Considere a função definida de ir em ir f(x − x² 2x 1 o valor máximo que essa função assume é)

Definimos como função do 2º grau, ou função quadrática, a função R → R, ou seja, uma função em que o domínio e o contradomínio são iguais ao conjunto dos números reais, e que possui a lei de formação f(x) = ax² +bx +c.

O gráfico da função quadrática é sempre uma parábola e possui elementos importantes, que são:

  • as raízes da função quadrática, calculadas pelo x’ e x”;
  • o vértice da parábola, que pode ser encontrado a partir de fórmulas específicas.

Leia também: O que são domínio, contradomínio e imagem de uma função?

O que é uma função do 2º grau?

Uma função polinomial é conhecida como função do 2º grau, ou também como função quadrática, quando em sua lei de formação ela possui um polinômio de grau dois, ou seja, f(x) = ax² +bx +c, em que a, b e c são números reais, e a ≠ 0. Além da lei de formação, essa função possui domínio e contradomínio no conjunto dos números reais, ou seja, f: R→ R.

Considere a função definida de ir em ir f(x − x² 2x 1 o valor máximo que essa função assume é)
O gráfico da função do 2º grau é sempre uma parábola.

Exemplos:

a) f(x) = 2x²+3x + 1

a = 2

b = 3

c=1

b) g(x) = -x² + 4

a = -1

b = 0

c = 4

c) h(x) = x² – x

a = 1

b = -1

c = 0

Para encontrar o valor numérico de qualquer função, conhecendo a sua lei de formação, basta realizarmos a substituição do valor de x para encontrar a imagem f(x).

Exemplos:

Dada a função f(x) = x² + 2x – 3, calcule:

a) f(0)
f(0) = 0² +2·0 – 3 = 0 + 0 – 3 = –3

b) f(1)
f(1) = 1² + 2·1 + 3  = 1+2 – 3 = 0

c) f(2)
f(2) = 2² + 2·2+3 = 4+4–3=5

d) f(-2) f(-2) = (-2)² + 2·(-2) – 3

f(-2) = 4  - 4 – 3 = –3

Veja também: Quais são as diferenças entre equação e função?

Raízes da função de 2º grau

Para encontrar as raízes da função quadrática, conhecidas também como zero da função, é necessário o domínio das equações do segundo grau. Para resolver uma equação do segundo grau, há vários métodos, como a fórmula de Bhaskara e a soma e produto.

A raízes de uma função quadrática são os valores de x que fazem com que f(x) = 0. Sendo assim, para encontrar as raízes de uma equação do 2º grau, faremos ax² + bx + c = 0.

Exemplo:

f(x) = x² +2x – 3

a = 1

b = 2

c = –3

Δ =b² – 4ac

Δ=2² – 4 ·1·(-3)

Δ=4 +12

Δ = 16

Então, os zeros da função são {1, -3}.

O valor do delta nos permite saber quantos zeros a função quadrática vai ter. Podemos separar em três casos:

  • Δ > 0 → a função possui duas raízes reais distintas;
  • Δ = 0 → a função possui uma única raiz real;
  • Δ < 0 → a função não possui raiz real.

Gráfico de uma função do 2º grau

O gráfico de uma função do 2º grau é representado sempre por uma parábola. Existem duas possibilidades, dependendo do valor do coeficiente “a”: a concavidade da parábola pode ser para cima ou para baixo.

Se a > 0, a concavidade é para cima:

O ponto V representa o que conhecemos como vértice da parábola, que, nesse caso, é o ponto de mínimo, ou seja, o menor valor que f(x) pode assumir.

Se a < 0, a concavidade é para baixo:

Quando isso ocorre, perceba que, nesse caso, o vértice é o ponto de máximo da função, ou seja, maior valor que f(x) pode assumir.

Para fazer o esboço do gráfico, precisamos encontrar:

  • os zeros da função;
  • o ponto em que a função intercepta o eixo y;
  • o ponto de máximo ou de mínimo da parábola, que conhecemos como vértice da parábola.

Veja também: Cinco passos para construir o gráfico de uma função do 2º grau

Vértice da parábola

Como vimos anteriormente, o vértice da parábola é o ponto de mínimo ou de máximo do gráfico. Para encontrar o valor de x e y no vértice, utilizamos uma fórmula específica. Vale ressaltar que o vértice é um ponto V, logo ele possui coordenadas, representadas por xv e yv.

