As operações com conjuntos são essenciais para compreender a relação entre um ou mais conjuntos numéricos. Recorrentes no estudo da álgebra, são elas: Show
Leia também: Operações matemáticas básicas As operações entre conjuntos são recorrentes no estudo da álgebra.União de conjuntosNa teoria de conjuntos, chamamos de união entre dois ou mais conjuntos o conjunto formado pela junção de todos os termos. Utilizamos para representar a união o símbolo A U B (A união com B). No nosso dia a dia, é bastante comum a divisão de elementos em conjuntos. Por exemplo, na biologia, temos a união de vários seres vivos, que são divididos em grupos menores de acordo com as suas características. Podemos dizer também, por exemplo, que o território brasileiro é formado pela união de seus estados. Exemplo Dados os conjuntos A={1,2,3,4,5} e B={4,5,6,7,8}, a união de A com B é representada por: A U B = {1,2,3,5,6,7,8} É possível também realizar a representação desses conjuntos por meio do diagrama a seguir: A união com BIntersecção de conjuntosA intersecção de dois ou mais conjuntos é composta pelos elementos que pertencem simultaneamente a todos esses conjuntos. Essa operação também é bastante comum no nosso dia a dia. Exemplo 1 Seja A={1,2,3,4,5} e B={4,5,6,7,8}, a intersecção de A com B (A∩B) é representada por: A ∩ B= {4,5} É possível também realizar a representação da intersecção por meio de diagrama. A intersecção é a região em destaque que fica entre os dois conjuntos. Intersecção de A com BExemplo 2 Podemos escrever os conjuntos dos rios que banham o estado de Goiás: G: {Aporé, Araguaia, Claro, Corumbá, dos Bois, Paranã, Paranaíba, Maranhão, São Marcos}. Também podemos escrever o conjunto dos rios que banham o estado de Tocantins: T: {Tocantins, Araguaia, do Sono, das Balsas, Paranã, Manuel Alves}. A intersecção entre esses conjuntos pode ser representada por: G∩T {Araguaia} Definimos como diferença entre dois conjuntos a operação A – B, que tem como resultado os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B. Exemplo Seja A: {1,2,3,4,5} e B {4,5,6,7,8}, a diferença entro o conjunto A e o conjunto B é igual a: A – B = {1,2,3} Note que a ordem é importante, pois a diferença entre o conjunto B e o conjunto A é igual a: B – A = {6,7,8} Essa diferença pode também ser representada por meio do diagrama a seguir: A – BConjunto complementarTratado como um caso especial de diferença entre dois conjuntos, precisamos definir antes o que é o conjunto universo. Conhecemos como conjunto universo o conjunto formado por todos os elementos de um espaço amostral a ser definido, como os números de 1 até 20 ou todos os números reais, enfim, cada situação possui um conjunto universo determinado. O conjunto complementar de A, denotado por Ac, é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem ao universo U e não pertencem ao conjunto A, ou seja, o complementar de um conjunto quando se conhece o conjunto universo U é igual a U – A . Exemplo Dado o universo U de todos os números de 1 até 16, ou seja: U = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16} E seja A = {2,4,6,8,10,12,14,16} o conjunto complementar de A, ou seja: Ac = {1,5,7,8,10,11,12,13,15} Complementar do conjunto ALeia também: Quatro conteúdos básicos de Matemática para o Enem Exercícios resolvidos1) Sabendo que A = { 1,3,5,9,11,12}, B = {0,2,5, 10, 12, 20} e C = {3,4,8,9,12,15,20}, o conjunto formado por A ∩C U B é: a) {0,2,3,5,9,10,12,20}. b) {3,9,12}. c) {3,4,8,9,15,20}. d) {0,2,3,5,9,10,20}. Resolução: Vamos calcular as operações separadamente. A ∩C = { 3,12} Então a união de A ∩C com B formará o conjunto: A ∩CUB = {0,2,3,5,9,10,12,20} Resposta: alternativa A. 2) Dado o conjunto dos números naturais como universo e seja P o conjunto dos números pares e A o conjunto dos números múltiplos de 3, podemos afirmar que: I – o conjunto Pc é o conjunto dos números ímpares; II – a intersecção de P com A é o conjunto dos números múltiplos de 6; III – o conjunto A é formado somente por números ímpares. Analisando as afirmativas, marque a alternativa correta. a) Somente I é verdadeira. b) Somente II é verdadeira. c) Somente III é verdadeira. d) Somente I e II são verdadeiras. e) Somente II e III são verdadeiras. Resolução: I – Verdadeira. Note que, no conjunto dos números naturais, um número pode ser par ou ímpar se queremos Pc. Pc= N* - P, ou seja, os naturais sem os pares, logo o complementar dos números pares será os números ímpares. II – Verdadeira. A intersecção entre os números pares e os números múltiplos de 3 são os múltiplos de 6. Lembre-se do critério de divisibilidade por 6, que são os números divisíveis por 2 e por 3 ao mesmo tempo. III – Falsa. Existem múltiplos de 3 que são ímpares, como o 6, 12,18, entre outros. Resposta: alternativa D.
Esse tópico não tem uma forma exata de se resolver todas as questões. O que faremos é te dar algumas dicas que vão te ajudar na resolução das questões. Vamos lá? Sequências lógicas de números
A primeira dica que podemos te dar é: Sempre que aparecer os seguintes números: 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100, etc. pense em números ao quadrado.
Ficou fácil agora né? A resposta é a letra B.
Usaremos a mesma dica da questão anterior. Estamos falando de números ao quadrado. Basta reparar no padrão. Estamos seguindo na sequência dos números quadrados de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Porém fazendo zigue zague. Seria lógico assumir que teremos os números 81 e 100, os próximos da sequência na resposta. A resposta é a letra D.
Mais algumas dicas. A primeira coisa a se fazer nesses casos é verificar quantos números já temos na sequência e qual o número que a questão está pedindo. Temos 6 números e a questão está pedindo o sétimo, ou seja, o próximo. 2, 5, 11, 23, 47, 95, xO próximo passo é verificar o que está mudando de um número para outro. 2 +3 = 55 +6 = 1111 +12 = 2323 +24 = 4747 +48 = 9595 +?? = x
Qual o primeiro passo? Exato, identificar quantos números a questão já nos deu e qual número ela está pedindo. Vamos lá, temos 6 números e precisamos do oitavo e do décimo. 2, 5, 10, 13, 26, 29, a, X, b, YPrecisamos encontrar o X e o Y e somá-los. Mas primeiro precisamos identificar o padrão. 2 +3 = 55 +5 = 1010 +3 = 1313 +13 = 2626 +3 = 29Dica: Se você puder usar, na hora de encontrar o padrão, operações de multiplicação e quadrado, use-as ao invés da soma! Repare que o padrão nessa questão está usando multiplicação por 2. 2 +3 = 55 x2 = 1010 +3 = 1313 x2 = 2626 +3 = 29 Agora, basta continuarmos com o padrão, até chegarmos ao X e Y. 29 x2 = 58 (a)58 +3 = 61 (X)61 x2 = 122 (b)122 +3 = 125 (Y) Agora, precisamos somar o X e o Y. Pois é isso que a questão está pedindo. 61 + 125 = 186. Alternativa D.
Vamos do começo. Temos 7 números e precisamos do décimo e do décimo primeiro. 820, 824, 412, 416, 208, 212, 106, a, b, X, Y.O próximo passo é identificar o padrão. 820 -4 = 824824 -412 = 412 Opa, parece que temos uma divisão por 2. Vamos ver se isso se confirma nos próximos números. 412 +4 = 416416 /2 = 208 Isso mesmo, o nosso padrão é somar 4 e dividir por 2. Agora basta seguir até o X e Y. 208 +4 = 212212 /2 = 106106 +4 = 110 (a)110 /2 = 55 (b)55 +4 = 59 (X)59 /2 = 29,5 (Y) Somando X e Y. 59 + 29,5 = 88,5. Está entre 80 e 120. Alternativa C.
Temos 7 números e precisamos do décimo. 3, 7, 15, 31, 63, 127, 255, a, b, X.Vamos procurar qual o padrão. 3 +4 = 77 +8 = 1515 +16 = 31 Parece bem óbvio que estamos somando múltiplos de 4 a cada número. Seguindo: 16 +32 = 6363 +64 = 127127 +128 = 255255 +256 = 511 (a)511 +512 = 1023 (b)1024 +1024 = 2047 (X) Alternativa D.
