Pode se compreender essa experiência pela relação que se estabelece entre os seguintes elementos

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de se encontrar com seu próprio começo. Eu estava tão feliz que tive a sensação – quase o desejo – de que podia, deveria morrer naquele exato momento e que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a mais bela história que li em toda a minha vida. Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Era ficção porque a história fora reinventada pelo curador; era História porque recontava o que acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real e não uma personagem de romance. UMBERTO ECO Adaptado de Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 5 10 15 20 1 curador − responsável pelo museu 2 planetário − local onde é possível reproduzir o movimento dos astros 5 - Umberto Eco narra, no segundo parágrafo do texto, uma experiência surpreendente que vivenciou. Pode-se compreender essa experiência pela relação que se estabelece entre os seguintes elementos: (A) tempo cronológico e reconstrução ficcional (B) avanço tecnológico e ilusão cinematográfica (C) registro documental e sonho cotidiano (D) narrativa biográfica e história universal (E)narrativa histórica e registro de lembranças 6 - Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Na frase acima, o autor procura delimitar um sentido para a palavra história por meio dos trechos destacados. Esses trechos apresentam uma formulação do seguinte tipo: (A) exemplificação (B) particularização (C) modalização (D) dedução (E) reflexão 7 - No último parágrafo, ao descrever a experiência vivida no planetário, o autor identifica três efeitos: de ficção, de História e de realidade. De acordo com a exposição do autor, a interação entre esses três efeitos pode ser descrita como uma relação de: (A) anulação (B) condição (C) contradição (D) superposição (E) interrogação QUESTÃO 08 Leia o texto a seguir. Marque a opção correta. “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.° 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial. d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. QUESTÃO 09 ÉPOCA - As propagandas passam a ideia de que você é infeliz, gorda e feia. Ao comprar determinado produto, porém, poderá ser feliz, jovem, magra. E com namorado. Sutilmente, dizem que podem melhorar sua vida. Além disso, a cultura do consumo corta a ligação com a família. Quem tem amigos não consome tanto. Quando se tem família, tudo acontece ao redor dela. Longe de ambos, é preciso pagar por tudo. O consumismo cresce quando essas ligações são rompidas. O consumismo nos ensina que o mundo é morto, sem vida. Ele faz você se sentir sozinho. Por isso, tento reconectar as pessoas entre si e com seu mundo interior. (Disponível: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG73402-6060,00.html. Acesso em: 24/02/2015.) De acordo com o texto, a) o consumismo é algo inerente ao ser humano, desse modo, não é necessário incentivo por meio de propagandas para o consumo exagerado. b) as propagandas contribuem com a autoestima ao mostrarem que por meio das compras de determinados produtos todos podem alcançar a aparência desejada. c) a mídia é um fator benéfico para o orçamento pessoal e familiar, porque é através das propagandas conseguimos nos distanciar do consumismo, adquirindo, de fato, apenas o necessário. d) a presença de amigos e familiares no convívio diário contribui de forma acentuada para o consumismo, pois a troca de presentes, o gasto com jantares e etc. aumenta. e) as propagandas são maléficas, pois por meio de uma ilusão, mostram que precisamos mais de produtos do que de pessoas para sermos felizes. QUESTÃO 10 (Disponível em: < http://animais.culturamix.com/informacoes/onde-denunciar-maus-tratos-aos-animais>. Acesso em: 09 fev. 2017). Art. 3. - Consideram-se maus tratos I - Praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal; II - Manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou luz; III - Obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças e a todo ato que resulte em sofrimento para deles obter esforços que, razoavelmente não se lhes possam exigir senão com castigo; IV - Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações outras praticadas em beneficio exclusivo do animal e as exigidas para defesa do homem, ou no interesse da ciência; V - Abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária; VI - Não dar morte rápida, livre de sofrimento prolongado, a todo animal cujo extermínio seja necessário para consumo ou não. (Disponível em: <http://www.arcabrasil.org.br/leis-maus.php>. Acesso em: 09 fev.2017). Com base nos textos apresentados, conclui-se que a) Não é considerado mau trato a animais o prolongamento da morte quando o animal estiver em processo de reprodução. b) A lei de maus tratos a animais perde validade mediante fins científicos e usos farmacológicos. c) A lei contra maus tratos a animais restringe-se apenas a animais domésticos, pois não é possível manter o controle em relação à vida silvestre. d) No Brasil a lei contra maus tratos de animais permite alterações no físico dos animais, como, o corte de orelhas e partes do rabo, para fins estéticos. e) A lei de maus tratos ampara todos os tipos de animais e julga como crime qualquer ato abusivo ou cruel em relação a todas as espécies viventes.

