O atual estágio avançado da globalização faz o mundo serviço hoje como uma aldeia porque isso ocorre


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Tipo: Livro
Livro
Título: Ciências e educação popular comunitária: outros saberes, apropriações outras
Autor(es): Guerra, Denise Moura de Jesus
Abstract: Abrir caminhos, eis o que a pesquisadora Denise Guerra institui nos seus argumentos centrais neste livro de relevância inconteste. Qualificar histórica e formativamente a relação entre ciência e educação, é o que a educadora implicada na educação comunitária popular vai configurar numa obra eivada de insights extremamente pertinentes e refinados sobre a educação científica. Atribuir sentidos radicalmente democráticos à formação em ciência é o que a formadora de pensadores científicos no seio educacional vai instituir, de um jeito singular, em face da sua vasta experiência no trabalho de formação de educadores engajados no campo da educação científica. O que Denise Guerra institui nas páginas de toda a sua obra é explicitar, de forma profunda, a problemática da construção do conhecimento, retirando-a do registro hermafrodita do cânon da ciência estabelecida. Dadas as condições, a educação científica passa a ser, no pensar desta educadora, uma questão da sociedade civil em processo de esclarecimento via formações responsáveis e ampliadas. É aqui que rigor, ética e política, atravessados pelo ethos educacional e pela estética formativa das culturas, no plural mesmo, seminalizam os argumentos da autora, esgarçando a relação com os saberes que historicamente apresentam-se em pertinência para compreender as problemáticas que se nos apresentam, na medida em que também os criamos. Neste caminho, ciência e humanidade produzem uma unidade repleta de multiplicidades e formas de pensar e fazer que não pode jamais emergir como algum tipo de propriedade privada, por mais que as relações de poder aí também se estabeleçam e criem histórias, levando em conta o conhecimento dito científico e suas temporalidades. Mas, da nossa perspectiva, num processo de “devoração” dos argumentos que a pesquisadora em pauta elabora, o que nos mobiliza, é como se produz na transversalidade desta obra uma certa relação entre a construção do conhecimento científico e os processos formativos que o implicam. Há aqui o que chamaríamos de une belle démarche sobre a educação científica. Há aqui, também, em termos de uma formação para compreensão da ciência, o que podemos denominar de uma différence scientifique en train de se faire. Nestes termos, a obra abre um outro caminho, caminho do futuro de uma formação científica popularizada, no sentido da sua radicalização democrática, no qual hierarquizações rígidas tendem a se dissolver numa intercrítica entre saberes que se apresentam como relevantes e pertinentes, produzidos por paradigmas que acolham a ideia trabalhada por mim e os colegas Dante Galeffi e Álamo Pimentel de um rigor outro, não simplificado, não naturalizado a partir de uma só lógica, privatizada por algum segmento social e sua temporalidade própria. É assim que para mim, comunitariamente constituída, a ciência teria mais a ver com a nossa human-idade, com a dignidade dessa invenção humana tão necessária à qualificação da vida, mas, também, para a crítica da sua epopeia humana. Felicitações, Denise. Que essa obra seja mais um facho de luz a iluminar uma área que, predominantemente, apresenta-se ainda como um habitus que se reproduz a partir do poder de poucos. Seu livro, na sua singularidade, fala de muitos, possibilita que vozes apareçam da escuridão de uma ciência moribunda, para um fazer científico e formativo rigorosamente plural, culturalment e heterogêneo.
Palavras-chave: CiênciaEstudo e ensinoEducação popular

Educação comunitária

Editora / Evento / Instituição: EDUFBA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: //repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16798
Data do documento: 2012
Aparece nas coleções:Ciências Humanas (EDUFBA)

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Análise dos trabalhos apresentados na década de 1990
Reinaldo Matias Fleuri