Temos 7 números e precisamos do oitavo, o próximo da sequência. Vamos tentar identificar o padrão. 16 +2 = 1818 -9 = 9Opa! Parece que temos uma divisão por 2! Vamos ver se isso se confirma. 16 +2 = 1818 /2 = 99 +3 = 1212 /3 = 4 Não se confirmou. Mas acho que encontramos nosso padrão. Soma 2, divide por dois. Soma 3, divide por 3. Seguimos. 4 +4 = 88 /4 = 22 +5 = 7. Alternativa D.
Temos 11 números e precisamos do 13 e do 14. 12, 15, 9, 18, 21, 15, 30, 33, 27, 54, 57, a, X, YVamos tentar identificar o padrão. 12 +3 = 1515 -6 = 99 +9 = 1818 +3 = 2121 -6 = 1515 +15 = 30 Parece que identificamos nosso padrão! E parece que estamos trabalhando com multiplicação. Soma 3, Subtrai 6, Multiplica por 2. 12 +3 = 1515 -6 = 99 x2 = 1818 +3 = 2121 -6 = 1515 x2 = 3030 +3 = 3333 -6 = 2727 x2 = 5454 +3 = 5757 -6 = 51 (a)51 x2 = 102 (X)102 +3 = 105 (Y) Agora, basta encontrarmos a alternativa correta. Vamos deixar a primeira por último porque vai dar muito trabalho. Alternativa B!
Temos 7 números e precisamos do oitavo. Vamos ver se identificamos um padrão. 3 +3 = 66 +6 = 1212 +9 = 2121 +15 = 3636 +24 = 6060 +39 = 99 De cara é complicado ver qual o padrão dessa questão. Mas repare uma coisa:
Estamos somando a soma das duas anteriores!
Temos 11 números e precisamos do número das posições 12, 13 e 14. Vamos chamá-los de x, y e z. Agora vamos ver o que está acontecendo 8 +2 = 1010 -2 = 88 +4 = 1212 -2 = 1010 +6 = 1616 -2 = 14 Estamos somando, sendo que a cada soma, aumentamos o valor em 2. E em seguida estamos diminuindo 2. Seguindo: 14 +8 = 2222 -2 = 2020 +10 = 3030 -2 = 2828 +12 = 40 (x)40 -2 = 38 (y)38 +14 = 52 (z)A resposta é a alternativa E.
Bom, você pode resolver a multiplicação e ver qual o resultado. Mas iria demorar, ainda mais na prova, nervoso e sem calculadora. Mas observe que temos um padrão! 11 x 11. São dois dígitos no numerador, e o resultado vai até o número 2 e retorna: 121. 111 x 111. São três dígitos no numerador. O resultado vai até o 3 e retorna: 12.321. A questão nos pede 111.111.111 x 111.111.111. São 9 dígitos no numerador, logo, a resposta deverá ir até o 9 e retornar: 12.345.678.987.654.321. Agora basta somar tudo isso e teremos 81. A resposta é a alternativa B
Colocamos essa questão apenas pra te mostrar que as vezes a solução é bem mais simples do que parece, e para que você se lembre caso veja uma questão semelhante. Perceba: DoisDezDozeDezesseisDezesseteDezoitoDezenoveA) VinteB) DuzentosC) Vinte e CincoD) Duzentos e Um Estamos falando de uma sequência onde todos os números começam com a letra D. Adicionalmente estamos em uma sequência crescente, logo 200. Alternativa B. Sequências lógicas de figuras
Perceba que no enunciado a banca fala sobre o padrão dos quadrinhos pretos, mas ela quer como resposta o número de quadrinhos brancos na próxima figura. Vamos tentar achar o padrão.
Bom, estamos falando de números ao quadrado para encontrar o total de quadrinhos. Sendo que estamos pulando de 2 a 2: 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100, 121. E estamos falando de um aumento de 4 a 4 para encontrar o número de quadrinhos pretos: 4, 8, 12, 16, 20. Sabendo que a próxima figura terá 121 quadrinhos ao todo e 20 quadrinhos pretos, sabemos quantos serão brancos: 121-20 = 101. Alternativa A. Sequências lógicas de letrasA dica para sequências de letras é que normalmente a banca as cobra como números. Isso mesmo. A letra A seria o número 1, a letra B seria o número 2, e assim sucessivamente. Lembre-se também que, após a reforma ortográfica, o alfabeto oficial da língua portuguesa tem 26 letras. A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z. Sendo assim, se a banca não disser nada em contrário, use esse padrão! Vamos às questões:
Você pode ver essas letras como números: 2, 4, 7, 11, 16. E resolver da mesma forma que resolvemos nas questões que vimos anteriormente. Chegando ao resultado, transforme o número de volta em letra. Mas vou resolver de outra forma, para te mostrar. O que você pode perceber é que temos um aumento crescente de letras entre as letras que o enunciado trouxe. Eu te mostro: A (B) C (D) EF (G) HIJ (L) MNOP (Q)Dessa forma, me parece lógico que teremos, mais 5 letras e então teremos a nossa resposta. Cuide que a questão pediu para desconsiderar o K, W e Y! A (B) C (D) EF (G) HIJ (L) MNOP (Q) RSTUV (X)A resposta é a alternativa D.
Bom, acho que de cara já podemos perceber que estamos invertendo as letras de um par para o outro. A[B]C > D[E]F > G[H]I > J[L]M > N[O]PO quinto par, deve estar na ordem normal, e portanto a resposta é (N,P), alternativa B.
Bom, o primeiro passo é identificar qual o padrão que existe entre o primeiro e o segundo grupo. LMNL : PQRPSe seguirmos o alfabeto oficial, lembre-se que a questão está pedindo pra excluir K,W e Y, temos o seguinte: LMNL : PQRPLMNO : PQRS O que podemos concluir é que o padrão está seguindo o alfabeto, mas está substituindo a última letra do quarteto, por uma repetição da primeira. Sendo assim: GHIGGHIJ LMNO > GHIH : LMNL A resposta é a alternativa C.
Bom, pelo padrão apresentado, uma letra e um número alternados, já eliminados de cara as alternativas D e E, pois a resposta deverá ser uma letra. Vamos descobrir qual é. P QRSTUVWVeja que a questão não falou nada sobre o W, Y e K, então devemos considerá-los. Seguindo a ordem do alfabeto, chegamos a conclusão de que os números significam a quantidade de letras entre a letra anterior e a próxima. Seguindo: P (3)QRS (4)TUVW (5)XYZAB (4)CDEF (3)GHI A resposta é I. Alternativa C.
Trouxe essa questão para te mostrar que as vezes a banca inventa moda. E que a solução talvez seja mais fácil do que você pensa. O que veio primeiro à sua cabeça? Dividir 101 por 26 (número de letras do alfabeto)? O resultado é 3,88. Se considerarmos 3, temos C, se considerarmos 4, temos D. E não B. Para não manter o suspense eu vou te contar. Somando 1+0+1 = 2 = B. Somando 3+7+8 = 18 = R. Logo, somando 4+9+2 = 15 = O. Alternativa B. Sequências lógicas de palavras
Logo de cara já se pensa em anagrama, certo? Mas nunca será anagrama. Porque teríamos muitas opções e só uma pode ser a correta. Grave isso. Nunca será um anagrama. Pois bem. Se você reparar estamos usando a primeira palavra as 2 últimas letras, somadas às 3 primeiras letras. GROSSO > Sogro. Logo, a resposta é arame. Alternativa A.
Seguimos um padrão parecido com a questão anterior. Para a questão 2 estamos usando, da primeira palavra, as duas últimas letras, somadas às 2 primeiras. Logo, cadastro > roca. Alternativa B. Para a questão 3 temos um padrão um pouquinho diferente. Você consegue identificar? Tente identificar o padrão antes de ler a resposta! Estamos trabalhando apenas com as últimas letras da primeira palavra. capitular > lar (3)loucura > cura (4)batalho > ? Pela lógica, devemos usar as 5 últimas letras de batalho, então teremos talho, alternativa E.