Para calcular o valor de V (xv, yv), utilizamos as fórmulas:

Exemplo:

Encontre o vértice da parábola f(x) = –x² +4x – 3.

a = -1.

b = 4.

c = -3

Calculando o Δ e aplicando a fórmula de Bhaskara, temos que:

Δ=b² – 4ac

Δ=4² – 4(-1) (-3)

Δ=16 – 12

 Δ=4

Representação gráfica de uma função do 2º grau

Para realizar o esboço do gráfico de uma função, é necessário encontrar três elementos: os zeros ou raízes da função, o vértice e o ponto em que a função toca o eixo y, conforme o exemplo a seguir.

Exemplo:

f(x) = x² – 6x + 8

1º passo: As raízes da função são os pontos em que a parábola toca o eixo x, logo queremos encontrar os pontos (x’, 0) e (x”,0).

Para isso faremos f(x) = 0, então temos que:

x² – 6x + 8=0

a= 1

b= -6

c = 8

Δ = b² -4ac

Δ = (-6)² -4·1·8

Δ = 36 – 32

Δ = 4

Já temos dois pontos para o gráfico, o ponto A(4,0) e o ponto B (2,0).

2º passo: encontrar o vértice da parábola.

Então o vértice da parábola é o ponto V(3, -1).

passo: encontrar o ponto de intersecção da parábola com o eixo y.

Para isso, basta calcular f(0):

f(x) =x² – 6x + 8

f(0) = 0² -6·0 + 8

f(0) = 8

Por fim, o ponto C (0,8) pertence ao gráfico.

4º passo: Agora que temos os pontos, vamos marcá-los no plano cartesiano e fazer o esboço do gráfico da parábola.

A(4,0)

B(2,0)

V(3,-1)

C(0,8)

Acesse também: Relação entre os coeficientes e o gráfico de uma função do segundo grau

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Enem 2013 – PPL) Uma pequena fábrica vende seus bonés em pacotes com quantidades de unidades variáveis. O lucro obtido é dado pela expressão L(x)= -x²+ 12x - 20, onde x representa a quantidade de bonés contidos no pacote. A empresa pretende fazer um único tipo de empacotamento, obtendo um lucro máximo.

Para obter o lucro máximo nas vendas, os pacotes devem conter uma quantidade de bonés igual a:

A) 4 B) 6 C) 9 D) 10

E) 14

Resolução

Alternativa B.

Sabendo que a função lucro L(x) é uma função do 2º grau, a = -1, ou seja, o seu gráfico é uma parábola com concavidade para baixo, queremos encontrar o ponto de máximo da função, ou seja, o vértice. Como x representa a quantidade de bonés, então a quantidade de bonés que maximiza o lucro é o xv.

b = 12

a = -1

Questão 2 – (Enem 2009) Um posto de combustível vende 10.000 litros de álcool por dia a R$ 1,50 cada litro. Seu proprietário percebeu que, para cada centavo de desconto que concedia por litro, eram vendidos 100 litros a mais por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$ 1,48, foram vendidos 10.200 litros.

Considerando x o valor, em centavos, do desconto dado no preço de cada litro, e V o valor, em R$, arrecadado por dia com a venda do álcool, então a expressão que relaciona V e x é

A) V = 10.000 + 50x – x². B) V = 10.000 + 50x + x². C) V = 15.000 – 50x – x². D) V = 15.000 + 50x – x².

E) V = 15.000 – 50x + x².

Resolução

Alternativa D.

Analisando a situação, com o combustível a R$ 1,50, são vendidos 10.000 litros, logo é faturado um total de:

10.000·1,50 = 15.000 → R$ 15.000,00.

É possível perceber que o valor arrecadado (V) é igual ao produto da quantidade Q pelo preço P.

V = Q . P

Quando se abaixa 1 centavo, a quantidade vendida aumenta em 100 litros, ou seja:

Q = 10.000 + 100x

Por outro lado, o preço terá o desconto de 1 centavo, o que podemos representar por:

P = 1,50 – 0,01x

Sendo assim, o valor é calculado por:

V = Q·P

V = (10.000 + 100x) ·(1,50 – 0,01x)

Aplicando a propriedade distributiva, temos que:

V = 15.000 – 100x + 150x – x²
V = 15.000 +50x – x²

Teste os seus conhecimentos sobre função inversa por meio desta lista de exercícios com gabarito comentado.

