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22 de Novembro / 2017 Por Cadu Müller.Segundo uma lista divulgada na última terça-feira (21), pela revista Forbes, Kendall Jenner é a modelo mais bem paga do mundo em 2017, superando a rainha Gisele Bündchen, que ocupava essa posição há 15 anos. A Forbes informou que Kendall faturou no último ano um total de US$ 22 milhões, enquanto Gisele aparece na segunda posição com US$ 17,5 milhões. A irmã de Kim teve forte ajuda de seus 85 milhões de seguidores no Instagram para alcançar o primeiro lugar nesse ranking, além dos contratos com as marcas Estée Lauder, La Perla e Adidas e o reality da família “Keeping Up with the Kardashians”. A lista das modelos mais bem pagas ainda conta com Adriana Lima e as irmãs Gigi e Bella Hadid. Confira: 1. Kendall Jenner (US$ 22 milhões). Ilustração: Gracelynn Wan para Forbes Alex Morgan, jogadora de futebol dos EUA, a tenista Naomi Osaka e a esquiadora Eileen Gu fazem parte da lista de atletas mais bem pagas da Forbes Quando Serena Williams anunciou em agosto que estava pronta para pendurar a raquete depois de 27 anos no tênis profissional, ela havia construído uma fortuna estimada em US$ 260 milhões (R$ 1,3 bilhão, na cotação atual). Isso fez dela uma das duas únicas atletas, junto com sua antiga rival Maria Sharapova, a estar na lista das mulheres mais ricas dos EUA e que construíram seu patrimônio sozinhas. Williams se destaca de várias maneiras, não apenas com seu recorde de 23 títulos do Grand Slam, mas com seu prêmio em dinheiro de US$ 94,8 milhões (R$ 493 milhões) – mais do que o dobro do próximo melhor valor da WTA Tour, a Associação de Tênis Feminino, e mais do que quatro vezes o da LPGA Tour, a associação feminina de golfe. Com ganhos totais na carreira de US$ 450 milhões (R$ 2,3 bilhões), incluindo patrocínios e outros empreendimentos, ela está anos-luz à frente de qualquer outra atleta. >> Veja quem são os 50 atletas mais bem pagos do mundo A boa notícia, no entanto, é que, depois de abrir caminho para outras atletas começarem a ganhar mais dinheiro, ela pode não ser a única nesse lugar por muito tempo. A também estrela do tênis Naomi Osaka se juntou a ela como uma das duas mulheres na lista dos 50 atletas mais bem pagos do mundo, e até ultrapassou Williams em ganhos anuais a partir de 2020. Ao todo, as 25 atletas mais bem pagas do mundo arrecadaram cerca de US$ 285 milhões (R$ 1,4 bilhão) em 2022 sem descontar impostos e taxas de agentes, com as dez maiores respondendo por US$ 194 milhões (R$ 1 bilhão) desse total – um aumento de 17% em relação ao recorde de US$ 167 milhões (R$ 868 milhões) das dez primeiras em 2021. Com US$ 51,1 milhões (R$ 265,8 milhões), Osaka é a número 1 pelo terceiro ano consecutivo, seguida por Williams com US$ 41,3 milhões (R$ 214,8 milhões). Negócios por trás dos esportes femininos“Acho que todo mundo está vendo um tremendo impulso nos esportes femininos e patrocínios esportivos femininos”, diz Cameron Wagner, diretora de clientes da consultoria de esportes Elevate Sports Ventures. “Fizemos um grande progresso. Ainda temos muito progresso a ser feito, mas as marcas estão começando a ver valor nos esportes femininos como um impulsionador de seus negócios”. Thayer Lavielle, vice-presidente executiva da The Collective, uma divisão focada em mulheres da poderosa agência de esportes Wasserman, diz que o ritmo da mudança começou a acelerar em 2019, que, entre outras coisas, foi o ano em que a seleção feminina de futebol dos EUA apresentou seu processo de discriminação. O início da pandemia de Covid-19 em 2020 acabou com a receita de ingressos e prejudicou o orçamento de alguns patrocinadores, mas Lavielle observa que a experiência pode ter trazido benefícios de longo prazo para as ligas esportivas femininas, que em muitos casos foram as primeiras a voltar a jogar, e que viu a audiência aumentar à medida que os fãs estavam presos em casa. Este ano não faltaram pontos altos. O sucesso do Campeonato Europeu de Futebol Feminino da UEFA (União das Federações Europeias de Futebol) se estendeu às ligas de clubes, com a presença na Superliga Feminina da Inglaterra 200% acima da última temporada e o Campeonato Alemão de Futebol Feminino superando o público da última temporada em apenas sete semanas. A FIFA anunciou na semana passada que estava lançando uma Copa do Mundo de Clubes Femininos, pouco depois de divulgar um relatório que constatou que 77% das ligas de futebol feminino tinham um patrocinador titular em 2022, acima dos 66% em 2021. A WNBA, liga profissional de basquete feminino dos EUA, por sua vez, teve sua melhor audiência da temporada regular em 14 anos, um aumento de 16% em relação a 2021, e agora quer adicionar uma nova equipe. A final da liga de futebol feminino dos EUA atraiu uma audiência de 915 mil telespectadores na rede de televisão americana CBS, um aumento de 71% em relação ao ano passado, e o jogo do campeonato de basquete feminino da NCAA, nível mais alto do futebol