A primeira coisa que nos vem à cabeça é o número de letras. 2, 4, 6. Teoricamente a próxima palavra deveria ter 8 letras. Mas não temos uma palavra com 8 letras nas alternativas. Nesses casos perceba o número de vogais, ou consoantes. Ou transforme em número e tente resolver conforme as questões anteriores. Vamos ver as vogais? Temos 1 vogal, 2 vogais, 3 vogais. A próxima palavra deveria ter 4 vogais. A resposta é anseio, alternativa B. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Os problemas lógicos, muito comuns em provas de raciocínio, envolvem geralmente dois tipos de questões. Aquelas em que o enunciado te apresenta algumas pessoas e te dá algumas informações sobre elas, e então você tem que descobrir qual das pessoas possui determinada característica específica. E aquelas onde o enunciado traz uma lista de pessoas ou objetos e uma série de frases e, a partir delas você tem que descobrir qual a ordem em que essas pessoas/objetos entraram em cena ou estão dispostos. Você entenderá melhor com os exemplos. Vamos lá?
Bom, a primeira coisa que nós temos que fazer é montar uma tabela. Sempre com os nomes à esquerda. Vai por mim. E agora vamos analisando as afirmativas que o enunciado nos trouxe, uma a uma. Primeiro, Beto não é morador de copacabana. Vamos marcar um FALSO nesse quadrinho. Ana é amiga do(a) morador(a) da Tijuca. Podemos inferir, então, que Ana não mora na Tijuca, certo? Diva mora na Tijuca. Opa, temos uma afirmativa. Vamos preencher no respectivo quadrinho. Agora que vem o pulo do gato. Vamos marcar um FALSO em todos os demais quadrinhos da linha e da coluna desse OK. Por que? Ora, se diva mora na Tijuca então ela não mora nos outros lugares, certo? E também, os demais personagens não moram na Tijuca. Vamos pra próxima. Beto é irmão do morador (a) do Leblon. Isso não nos diz muita coisa, apenas que Beto não mora no Leblon. Se você olhar pra tabela, verá que descobrimos que Beto mora na Barra, afinal é a única possibilidade. Conforme dissemos anteriormente. Vamos agora preencher com FALSO em toda a linha e a coluna desse OK. Voltando ao enunciado, temos mais uma afirmativa: Carlos visita regularmente a pessoa que mora no Leblon, logo, Carlos não mora no Leblon. Descobrimos, então, que Carlos mora em Copacabana Marcando FALSO na linha e na coluna… Descobrimos que Ana só pode morar no Leblon. Voltando ao enunciado. O gabarito é a letra E.
A diferença desta questão para anterior é que agora temos duas informações relacionadas a cada pessoa. A nossa tabela será um pouquinho diferente, mas a resolução será exatamente igual. Vamos lá? Cássio trabalha na segurança do Sistema Financeiro. Como combinamos, marcamos agora FALSO na linha e na coluna deste OK. Mas cuidado! Apenas na parte referente ao setor! O que está lotado em São Paulo trabalha na administração. Ainda não sabemos quem está lotado em São Paulo, nem quem trabalha com administração. Mas sabemos que Cássio não trabalha com administração, logo ele não está lotado em São Paulo. Guardamos essa afirmativa para mais tarde, e vamos pra próxima: Amanda não está lotada em Porto Alegre e não trabalha na administração. Afirmativa bem direta. Como você pôde perceber, só sobrou Computação para a Amanda. Já preenchemos o devido quadrinho com um OK. Agora, marcamos FALSO na linha e na coluna. E com isso. Descobrimos que Beatriz trabalha com administração. Opa! FALSO na linha e na coluna… Amanda só pode estar lotada no Rio. Marcando FALSO na linha e na coluna chegamos a conclusão de que Cássio está lotado em Porto Alegre. O gabarito é a letra D: quem está lotado em SP é a Beatriz, e quem trabalha no complexo computacional é a Amanda. Quando a banca traz a tabela:
Nessa questão, a banca trouxe a tabela impressa na prova. A tabela que ela trouxe foi a seguinte: Diferente do que estávamos vendo, não? E de propósito, só pra te confundir. Você reparou que as informações são redundantes? Podemos simplesmente remover a parte redundante da tabela. E agora resolvemos exatamente da mesma forma que o exercício anterior. Mas quem vai resolver essa questão é você! Veja se consegue achar a resposta. Quando terminar, clique aqui, para ver a nossa tabela preenchida. Não se esqueça de verificar se as alternativas 1,2,3 do enunciado são verdadeiras ou falsas. Essa era uma prova CESPE, cada alternativa era uma questão diferente. E se errar perde um ponto!
Pois bem, a tabela que a questão trouxe foi esta: E aí você vai pensar, posso então remover a parte redundante! Calma, pequeno gafanhoto. Veja que a parte redundante tem um valor preenchido. Antes de podermos remover precisamos usar aquela informação. Mas vamos por partes. A tabela traz preenchido que o filme B venceu a categoria melhor diretor. O que fazemos nessas situações? Isso mesmo, FALSO na linha e na coluna. Com isso, descobrimos que o filme A venceu a categoria de melhor fotografia. Agora, vamos mover aquela informação da parte de baixo da tabela. O que ela nos diz? O filme que venceu melhor diretor não é o documentário. Sabemos quem venceu para melhor diretor, certo? O filme B. Logo, o filme B não é o documentário. Nesse momento, se você quiser pode remover a parte debaixo da tabela. Se o filme B não é o documentário, ele só pode ser de ficção. FALSO na linha e na coluna… O filme A, obrigatoriamente será o documentário. Analisando as alternativas: A proposição “o documentário recebeu o prêmio de melhor fotografia ou o filme B não recebeu o prêmio de melhor diretor” é V. Repare que estamos falando de proposições.
A proposição “se o filme B é um documentário, então o filme de ficção recebeu o prêmio de melhor fotografia” é V.
A proposição “o filme A é um filme de ficção” é V. Ordem de ElementosQuestões de ordem de elementos também são comuns em raciocínio. O enunciado te trará uma lista de coisas e a ordem em que elas entraram em cena, em relação as outras. E então te perguntará qual a posição de determinado objeto. Você tem que ter dois cuidados: Nunca comece fazendo uma lista numerada, coloque os números somente no final. E cuidado quando o enunciado diz que um objeto chegou imediatamente após o outro, isso significa que eles estão “grudados”. Nenhum outro objeto chegou entre esses dois. Vamos aos exemplos?
Para resolver bata analisar as afirmativas com calma. Ana chegou antes de Paula e Luís. Ana_____Paula_____Luís Deixamos espaços entre eles de propósito. Vamos à próxima. Paula chegou antes de João. Ou seja, João chegou depois de Paula, mas ele pode ter chegado logo após Paula, ou após Luís. Preenchemos ambas as hipóteses, por ora. Ana_____Paula_____João_____Luís_____João Cláudia chegou antes de Ana. Simples, só há uma hipótese disso ter acontecido. Cláudia_____Ana_____Paula_____João_____Luís_____João João não foi o último a chegar. Opa! removemos então o João que está na última posição. Cláudia_____Ana_____Paula_____João_____Luís Agora sim, adicionamos os números das posições. 1. Cláudia2. Ana3. Paula4. João5. Luís Gabarito letra E. Mais um?
O Sabão fica em uma prateleira acima da do removedor e imediatamente abaixo da prateleira onde é guardada a cera; Aqui temos a palavrinha imediatamente. Os dois estão colados, não deixaremos espaço entre eles. CeraSabão_____Removedor O detergente fica em uma prateleira acima da do álcool, mas não naquela cola à dele; Não temos nem detergente nem álcool na nossa listinha, guardamos essa afirmativa pra depois. O álcool fica na prateleira imediatamente abaixo da do sabão; O álcool está colado na prateleira do sabão. CeraSabãoÁlcool_____Removedor O detergente fica em uma prateleira acima da do álcool, mas não naquela cola à dele; O detergente está acima de todo mundo. Detergente_____CeraSabãoÁlcool_____Removedor Removemos os espaços e colocamos os números. 1. Detergente2. Cera3. Sabão4. Álcool5. Removedor Gabarito letra A. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Problemas lógicos envolvem mais a lógica em sentido estrito, então não temos o caminho certo ou errado de resolver um problema. Mas quando nos deparamos com problemas envolvendo dados, figuras e palitos, existem algumas dicas que podem te ajudar a começar a resolução. Vamos ver alguns exemplos? Problemas com dadosNo caso dos dados, existem duas informações que podem te ajudar: A soma das faces opostas de um dado comum será sempre igual a 7. Se você tiver a face com o número 1 voltada para cima, a face oposta será, obrigatoriamente a de número 6. Se você tiver a face com o número 2 voltada para cima, a face oposta será, obrigatoriamente a de número 5. E assim sucessivamente. A soma de todas as faces de um dado comum será sempre 21. 1+2+3+4+5+6 = 21. Vamos aos exemplos:
Se temos a face com o número 3 sempre na face da frente, então teremos, obrigatoriamente, a face com o número 4 na face oposta. 3+4=7. Logo, a resposta será aquela na qual não aparece a face com o número 4. Letra B.
