Qual a importância do Renascimento para a humanidade

As características do renascimento são o humanismo, racionalismo, individualismo, antropocentrismo, cientificismo, universalismo e a arte da Antiguidade Clássica.

Foi um movimento artístico e filosófico que despontou na Itália no século XV.

Representou uma das mais importantes mudanças de mentalidade na história da humanidade, pois foram renovadas diversas áreas do conhecimento como filosofia, política, economia, cultura, artes, ciência, dentre outras.

O movimento humanista surge como mote para a valorização do ser humano e da natureza humana, onde o antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi sua principal característica.

O humanismo foi uma corrente intelectual que se destacou na filosofia e nas artes e que desenvolveu o espírito crítico do ser humano.

2. Racionalismo

Ao defender a razão humana, essa corrente filosófica foi importante para desenvolver diversos aspectos do pensamento renascentista em detrimento da fé medieval.

Com ele, o empirismo ou a valorização da experiência, foram essenciais para a mudança de mentalidade no período do renascimento. Esta corrente afirmava que os fenômenos humanos e da natureza deveriam ser comprovados diante de experiências racionais.

Note que o racionalismo está intimamente relacionado com a expansão científica, de forma que busca uma explicação para os fatos, baseada na ciência. Em outras palavras, a razão é o único caminho para se chegar ao conhecimento.

Representou uma das importantes características do renascimento associados ao movimento humanista.

O homem é colocado em posição central e passa a ser regido, não somente pela igreja, mas também por suas emoções e escolhas. Assim, ele torna-se um ser crítico e responsável por suas ações no mundo.

4. Antropocentrismo

Em detrimento do pensamento teocêntrico medieval, onde Deus estava no centro do mundo, o antropocentrismo (homem como centro do mundo) surge para valorizar diversos aspectos do ser humano.

A razão torna-se o instrumento pelo qual o ser humano deve pautar suas ações. Ainda que a religião continue a ter muita importância, a inteligência humana foi exaltada diante das diversas descobertas científicas da época.

Desta maneira, reforçado pelo individualismo, o homem passa a ter uma posição centralizada e isso o impulsiona a ousar no aprendizado e em descobertas científicas ou de novas terras.

5. Cientificismo

Numa época de efervescência, o conceito do cientificismo foi de suma importância para mudar a mentalidade do homem e trazer à tona questões sobre o conhecimento do mundo.

Destacam-se como grandes pensadores e cientistas desse período:

  • Nicolau Copérnico: astrônomo e matemático
  • Galileu Galilei: astrônomo e físico
  • Johannes Kepler: astrônomo e matemático
  • Andreas Vesalius: médico, “pai da anatomia”
  • Francis Bacon: filósofo e cientista
  • René Descartes : filósofo e matemático
  • Leonardo da Vinci : artista, cientista, matemático, inventor
  • Isaac Newton: astrônomo e cientista

6. Universalismo

Foi desenvolvida sobretudo, na educação renascentista corroborada pelo desenvolvimento do conhecimento humano em diversas áreas do saber.

O homem renascentista busca ser um "polímata", ou seja, aquele que se especializa em diversas áreas. O maior exemplo de figura polímata do renascimento foi sem dúvida, Leonardo da Vinci.

Vale ressaltar que no período renascentista, houve uma expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como a inclusão de disciplinas relacionadas às humanidades (línguas, literatura, filosofia, dentre outras.)

A retomada dos valores clássicos foi essencial para o estudo dos humanistas. Um dos fatos que facilitou muito o estudo dos clássicos foi a invenção da imprensa, uma vez que a rápida reprodução das obras auxiliou na divulgação do conhecimento.

Segundo os estudiosos da época, a filosofia e as artes desenvolvidas durante a Grécia e a Roma antiga possuíam grande valor estético e cultural, em detrimento daquelas da Idade Média.

O que foi o Renascimento?

O Renascimento (ou Renascença) foi um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, ocorrido entre os séculos XIV e XVII.

Surgido na Itália, o Renascimento ganha esse nome no século XVI, de maneira a sugerir que antes do período, na Idade Média, a ciência e a arte estavam extintas, o que não é o caso. Portanto, atualmente esse termo é contestado.

De qualquer maneira, esse foi um momento em que grandes progressos ocorreram em diversos campos do conhecimento.

Como fatores que contribuíram para o surgimento da renascença, especificamente na Península Itálica, podemos destacar:

  • surgimento de uma economia pré-capitalista;
  • intensificação dos valores burgueses;
  • presença da arte e tradição clássica nas cidades italianas;
  • divisão política da Itália em cidades-estados.
Qual a importância do Renascimento para a humanidade

Saiba tudo sobre o período do Renascimento:

Chama-se Renascimento Científico o período de desenvolvimento da ciência durante os séculos XV e XVI.

Esta época foi pautada no racionalismo, no humanismo e nos conhecimentos da Antiguidade Clássica que mudaram a mentalidade das pessoas.

