Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?

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O complexo de golgiense, também denominado de complexo de Golgi ou aparelho de Golgi, é uma organela celular que está relacionada com o processo de secreção de substâncias. Trata-se de uma estrutura formada por várias vesículas achatadas, as quais estão dispostas formando uma espécie de pilha de vesículas. Exploraremos a seguir algumas das principais características do complexo golgiense, bem como suas funções na célula eucarionte.

Leia também: O que é organela celular?

Características do complexo golgiense

O complexo golgiense, complexo de Golgi ou aparelho de Golgi, recebeu esse nome em homenagem ao primeiro pesquisador que descreveu essa estrutura, no século XIX, Camillo Golgi. É uma organela formada por uma série de vesículas achatadas, denominadas de cisternas, que possuem porções laterais mais dilatadas. Nessas cisternas, que estão dispostas na célula como uma pilha, há diferentes enzimas, as quais variam de acordo com a posição da cisterna no complexo.

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?
O complexo golgiense, ou complexo de Golgi, é formado por várias cisternas empilhadas.

O complexo golgiense é uma estrutura polarizada, apresentando duas faces: a face cis e a face trans:

  • A face cis, ou face de formação, é uma superfície convexa e o local responsável por receber as vesículas provenientes do retículo endoplasmático, sendo o local mais próximo do retículo. Nela, as vesículas provenientes do retículo endoplasmático fundem sua membrana e liberam seu conteúdo.

  • A face trans, ou face de maturação, por sua vez, é a face côncava e é a responsável por gerar vesículas que partem do complexo, indo para outras partes da célula. Vale destacar ainda que, entre as duas faces, há as chamadas cisternas medianas ou mediais.

O número de cisternas presentes em uma pilha e o número de pilhas encontrados em uma célula variam muito de uma célula para outra. Essa organela é bastante desenvolvida em células especializadas na secreção de substâncias, como é o caso das células caliciformes localizadas no intestino.

As pilhas do complexo golgiense apresentam cerca de 4 a 8 cisternas, porém, em alguns organismos, como flagelados unicelulares, o complexo pode apresentar até 60 cisternas.

Função do complexo golgiense

O complexo golgiense é uma organela relacionada com uma série de funções importantes para a célula. Dentre as funções exercidas pelo complexo golgiense, podemos citar:

  • Processamento de lipídios e proteínas;

  • Empacotamento e endereçamento de moléculas sintetizadas na célula;

  • Fabricação de macromoléculas, como polissacarídios não celulósicos que são produzidos nessa organela em células vegetais e incorporados à parede celular;

  • O complexo golgiense é responsável por originar o acrossoma, uma vesícula encontrada na cabeça dos espermatozoides que contém enzimas necessárias para a penetração desse gameta no ovócito secundário. O acrossoma é essencial para a realização da fecundação.

O complexo golgiense é, de maneira resumida, uma organela relacionada com a produção, processamento, empacotamento e endereçamento de uma série de substâncias no interior da célula.


Leia também: Secreção celular e complexo golgiense

Como as substâncias movem-se através do complexo golgiense?

Anteriormente, o complexo golgiense era visto como uma estrutura estática. De acordo com essa visão, as vesículas moviam-se do retículo endoplasmático para o complexo golgiense, onde se fundiam com a face cis e liberavam seu conteúdo. Os produtos liberados no complexo sofriam modificações e passavam de uma cisterna para a outra por meio de vesículas. Na face trans, os produtos eram liberados em vesículas, que saíam em direção à superfície celular (exocitose) ou outros compartimentos celulares.

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?
Observe as cisternas que formam o complexo golgiense e a face cis e trans dessa organela.

Atualmente, considera-se que o complexo golgiense é mais complexo e mais dinâmico do que se acreditava e que as substâncias não se movem apenas da forma descrita anteriormente. De acordo com o modelo atual, conhecido como modelo de maturação de cisterna, as cisternas também sofrem uma espécie de maturação.

