O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos

O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos

e esse seria um “consumidor”. Sujeito F Para o aluno, cadeia alimentar “é quando um animal mais forte come o mais fraco para sobreviver”. Se um animal fosse retirado da cadeia, “todos os animais morreriam de fome”. Porém, quando é solicitado que especifique qual animal poderia ser retirado da cadeia, a aluna responde que a presa e o predador desse animal viveriam mais. Se um animal exótico fosse adicionado na cadeia “ele entraria na cadeia” e a presa “ficaria extinta porque iriam perseguir mais ela”. O aluno relata que a função da planta na cadeia alimentar é “servir de alimento aos animais menores”. Se a planta fosse extinta do ambiente, “todos ficariam extintos”. O aluno acredita que a planta se alimenta “do seu próprio alimento; micróbios e bactéria, e ela sobrevive porque está no seu habitat natural”. A função do predador na cadeia é comer os animais menores e se fosse extinto da cadeia, “as presas viveriam mais”. O homem poderia estar incluído na cadeia se alimentando do predador de porte grande. Sujeito G Cadeia alimentar é “quando o maior come o menor”, relata o aluno. Se uma presa desaparecesse da cadeia, Ele acredita que “todos que dependem dela morreriam de fome”. Caso um animal exótico e de grande porte fosse adicionado na cadeia, comeria todos os outros seres vivos. 44 Para o aluno, a função das plantas na cadeia alimentar “é ser alimento de todos”. Se essa planta fosse retirada do ambiente, os outros seres vivos “não existiriam” e as plantas se alimentam “do sol e da gosma dos caramujos”. O aluno tem a ideia de que a função do predador é se alimentar de sua presa e se viesse a desaparecer do ambiente, “teria mais espaço na cadeia alimentar e as presas iriam ficar vivas”. Se o homem fosse adicionado à cadeia, sua função seria “comer a capivara e pescar”. Sujeito H “Cada animal tem que comer algum animal para sobreviver” é o que pensa o aluno H em relação à cadeia alimentar. Se a presa da cadeia alimentar fosse extinta, “os outros seres vivos iriam se reproduzir até ficar uma grande população”. A consequência da introdução de um peixe exótico, na opinião do aluno, “apenas iria ter mais um na cadeia alimentar, então, ele teria que se alimentar de alguns desses seres vivos”. O aluno relata que a função das plantas na cadeia alimentar representada no questionário é “alimentar a capivara”. Se fossem excluídas do sistema, “bagunçaria a cadeia, pois a capivara e a onça não teriam com o que se alimentar porque as capivaras iriam morrer de fome”. As plantas “se alimentam do ambiente”, segundo o aluno, e “sobrevivem do oxigênio”. Para este aluno, a função do predador na cadeia é “comer as capivaras e os peixes”. Depois, ele responde que se esse predador fosse extinto, “os peixes iriam ser mais numerosos” e “teria mais capivaras e as plantas seriam mais comidas”. Se o homem estivesse presente na cadeia, na opinião do aluno, sua função seria “comer os carnívoros”. Sujeito I “Eu entendo que os animais precisam se alimentar. Não todos, mas alguns, por exemplo, os leões e os leopardos, precisam se alimentar se não eles morrem”. Essa é a ideia de cadeia alimentar do aluno I. Ele acredita que se um animal de pequeno porte fosse extinto da cadeia, “o peixe maior teria que se alimentar da planta do fundo do mar ou lagoa”, ou seja, o predador de animal extinto iria procurar outros meios de alimentação. Se um animal 45 exótico fosse adicionado ao ambiente, “a cadeia alimentar seria diferente”, ou seja, ocorreria uma mudança na interação entre os indivíduos. Caso as plantas fossem extintas da cadeia, “os peixes e os caramujos iriam morrer”, pois não teriam alimento disponível. O aluno parece ter a concepção de que a função das plantas é originar