universitário nos EUA, teve uma média de 4,85 milhões de espectadores no total, número maior que o de qualquer jogo de basquete universitário na ESPN – masculino ou feminino – desde 2008. Homens ainda ganham muito maisAinda há trabalho a fazer. Um relatório recente do National Research Group mediu o valor de todos os direitos de transmissão de esportes femininos nos Estados Unidos em US$ 47,7 milhões (R$ 248 milhões). É um avanço importante em relação aos US$ 36,9 milhões (R$ 191 milhões) de 2021, mas é uma ninharia perto, digamos, dos US$ 2,66 bilhões (R$ 13,83 bilhões) que a NBA, principal liga de basquete, calcula em seus acordos de direitos com a ESPN e a Turner Sports – um número que deve pelo menos dobrar em novos acordos que começariam com a temporada 2025-26. Nesse cenário, não é surpreendente que os salários da liga feminina, WNBA, cheguem a cerca de US$ 230 mil (R$ 1,1 bilhão), enquanto o mínimo da NBA é superior a US$ 900 mil (R$ 4,6 bilhões). A diferença é menor em esportes individuais, como tênis e golfe, mas enquanto a liga feminina de golfe norte-americana está aumentando sua premiação para um recorde de US$ 101,4 milhões (R$ 527 milhões) em 2023 – acima dos US$ 93,5 milhões (R$ 486 milhões) – ainda será apenas um quarto dos US$ 428,6 milhões (R$ 2,2 bilhões) da masculina. Mesmo no tênis – que tradicionalmente tem a menor diferença salarial entre gêneros de qualquer grande esporte e representa 12 das 25 atletas femininas mais bem pagas deste ano e sete das dez primeiras – as mulheres costumam ganhar menos em torneios fora dos quatro Grand Slams. As oportunidades limitadas em campo significam que as atletas dependem muito mais de patrocínios e representações do que os homens. Mas “temos dados e provas suficientes de que esses acordos de direitos de mídia devem ser muito, muito maiores na próxima rodada para muitas dessas ligas”, diz Wagner, da Elevate. E algumas das principais ligas femininas em breve poderão colocar essa teoria à prova, começando pela liga americana de futebol feminino, cujos acordos com a Fox e a ESPN expiraram no final desta temporada. A Premier Hockey Federation, uma liga feminina sediada nos Estados Unidos, mostrou recentemente o tipo de impacto imediato que um novo contrato de mídia pode ter no pagamento das jogadoras. Menos de quatro meses depois de anunciar uma extensão de transmissão com a ESPN, a liga dobrou seu teto salarial, para US$ 1,5 milhão (R$ 7,8 milhões). Assim, com motivos para otimismo em torno de todas as três principais fontes de receita do esporte – presença em campo, transmissão e patrocínios – e novos investidores aumentando os cofres das ligas e equipes, é esperado que o pagamento das atletas continue aumentando. “Eu digo isso aos patrocinadores e marcas o tempo todo”, diz Elizabeth Lindsey, que trabalha com Lavielle como presidente de marcas e propriedades da Wasserman. “Ignore isso por sua conta e risco, porque o futuro é definitivamente feminino, o público está exigindo isso e aqueles que se envolverem, e se envolverem cedo, colherão os benefícios de fazer o bem e fazer bons negócios ao mesmo tempo.” As atletas mais bem pagas de 2022#1. Naomi Osaka • US$ 51,1 milhões (R$ 265,8 milhões)ESPORTE: TÊNIS | NACIONALIDADE: JAPÃO | IDADE: 25 | EM CAMPO: US$ 1,1 milhões • FORA DE CAMPO: US$ 50 milhõesOsaka foi prejudicada por lesões durante grande parte do ano e perdeu um patrocínio significativo quando a FTX declarou falência em novembro, apenas oito meses após o anúncio do acordo. Mas seu portfólio de patrocinadores ainda está entre os melhores do esporte – apenas seis membros da lista de atletas mais bem pagos da Forbes em 2022 ganharam mais de US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) fora do campo. E Osaka também trabalha como empreendedora fora de campo. Ela cofundou uma linha de cuidados com a pele, uma produtora e uma agência de talentos e, a partir deste mês, está investindo em um time de pickleball. #2. Serena Williams • US$ 41,3 milhões (R$ 214,8 milhões)ESPORTE: TÊNIS | NACIONALIDADE: EUA | IDADE: 41 | EM CAMPO: US$ 0,3 milhões • FORA DE CAMPO: US$ 41 milhõesDois meses depois de um artigo na Vogue escrito por Williams parecer indicar que ela estava se aposentando, a atleta esclareceu em uma conferência do site TechCrunch que “não estava aposentada” e que as chances de voltar ao tênis eram “ muito altas.” Mesmo que esse intervalo das quadras seja realmente temporário, ela aproveitou o tempo livre com uma série de palestras lucrativas. E tem muito para se manter ocupada, incluindo uma empresa de venture capital que tem investimentos em mais de 70 startups e uma nova companhia que ela fundou para vender produtos para alívio da dor de atletas. Ela também fez uma participação especial no novo filme “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”. #3. Eileen Gu • US$ 20,1 milhões (R$ 104,5 milhões)ESPORTE: ESQUI LIVRE | NACIONALIDADE: CHINA | IDADE: 19 | EM CAMPO: US$ 0,1 milhões • FORA DO CAMPO: US$ 20 milhões |