O núcleo temático, em torno do qual o GT de Educaçào Popular veio tecendo na última década do século XX sua identidade teórico-metodológica, no diálogo com os outros GTs da ANPEd, parece ser justamente a busca de reelaboração de modelos epistemológicos a partir e em função da diversidade de perspectivas e de interesses que constituem os saberes das classes populares. Tal hipótese pode orientar um estudo mais atento dos trabalhos discutidos no GT Educação Popular, no sentido de apreender suas contribuições específicas para a discussão sobre a questão epistemológica e metodológica da educação popular, numa década em que a ANPEd veio mobilizando os pesquisadores em educação no Brasil em torno de temáticas que focalizam acrise dos paradigmas, os fundamentos da ética e da ciência, do poder e da política, a globalização e exclusão social, astensões entre a pesquisa e a política, o conhecimento e poder. Percebe-se uma grande afinidade e mesmo pioneirismo dos estudos debatidos no GT Educação Popular em relação aos temas gerais priorizados pelas últimas Reuniões Anuais da ANPEd. Assim, a partir da rápida retrospectiva histórica do GT Educação Popular esboçada acima, pode-se detectar que, acompanhando e quase precedendo a evolução da temática geral destas reuniões, a discussão sobre a relação sobre o conhecimento na educação popular, colocada no GT em 1992, impulsiona em 1993 a crítica dos pressupostos epistemológicos da educação popular, no contexto da crise de paradigmas e da emergência da nova ordem mundial. Introduz-se o referencial da hermenêutica para a análise da metodologia de educação popular. Tal discussão dos modelos de conhecimento enseja a tematização, em 1994, da crise de compreensão dos saberes das classes populares por parte dos mediadores em educação popular. Tal debate é alimentado com estudos da sociodinâmica, dasrepresentações sociais e do imaginário. Em 1995, aprofunda-se o debate sobre as relações de poder inerentes à elaboração e à relação entre saberes. Em 1996, formulam-se teorias capazes de permitir novas interpretações das relações de saber-poder nas formas emergentes de organização popular (como a teoria do apoio social), ou na elaboração coletiva do conhecimento (como asociopoética). Em 1997, a produção do Encontro de Intercâmbio consolidou a crítica aos pressupostos epistemológicos da ciência e da educação popular, e a perspectiva da complexidade veio contribuir para formulação das perspectivas teóricas emergentes nas propostas da teoria do apoio social e da sociopoética. Já na Reunião deste mesmo ano, o tema dareligiosidade popular ampliou os estudos que vinham se fazendo a respeito do apoio social na busca de se entender as formas emergentes de organização popular. Tal linha de pesquisa foi reforçada pela retomada do enfoque das representações sociais e pela discussão dos padrões sócio-culturais populares. Em 1998, o aporte da teoria das configurações amplia o enfoque da teoria da complexidade na busca compreensão da diversidade/unidade de sentidos e dimensões da educação popular, nos diferentes campos e movimentos sociais.

Os estudos recentes discutidos no GT Educação Popular indicam, portanto, que os modelos teóricos desenvolvidos por intelectuais brasileiros para interpretar os problemas e as práticas dos movimentos populares – no contexto de amplas mobilização sociais e culturais dos anos 60, ou no contexto de resistência à ditadura dos anos 70, ou então nos processos massivos de luta pela de redemocratização política dos anos 80 – foram colocados em questão nos anos 90. O que aparece como crise dos movimentos sociais passa a ser percebido como crise dos modelos de conhecimento a partir dos quais os intelectuais, profissionais e militantes têm buscado entender realidade dos movimentos sociais. Trata-se de uma crise de legitimidade do saber científico, frente à legitimidade e autonomia dos saberes dos diferentes grupos e movimentos sociais, que se configuram como uma rede múltipla e variável de relações de poder. De um lado, a explicitação destas relações de poder coloca em questão o próprio estatuto de cientificidade do saber acadêmico que, por sua configuração epistemológica, tem negligenciado dimensões essenciais da realidade e da prática social. De outro lado, os diferentes sujeitos sociais que emergem no cenário político e cultural reivindicam o reconhecimento da diferença de suas identidades, de suas práticas, de seus saberes e de suas culturas, ao mesmo tempo que a igualdade de oportunidades e de direitos no jogo social de poder. Os campos da cultura e da constituição das subjetividades, aparecem como espaços privilegiados de luta, tão importante quanto os campos político, econômico e ecológico.