Sabemos que a soma de todos os lados é iguala 21. Nas faces visíveis temos 4+2+1 = 7. Logo 21-7 = 14. A resposta é a número 2. Problemas com figurasPara os problemas com figuras, repare se o problema envolve múltiplas figuras. Nesse caso observe o que muda em cada figura individualmente, ao invés de olhar para o todo.
Dentro da nossa figura, temos 2 elementos (coração e árvore) se movimentando. Vamos ver individualmente para onde estão se movimentando: O coração está bem óbvio. Está descendo em uma diagonal reta, e deve acabar no canto inferior esquerdo da figura. A árvore está andando em zigue-zague para a direita e deve acabar na lateral direita, no segundo quadro, de baixo pra cima. Você concorda? A resposta é a quarta opção. Mesma lógica do exemplo anterior. Vamos ver como os elementos estão se movendo individualmente: Bem simples. Apenas repare que, o círculo muda entre preenchido e vazio a cada movimento. No último ele deverá estar preenchido. A resposta é a opção E.
Nesse exemplo temos uma lógica diferente. Temos um quadrado, que se relaciona com um quadrado cortado em 4 pedaços. Concorda? E temos um triângulo. O quadrado tem 4 lados, e foi cortado em 4 partes iguais. Seria lógico esperar que o triângulo fosse cortado em 3 partes iguais, afinal ele tem 3 lados. A resposta é a letra E. Sequências de FigurasQuando nos deparamos com uma sequência de figuras, precisamos identificar o ciclo, ou seja, quantas figuras são necessárias para se completar um ciclo. De posse dessa informação, basta dividir a posição que o enunciado pede pelo número de imagens do ciclo. O resto dessa divisão será a resposta certa. Caso o resto seja zero, a resposta será a última figura do ciclo. Ficou complexo? Exemplo:
Não, você não vai desenhar 89 hexágonos na sua prova. Vamos tentar achar o ciclo. Quantas imagens são necessárias para fecharmos um ciclo completo? Você concorda que com 4 imagens nós retornamos à primeira? Então temos um ciclo a cada 4 imagens. O enunciado está pedindo a 89ª. Vamos dividir 89 por 4. O resultado é 22, e sobra 1. Logo a primeira imagem do ciclo é a resposta. Coincidentemente é a primeira alternativa. Mais um?
Certo. Calma. Vamos identificar o ciclo. Quantas figuras são necessárias para fechar um ciclo? Você concorda que a ocorrem 3 mudanças até se fechar um ciclo? Temos 4 quadrantes, e ocorrem 3 mudanças para cada quadrante. Logo, são 12 mudanças até voltar à primeira imagem. A resposta é a número 2. Obs. Como o enunciado nos deu alternativas, ao invés de pedir uma posição específica, utilizamos a multiplicação do número de ciclos, pelo número de quadrantes. Diferente do que usamos no exemplo anterior. Problemas com palitosProblemas com palitos, geralmente perguntam qual a quantidade mínima de palitos que você pode mexer para criar ou alterar uma figura. Para resolver esse tipo de questão, tente manter o máximo de palitos que você conseguir sem alteração.
Vamos tentar manter o máximo de palitos intactos. Você consegue identificar partes em comum entre as duas imagens? Teremos de mover, obrigatoriamente, no mínimo, 5 palitos. A resposta é a número 3. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Nesse post vamos falar sobre probabilidade. Este é um assunto que costuma cair muito em prova, e é cheio de detalhes, mas não é muito complexo, basta que você preste atenção e pratique bastante. Vamos lá? Antes de mais nada, é bom avisar que você vai precisar de um conhecimento básico sobre contas de multiplicação e divisão, inclusive usando vírgulas. Além disso, é muitíssimo importante que você já tenha um conhecimento prévio sobre frações, principalmente divisão, multiplicação e simplificação. Não vamos falar sobre esses assuntos nesse post, mas se muitos pedirem nos comentários faremos um post específico sobre. Outro ponto importante é que, não é necessário que você decore as fórmulas que vamos apresentar. O importante é que você entenda o conceito por trás delas, o que a operação está fazendo, e assim você estará preparado para a sua prova. A parte mais difícil das questões de probabilidade não é a conta em si, mas sim entender o que o enunciado está pedindo. Muita atenção na leitura da questão! ConceitosVamos começar com alguns conceitos de probabilidade. Experimento aleatório: É todo experimento que não podemos predizer o resultado, como por exemplo, lançar um dado e observar o número da face voltada para cima. Espaço Amostral: É o conjunto de resultados possíveis de um experimento aleatório. Ex.: No lançamento de um dado o espaço amostral é {1,2,3,4,5,6}, ou seja, 6 possibilidades. Pode ser representado por N(A). Evento: Qualquer subconjunto do espaço amostral. Ex.: A ocorrência de um número ímpar na face de cima no lançamento de um dado. {1,3,5} ou 3 possibilidades. Pode ser representado por N(E). Probabilidade: É a chance de ocorrer determinado evento, ou seja, a divisão entre as N(E): {2}, 1 possibilidade N(A): {1,2,3,4,5,6}, 6 possibilidades Resultado 1/6 ou 0,167% Eventos ImportantesEvento Certo: É aquele que ocorre em qualquer realização do experimento realizado. Exemplo: No lançamento de um dado honesto sair um número menor ou igual a 6. N(E): {1,2,3,4,5,6}, 6 possibilidades N(A): {1,2,3,4,5,6}, 6 possibilidades P(E): 6/6 ou 100%Evento Impossível: É aquele que nunca ocorre, em qualquer realização do experimento aleatório. Exemplo: No lançamento de um dado honesto sair um número maior ou igual a 6. N(E): ∅ N(A): {1,2,3,4,5,6}, 6 possibilidades P(E): ∅/6, ou 0%Eventos mutuamente exclusivos: São eventos que nunca acontecem simultaneamente. Eventos complementares: São eventos mutuamente exclusivos, cuja união é igual ao espaço amostral, e a probabilidade de ambos ocorrerem é de 100%.
Eventos independentes: São eventos cuja ocorrência de um deles não altera a do outro. União de 2 eventos (Regra do OU)A regra do OU, se refere à probabilidade de ocorrer a união dos eventos A ou B. Essa probabilidade é representada, em geral, pela fórmula: Ou seja, a probabilidade de acontecer o evento A, somado com a probabilidade de acontecer o evento B, menos a probabilidade de ocorrerem os dois eventos simultaneamente. Não confunda o símbolo ∩ com a intersecção da Teoria dos Conjuntos, pois na probabilidade ele representa algo mais similar à ideia do E, que vimos na Lógica de Proposições, especificamente no post Conectores Lógicos. Aqui, ele representa a probabilidade do evento A e do evento B ocorrerem simultaneamente, como veremos a seguir. Repare porém, que se os eventos A e B forem mutuamente exclusivos, então a fórmula, fica sem a última parte, pois ela não irá nunca ocorrer de qualquer forma:
Probabilidade CondicionalA probabilidade condicional se refere à probabilidade de ocorrer um evento A, sabendo-se que um evento B já ocorreu. Para calculá-la utilizamos a seguinte fórmula: Precisamos que a ocorram os dois eventos, e sabemos que o evento B já ocorreu. Então, dividimos a probabilidade dos dois eventos ocorrerem, pela probabilidade de ocorrer apenas o evento B.
Primeiramente vamos definir nossos espaços amostrais. Sabendo que são 20 bolas numeradas de 1-20, e que a bola retirada foi a de número 8, quais são as nossas possibilidades de números maiores de 8? P(A): {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20} P(E): {9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20}Você concorda que são 12 possibilidades, dentre 20? Pois bem, esse é o nosso denominador. Agora, dentre essas 12 possibilidades, quantos números são múltiplos de 5? P(E): {10,15,20}Pois bem. Mas agora, diferentemente da lógica que usamos na Análise Combinatória, Não vamos escolher 3 dentre 12. Vamos usar 3 dentre o total de 20, porque 20 é o nosso espaço amostral e porque dentre as 20 possibilidades, dado que já ocorreu o evento B, precisamos calcular a probabilidade de ocorrer o evento A. Então vamos lá: Eventos Simultâneos (Regra do E)A regra do E refere-se à probabilidade de ocorrerem dois eventos simultâneos ou sucessivos. Ela pode ser representada por P(A∩B), e é calculada pela seguinte fórmula: Ou seja, pegamos a probabilidade de ocorrer o evento A, dado que o evento B já ocorreu, como vimos no tópico anterior e multiplicamos pela probabilidade do evento B ocorrer. Porém, se os eventos forem independentes, basta multiplicar a probabilidade de ocorrência de cada um:
Os eventos são independentes, concorda? Então usaremos a segunda fórmula. Só cuide com os valores que vais utilizar. Primeiramente vamos retirar 1 bolinha, dentre as 5 brancas, do total de 15. A seguir, vamos retirar 1 bolinha, dentre as 10 laranjas, do total, que agora é 14, pois já retiramos uma. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Análise combinatória é um princípio multiplicativo que analisa as possibilidades e combinações possíveis entre um conjunto de elementos. Princípio Fundamental da Contagem: Multiplicamos as possibilidades de cada etapa do problema. 5 camisetas x 2 bermudas. 5x2 = 10 possibilidades 4x4 = 24 possibilidades. 3 sanduíches x 2 bebidas x 4 sobremesas. 3x2x4 = 24 possibilidades. FatorialUm grande número de questões pode ser resolvido simplesmente da forma mostrada acima. Entretanto, existem problemas que não terão como ser resolvidos, ou será muito trabalhoso calcular todas as possibilidades. Para esses problemas existem algumas técnicas que veremos agora. Mas, antes de vermos as técnicas, vamos ver como funciona o fatorial, pois você irá precisar dele. O fatorial é basicamente a multiplicação de um número por todos os seus antecessores. Ele é representado por uma exclamação. Exemplos: 0! = 1 1! = 1 2! = 2x1 → 2 3! = 3x2x1 → 6 4! = 4x3x2x1 → 24 5! = 5x4x3x2x1 → 120 10! = 10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 → 3.628.800ArranjosArranjos são agrupamentos nos quais a ordem dos elementos faz a diferença. Por exemplo: Resposta: 123, 132, 213, 231, 312, 321 Esse agrupamento é um arranjo, pois a ordem dos elementos 1, 2 e 3 diferem. Note que os elementos não se repetem. A fórmula para resolver um problema de arranjo é a seguinte: Onde n é a quantidade de elementos de um conjunto qualquer, e p é um número natural menor ou igual a n. Exemplo:
Podemos usar 5 letras dentre 20, certo? A simplificação que ocorreu aqui foi a seguinte: Como estamos dividindo o fatorial de 20 pelo fatorial de 15, podemos cortar boa parte desses números, pois eles se repetem em cima e embaixo. Imagine você calculando esse número gigantesco, sem calculadora, na hora da prova. Não tem como né? Use a simplificação. 20! = 20x19x18x17x16x15x14x13x12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 15! = 15x14x13x12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1
Queremos escolher duas pessoas dentre 20, certo? Permutações SimplesAs permutações são agrupamentos onde o número de elementos do agrupamento é igual ao número de elementos disponíveis. Note que a permutação é um caso especial de arranjo. Desta maneira, é como se tivéssemos um arranjo com denominador 1. Assim, para resolver uma permutação simples, basta realizar um fatorial.
Queremos dividir 6 pessoas em 6 lugares, certo? Usando a fórmula do arranjo: Note que você poderia ter resolvido diretamente, apenas fazendo o fatorial de 6. 5! = 5x4x3x2x1 → 120 anagramas. Permutações com repetiçõesPermutações com repetições é uma variação das permutações simples, onde ocorre a repetição de um ou mais elementos. Resolvemos esse tipo de problema colocando os elementos repetidos, em forma de fatorial, no denominador. Exemplo:
Bom, são 10 letras ao todo, mas repare que a letra i se repete 3 vezes, a letra o se repete 2 vezes e a letra c se repete duas vezes. O numerador será o fatorial de 10. E o denominador serão os fatoriais de 3, 2 e 2 novamente. Poderia ter simplificado mais, mas para fins didáticos preferi fazer de forma mais completa. Permutações circularesPermutações circulares nada mais são do que a disposição de elementos distintos de um arranjo ao redor de um círculo. Imagine a seguinte questão:
Se a mesa não fosse redonda, estaríamos tentando dispor 6 pessoas em 6 lugares. Uma permutação simples, onde o resultado seria 6! = 720 possibilidades. Porém, temos aqui uma mesa redonda. Imagine que as 6 pessoas são as letras A,B,C,D,E,F. Você concorda que as ordens ABCDEF, FABCDE, EFABCD, DEFABC, CDEFAB e BCDEFA são seis modos de descrever a mesma posição, dado que a mesa é redonda? Então temos que descontar essas possibilidades em nosso cálculo. Ou, simplesmente: Combinações SimplesA Combinações simples é um tipo de agrupamento, formados com os elementos de um conjunto, onde a ordem dos elementos não interfere. Uma importante aplicação de combinação simples ocorre nas loterias. A mega-sena, por exemplo, consiste de uma cartela de 60 números, dentre os quais devemos acertar 6, portanto temos uma combinação onde devemos retirar 6 números de 60.
Combinações com repetiçõesAs combinações com repetições são combinações, conforme vistas acima, porém permitem que os elementos se repitam. Exemplo:
Se você resolvesse esse problema pela fórmula das combinações simples, a resposta seria 10. Porém, imagine que os 5 sabores oferecidos são morango, uva, chocolate, creme e baunilha e que um amigo seu gosta MUITO de morango. Ele poderia escolher 3 sorvetes de morango, certo? Então a fórmula correta para resolvermos questões desse tipo, seria: Dica: cuide com o texto da questão: “De quantos modos é possível comprar 3 sorvetes em uma loja que os oferece em 5 sabores?” é combinação com repetições. Enquanto que: “De quantos modos é possível comprar 3 sorvetes diferentes em uma loja que os oferece em 5 sabores?” é combinação simples. Vamos ver outro exemplo?
ResumindoDeixo aqui as fórmulas que você vai precisar para resolver cada caso. Para ser mais didático usarei as letras T para o total de elementos e E para a quantidade de elementos que estamos trabalhando no problema. Arranjo: Permutação simples: Permutação com repetições: Permutação circular: Combinação simples: Combinação circular: Agora, se você tem dúvidas quanto a qual método deve usar em uma questão, faça a seguinte pergunta: O número de objetos é igual ao número de posições? NÃO: A ordem dos elementos importa?
Exemplos:
O número de objetos é igual ao número de posições? Sim, pois temos 6 números e 6 posições, ou seja, é uma permutação. E se trata de uma permutação simples, pois os números não se repetem, e não devem ser dispostos ao redor de um círculo.
O número de objetos é igual ao número de posições? Não, porque temos 10 objetos e 6 posições. A ordem importa? Sim, note que a sequência 1,3,5,6,7,9 é diferente da sequência 9,7,6,5,3,1. Logo vamos utilizar arranjo.
O número de objetos é igual ao número de posições? Não, porque temos 8 cobaias e vamos escolher 3. A ordem importa? Não, ordem não importa, note que se numerarmos as cobaias de 1 a 8. E escolhermos a cobaia 2, 4, e 5 é a mesma coisa que escolher a cobaia 4, 5 e 2. Logo é uma combinação. E se trata de uma combinação simples, pois os elementos não podem se repetir. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 4. Toda matéria (www.todamateria.com.br)
Um conjunto é um conceito intuitivo. Entende-se por conjunto todo agrupamento bem determinado de coisas, objetos, pessoas, etc. Ex.: conjunto das vogais. Representação Existem três maneiras de representar um conjunto:
Conjuntos EspeciaisConjunto unitário: aquele formado por um só elemento.
Conjunto vazio: aquele formado por nenhum elemento. A representação do conjunto vazio é dado pelo símbolo ∅. O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto e, por isso, é considerado subconjunto de qualquer conjunto, inclusive dele mesmo. Cuidado! Não represente o conjunto vazio por {∅}, pois assim você está representando apresentando um conjunto unitário cujo elemento é o ∅. Conjunto universo: Quando desenvolvemos um determinado assunto dentro da matemática, precisamos admitir um conjunto ao qual pertencem todos os elementos que desejamos utilizar. Este conjunto é chamado de conjunto universo e é representado pela letra maiúscula U. Complementar: o complementar de um subconjunto A se refere aos elementos que não estão no conjunto A. Normalmente, o complementar se trata de maneira relativa à um conjunto universo, sendo o conjunto AC o complementar de A, que será formado pelos elementos de U que não pertencem a A. Exemplo:
RelaçõesA relação de Pertinência indica se um elemento pertence ou não a um determinado conjunto. Exemplo: Dado o conjunto A = {3; 4; 5; 6;}, podemos dizer que:
A relação de inclusão indica se um conjunto está contido dentro de outro conjunto. Esse fenômeno ocorre quando todos os elementos de um dado conjunto pertencem, também, a outro conjunto. Exemplo:
Cuidado com a direção do símbolo! A⊂B significa “A está contido em B”, enquanto que A⊃B significa “B está contido em A”. A relação de igualdade indica se dois conjuntos são iguais. Dois conjuntos A e B quaisquer serão iguais se, e somente se, simultaneamente A estiver contido em B e B estiver contido em A. Exemplo:
OperaçõesUnião: O conjunto formado pelos elementos de A ou B, ou seja, todos os elementos. A representação dessa operação é A∪B.
Intersecção: O conjunto formado pelos elementos que pertencem, simultaneamente, ao conjunto A e ao conjunto B. A representação dessa operação é A∩B.
Diferença: A diferença entre dois conjuntos quaisquer A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e não pertencem a B. A representação dessa operação é A–B.
Conjunto das Partes: Dado um conjunto A, dizemos que o seu conjunto de partes, representado por P (A), é o conjunto formado por todos os subconjuntos do conjunto A. Exemplo: Dado o conjunto A = {2;3;5;}:
Assim, o conjunto das partes do conjunto A pode ser apresentado da seguinte forma:
Para descobrir o número de elementos do conjunto das partes, sem ter de escrever todos os elementos, a fórmula é 2n, onde n é o número de elementos do conjunto. PropriedadesAs propriedades dos conjuntos possuem a mesma lógica do que as relações de equivalência, que vimos na lógica de proposição (Equivalência e Negação de Proposições Compostas). Você pode alternar entre as relações conforme for conveniente para a resolução das questões. Dados três conjuntos A, B e C, as seguintes propriedades são válidas: Propriedade comutativa Propriedade associativa
Propriedade distributiva
Se A estiver contido em B (A⊂B)
Resolução de QuestõesAlgumas dicas para ajudá-lo a resolver questões que envolvam conjuntos. Primeiramente, para montar o diagrama, lembre-se de sempre desenhar um espaço para o “todo”, o conjunto universo. Quando for preencher os valores, comece sempre pela intersecção e, ao preencher os valores dos conjuntos, subtraia o valor que você já colocou para a intersecção. Exemplo:
Bom, a questão quer saber o valor do todo. Vamos lá, primeiro preenchemos o valor da intersecção: 20. A seguir, preenchemos os valores de A e de B. O enunciado diz que 100 pessoas liam o jornal A, mas não vamos preencher o valor 100, pois dessas 100, 20 já estão na intersecção! Vamos preencher 80 para o conjunto A. Para o conjunto B, o mesmo processo, preenchemos com 90. E ainda temos 110 pessoas que não leem nenhum dos dois jornais. Colocamos esse valor do lado de fora dos conjuntos, mas dentro do conjunto universo. Agora basta somar todos os valores que temos no desenho: 110+90+80+20 = 300 pessoas. Esse é o valor do todo. Caso a questão vier lhe perguntado o valor da intersecção, mas lhe der o valor do todo. Basta somar todos os valores dos conjuntos individuais e subtrair do valor do todo. Exemplo:
Sabemos que o todo é 1.000. Então somamos 780+450 e temos 1240. Esses 1240-1000 = 240. Essa é nossa intersecção. 240 adolescentes gostam de futebol e de vôlei ao mesmo tempo. Se você quiser testar a sua resposta, faça o seguinte: Sabemos que para chegar ao todo, precisamos somar todos os valores, como vimos no exemplo anterior, certo? E sabemos também que devemos preencher primeiro a intersecção, e quando formos preencher os valores dos conjuntos específicos devemos subtrair o valor da intersecção, certo? E quais são nossos valores então?
Agora, basta somar tudo. (780-x)+(450-x)+x=1000 780-x+450-x+x=1000 780-x+450=1000 1240-x=1000 1240-1000=x 240=xBons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. 3. Raciocínio Lógico e matemática para concursos: CESPE/UNB / Fabrício Mariano, Marcos Almeida e Renato Oliveira - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 4. Vestibulando Web (www.vestibulandoweb.com.br) 5. Toda matéria (www.todamateria.com.br)
Questões sobre verdades e geralmente nos trazem algumas proposições onde algumas pessoas estão falando a verdade, e outras não. E temos de chegar a uma conclusão sobre algo que o enunciado pede. A principal dica que há para esse tipo de questão é: preste atenção à pessoa que sempre diz a verdade. Ou, caso não exista essa pessoa na questão, preste atenção àquela que diz sempre a mentira. E, se atenha ao que a questão está pedindo. Não fuja do contexto. Vamos ver alguns exemplos?
Vamos lá. Primeiro vamos identificar quem fala a verdade e quem fala mentiras.
Agora, verificamos o que cada uma está dizendo:
Sabemos que Tânia sempre fala a verdade então vamos começar por ela. Se Tânia estivesse sentada à esquerda ela não poderia falar “Tânia é quem está sentada no meio”, pois isso seria uma mentira e ela só fala a verdade. Do mesmo modo, ela não poderia estar sentada no meio, pois ela diria “Eu sou a Janete”, outra mentira. Logo, Tânia está sentada à direita. Se Tânia está sentada à direita e ela só diz a verdade. Então “Angélica é quem está sentada no meio”. E sobra para Janete a cadeira mais à esquerda. Logo, a resposta é a número 02. Vamos ver mais um exemplo?
Bom, sabemos que apenas um dos cinco estava mentindo e que apenas um dos cinco é o suspeito. Para resolver basta assumir uma das respostas como falsa, e todas as demais como verdadeiras e ver se elas se encaixam. Porém, para ganharmos tempo, se você olhar para as respostas, podemos perceber, de cara, que ou Celso ou Edu estava mentindo. Vamos testar a primeira: (V) Armando: "Sou inocente"; (F) Celso: "Edu é o culpado"; (V) Edu: "Tarso é o culpado"; (V) Juarez: "Armando disse a verdade"; (V) Tarso: "Celso mentiu";
Nenhuma proposição entrou em conflito com as demais e temos apenas um culpado, Tarso. A resposta é a número 05. Mas apenas para que você veja o que aconteceria, vamos ver outra opção. Vamos assumir que Armando estava mentindo, e os demais falando a verdade. (F) Armando: "Sou inocente"; (V) Celso: "Edu é o culpado"; (V) Edu: "Tarso é o culpado"; (V) Juarez: "Armando disse a verdade"; (V) Tarso: "Celso mentiu";
E já paramos por aqui. Sabemos que existe apenas um culpado, logo essa não é a resposta. Outra pessoa deve estar mentindo. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (https://www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009.
Quando falamos de implicação lógica estamos falando do condicional, o famoso se-então, ou P→Q, que inclusive, pode ser lido como P implica em Q. Então, questões de implicação lógica são questões que trabalham com o condicional. Nós já vimos o condicional e suas características, tabela verdade, equivalências e negações em posts anteriores, então nesse post eu vou trazer algumas questões e trazer algumas dicas sobre o condicional. Vamos lá?
Questão extremamente simples. O enunciado fala que a proposição A implica numa proposição B, logo, estamos falando do condicional, certo? Então a resposta só poder ser a número 2. Você deve estar pensando, mas é só isso? Sim! Inclusive essa é a definição de implicação lógica: “A proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia”. Vamos ver outra questão.
Para responder essa questão, você precisa aprender uma regrinha muito interessante do condicional, a regra do corte. Quando temos dois condicionais, com proposições na diagonal que afirmam a mesma coisa, podemos cortá-las. Exemplo. P→Q Q→RCortamos o Q na diagonal, restando P→R. A posição da diagonal não importa, desde que as afirmações digam exatamente a mesma coisa. Voltando à nossa questão, temos duas proposições: Se João passeia com seu cão, (então) ele escuta música. Se João vê TV, então ele não escuta música.Não temos aqui duas proposições afirmando a mesma coisas na diagonal. E agora? Pois vá lá no post sobre Equivalência e Negação de Proposições Compostas e veja qual a equivalência mais comum do condicional. Não basta negar tudo e inverter as posições? Então faremos isso com a nossa segunda proposição: “Se João vê TV, então ele não escuta música” se transforma em “Se João escuta música então ele não vê TV”. Então ficamos com: Se João passeia com seu cão, (então) ele escuta música. Se João escuta música, então ele não vê TV.Agora podemos cortar a proposição “escuta música” na diagonal. Fazendo isso ficamos com: Se João passeia com seu cão, então ele não vê TV.Verificando as alternativas, a respostas é a número 02. Vamos fazer mais uma?
Pois bem, a primeira vista, você tentaria resolver essa questão pelo método do Todo, Algum e Nenhum. Vamos tentar. O que a questão está pedindo? Ela nos trouxe uma afirmação e a partir dela está tentando concluir alguma coisa. Então ela quer a equivalência daquela afirmação. Qual a equivalência do Todo A é B? Nenhum A não é B. Ou, no nosso caso “(Não existe uma ou Nenhuma) pessoa gorda (que) não come muito”. E não temos essa alternativa, embora você possa se confundir com a número 05. Pois bem, lembre-se de uma coisa: o todo é o se-então e vice-versa. Dizer que “Toda pessoa gorda come muito” é a mesma coisa que dizer que “Se uma pessoa é gorda, então ela come muito”. Mas também não temos essa alternativa. Então vamos ver as equivalências. A equivalência mais comum do condicional é negar tudo e inverter. Então ficamos com “Se uma pessoa não come muito, então ela não é gorda”. Verificando as alternativas, chegamos à conclusão de que a resposta é a número 02. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (https://www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009.
Hoje veremos o que é a Lógica de Argumentos, onde ela vive e do que se alimenta. Mas antes de vermos isso, precisamos saber o que é um argumento, certo? Um argumento é um conjunto de proposições divididas em premissas e conclusões. Por exemplo: “Toda mulher é inteligente. Todo inteligente é competente. Ana é inteligente. Portanto, Ana é competente.” Nesse exemplo temos três premissas e uma conclusão. O que geralmente é pedido nas questões é definir se a conclusão é verdadeira, ou se o argumento é válido. Veremos a seguir como descobrir isso. Mas já adianto, tente não usar a lógica da língua portuguesa para resolver questões desse tipo. Você lendo o exemplo acima pode achar que a resposta parece óbvia, mas não vai funcionar em todos os casos. Muitas vezes você chegará na resposta errada! Os termos que separam as premissas das conclusões são diversos, dentre eles, temos: portanto, logo, com isso, sendo assim, por isso, etc. É importante que você saiba desde já que as premissas e/ou as conclusões podem ser absurdas ou mesmo falsas do ponto de vista da língua portuguesa, mas ainda assim o argumento poderá ser válido. Atente apenas para o que a questão está dizendo. Exemplo: “Todo cachorro é verde. Todo verde é vegetal. Logo, todo cachorro é vegetal”. Tipos de ArgumentosA dedução corresponde a determinar a conclusão. Ela parte de situações gerais para chegar a conclusões particulares. Exemplo: “Quando chove, a grama fica molhada. Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada”. A indução corresponde a determinar a regra. Ela tenta aprender a regra a partir de diversos exemplos. Exemplo: “Laranja tem vitamina C. Limão tem vitamina C. Acerola tem vitamina C. Sendo assim, toda fruta tem vitamina C”. A abdução corresponde a determinar a premissa. Ela usa a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: “Quando chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido“. A analogia é uma comparação, ela parte de situações já conhecidas para chegar em outras semelhantes. Exemplo: “No Paraná tem praia. No Maranhão tem praia. No Espírito Santo tem praia. Logo, todos os estados do Brasil tem praia”. A falácia é um argumento falso, que não consegue provar o que diz. Exemplo: “Eu sou canhoto. Você é canhoto. Portanto, todos são canhotos”. O silogismo é um argumento formado por duas premissas e uma conclusão. Exemplo: “Todo esforçado conseguirá o que quer. Theo é esforçado. Com isso, Theo conseguirá o que quer”. Repare que os argumentos podem ser de mais de um tipo ao mesmo tempo. Mas não perca muito tempo decorando esses tipos, pois não costumam cair em prova. ClassificaçãoOs argumentos válidos (ou bem construídos) são aqueles que as premissas garantem a conclusão. Exemplo: “Toda mulher é bonita. Maria é mulher. Portanto, Maria é bonita”. Os argumentos inválidos (ou mal construídos) são aqueles que as premissas não garantem a conclusão. Exemplo: “Todo professor é aluno. Daniel é aluno. Logo, Daniel é professor” Resolução por Diagramas LógicosVamos resolver uma questão de argumentos por diagramas sempre que no argumento aparecer as palavrinhas todo, algum, nenhum ou seus sinônimos. Representaremos o que for dito em forma de desenhos de conjuntos e então verificaremos se o que está sendo pedido está certo. Esse método é muito utilizado em concursos pois tende a confundir as pessoas, principalmente nas questões em que temos mais de uma opção de desenho para o mesmo enunciado. Lembrando que, quando isso ocorrer (mais de um desenho para o mesmo argumento), a questão só estará certa se todos os desenhos satisfazerem a mesma condição! No post Todo, Algum e Nenhum eu falei sobre a representação dos conjuntos, mas vou relembrá-lo: Todo A é B: O conjunto A está contido dentro de B. Algum A é B: O conjunto A intersecta o conjunto B. Nenhum A é B: Os conjuntos não se tocam. Algumas dicas para resolver questões utilizando conjuntos são: Desenhe primeiro o conjunto do “todo”, depois o do “nenhum” e por último o do “algum”. O “algum” geralmente tem pelo menos duas opções de desenho e geralmente possui uma parte do conjunto do lado de fora. Vamos aos exemplos para que você entenda melhor.
Desenhamos primeiro o “todo”, o conjunto das estrelas, dentro do conjunto da luz própria. A seguir desenhamos o “nenhum”. O conjunto dos planetas não toca o conjunto da luz própria.
Desenhamos primeiro o conjunto do “todo”, ou seja, os nefelibatas dentro dos melancólicos. Em seguida desenhamos o “algum”. Note que o enunciado não fala que “todo poeta é melancólico”, logo, uma parte do conjunto dos poetas estará do lado de fora do conjunto que desenhamos anteriormente.
A resolução dessa questão é exatamente da mesma forma que acima. Mas trouxe esse exemplo para te lembrar de que uma premissa não pode ser uma conclusão. A resposta número 5 está errada e você pode eliminá-la logo de cara. A resposta para essa questão é a letra A. A) Algum Z é Y, correto.B) Algum X é Z, errado, todo X é Z.C) Todo Z é X, errado, algum Z é XD) Todo Z é Y, errado, algum Z é YE) Algum X é Y, errado pois uma premissa não pode ser uma conclusão, independentemente se a lógica está correta, e está correta nesse caso.