alimentos para os seres vivos e se alimenta de bactérias e micróbios, o aluno cita que “as plantas limpam os peixes”. O aluno tem a ideia que o predador da cadeia tem a função de comer sua presa, e se fosse extinto, suas presas iriam viver mais. Na opinião do aluno, o homem estaria na cadeia representando um predador. Sujeito J Cadeia alimentar é quando “um animal se alimenta do outro”, segundo o aluno J. Ele afirma que se um animal pequeno for extinto, “não seria mais uma cadeia alimentar”. Se um peixe exótico fosse adicionado à cadeia, “ele também iria fazer parte desta cadeia alimentar”, ou seja, nada aconteceria aos outros animais e a ele também. Em relação às plantas, o aluno respondeu, “os animais da água se alimentam com plantas do mar, sem elas não haveria comida para os animais aquáticos e não haveria cadeia alimentar sem peixe porque as aves se alimentam deles”. O aluno acredita que a função das plantas é “alimentar um animal herbívoro”. As plantas se alimentam de “terra, areia, água, minhoca”. A função do predador de maior porte é “comer peixes e se ela fosse extinta, haveria peixe demais para o mar”, segundo ele. Já a função do homem na cadeia seria a de alimentar-se dos peixes, ou seja, sua função seria pescar. Sujeito K Segundo o aluno, cadeia alimentar “são animais que comem uns aos outros”. Se o lambari fosse extinto da cadeia, esse “não seria comido pelos peixes maiores”. Se um animal exótico fosse adicionado ao ambiente, “ele morreria, porque ele não é adaptado para este tipo de ambiente, não iria saber se defender”. Porém, se esse animal fosse de grande porte, como por exemplo, um leão, de acordo com o aluno, comeria todos na cadeia. 46 As plantas apresentam um papel importante na alimentação dos caramujos. Segundo o aluno, se fossem extintas, os caramujos não teriam alimento disponível. Ele acredita que as plantas se alimentam do sol. O aluno tem a ideia de que o predador de maior porte tem a função de comer os animais menores, ou seja, uma ideia de que o maior come o menor. Se fosse extinto, “os animais menores morreriam ou seriam comidos por outros animais”, ou seja, a presa do animal extinto depende de seu predador para sobreviver. O homem estaria representado na cadeia como um predador, comendo o animal de grande porte. Sujeito L Para o aluno L, “Cadeia Alimentar é quando os seres vivos que sobrevivem um do outro, como a pesca e a agricultura”. Se um animal de pequeno porte fosse extinto da cadeia, “não teria alimentos para os seres vivos e acabaria a cadeia alimentar”. Se um peixe exótico fosse adicionado à cadeia, “morreria”. Porém, se este animal fosse de grande porte, ele “comeria a nossa cadeia alimentar”. Para o aluno, a cadeia alimentar começa nas plantas. Se desaparecessem da cadeia, “não teria alimento”. A função das plantas é alimentar os animais menores, a alimentação da mesma é “adubo, fungos e água”. O aluno afirma que o predador de porte grande tem como função “comer peixes para se reproduzir para crescerem”. O homem na cadeia alimentar se alimenta de todos os outros. Sujeito M Cadeia alimentar, na concepção do aluno, é quando “os bichos comem os outros, nós comemos verduras, peixes e carnes”. Ele ainda complementa que “o peixe come algas e o pescador pesca o peixe para comer”. Se um animal de pequeno porte fosse extinto, o aluno acredita que a cadeia alimentar “quebraria”. No caso de um animal exótico ser adicionado à cadeia “formaria uma nova cadeia alimentar”. Se o predador de maior porte fosse extinto, “quebraria a cadeia alimentar porque ele tem que estar na cadeia” e a função dele é comer os animais menores. O aluno acredita que se as plantas representadas na cadeia fossem extintas, outras plantas surgiriam e os animais se alimentariam dessas novas plantas que 47 surgiram na cadeia, pois têm a função