Dados do Grupo

Coordenador:

Valéria Oliveira de Vasconcelos / UNISAL

E-mail do Coordenador:

Vice-coordenador:

Sandro de Castro Pitano / UCS

Grupos de Pesquisa Documentos

A globalização é um processo de integração entre os países. A integração é estabelecida em conformidade com a economia, a política e a cultura. Embora seja um processo que passou a ser discutido a partir do final do século XX, foi iniciado nos séculos XV e XVI. Como todo processo histórico, é marcado por fases que vão desde as Grandes Navegações europeias aos dias atuais.

Ao longo de seu desenvolvimento, a globalização se estabeleceu em dois tipos: econômica e cultural. Ela é caracterizada pela expansão da produção e do comércio mundial, desenvolvimento das técnicas e tecnologias e crescimento das redes de informações, que permitem maior circulação de capitais pelo mundo. Suas vantagens estão ligadas aos processos que permitem a própria evolução do sistema capitalista. Como desvantagens, há a expansão dos problemas ambientais e o aumento das desigualdades socioeconômicas.

Leia também: Como a globalização é cobrada no Enem?

Resumo sobre globalização

  • Globalização é a atual fase do capitalismo mundial. Pode ser definida como o processo de integração entre os países.

  • Apresenta-se em dois tipos: globalização econômica, produzida pela hegemonia do sistema capitalista no mundo, e globalização cultural, caracterizada pela mundialização dos hábitos de consumo.

  • A expansão do comércio global, o aumento da produção industrial, o crescimento das trocas comerciais, a expansão das redes de informação e a grande circulação de capitais no mercado financeiro são as maiores características da globalização.

  • A história da globalização está diretamente ligada à ocorrência das Grandes Navegações europeias do século XV e se desenvolveu por fases: Grandes Navegações e Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e fim da Segunda Guerra, Guerra Fria e fim da Guerra Fria aos dias atuais.

  • As principais vantagens da globalização são os melhoramentos técnicos e tecnológicos, a ampliação dos mercados e da geração de riquezas e a maior difusão de informações.

  • As principais desvantagens da globalização são o aumento das desigualdades socioeconômicas, o crescimento do mercado informal, o favorecimento às crises econômicas e a intensificação dos problemas ambientais.

  • Os principais efeitos da globalização são o aumento do consumo, o maior volume de informações, o desenvolvimento tecnológico, a redução dos direitos trabalhistas, o aumento da concorrência entre empresas e países e a massificação cultural.

  • O Brasil participa ativamente do processo de globalização mundial como país de economia emergente e como participante das principais organizações mundiais: ONU, OMC e G-20.

  • A globalização tem intensificado os problemas ambientais por causa do aumento da exploração de recursos naturais em todo o mundo, o que ocorre devido à elevação da produção mundial de mercadorias.

Videoaula sobre globalização

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O que é a globalização?

Globalização é o processo de integração dos países. Ocorre em função da expansão econômica do sistema capitalista e envolve a economia, a política e a cultura. Caracteriza-se pela intensificação da circulação de pessoas, mercadorias, informações e capitais pelo espaço geográfico mundial, os chamados fluxos da globalização.

Esses fluxos encontram facilidade de circulação em virtude de dois aspectos básicos: evolução dos meios de transportes e evolução das comunicações. A evolução tecnológica desses dois elementos estabelece um mundo, nesse contexto, sem barreiras, a chamada “aldeia global”.

Quais são os tipos de globalização?

É possível perceber a integração em vários aspectos, de modo que a globalização pode se apresentar em diferentes tipos.

Marcada pela expansão da produção e trocas de mercadorias e serviços em praticamente todos os países do mundo. Essa dispersão da produção foi acelerada a partir do final da Segunda Guerra Mundial, tendo na figura das empresas transnacionais sua principal causa.

A associação dos países em blocos econômicos é outra característica da globalização econômica. O objetivo básico de um bloco econômico é o fomento do comércio de seus países-membros a fim de fortalecer suas economias.

Aumento da concorrência, competição e exploração da mão de obra são resultados da globalização. Os países estão cada vez mais dependentes dos capitais que circulam no mundo em busca de vantagens.