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este livro este besouro este vulcão este despenhadeiro à frente de nós à frente deles corre o cão ANA MARTINS MARQUES O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 5 10 15 QUESTÃO 06 Nos versos de 1 a 6, a poeta vale-se de um recurso para caracterizar tanto o passado quanto o futuro. Esse recurso consiste na construção de: (A) índices de ironia (B) escala de gradações (C) relações de comparação (D) sequência de personificações QUESTÃO 07 No poema, há marcas de linguagem que remetem tanto à poeta quanto a seus leitores. Uma dessas marcas, referindo-se unicamente ao leitor, está presente no seguinte verso: (A) como o passado nas pedras nos móveis no rosto (v. 8) (B) das pessoas que conhecemos (v. 9) (C) pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro (v. 15) (D) à frente de nós à frente deles (v. 17) Vestibular estadual 2017 1ª fase exame de Qualificação6 LINGUAGENS Há alguns meses fui convidado a visitar o Museu da Ciência de La Coruña, na Galícia. Ao final da visita, o curador1 anunciou que tinha uma surpresa para mim e me conduziu ao planetário2. Um planetário sempre é um lugar sugestivo, porque, quando se apagam as luzes, temos a impressão de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguardava. De repente a sala ficou inteiramente às escuras, e ouvi um lindo acalanto de Manuel de Falla. Lentamente (embora um pouco mais depressa do que na realidade, já que a apresentação durou ao todo quinze minutos) o céu sobre minha cabeça se pôs a rodar. Era o céu que aparecera sobre minha cidade natal – Alessandria, na Itália – na noite de 5 para 6 de janeiro de 1932, quando nasci. Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. Vivenciei-a pela primeira vez, pois não tinha visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha mãe a viu, exausta como estava depois de me dar à luz; mas talvez meu pai a tenha visto, ao sair para o terraço, um pouco agitado com o fato maravilhoso (pelo menos para ele) que testemunhara e ajudara a produzir. O planetário usava um artifício mecânico que se pode encontrar em muitos lugares. Outras pessoas talvez tenham passado por uma experiência semelhante. Mas vocês hão de me perdoar se durante aqueles quinze minutos tive a impressão de ser o único homem desde o início dos tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu próprio começo. Eu estava tão feliz que tive a sensação – quase o desejo – de que podia, deveria morrer naquele exato momento e que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a mais bela história que li em toda a minha vida. Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Era ficção porque a história fora reinventada pelo curador; era História porque recontava o que acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real e não uma personagem de romance. UMBERTO ECO Adaptado de Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 5 10 15 20 1 curador − responsável pelo museu 2 planetário − local onde é possível reproduzir o movimento dos astros aos cães domesticados se ensina a andar sempre atrás do dono mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem (v. 12-14) Nesses versos, sugere-se uma ideia a respeito da relação entre cães e seres humanos. Essa ideia, no verso destacado, recebe da poeta a seguinte avaliação: (A) adesão (B) negação (C) proibição (D) permissão QUESTÃO 08 Vestibular estadual 2017 1ª fase exame de Qualificação 7 LINGUAGENS Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. (l. 21-22) Na frase acima, o autor procura delimitar um sentido para a palavra história por meio dos trechos destacados. Esses trechos apresentam uma formulação do seguinte tipo: (A) exemplificação (B) particularização (C) modalização (D) dedução QUESTÃO 11 No último parágrafo, ao descrever a experiência vivida no planetário, o autor identifica três efeitos: de ficção, de História e de realidade. De acordo com a exposição do autor, a interação entre esses três efeitos pode ser descrita como uma relação de: (A) anulação (B) condição (C) contradição (D) superposição QUESTÃO 12 QUESTÃO 09 Umberto Eco narra, no segundo parágrafo do texto, uma experiência surpreendente que vivenciou. Pode-se compreender essa experiência pela relação que se estabelece entre os seguintes elementos: (A) tempo cronológico e reconstrução ficcional (B) avanço tecnológico e ilusão cinematográfica (C) registro documental e sonho cotidiano (D) narrativa biográfica e história universal QUESTÃO 10 Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. (l. 9) Na palavra destacada, o acréscimo do prefixo hiper indica ideia de: (A) ampliação (B) hierarquia (C) proporção (D) simultaneidade Vestibular estadual 2017 1ª fase exame de Qualificação8 LINGUAGENS Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula. O segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade. E o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. Este mundo globalizado, visto como fábula, constrói como verdade um certo número de fantasias. Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias – para aqueles que realmente podem viajar – também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos. É como se o mundo houvesse se tornado, para todos, ao alcance da mão. Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. O mundo se torna menos unido, tornando também mais distante o sonho de uma cidadania de fato universal. Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado. Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades se instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir a globalização perversa de que falamos acima. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. MILTON SANTOS Adaptado de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004. 5 10 15 20 QUESTÃO 13 No primeiro parágrafo, o autor apresenta uma caracterização negativa do mundo atual, ao mesmo tempo que propõe um procedimento de análise desse contexto que permitiria superá-lo. Esse procedimento de análise está explicado em: (A)