O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos
O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos
O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos

Os peixes são encontrados nos mais variados ambientes aquáticos e caracterizam-se por ser o grupo mais numeroso e diversificado nos vertebrados. Nesse grupo de animais, temos representantes com corpo tipicamente fusiforme; respiração, geralmente, do tipo branquial; presença de nadadeiras; e ectotermia. Esse grupo inclui peixes cartilaginosos, que possuem esqueleto formado por cartilagem, e peixes ósseos, que possuem o esqueleto ósseo.

Vale salientar que muitas modificações ocorreram na classificação dos animais após adoção da metodologia cladística e aprimoramento das técnicas de análise de DNA. Estudos recentes demonstram, por exemplo, o monofiletismo dos Agnatha e dos Chondrichthyes, porém não a dos Osteichthyes, que se trata de um grupo parafilético.

O significado taxonômico de Osteichthyes nos dias atuais é bem diferente do que havia no passado, quando se referia aos peixes ósseos e excluía o grupo dos tetrápodes. Hoje os sistematas incluem os tetrápodes no clado Osteichthyes. No nosso texto, no entanto, optamos por utilizar os termos no seu sentido clássico, pois essa forma é a abordada nos livros didáticos e a cobrada nos processos seletivos.

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O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos
Os peixes são animais de hábitos aquáticos que apresentam nadadeiras e respiração, na maioria dos casos, branquial.

Características gerais dos peixes

Os peixes são animais vertebrados que vivem exclusivamente no ambiente aquático. Possuem diferentes tamanhos, formatos e cores, sendo animais de grande importância econômica, uma vez que são usados na nossa alimentação, em práticas como pesca esportiva e também na criação em aquários, por exemplo.

Os peixes possuem um sistema digestório completo, com intestino terminando em cloaca nos peixes cartilaginosos e em ânus nos peixes ósseos. O sistema excretor desses animais é formado por um par de rins. Nos peixes cartilaginosos, é excretado principalmente ureia, e, nos peixes ósseos, observa-se a eliminação de amônia.

O sistema circulatório é fechado, e observa-se a presença de um coração com duas cavidades: um átrio e um ventrículo. Nesse importante órgão bombeador de sangue, circula apenas sangue rico em gás carbônico (venoso). A circulação nos peixes é simples, uma vez que o sangue passa pelo coração apenas uma vez, em cada circuito completo, pelo corpo do animal. O sangue entra no coração pelo átrio, segue para o ventrículo e é bombeado em direção às brânquias, nas quais é oxigenado. Esse sangue é então levado para o corpo do animal.

O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos
Os peixes são animais que apresentam grande variedade de formas, tamanhos e cores.

Não podemos deixar de citar os peixes pulmonados (Dipnoi). Atualmente esse grupo apresenta apenas seis espécies, as quais são encontradas apenas em água doce da América do Sul, África e Austrália. A espécie de peixe pulmonado existente no Brasil é conhecida como piramboia. Ela é capaz de construir galerias, que utilizam como abrigo para proteger-se da seca e dos predadores.

Os peixes têm poderosos e eficientes órgãos sensoriais, como a linha lateral. Essas estruturas, localizadas lateralmente no peixe, permitem que o animal consiga captar movimentos na água e, consequentemente, evitar predadores. Além das linhas laterais, os peixes contam com lobos olfativos desenvolvidos, que permitem a percepção de cheiros, e com as ampolas de Lorenzini, que permitem a captação de correntes elétricas produzidas por outros animais. Essas ampolas são encontradas apenas em peixes cartilaginosos.

Os peixes, de maneira geral, são animais ectotérmicos, ou seja, são incapazes de manter a temperatura do seu corpo constante utilizando mecanismos fisiológicos. Algumas espécies, no entanto, são capazes de manter partes do seu corpo mais aquecidas do que outras (heterotermia regional), conseguindo elevar a temperatura por meio da produção endotérmica de calor. Atuns e alguns tubarões apresentam essa capacidade.