Qual a importância do Renascimento para a humanidade
Qual a importância do Renascimento para a humanidade
Homem Vitruviano (1490) de Leonardo da Vinci. Ilustração ícone do Humanismo Renascentista

A partir deste saber e descobertas dos estudiosos, esse período possibilitou o avanço de diversos campos do conhecimento que, mais tarde, inauguraria a Ciência Moderna.

Os renascentistas estavam preocupados em estudar a natureza através da experimentação e da segmentação de informações.

Vários homens e até mulheres realizaram pesquisas e, entre tantos, podemos citar Leonardo da Vinci. Embora tenha sido um dos nomes mais importantes do Renascimento Cultural e Artístico, ele também se destaca no Renascimento Científico, ao lado de Nicolau Copérnico.

Apesar de muito estendido, hoje em dia a palavra "Renascimento" é usada com ressalva. Afinal, este vocábulo dá impressão que não se pesquisava, nem se fazia ciência durante a Idade Média, o que é inexato.

Resumo: Características e Contexto Histórico

O declínio do sistema feudal foi essencial para o surgimento de uma nova ordem e mentalidade na Europa.

A Idade Média foi caracterizada pelo pelo sistema feudal, o teocentrismo e uma sociedade estamental (rei-nobre-clero-servos), a qual impossibilitava a mobilidade social.

Nesse contexto, poucos indivíduos tinham acesso ao conhecimento, o qual era transmitido por meio dos livros e trancados nas bibliotecas, tal qual tesouros.

Durante esse período de transição, a Europa passava por diversas transformações como a expansão marítimo comercial, o surgimento da imprensa e da burguesia.

Tudo isso levou os seres humanos questionarem o modelo da sociedade medieval que se baseava na concepção que Deus deveria estar no centro de tudo, o teocentrismo.

De tal modo, o Humanismo e o Renascimento Cultural dão lugar ao antropocentrismo, onde agora, o homem será o centro do Universo. O modo de investigar o fenômenos naturais muda e, por consequência, os cientistas, passam a ter uma atitude mais crítica e ativa em relação ao mundo.

Por fim, o Renascimento Científico causou grande impacto no pensamento europeu da época e possibilitou o fim da Era Medieval e o início da Idade Moderna.

Principais representantes

Os principais pensadores que fizeram parte do Renascimento Científico foram:

  • Nicolau Copérnico (1473-1543): astrônomo e matemático polonês, considerado o “Pai da Astronomia Moderna”. Foi criador da Teoria Heliocêntrica (sol como centro do Universo), na qual contradiz a Teoria Geocêntrica medieval (adotada pela Igreja Católica), em que a Terra seria o centro do Universo.
  • Galileu Galilei (1564-1642): astrônomo, físico, matemático e filósofo italiano, Galileu foi defensor da Teoria Heliocêntrica de Copérnico, sendo considerado um dos fundadores da geometria moderna e da física. Além disso, aperfeiçoou o telescópio, inventou o microscópio com duas lentes e o compasso geométrico.
  • Johannes Kepler (1571-1630): astrônomo, matemático e astrólogo alemão, Kepler aprofundou suas teorias sobre mecânica celeste inspiradas no modelo heliocêntrico, apresentando estudos sobre as eclipses lunar e solar.
  • Andreas Vesalius (1514-1564): médico belga, considerado o “Pai da Anatomia Moderna”, Vesalius foi um dos precursores dos estudos sobre anatomia e fisiologia, após dissecar corpos de humanos e escrever sua principal obra, um atlas de Anatomia Humana intitulado “Fábrica”.
  • Francis Bacon (1561-1626): filósofo, político e alquimista inglês, Bacon foi o criador do “Método Científico” (nova maneira de estudar a natureza), sistematizando o conhecimento humano, sendo considerado o fundador da “Ciência Moderna”.
  • René Descartes (1596-1650): filósofo, físico e matemático francês, segundo seus estudos, Descartes foi considerado o “Pai do Racionalismo e da Matemática Moderna” e ainda, o fundador da Filosofia Moderna. Sua obra mais representativa é o “Discurso sobre o Método”, tratado filosófico e matemático propondo as bases do racionalismo.
  • Isaac Newton (1643-1727): filósofo, físico, matemático, astrônomo, alquimista e teólogo inglês, Newton foi considerado o “Pai da Física e da Mecânica Modernas”, do qual desenvolveu diversos conhecimentos nas áreas da matemática, física e filosofia natural. Estudou o movimento dos corpos propondo as três “Leis de Newton”.
  • Leonardo da Vinci (1452-1519): inventor, matemático, engenheiro e artista italiano, Da Vinci foi considerado um dos mais proeminentes gênios do Renascimento e da história da humanidade. Avançou em diversos estudos sobre a anatomia humana, e inventou o paraquedas, a máquina de voar, o submarino, o tanque de guerra, dentre outros.
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