ótimos delimitados em personagens sem grandes aproveitamentos na trama. Enfim, o começo não convence. O segundo ato, porém, resgata todo o fôlego perdido no começo do filme. É o melhor momento do longa e deixa o espectador boquiaberto em inúmeras passagens. Aqui, destaque para as cenas de computação gráfica e, principalmente, para o trabalho impecável de Hans Zimmer com a trilha sonora. Autor das músicas de filmes como Rain Man, Gladiador, Sherlock Holmes e a trilogia nova de Batman, o compositor dá uma verdadeira aula. Consegue mesclar silêncio e momentos de som ensurdecedor. [...] MANS, Matheus. Publicada em: 20 nov. 2014. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2015. (Fragmento). Cartaz do filme Interestelar, direção de Christopher Nolan, EUA, 2014. REPRODUÇÃO Spielbergiano: relativo ao diretor Steven Spielberg. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 17d) O que é ecobag? Como a palavra foi formada?e) Os termos ecologicamente e ecobag são cognatos? Justifique. Várias palavras do português são formadas por morfemas de línguas diferentes. Esse processo é chamado hibridismo. Veja alguns exemplos: goiab-eira (tupi e português); auto-móvel (grego e latim); buro-cracia (francês e grego); blog-(u)eiro (inglês e português). 4 Leia esta charge. LUIZ FERNANDO CAZO Investigue em
Quais são os critérios usados para medir o IDH? O que a escolha do IDH e não do PIB muda na avaliação dos países? a) A charge emprega a sigla IDH. O que ela significa? b) ABC não é uma sigla. O que essa palavra significa? Como ela foi formada? c) Embora não seja uma sigla, o termo ABC foi empregado como tal. Com que intenção isso foi feito? d) Qual é o dado da realidade criticado nessa charge? Página 346Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 18Empréstimo lexicalAo longo do tempo, o português foi incorporando palavras de outras línguas. Algumas sofreram um processo de aportuguesamento, adaptando-se fonológica e graficamente. No título da notícia reproduzido a seguir, por exemplo, aparece o vocábulo blecaute, originado do inglês blackout. Com o mesmo sentido de apagão, o termo foi modificado para se adequar à língua portuguesa. Blecaute atinge 10 municípios de RR; apagão não atrapalha pleito, diz TRE Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2015. Curiosamente, blecaute (ou blackout) está na língua portuguesa há mais tempo que apagão, que foi formada no final do século XX. Muitas palavras estrangeiras foram incorporadas ao português porque nele faltavam termos para expressar certos significados, como ocorreu com xampu, do inglês shampoo, ou abajur, do francês abat-jour. Quando esses empréstimos lexicais ou linguísticos são incorporados à língua cotidiana sem alterações, são chamados de estrangeirismos: delivery, best-seller, shopping, coffee break, sale, briefing e bike, entre outros. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 19Processos de formação de palavrasLeia esta tira do personagem Blue. PAULO HENRIQUE NASCIMENTO KIELWAGEN 1 O que significa passatempo? O sentido da palavra está relacionado com a ideia expressa em o tempo passa? 2 Como é usado o advérbio agora no contexto de uso comum, diário? Página 3393 Com que sentido agora foi usado no texto? O que permitiu esse novo sentido? 4 A que as pessoas costumam se referir com a expressão bons tempos? 5 De que maneira a imagem do gato Blue dialoga com a fala dele? Como você viu, o gato Blue está “filosofando” sobre a vida e expressando sua intenção de aproveitar bem o presente para que, no futuro, possa se lembrar dele como “bons tempos”. A palavra tempo, que se repete na fala do personagem, tem um único radical (temp-) seguido pela vogal temática -o. Trata-se de uma palavra simples. Já passatempo é composta, porque formada pela junção de dois radicais, o que dá a ela um novo sentido. A composição é um dos processos de formação de palavras da língua. Veja também o caso de agora. Esse termo não sofreu qualquer modificação em sua forma, mas, graças ao contexto linguístico em que está inserido, passou a ter um sentido diferente do habitual. Ele também resultou de um processo de formação de palavras. O léxico do português – isto é, o conjunto de suas palavras – é constituído principalmente por vocábulos herdados do latim, mas também é composto de palavras de outras origens e daquelas formadas dentro da própria língua portuguesa ao longo do tempo. A formação de palavras é um processo ininterrupto. Nesta seção, você conhecerá os processos de formação de palavras. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 20Vogal temáticaA vogal temática é um morfema que se une ao radical para que este forme uma palavra ou receba desinências. vogal temática nominal: -a, -e, -o planeta forma a palavra; não indica gênero contentesprepara o radical para receber a desinência de número vogal temática verbal: -a, -e, -i escrevêssemosprepara o radical para receber as desinências verbais; indica a conjugação do verbo EDUARDO FRANCISCO Vogal e consoante de ligação A vogal e a consoante de ligação ocorrem no interior da palavra, normalmente entre o tema (radical + vogal temática) e o sufixo ou entre dois radicais (em caso de palavras compostas), e auxiliam em sua formação por facilitar a pronúncia. cafezal tema: cafe consoante de ligação: z sufixo: al alviverde radical: alv vogal de ligação: i radical: verd vogal temática: ePágina 336 Refletindo sobre a língua 1 Leia esta tirinha produzida pelo quadrinista Digo Freitas. Ela faz referência a Jah, nome dado a Deus em um dos movimentos religiosos do povo jamaicano, e ao reggae, gênero musical originado na Jamaica. DIGO FREITAS a) Como foi possível ao personagem Le Fan deduzir que Mamu havia “virado” jamaicano? b) Na palavra jamaicano, qual é o sufixo e qual a função dele? c) Segundo a tira, a familiaridade de Mamu com a Jamaica envolve a adoção de determinado modo de vida. Explique-o. d) Le Fan emprega o termo regueiro para caracterizar Mamu como um adepto da música jamaicana. Leia alguns dos sentidos e exemplos de uso do sufixo -eiro e copie aquele que descreve corretamente a formação dessa palavra. I. Designa pessoas que exercem determinadas profissões ou se relacionam com certa atividade: goleiro, padeiro. II. Indica indivíduos que apresentam um traço de comportamento típico representativo de sua personalidade: fofoqueiro, rueiro. III. Determina relação de origem: brasileiro, mineiro. IV. Forma nomes que indicam noções de acúmulo: nevoeiro. V. Designa local de criação de animais: formigueiro, cupinzeiro. VI. Indica recipiente onde se guardam certas coisas: saleiro, açucareiro. e) Cite mais duas palavras que apresentem sufixos com o mesmo valor. f) No primeiro quadrinho, Le Fan duvida da adoção de um novo modo de vida por Mamu. A continuidade da história confirma ou contesta seu ponto de vista? Por quê? Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 21Tipos de morfemaObserve a formação das palavras que compõem o título da coletânea de narrativas ao lado, do escritor paulista Marçal Aquino. REPRODUÇÃO Capa do livro Famílias terrivelmente felizes, de Marçal Aquino. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 1 De que maneira o título da obra surpreende o leitor? 2 O modo como as palavras do título estão dispostas na capa não é aleatório. Como isso se evidencia? 3 Como você interpretou a expressão que forma o título? Página 334 Sintaticamente, a palavra central do título “Famílias terrivelmente felizes” é o substantivo famílias, que aparece caracterizado pelo adjetivo felizes. Entretanto, do ponto de vista do sentido, terrivelmente é o termo mais importante, porque responsável por criar uma relação de sentido surpreendente, inusitada. Esse advérbio foi formado com o acréscimo da terminação -mente ao adjetivo terrível e expressa ideia de modo. É um exemplo de morfema gramatical, já que não porta um sentido fora da língua; ele se presta a estabelecer uma relação entre a palavra criada e aquela que a originou. Também é um morfema gramatical o elemento -s que aparece no final de famílias e felizes, marcando a flexão desses nomes no plural. Já o substantivo família e os adjetivos terrível e feliz são morfemas lexicais, porque aludem a elementos extralinguísticos. Cabe a esse tipo de morfema expandir a língua, porque ele forma novas palavras por acréscimo de outros morfemas gramaticais – como familiar e infeliz – ou por associação com outros morfemas lexicais – salário-família, por exemplo. Veja agora as características de cada tipo de morfema. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 22Algumas regras de grafia de substantivos abstratosO sistema ortográfico da língua portuguesa vem sendo construído há vários séculos e associa critérios relativos à fonologia, à morfologia e à etimologia (origem das palavras) para definir a grafia dos vocábulos. Em virtude desses múltiplos critérios, o usuário pode se confundir quanto a algumas das regras ortográficas. Observe os títulos de reportagem a seguir e responda às questões. Retenção de líquidos: dicas para se prevenir Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. Página 329Dez teses sobre a ascensão da extrema direita europeia Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. Concessão florestal – um novo paradigma de uso das florestas Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. 1 Nas palavras sublinhadas, que letras foram empregadas para representar o fonema /s/? 2 É possível formular uma regra para diferenciar o uso dessas letras comparando as três palavras? Por quê? 3 As palavras sublinhadas são substantivos derivados de verbos. Quais são os verbos que originaram esses substantivos? 4 Na sua opinião, quais outras palavras dessas manchetes poderiam causar dúvidas a um usuário da língua portuguesa? Nos dois exercícios a seguir, você conhecerá algumas regras que podem auxiliá-lo na identificação da correta grafia de uma palavra. Resolva-os no caderno, consultando os quadros “Anota aí” e “Sabia?”. Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 232 As melhores coisas do mundo. Direção de Laís Bodanzky, Brasil, 2010.Inspirado na série de livros “Mano”, de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, o filme narra o período de um mês na vida do jovem Hermano e seus amigos, que estudam em um colégio de classe média da capital paulista e enfrentam os dilemas característicos da adolescência. Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. REPRODUÇÃO a) Por que o título pode ser considerado uma hipérbole? b) Considerando a sinopse do filme, a que o título poderia se referir? c) Você acha que a imagem escolhida para a capa sugere ao leitor a ideia de “as melhores coisas do mundo”? Por quê? 3 O vendedor de passados. Direção de Lula Buarque de Hollanda, Brasil, 2015. O que você faria se pudesse alterar erros ou lembranças dolorosas do passado? Esta é a profissão de Vicente (Lázaro Ramos): ele vende passados às pessoas, criando documentos, fotos e outros indícios necessários para reescrever a história. Esta trama é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa. Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. REPRODUÇÃO a) Que figura de linguagem está presente no título do filme? Justifique. b) Que diferença haveria se o título contivesse a palavra passado, no singular, em lugar de passados, no plural? Página 328Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 244 A crônica a seguir foi escrita pelo paulista Leonardo Sakamoto e divulgada no blog dele.Morreram mais três operários? Sem problema. É só repor Três trabalhadores morreram, neste sábado (30), nas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Um silo para armazenamento de cimento com capacidade para 1.200 toneladas caiu sobre Denivaldo Soares Aguiar, José da Conceição Ferreira da Silva e Pedro Henrique dos Santos Silva. Um inquérito foi instaurado para identificar as causas do acidente. O Consórcio Construtor Belo Monte afirmou que se “solidariza com a dor dos familiares e está prestando todo o apoio às famílias”. Aliás, deve haver um Modelo de Aviso de Óbito à Imprensa usado por toda a empresa de construção civil quando questionada sobre trabalhadores mortos sob sua responsabilidade. É incrível como as notas públicas são iguais. Ou são as empresas que são sempre as mesmas? Bem, daí você lê a informação, pensa “puxa, que coisa” e segue. Operários morrem em “acidentes” em obras de Norte a Sul do país. Mas é mais fácil se indignar com denúncias de (desavergonhada) corrupção envolvendo empresas de construção civil do que com as mortes de seus operários. Elas são vistas como efeitos colaterais. Afinal de contas, é um pequeno custo a pagar diante do progresso. Pois a ponte precisa ficar pronta. O estádio precisa ficar pronto. A fábrica precisa ficar pronta. A hidrelétrica precisa ficar pronta. Meu apartamento novo precisa ficar pronto. [...] SAKAMOTO, Leonardo. Publicado em: 30 maio 2015. Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2015. (Fragmento). Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 25Personificação ou prosopopeiaA atribuição de características humanas a objetos inanimados e a animais é chamada personificação ou prosopopeia. Na tirinha a seguir, a imagem da cama saudosa, que vai à procura do Recruta Zero para lhe garantir conforto durante uma operação militar, reforça seu caráter de soldado folgado e preguiçoso, responsável por grande parte do humor produzido por suas tiras. Note que, em sua fala, o recruta atribui um sentimento ao objeto. © 2015 KING FEATURES SYNDICATE/IPRESS Página 322 Veja também este outro exemplo, transcrito de um conto fantástico, em que a personificação de uma janela é empregada para criar uma atmosfera sobrenatural. [...] A janela, num grito estardalhaçante, escancarou-se e uma rajada rompeu por ela adentro latindo qual matilha enfurecida; pela casa toda houve um tatalar das portas, um ruído de reboco que cai das paredes altas e se esfarinha no chão. A chama do rolo apagou-se à lufada e o cuiabano ficou só, babatando na treva. [...]
ARINOS, Afonso. Uma noite sinistra. Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2015. (Fragmento). Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
Page 26Antítese e paradoxoRegistros de 47 °C Calor extremo na Índia chega ao antes frio Himalaia Publicado em: 1º jun. 2015. Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2015. Essa manchete, veiculada em um portal da internet, empregou a figura de linguagem antítese, que se caracteriza por associar ideias contrárias por meio de enunciados de sentidos opostos. Trata-se de um recurso muito comum, porque o contraste estabelecido ressalta ideias e informações, como ocorre nesse título, em que a notícia da frente de calor no Himalaia é enfatizada pelo fato de a região ser, normalmente, fria. O paradoxo é um recurso semelhante, mas, nele, os termos contrastados são inconciliáveis. Na manchete lida, o calor e o frio não são simultâneos; houve uma mudança climática que alterou o “antes frio Himalaia”. No paradoxo, os termos contraditórios referem-se à mesma ideia ou situação, como ocorre nesta tirinha em que o mesmo personagem afirma saber escrever, mas não ler. © 2015 KING FEATURES SYNDICATE/IPRESS Página 321Catálogo: editoras -> EPUB -> OBRAS%20PNLD%202018%20EM%20EPUB -> SE%20LIGA%20NA%20LÍNGUA%201%20AO%203º%20ANO%20-%20MODERNA Compartilhe com seus amigos:
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