Como implantar uma gestão democrática na escola?

Gestão escolar democrática: o que é e como aplicar?Tempo de leitura estimado: 6 min.

24 de janeiro de 2018

Gestão Escolar


Saiba como a gestão escolar democrática pode ser aplicada em uma instituição de ensino. Confira as dicas!

Uma gestão escolar democrática é aquela na qual se prioriza a participação do coletivo em todas as ações tomadas no âmbito da escola. Assim, gestores, professores, funcionários, familiares, alunos e instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil), todos aqueles envolvidos na comunidade escolar, podem dialogar e opinar, de maneira ativa, nas ações e decisões.

Esse tipo de gestão descentralizada faz da escola um espaço mais aberto ao diálogo e busca por uma relação horizontal, ou seja, sem focar o poder de comando em hierarquias. Esse modelo de gestão está amparado pela Constituição Federal de 1988 e também é reforçado pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE).

Para a legislação brasileira, a gestão democrática precisa ser um dos princípios para uma educação de qualidade. Enfim, é por meio dela que os vínculos com a comunidade escolar acontecem e o resultado dessa aproximação é responsável pelo aprendizado e desenvolvimento do aluno.

Uma gestão compartilhada entre todos os envolvidos, torna a escola um espaço participativo e mais atraente, principalmente para os estudantes. Para que você entenda melhor sobre como pode ser aplicada em uma instituição de ensino, trouxemos algumas formas de colocá-la em prática. Confira!

Importância da participação da comunidade escolar

Ouvir a comunidade escolar é a principal função de um gestor, principalmente porque a escola é feita para suprir as necessidades desse público, então, estar antenado a elas é primordial.

É preciso valorizar a participação e intermediar as diferentes opiniões para que todos sejam ouvidos de uma maneira em que o diálogo se estabeleça, independentemente do tipo de ação e/ou decisão que será tomada.

A criação de projetos educativos também precisa envolver a comunidade. Assim, se faz necessário que o espaço escolar esteja disponível para a efetiva atuação de todos dentro da instituição.

Quando se abre as portas do ambiente escolar, é possível construir novos meios de lidar com diferentes assuntos, dentre eles:

  • A falta de interesse dos alunos;
  • As perspectivas em relação ao futuro dos envolvidos no contexto;
  • As diferentes ações que prezem pela qualidade da educação, entre outros.

Diferença de se fazer um planejamento eficiente

Planejar é essencial para se colocar em prática uma gestão escolar democrática que realmente seja efetiva. Não se pode simplesmente dizer que vai fazer, é preciso sentar e reunir-se com os principais agentes da formação acadêmica. Assim, você garante que o planejamento não ficará apenas no papel.

O diálogo é a primeira etapa para começar a planejar as ações da escola. A partir da conversa com a comunidade, pode-se escolher as representatividades de cada parte, ou seja, de todos os envolvidos.

Família, alunos, gestores, funcionários, professores e a comunidade ao redor da escola precisam ter um ou mais representantes no momento de planejar as ações que são necessárias para que a instituição funcione de maneira eficiente.

União de todos os responsáveis pela educação

Para que tudo o que foi abordado até aqui realmente aconteça, é importante que os responsáveis pela educação queiram participar dessas ações e decisões. Por isso, é papel da gestão criar laços que façam com que todos os responsáveis queiram estar presentes na hora da implementação de uma gestão escolar democrática.

Embora pareça óbvio que essa participação é necessária para esse tipo de gestão, na prática pode não ser tão fácil. Por isso, é de suma importância que se planeje e, principalmente, que se tenha em mente quais os objetivos da instituição de ensino.

Levantar todas as possibilidades e necessidades, partindo das considerações da população, ou seja, dos principais envolvidos em uma gestão democrática, é dar abertura para uma relação real entre escola e comunidade.

Descentralização das ações e decisões

Em uma democracia a decisão passa a ser descentralizada — e o mesmo acontece quando se trata da gestão escolar. As ações são sempre realizadas levando-se em consideração o coletivo e suas necessidades.

Então, nenhuma decisão é tomada sem que todos tenham consciência das suas consequências. Por isso, uma escola democrática delega as tarefas e as divide entre os participantes ativos das ações escolares.

Assim, familiares, por exemplo, poderão tomar decisões e agir em conjunto com a escola. Com isso, eles não irão a escola apenas para os dias de reunião de pais ou datas comemorativas, pois a ideia é que estejam sempre presentes, seja em projetos de extensão ou no cotidiano escolar.

Transparência na tomada de decisão

As decisões, mesmo quando tomadas de maneira coletiva, podem não ficar claras para todos os envolvidos. Por isso, é necessário ser transparente. As ações da instituição precisam ser divulgadas e para isso pode-se usar as redes sociais e os espaços físicos da escola.

É importante sempre deixar todos conscientes de tudo o que acontece em relação à gestão da instituição como um todo. A parceria entre a escola e a comunidade da qual ela faz parte deve ser o princípio regulador da gestão de um colégio que se preocupa com a qualidade de seu ensino.

O projeto político-pedagógico escolar precisa ser construído dentro dessa união e as responsabilidades quanto à educação dos cidadãos é de todos aqueles que estão envolvidos diretamente com ela.

A gestão escolar democrática é possível

Um bom projeto político-pedagógico é aquele planejado conjuntamente com a comunidade escolar, pois assim a realidade da escola fica diretamente relacionada com a realidade do ambiente em que está inserida.

Uma gestão democrática aproxima os alunos da escola, deixando-os mais dispostos para o dia a dia escolar. Quando se propõe uma democratização desse meio, abrem-se diferentes caminhos para tornar a instituição mais próxima da comunidade em que está inserida.

Como já dito, quando família, professores, alunos, gestores, funcionários e toda a comunidade ao redor da instituição colaboram diretamente com a escola, passam a se ver como parte efetiva dela.

Fazer parte de uma sociedade que passa por constantes mudanças e estar inserido em um espaço como a escola, onde é necessário que se acompanhe essas transformações regularmente, torna-se possível encontrar maneiras de fazer a diferença para melhor.

Então, pensar no compartilhamento das ações e decisões dentro da escola, dando voz ao coletivo, é a melhor forma de atingir e manter uma gestão escolar democrática realmente eficaz, capaz de motivar todos os envolvidos, crescer como instituição, conquistando objetivos e alcançando novos patamares de desempenho.

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Como podemos instituir uma gestão verdadeiramente democrática nos espaços escolares?

Como se vê, para instituir uma gestão verdadeiramente democrática, é necessário criar espaços de diálogo e dedicar tempo às pessoas, para que os projetos e as questões do cotidiano da escola sejam cuidados por todos, em prol de uma educação de qualidade.

Qual a importância da implantação da gestão democrática na escola?

Essa gestão promove a descentralização do poder, fazendo com que haja um comprometimento de toda comunidade, em todas as questões que dizem respeito à escola, trabalhando sempre para a qualidade do ensino-aprendizagem.

Que práticas podem ser implementadas para a vivência de uma gestão democrática?

A autonomia, a representatividade e a formação da cidadania são aspectos imprescindíveis para a construção de uma gestão democrática da educação.

Como deve ser uma gestão democrática?

A Gestão Democrática está baseada na coordenação de atitudes e ações que propõem a participação social, ou seja, a comunidade escolar (professores, alunos, pais, direção, equipe pedagógica e demais funcionários) é considerada sujeito ativo em todo o processo da gestão, participando de todas as decisões da escola.