A reprodução dos peixes varia de grupo para grupo. Nos cartilaginosos, ocorre fecundação interna; já na maioria dos peixes ósseos, ocorre fecundação externa. Nos peixes ósseos, pode-se observar, em algumas espécies, o desenvolvimento indireto, com a formação de larvas, e o desenvolvimento de uma fase denominada alevino.

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Adaptações dos peixes ao ambiente aquático

Para viver no meio aquático, os peixes apresentam grande quantidade de adaptações, destacando-se a presença de brânquias.

Esses órgãos em formato de lâmina e ricamente vascularizados permitem a troca gasosa entre a água do meio e o sangue do animal, o que constitui a respiração branquial. A água inicialmente entra pela boca, passa pelas fendas na faringe, segue para as brânquias, e então sai do corpo do animal. Movimentos coordenados do opérculo e das mandíbulas permitem que a água chegue às brânquias. O movimento do nado pode também ser usado para garantir a ventilação das brânquias.

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A movimentação conjunta do opérculo e da boca ajuda a garantir que a água atinja as brânquias.

Além da presença de brânquias, os peixes possuem um corpo com formato hidrodinâmico, que auxilia a movimentação na água. Normalmente os peixes apresentam o corpo fusiforme, ou seja, alongado e com as extremidades afiladas, o que possibilita melhor natação. Peixes com formato fusiforme podem conseguir alta velocidade de natação.

Além do formato característico, os peixes possuem grande quantidade de muco em sua pele, o que ajuda a diminuir o atrito com a água. O muco, assim como as escamas, também possui papel importante na proteção do peixe contra patógenos.

Destaca-se também a presença de nadadeiras, que variam em forma, tamanho e posição em cada espécie de peixe. Essas estruturas possuem como principais funções: manter o equilíbrio do peixe, ajudar na mudança de direção e profundidade, e atuar como propulsoras, como é o caso da nadadeira caudal.

Além de apresentarem adaptações para facilitar a natação, os peixes possuem estratégias para evitar o afundamento, uma vez que possuem densidade maior do que a da água. A flutuação é garantida em peixes cartilaginosos pela presença de um fígado desenvolvido e com grande quantidade de gordura. Já em peixes ósseos, existe uma bexiga natatória, um órgão hidrostático que permite que o peixe nade para o fundo e para a superfície.

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Peixes ósseos e cartilaginosos

O que ocorreria com a população de peixes maiores se desaparecessem os peixes pequenos
Na figura é possível notar algumas características dos peixes cartilaginosos: boca ventral e ausência de opérculo.

Os peixes podem ser divididos tradicionalmente em dois grandes grupos: os peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) e os peixes ósseos (Osteichthyes). Os peixes cartilaginosos recebem essa denominação por não apresentarem ossos formando seu esqueleto, o qual é constituído predominantemente de cartilagem. Tubarões, arraias e quimeras são representantes desse grupo de peixes, sendo a maior parte das espécies marinhas.

Outra característica desse grupo é a presença de placas semelhantes a dentes que revestem o corpo desses animais, as chamadas escamas placoides. Nos tubarões e arraias, as escamas placoides revestem grande parte dos seus corpos, nas quimeras, no entanto, elas estão presentes em porções específicas.

Os peixes cartilaginosos possuem, ainda, uma característica bastante marcante, que é a presença do clásper, uma modificação de parte dos raios das nadadeiras pélvicas dos machos, que atuam na reprodução. Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é exclusivamente interna. Outras características existentes nesse grupo de peixes e que permitem sua diferenciação dos peixes ósseos são: boca ventral, presença de cloaca, excreção da ureia e ausência de bexiga natatória.

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Os peixes ósseos apresentam opérculo, e a boca localiza-se anteriormente ao corpo.

Os peixes ósseos, assim como o nome sugere, apresentam um esqueleto ósseo. Nesses animais, a brânquias estão cobertas pelo opérculo, uma espécie de aba óssea que protege essas estruturas. Nos peixes ósseos, observa-se a presença da bexiga natatória. Outras características que podem ser citadas são: boca na extremidade anterior, intestino terminado em ânus e excreção da amônia.

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia