O que pode ser dor no coração

Por: Harry Correa Filho - Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132
Publicado em 10/02/2022

O que pode ser dor no coração

A dor no peito é um sintoma que levanta muitas preocupações entre as pessoas, visto que elas relacionam esse sintoma com problemas cardiovasculares. Mas esse mal-estar também pode estar relacionado com outras coisas, como questões digestivas, respiratórias ou ainda transtornos psicológicos, como a ansiedade e a síndrome de pânico.

Por isso, ao sentir dor no peito é preciso ficar atento, especialmente quando acompanhado de outros sintomas, como mal-estar e dificuldade para respirar. Nesses casos, recomenda-se procurar um pronto-socorro para ocorrer o diagnóstico e, caso necessário, iniciar o tratamento adequado.

Continue lendo para saber mais sobre a dor no peito, suas possíveis causas e quando é necessário ir a um hospital.

O que pode causar a dor no peito?

Sentir dor no peito no lado esquerdo ou direito, como já falado, pode ser um sintoma de diversos problemas de saúde. Mas, na maioria dos casos, está relacionada com uma dessas patologias:

  • refluxo;

  • gastrite;

  • úlcera;

  • ansiedade ou crise de pânico e

  • embolia pulmonar.

Também pode estar diretamente relacionada com o infarto, também chamado ataque cardíaco. Essa condição ocorre quando o fluxo sanguíneo, por alguma razão, é bloqueado. Normalmente, isso acontece quando há a formação de uma placa de gordura ou de um coágulo.

Como saber se a dor no peito é um sintoma do infarto?

Para saber se a dor no peito está relacionada com o infarto é preciso entender que os sintomas ocorrem de forma bem característica.

Nesses casos, a dor é bem intensa, podendo irradiar para outras partes do corpo, como:

  • ombros;

  • braços e

  • abdômen.

Na maioria das vezes, os pacientes sentem dor no lado esquerdo do corpo, principalmente no braço.

Esse desconforto ocorre quando há o entupimento das artérias que levam o sangue para o coração. A falta de fluxo faz com que o órgão não funcione como deveria, então, há esse alerta para avisar que algo está errado.

O infarto também pode ser acompanhado de outros sintomas, como suor, frio e dificuldade para respirar. A dor no peito tende a ser persistente, por até 20 minutos. Há situações, ainda, em que as manifestações ocorrem sutilmente. Nesses casos, as artérias não estão totalmente obstruídas, o que permite que ainda tenha um fluxo sanguíneo, mesmo que abaixo do normal.

É um hábito esperar para ver se o desconforto passa, mas esse é um grande erro. Muitas vezes, o tempo de espera pode ter sérias consequências para o paciente, inclusive o levar a óbito. Por isso, na dúvida, o indicado é ir a um pronto-socorro para ser atendido por um especialista.

Como o infarto é diagnosticado?

Ao sentir dor no peito e procurar por um especialista, o médico pode agir de diferentes formas, mas sempre coletará o histórico do paciente. Ao suspeitar de infarto, irá pedir um eletrocardiograma e exame de sangue, para avaliar se está tudo bem com o coração e suas células.

Vale ressaltar que o ataque cardíaco é uma das doenças com maior incidência no Brasil e no mundo. Conforme o Health Data, o infarto causado pelo acúmulo de placas de gordura é a maior causa de perdas de vida no país.

Além disso, entre 2009 e 2019, houve um aumento de 18% na mortalidade por essa doença. Por isso, é importante estar atento para não fazer parte das estatísticas.

Quando se deve procurar um médico?

Mesmo se você não tiver sintomas de infarto, com a dor no peito irradiando para outros membros, é essencial buscar um pronto-socorro. Essa recomendação é válida tanto para pessoas mais velhas quanto para as mais novas, visto que todas elas estão propensas a terem problemas respiratórios, digestivos, cardiovasculares ou psicológicos.

Procurar um médico é ainda mais importante em pacientes que contam com fatores de risco, como:

  • fumantes;

  • obesos;

  • diabéticos;

  • pressão alta e

  • histórico familiar de doenças cardiovasculares.

Se você tem mais de um desses fatores de risco, não é preciso esperar sentir dor no peito para procurar por um especialista. Busque prevenir doenças através de hábitos saudáveis, como:

  • alimentação;

  • prática de exercícios físicos;

  • realização de check-ups regulares e

  • controle da pressão alta.

São pequenas ações que, juntas, conseguem trazer mais saúde para você. Lembre-se que prevenir é sempre a melhor escolha!

Conte conosco para prevenir, diagnosticar e tratar seu coração. Somos uma clínica em Florianópolis e contamos com profissionais altamente capacitados, prontos para atender-lhe. Aqui, você também pode realizar exames cardíacos, como o eletrocardiograma, para garantir que está tudo bem com o seu coração.