O atual estágio avançado da globalização faz o mundo serviço hoje como uma aldeia porque isso ocorre
McDonald’s em Nara, no Japão. Empresas transnacionais são um símbolo da globalização. [1]

A globalização cultural é verificada por meio da facilidade na circulação de informações pelos países. A evolução das comunicações permite que pessoas, empresas e governos troquem informações de forma mais ágil. O advento e popularização da internet é o principal aspecto da globalização cultural. Hábitos de consumo e valores estéticos estão cada vez mais próximos e semelhantes entre as pessoas do mundo, pois a troca de informações culturais é mais facilitada.

Leia também: Aspectos culturais da globalização — os efeitos da mundialização do capitalismo nas sociedades

Quais as características da globalização?

As principais características da globalização incluem:

  • redução das barreiras para a circulação dos fluxos de pessoas, informações, mercadorias e capitais;

  • expansão das empresas transnacionais, que se caracterizam pelo estabelecimento de suas atividades produtivas em vários países, sempre atraídas pelas vantagens de custos mais baixos de produção;

  • ampliação do mercado financeiro, especialmente por causa da facilidade que o capital especulativo encontra para circular no mundo por meio dos avançados sistemas de comunicação;

  • surgimento e crescimento dos blocos econômicos e redução das barreiras protecionistas;

  • aumento das migrações internacionais;

  • intensificação das desigualdades socioeconômicas;

  • maior difusão de informações;

  • agravamento dos problemas ambientais em escala global.

História da globalização

A maior parte dos estudiosos da globalização entende que o processo foi iniciado com as Grandes Navegações do século XV e XVI, pois a partir delas o comércio mundial aumentou, possibilitando maior integração entre os países.

Trata-se de um processo crescente ao longo da história. As revoluções industriais e os avanços técnicos e tecnológicos, especialmente na segunda metade do século XX, favoreceram as trocas comerciais e, naturalmente, aumentaram a integração dos países.

Por se tratar de um processo histórico, a globalização pode ser entendida como uma evolução marcada pelas seguintes fases:

Grandes Navegações e Primeira Revolução Industrial: expansão das relações capitalistas para além do espaço geográfico europeu, aumento das relações comerciais entre países de diferentes continentes e produção industrial nascente.

Segunda Revolução Industrial e fim da Segunda Guerra: caracterizada pelo crescimento da produção industrial, que se expandiu para diversos países. Além disso, pelo advento do neocolonialismo, ou seja, a colonização da Ásia e África. Destacam-se também a evolução tecnológica dos meios de transportes, o surgimento de novas fontes de energia, a maior necessidade de matérias-primas pelos países, as disputas por mercados de consumo e o crescimento das cidades.

Guerra Fria: a partir do fim da Segunda Guerra até o colapso do sistema socialista, na década de 1990, a evolução tecnológica que marcou a disputa entre capitalismo e socialismo contribuiu significativamente para a facilitação dos fluxos que marcam a globalização.

Fim da Guerra Fria aos dias atuais: hegemonia do capitalismo como sistema econômico. A globalização avança por todos os países. Suas características tornam-se comuns em países e sociedades ao longo do espaço geográfico terrestre.

Leia também: Fluxo de informações — a rede de comunicação estruturada pelo processo de globalização

Vantagens e desvantagens da globalização

Como qualquer processo histórico de construção que envolve a sociedade, é possível considerar vantagens e desvantagens na globalização.

São vantagens:

  • melhoramentos técnicos e tecnológicos nos processos que envolvem a produção e circulação de mercadorias;

  • maior difusão de informações entre pessoas;

  • aumento significativo na produção de riquezas;

  • melhoramento da qualidade técnica nos serviços e mercadorias, bem como a redução de seus preços;

  • ampliação dos mercados, com a introdução de mais países na produção de bens;

  • avanços científicos;

  • facilidade nas transações financeiras.

São desvantagens:

  • intensificação das desigualdades econômicas verificadas entre pessoas, empresas e países;

  • favorecimento crescente dos países mais desenvolvidos, que exploram e detêm o desenvolvimento científico e tecnológico;

  • redução gradativa dos direitos trabalhistas, a fim de garantir maior vantagem às empresas transnacionais, que buscam locais com mão de obra mais barata para instalar suas estruturas de produção;

  • aumento dos problemas ambientais em escala global;

  • favorecimento da ocorrência de crises financeiras por causa da integração dos mercados dos países;

  • dificuldades dos países mais pobres no mercado concorrencial global;

  • crescimento da economia informal em razão do aumento do desemprego gerado pela evolução tecnológica.

Quais são os efeitos da globalização?

É possível enxergar os efeitos da globalização no dia a dia, na vivência em sociedade. Os principais deles são:

  • aumento do consumo;

  • maior volume de informações;

  • desenvolvimento tecnológico que gera facilidade na circulação dos fluxos da globalização;

  • desemprego;

  • maior exploração da mão de obra;

  • massificação cultural;

  • aumento da concorrência.

Globalização no Brasil

O Brasil está inserido no processo de globalização. A partir das Grandes Navegações dos séculos XV e XVI, teve início a colonização portuguesa, marcando a inserção do nosso território no comércio global.

É importante destacar que a posição de subdesenvolvimento econômico sempre esteve presente na construção histórica do Brasil. Dependente dos investimentos provenientes de países desenvolvidos, das tecnologias estrangeiras e dos produtos importados e servindo aos interesses das grandes corporações internacionais, a posição brasileira na globalização é de país subordinado.

No comércio internacional, o Brasil se destaca pelo fornecimento de produtos primários, em geral caracterizados pelos baixos preços. O país carece do fornecimento de produtos com maior valor agregado.

Durante a década de 1990, com o estabelecimento de políticas neoliberais por parte do Estado brasileiro, o país foi inserido de forma incontestável no processo de globalização, uma vez que a redução da participação do Estado na economia é uma das premissas da globalização mundial.

Globalização e o meio ambiente

Na atual fase da globalização, os debates sobre as questões ambientais ganham força à medida que os problemas em escala global se tornam nítidos. Também é possível observar o crescimento de organismos internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e organizações não-governamentais como o Greenpeace, que se dedicam à identificação, discussão e apontamentos relacionados à resolução dos principais problemas ambientais que foram intensificados com a globalização.

O crescimento da produção mundial de mercadorias, a maior necessidade de matérias-primas, a utilização emergente de fontes de energia e o aumento da geração de resíduos são as principais razões para a ampliação dos problemas ambientais em escala global.

Problemas ambientais urbanos e rurais ganharam o mundo na globalização, com destaque àqueles ligados à poluição atmosférica, ao desmatamento, à extração mineral, ao esgotamento dos solos agricultáveis e à poluição das águas.

Videoaula sobre os movimentos antiglobalização

Exercícios resolvidos sobre globalização

Questão 1

(Enem 2019) Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma escolha.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

Do ponto de vista conceitual, a transformação identitária descrita resulta na constituição de um sujeito:

a) altruísta.

b) dependente.

c) nacionalista.

d) multifacetado.

e) territorializado.

Resposta:

Letra D

A questão estabelece características da globalização cultural, que gera um indivíduo que sofre a influência das informações que circulam em todo o mundo por vários canais.

Questão 2

(Enem 2020) Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.

HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea. Disponível em: http://www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).

O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre:

a) tecnologias da informação e desemprego estrutural.

b) livre mercado e construção de barreiras fronteiriças.

c) blocos supranacionais e ineficiência do transporte.

d) desconcentração industrial e concentração de capital.

e) redução da pobreza e aumento da desigualdade social.

Resposta:

Letra B

Uma das características marcantes da globalização é o aumento da circulação de pessoas pelo espaço geográfico devido à evolução dos meios de transportes. Ao mesmo tempo em que há esse aumento, percebe-se a dificuldade de indivíduos migrarem, especialmente entre países desenvolvidos, o que contradiz o conceito de “mundo sem fronteiras”, característico da globalização.

Crédito da imagem

[1] MAHATHIR MOHD YASIN / Shutterstock