Questão mais complexa. Mas vamos lá. Não temos o “todo”, desenhamos então primeiro o nenhum. Os conjuntos filósofos e ricos não se tocam. A outra premissa nos diz que alguns professores são ricos, então vamos desenhar o conjunto professores intersectando o conjunto dos ricos. Porém, note que o enunciado não fala que “nenhum professor é filósofo”. Logo, deve haver também um conjunto professores intersectando o conjunto dos filósofos. Mas, como já sabemos que “alguns professores são ricos”, esse conjunto deve intersectar ambos, filósofos e ricos. Note, que o enunciado também não fala que “alguns professores são ricos e filósofos“, logo são duas possibilidades. Teremos dois conjuntos professores então? Isso mesmo! E a resposta certa deve funcionar para ambos os casos! A) Alguns filósofos são professores, errado, pois dá certo em apenas um caso.B) Alguns professores são filósofos, errado, pois dá certo em apenas um caso.C) Nenhum filósofo é professor, errado, pois algum filósofo é professor.D) Alguns professores não são filósofos, certo em ambos os casos. E) Nenhum professor é filósofo, errado, pois dá certo em apenas um caso. Agora você precisa praticar. Sei que esse último exemplo talvez tenha sido um pouco complexo para a sua cabecinha. Mas leia tudo novamente com calma e pratique com exercícios! Resolução por Operadores LógicosQuando não temos como resolver a questão utilizando os conjuntos, utilizamos os operadores lógicos. Existem três métodos de resolução possíveis. Método das premissas verdadeirasUtilizamos este método sempre que nas premissas aparecer uma proposição simples ou uma conjunção. Para resolver assumimos tudo como verdadeiro, e vamos resolvendo através dos nossos conhecimentos sobre a tabela verdade dos conectores, até descobrirmos o valor de todas as proposições simples. E então, verificamos as alternativas para encontrar a correta. Exemplo:
Primeiro assumimos todas as premissas como verdadeiras: (v) = surfo ou estudo (v) = fumo ou não surfo (v) = velejo ou não estudo (v) = não velejoPartimos da proposição simples “não velejo” e substituímos o seu valor em outra proposição que contenha o “velejo“. Nesse caso, temos “velejo ou não estudo“.
Seguimos.
Seguimos.
Pronto. Já sabemos o valor de todas as proposições simples. Agora vamos verificar as alternativas para encontrar a correta:
Concluímos então, que a resposta correta é a número 5. Parece complexo mas é bem simples, se você se perdeu em algum momento leia novamente com calma e qualquer dúvida deixe um comentário, que responderei com prazer. Caso a questão peça para identificar se o argumento é válido, faça o mesmo processo e verifique a conclusão. Caso a conclusão tenha ficado verdadeira o argumento será válido, caso a conclusão tenha ficado falsa, então o argumento será inválido. Método da conclusão falsaUtilizamos este método quando não podemos resolver por conjuntos nem pelo método das premissas verdadeiras. E devemos observar que, na conclusão deve aparecer uma proposição simples, uma disjunção ou um condicional. Nesse caso, assumimos a conclusão como falsa, e as premissas como verdadeiras. Caso essa situação se mantenha (premissas verdadeiras e conclusão falsa) o argumento será inválido. Se, pelo menos uma das premissas ficar falsa, então o argumento será válido. Exemplo:
Vamos primeiro organizar nossas proposições e assumir a conclusão como falsa e as premissas como verdadeiras. (V) = Se um homem é prudente, então ele é competente. (V) = Se um homem não é prudente, então ele é ignorante. (V) = Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças. (V) = Se um homem é competente, então ele não é violento. (F) = Se um homem é violento, então ele não tem esperanças.Todas as proposições são condicionais (P→Q), e como sabemos, a única forma do condicional ser falso é o “vai fugir” V→F. Então vamos lá. Sabemos que a conclusão é falsa, então de cara, já sabemos que a primeira é verdadeira e a segunda é falsa, logo:
Vamos substituir essas proposições nas demais, da mesma forma que fizemos no outro método. Até encontrarmos os valores de todas as proposições.
Seguimos.
Seguimos.
Seguimos.
Pronto. Descobrimos os valores de todas as proposições simples. E verificamos que as premissas se mantiveram verdadeiras e a conclusão se manteve falsa. Logo, o argumento é válido, e a resposta da questão é CERTO. Método da tabela verdadeUsamos o método da tabela verdade quando não podemos utilizar nenhum dos outros métodos acima. Para resolver através desse método temos que construir a tabela verdade de todas as premissas e da conclusão então verificar as linhas em que todas as premissas são verdadeiras ao mesmo tempo. Se, em todas essas linhas a conclusão também for verdadeira, então o argumento será válido, caso contrário o argumento será inválido. Exemplo:
Vamos então montar a tabela verdade dessa proposição. Para isso vamos primeiro identificar as proposições. Temos três proposições e uma conclusão.
Agora, para facilitar, vou atribuir uma letra para cada proposição.
Temos então:
Não vou explicar aqui como montar a tabela, porque esse post já está bem comprido e porque eu já expliquei passo a passo em outro post (Tabela Verdade). Agora, observamos as linhas em que todas as premissas são verdadeiras ao mesmo tempo. E, nestas linhas, observamos se a conclusão também é verdadeira. Temos quatro linhas onde todas as premissas são verdadeiras ao mesmo tempo, porém em apenas duas a conclusão também é verdadeira. Logo, o argumento é inválido. A resposta da questão é ERRADO. Esse post foi bem comprido, mas espero ter coberto todas as possibilidades. Leia novamente com calma e, se ficou com alguma dúvida, escreva abaixo nos comentários. Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (https://www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009.
Um dos tópicos mais importantes e que mais cai em prova dentro da Lógica de Proposições é a equivalência e a negação de proposições compostas. Imagine a seguinte questão: Uma sentença logicamente equivalente à sentença “Se Pedro é torcedor da Chapecoense, então ele nasceu em Chapecó” é… O que a questão está lhe pedindo? Está pedido uma proposição que seja equivalente à P→Q. E se a questão aparecesse assim: Uma sentença logicamente equivalente à negação da sentença “Se Pedro é torcedor da Chapecoense, então ele nasceu em Chapecó” é… Agora a questão está lhe pedindo a negação de P→Q ou ¬(P→Q). Para resolver esse tipo de questão basta que você se lembre das equivalências e negações que vou mostrar abaixo. Sim, são muitas, mas infelizmente você terá que lembrar delas. As mais comuns de aparecerem em questões são as conjunções (∧), disjunções (∨) e condicionais (→). Foque nelas, mas não deixe de dar uma olhada nas demais. EquivalênciasMostrarei as equivalências das proposições compostas no formato P∧Q = Q∧P, entenda como “P∧Q é equivalente a Q∧P”. Conjunção A equivalência da conjunção é apenas a inversão das proposições simples de lugar. Disjunção A Equivalência da disjunção nega a primeira, implicando a segunda; E também a inversão das proposições simples de lugar. Condicional A Equivalência do condicional nega a primeira OU a segunda; Porém a mais comum é a nega tudo e inverte. Bi-condicional A Equivalência do bicondicional é o próprio bi-condicional. Invertendo as proposições; Negando as duas proposições na posição original; Negando as duas proposições, invertendo a ordem; Lembre que um bi-condicional (P↔Q) significa que P→Q e ao mesmo tempo Q→P logo, (P→Q)∧(Q→P) também é uma equivalência.
Disjunção Exclusiva A Equivalência da disjunção exclusiva é a próprio disjunção exclusiva. Invertendo as proposições; Negando as duas proposições na posição original; Negando as duas proposições, invertendo a ordem; Lembre que uma disjunção exclusiva significa ou…, ou. Ou uma ou a outra, nunca as duas ao mesmo tempo. Logo, ou P é verdadeiro e Q é falso, ou P é falso e Q é verdadeiro. Por isso (P∧¬Q)∨(¬P∧Q) é uma equivalência. Da mesma forma, uma das duas é verdadeira, e ao mesmo tempo uma das duas é falsa. Por isso (P∨Q)∧¬(P∧Q) também é uma equivalência.
NegaçãoMostrarei as negações das proposições compostas no formato ¬(P∧Q) = ¬P∨¬Q, entenda como “a negação de P∧Q é ¬P∨¬Q”. Conjunção Também conhecida como uma das Leis de Morgan, para negar uma conjunção, basta negar as duas proposições simples e trocar o E (∧) por um OU (∨). Disjunção Também conhecida como uma das Leis de Morgan, para negar uma disjunção, basta negar as duas proposições simples e trocar o OU (∨) por um E (∧). Condicional Também conhecida como uma das Leis de Morgan, para negar um condicional, mantemos a primeira E (∧) negamos a segunda. Bi-condicional A negação do bi-condicional é uma disjunção exclusiva. Ou também, mantém-se o bi-condicional e nega-se apenas uma das proposições simples.
Disjunção Exclusiva A negação da disjunção exclusiva é um bi-condicional. Ou também, mantém-se a disjunção exclusiva e nega-se apenas uma das proposições simples.
Bons estudos a todos! Fontes: 1. Qconcursos (https://www.qconcursos.com) 2. Apostila de Lógica Matemática, João Carlos Gluz. - 1. ed. - São Leopoldo/RS: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, 2009. |