As vesículas movem-se do retículo endoplasmático para o complexo golgiense e fundem-se nas cisternas cis. A cisterna então se move da direção cis para a trans, modificando, durante esse processo, o produto encontrado em seu interior. Formam-se então vesículas, que saem do complexo golgiense carregando os produtos para outros locais de secreção. No modelo de maturação de cisterna, considera-se ainda que algumas vesículas podem ser liberadas e voltar para regiões menos maduras. Essas vesículas são responsáveis pela reciclagem de enzimas.
 

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos

O complexo golgiense é uma importante organela das células eucariontes e apresenta-se em maior quantidade naquelas especializadas no processo de secreção. É nessa organela que muitas substâncias produzidas no retículo endoplasmático, como proteínas, são modificadas, armazenadas e endereçadas.

→ Estrutura do complexo golgiense

O complexo golgiense consiste em uma pilha de cisternas (sacos membranosos achatados), que não se comunicam fisicamente entre si e que apresentam suas porções laterais dilatadas. Essa organela apresenta duas faces: um convexa e uma côncava.

A face convexa é chamada de cis, e a côncava é chamada de trans. A face cis é a região onde se fundem as vesículas originadas no retículo endoplasmático, e a face trans é o local onde surgem as vesículas que saem do complexo golgiense e que garantem a secreção das substâncias.

→ Secreção celular

O complexo golgiense é responsável pela secreção de substâncias produzidas no retículo endoplasmático e também por secretar as macromoléculas produzidas por ele próprio, como a pectina. As substâncias produzidas pelo retículo são levadas por meio de vesículas, que se fundem ao complexo golgiense na face cis da organela. Então, elas são transportadas pelo complexo até a face trans, onde serão liberadas.

Durante esse transporte da face cis até a trans, é comum que haja modificações nessas substâncias. Isso se deve ao fato de que nas cisternas do complexo golgiense são encontradas várias enzimas que participam de diferentes processos, como a glicosilação (adição de um carboidrato a uma molécula) e a hidrólise parcial de proteínas.

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?

Observe os caminhos percorridos por uma substância até a sua secreção

Na face trans, brotam vesículas que levarão a substância ao local adequado. Para que isso ocorra, o complexo golgiense marca cada vesícula para que elas cheguem ao seu destino, o qual pode ser outras organelas, como os lisossomos e a membrana plasmática. No local onde a vesícula libera seu conteúdo, há “sítios de ancoramento” que permitem a identificação da vesícula correta. Assim, podemos dizer que, antes de liberar uma vesícula para a sua secreção, o complexo golgiense consegue identificar o local de atuação de cada uma, fazendo o endereçamento correto delas.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Complexo golgiense, também chamado de complexo de Golgi e aparelho de Golgi, é uma organela encontrada nas células eucarióticas, caracterizada por ser um conjunto de vesículas achatadas dispostas em uma pilha. Essa organela está relacionada a vários processos, como a secreção celular. Veja a seguir mais sobre essa importante estrutura.

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?
O complexo golgiense é uma estrutura formada por uma série de vesículas empilhadas que apresenta duas faces: a cis e a trans.

Leia mais: Organelas celulares: estruturas situadas no interior do citoplasma da célula que realizam atividades vitais

Características do complexo golgiense

O citoplasma da célula apresenta várias organelas, cada uma com uma função definida. Elas são fundamentais para a sobrevivência da célula e, consequentemente, do organismo. Entre essas organelas está o complexo golgiense, que foi descrito, em 1898, por Camilo Golgi.

O complexo golgiense é um conjunto de vesículas achatadas (cisternas) que possuem porções laterais dilatadas e estão dispostas uma em cima da outra, formando uma espécie de pilha. Cada vesícula achada, que é uma espécie de saco membranoso, garante que o material dentro dela não se misture com o material presente no citoplasma da célula.

A pilha de cisternas, diferentemente do retículo endoplasmático, não se apresenta conectada fisicamente e encontra-se, normalmente, em uma região próxima ao núcleo de células animais. A quantidade de vesículas de um complexo golgiense varia de uma célula para outra, entretanto, geralmente há de quatro a seis cisternas, apesar de alguns organismos apresentarem até 60.

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?
Observe as faces do complexo golgiense.

O complexo golgiense é uma estrutura polarizada, sendo possível observar que as pilhas apresentam duas faces distintas, uma face denominada cis e uma face denominada trans. A face cis está voltada para a região próxima ao retículo endoplasmático, enquanto a face trans é observada do lado oposto. O conjunto de vesículas achadas dispostas entre as duas faces é chamado de cisternas medianas.

A face cis, também denominada de região formadora, é o local onde vesículas provenientes do retículo endoplasmático são incorporadas e caracteriza-se por suas membranas bastante semelhantes às do retículo endoplasmático. Isso se deve ao fato de que a vesícula proveniente do retículo endoplasmático adiciona sua membrana e também seu conteúdo ao interior do complexo golgiense por meio da fusão das membranas. A face cis é a porta de entrada no complexo.

A face trans, também chamada de região de maturação, é o local onde são liberadas as vesículas de secreção e caracteriza-se por possuir membranas bastante parecidas com a membrana plasmática. Essa porção pode ser considerada a porta de saída e é o local mais distante do retículo.

Leia também: Retículo endoplasmático: organela relacionada com diversas funções da célula

Funções do complexo golgiense

O complexo golgiense é uma organela que apresenta diversas funções, sendo alguma delas: adição de açúcares às proteínas e aos lipídios sintetizados no retículo endoplasmático (glicosilação); adição de sulfato às proteínas e aos lipídios (sulfatação); fabricação de certas macromoléculas; formação da parede celular e do acrossomo (estrutura localizada na região da cabeça do espermatozoide); e transporte, via vesículas, de moléculas que saem do retículo endoplasmático. Geralmente o transporte dessas moléculas obedece a três destinos: membrana plasmática, vesículas de secreção e lisossomos, os quais serão responsáveis pela formação dessa organela.

Células especializadas em secreção de substâncias apresentam o complexo golgiense especialmente desenvolvido.


O processo no qual o complexo golgiense transporta e elimina substâncias é conhecido como secreção celular. Até recentemente considerava-se que o complexo golgiense era uma estrutura estática e que a secreção das proteínas, por exemplo, iniciava-se com a liberação de vesículas do retículo endoplasmático, as quais, por sua vez, migravam em direção ao complexo golgiense. Ao atingirem a organela, as vesículas fundiam-se e despejavam seu conteúdo no interior do complexo. A cisterna que recebia a proteína formava uma nova vesícula e liberava o conteúdo na cisterna seguinte, e assim sucessivamente. Ao atingir a última cisterna, formava-se a vesícula que migraria até um dos destinos já discutidos (membrana plasmática, vesículas de secreção e lisossomos).

Como o complexo de golgi faz a destinação das macromoléculas para o seu destino final?
O processo no qual o complexo golgiense transporta e elimina substâncias é conhecido como secreção celular.

Vale destacar que, apesar de a secreção celular poder ocorrer da maneira descrita e ser uma explicação aceita por muito tempo, recentemente foi proposto o modelo da maturação de cisterna. De acordo com esse modelo, a cisterna move-se da face cis para a face trans e, à medida que ocorre essa migração, há a modificação do conteúdo presente em seu interior. Nesse modelo aconteceria, portanto, a maturação da cisterna à medida que ela migra.

Apesar de muitas características do complexo golgiense já serem conhecidas, essa organela ainda apresenta muitos mistérios. Diante disso, é fundamental o aprofundamento cada vez maior do estudo da biologia celular.

Veja também: A descoberta da célula