Questão 1

Dada a função f: R → R, com lei de formação igual a f(x) = 2x + 1, e seja f-1 sua função inversa, o valor de f- -1 (7) é:

A) 0.

B) 1.

C) 2.

D) 3.

E) 4.

Questão 2

Suponha que a função f seja inversível e que sua lei de formação seja f(x) = 5x – 10. A lei de formação da sua inversa é:
 

Questão 3

Dada a função com domínio e contradomínio no conjunto dos números reais e lei de formação f(x) = 2x – 5. Sabendo que f-1 é sua inversa, o ponto a seguir que pertence ao gráfico de f-1 é:

A) A(1, – 3).

B) B(4, 5).

C) C(2,1).

D) D(1,3).

Questão 4

(Consulpan) A função inversa de uma função f(x) do 1º grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz de f(x) é:

A) 2

B) 9

C) 12

D) 15

Questão 5

Dada a função f(x) = log2 (x+3) – 2, suponha que ela seja uma função inversível. Desse modo, a lei de formação da sua função inversa é:

A) f-1(x) = 2x – 2 – 3

B) f-1(x) = 2x+3 +2

C) f-1(x) = 3x – 2

D) f-1(x) = log3 (x – 2)

E) f-1(x) = (x+3)² + 2

Questão 6

 Dada a função f: A → B, em que A ={0,1, 2, 3} e B{ – 1, 0, 3, 8}, com lei de formação f(x) = x² – 1, podemos afirmar que:

A) a função é inversível, pois ela é bijetora.

B) a função não é inversível, pois ela é injetora, mas não é sobrejetora.

C) a função não é inversível, pois ela é sobrejetora, mas não é injetora.

D) a função não é inversível, pois ela é bijetora. 

Questão 7

Sabendo que a função f: A → B, com lei de formação f(x) = x3 + 2, é inversível, então a lei de formação da função inversa é:
 

Questão 8

(UEL) Sendo f: R → R+* a função definida por f(x) = 2x, então a expressão que define a função inversa de f é:
 

Questão 9

Dada a função bijetora f(x) = 2x – 4, o valor de f( f –1 (2)) é:

A) – 2

B) – 1

C) 0

D) 1

E) 2

Questão 10

 Dada a função f: A → B, em que A= {-1, 0, 1} e B= {0, 1}, com lei de formação f(x)= x², podemos afirmar que:

I → a função é injetora;

II → a função é sobrejetora;

III → a função é bijetora.

É(são) verdadeira(s):

A) somente as afirmativas I e II.

B) somente a afirmativa I.

C) somente a afirmativa II.

D) nenhuma das afirmativas.

E) todas as afirmativas. 

Questão 11

(FGV) Considere a função real f definida por:
 


e sua inversa f- – 1. Se f –1 (2) = 5, o valor de m é:

A) – 3.

B) – 5.

C) – 7.

D) – 9.

E) – 11.

Questão 12

(UERN) Considerando as funções f(x) 3x – 2 e g(x) – 2x + 1, o valor de k, tal que f(g(k)) – 1 = 1, é:

A) 3.

B) 2.

C) – 1.

D) – 5.

Resposta - Questão 1

Alternativa D.

Primeiro encontraremos a lei de formação da função inversa de f. Para isso, trocaremos x por y e f(x) por x na lei de formação:
 

Agora calcularemos o valor numérico para a função quando x = 7:
 

Resposta - Questão 2

Alternativa C.

Dada a função f(x) = 5x – 10, para encontrar a sua inversa, vamos substituir x por y e f(x) por x. Então, temos que:

x = 5y – 10

Isolando o y:

Resposta - Questão 3

  Alternativa D.

Dado o ponto do tipo (b,a), se ele pertence à função inversa de f(x), então o ponto (a,b) pertence à função f(x).

Para verificar à qual ponto pertence a inversa, basta calcular o valor numérico invertendo os valores do par ordenado.

  • A ( 1, – 3) — se ele pertencer à inversa, então o ponto (– 3,1) pertencerá à f(x). Verificando, temos que:

f (x) = 2x – 5

x = – 3 e y = 1

f( – 3) = 2 · (– 3) – 5

f( – 3) = – 6 – 5 = – 11

Note que o resultado tinha que ser 1, logo o ponto A não pertence à função inversa.

  • B (4,5) — se ele pertencer à inversa, então o ponto (5,4) pertencerá à f(x):

f(5) = 2 · 5 – 5

f(5) = 10 – 5 = 5

Note que o resultado tinha que dar 4, logo o ponto não pertence à inversa de f.

  • C (2,1) → (1,2) pertence à f(x):

f(1) = 2 · 1 – 5

f(1) = 2 – 5

f(1) = – 3

O ponto C não pertence à função inversa, pois o resultado tinha que ser 2.

  • D (1,3) → (3,1) pertence à f(x):

f(3) = 2 · 3 – 5

f(3) = 6 – 5

f(3) = 1

Nesse caso, o ponto (3,1) pertence à f(x), logo o ponto D(1,3) pertence à inversa de f(x).  

Resposta - Questão 4

Se a função f- – 1(x) passa pelos pontos (2,5) e (3,0), a função f-(x) passa pelos pontos (5,2) e (0,3). Com isso, podemos encontrar a lei de formação da função.

Sabemos que y = ax + b e usando o segundo ponto (0,3), temos que x = 0 e y = 3.

3 = 0 · x + b

3 = b

b = 3

Então:

y = ax + 3

Conhecendo o valor de b, é possível encontrar o valor de a usando o ponto (5,2):
 

Logo, a lei de formação da função é:

Agora encontraremos o zero dessa função:

Resposta - Questão 5

Alternativa A.

Para encontrar a função inversa, trocaremos f(x) por x e x por y na lei de formação:


Por fim, basta trocar y por f – 1 (x):

f-1(x) = 2x – 2 – 3

Resposta - Questão 6

Alternativa A.

Verificaremos se a função é injetora e sobrejetora.

A sua lei de formação é f(x) = x² – 1. Primeiro verificaremos se ela é injetora. Para isso, calcularemos o valor numérico da função para os valores do domínio A.

f(0) = 0² – 1 = – 1

f(1) = 1² – 1 = 1 – 1 = 0

f(2) = 2² – 1 = 4 – 1 = 3

f(3) = 3² – 1 = 9 – 1 = 8

Note que elementos distintos possuem imagem distinta, logo a função é injetora.

Agora vamos verificar se a função é sobrejetora. Para isso, não pode sobrar nenhum elemento no conjunto B. Note que isso também acontece, pois todo elemento do contradomínio B é imagem de um elemento no conjunto A, então a função é bijetora, logo ela é inversível.

Resposta - Questão 7

Alternativa D.

Trocando f(x) por x e x por y, temos que:

x = y3 + 2

Isolando o y:

Resposta - Questão 8

Alternativa C.

A lei de formação é:

y = 2x

Trocando x por y:

x = 2y

Aplicando logaritmo dos dois lados:

log2x = log22y

log2x = ylog22

log2x = y · 1

log2x = y

y = log2x

f – 1 (x) = log2x

Resposta - Questão 9

Alternativa E.

Seja x um número tal que f(x) = 2, então sabemos que f – 1(2) = x. Igualando f(x) a 2, temos que:

2x – 4 = 2

2x = 2 + 4

2x = 6

x = 6 : 2

x = 3

Sabemos que f(3) = 2 → f – 1 (2) = 3, logo f( f –1 (2)) = f(3), mas sabemos que f(3) = 2, então:

f( f –1 (2)) = 2

Resposta - Questão 10

Alternativa C.

I – Falsa.

Verificando se a função é injetora, temos que:

f( – 1) = ( – 1)² = 1

f(0) = 0² = 0

f(1) = 1² = 1

Note que a função não é injetora, pois f( – 1) = f(1).

II – Verdadeira.

Para todo elemento b do contradomínio B {0,1}, existe pelo menos um elemento no domínio tal que f(a) = b, logo a função é sobrejetora.

III – Falsa.

Como a função não é injetora, ela não pode ser bijetora.

Resposta - Questão 11

Alternativa C.

Se f – 1 (2) = 5 → f(5) = 2, então:
 

Resposta - Questão 12

 Alternativa D.

Primeiro encontraremos a função f(g(x)):

f(g(x)) = 3 (-2x + 1) - 2

f(g(x)) = -6x + 3 - 2

f(g(x)) = -6x + 1

Sabemos que f(g(k)) – 1 = 1, então f(g(1)) = k. Como queremos o valor de k, temos que:

f(g(x)) = -6x + 1

x = 1 e f(g(1)) = k

k = – 6· 1 + 1

k = – 6 + 1

k = – 5