Se você quer ter mais saúde e garantir que a sua dor no peito não é nada sério, agende uma consulta conosco online.

Material escrito por: Harry Correa Filho
Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132

Diretor técnico da Unicardio, o Dr. Harry Correa Filho é formado em medicina pela UFSC e especialista em cardiologia pelo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, onde já foi diretor. É professor de cardiologia na Unisul e Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY.


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O que pode ser dor no coração

Material Educativo

Guia do coração: cuidado e prevenção

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Mãos sobre o peito e olhar aflito. A dor ou desconforto na parte frontal do corpo, abaixo do pescoço e acima do abdômen superior, gera apreensão e logo é associada ao infarto. No entanto, a dor no peito pode ser sintoma de muitas outras questões de saúde. Entre elas, refluxo, úlceras, problemas na vesícula biliar, nos pulmões e dores musculares. 

De qualquer maneira, a dor no peito é um sinal do corpo de que algo precisa ser visto. Por isso, o sintoma deve ser considerado, investigado e ter sua causa conhecida para o tratamento mais adequado. 

Mas como identificar a dor no peito e associá-la às diferentes queixas? Como saber quando a dor no peito é de origem cardíaca e pode sinalizar, de fato, um infarto do miocárdio ou angina? 

Para esclarecer essas e outras dúvidas sobre dor no peito, preparamos este artigo. Acompanhe e leitura e cuide da sua saúde e do seu coração. 

Dor no peito e a busca por atendimento de emergência 

Antes de falarmos sobre as possíveis causas de dores no peito e suas particularidades, vale destacar que a queixa de dor no peito está entre os principais motivos de busca por atendimento médico de urgência e emergência, justamente, por ser logo associada ao infarto.

De acordo com artigo publicado pela Faculdade São Fidélis, de Joinville, em Santa Catarina, nos Estados Unidos, a dor torácica é queixa de 5,8 milhões de indivíduos, dos 113 milhões que dão entrada, em  média, nos serviços de pronto-atendimento, por ano. 

No Brasil, em consonância com o cenário mundial, anualmente, há estimativa de 4 milhões de atendimentos por queixa de dor no peito. 

Veja também: 8 Sinais que o corpo dá antes do infarto: dor no peito não é o único

Dor no peito é sempre um sintoma cardíaco? 

Nem sempre. As doenças cardiovasculares estão entre as que podem provocar o sintoma da dor no peito e a incidência delas tem crescido nas últimas décadas. Em 2011, aproximadamente 20 milhões de indivíduos foram acometidos por doenças cardiovasculares no mundo todo. Desse total, 12 milhões foram a óbito. 

Por aqui, as doenças relacionados ao coração figuram como primeira causa de mortalidade. No ano de 2009, o Brasil contabilizou um milhão de internações. No entanto, as dores no peito podem ter causas variadas, que envolvem outros órgãos e funcionalidades do corpo. 

No estudo feito pela Faculdade  de São Fidélis, em uma unidade de pronto-atendimento de Joinville, a incidência de dor torácica como sintoma de infarto agudo do miocárdio correspondeu a 1% da amostra. Na abordagem, diversas outras causas foram apontadas.

Alguns aspectos podem sugerir que a dor no peito não se trata de uma dor cardíaca. Veja só:

  • Gosto amargo na boca;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dor que varia de intensidade ao mudar de posição
  • Dor que se agrava quando respira fundo ou quando tosse
  • Sensibilidade na região do peito

Então, o que pode ser a dor no peito?

Vamos lá! O incômodo na parte frontal do corpo, geralmente, logo abaixo do pescoço e acima do abdômen superior, pode ser um sinal de:

O acúmulo de gases no intestino pode pressionar outros órgãos e essa compressão pode causar dor. O que caracteriza esse incômodo é que, geralmente, a dor se parece com fortes pontadas, que somem e reaparecem de forma rápida. 

Chamado de gastroesofágico, o refluxo se dá quando os ácidos do estômago sobem até o esôfago, gerando inflamação. A dor é como uma queimação, que pode chegar na altura do peito.

A vesícula biliar pode sofrer inflamação pela presença de pedras. O desconforto gerado, muitas vezes insuportável, pode irradiar a dor até o peito. A dor aqui se caracteriza por um incômodo no peito direito, que costuma irradiar para o ombro direito e o abdômen. 

Há também a possibilidade da dor no peito estar associada a um problema no funcionamento do fígado.

O aumento da pressão sanguínea pode levar a dores no peito e as pessoas que sofrem de pressão alta devem procurar pelo atendimento médico imediato ao primeiro sinal do sintoma. 

Dores no estômago, causadas por úlceras e gastrites, podem ser, muitas vezes, confundidas com dores no peito, pois os órgãos em questão – estômago e coração – ficam bem próximos um do outro. 

Infecções nos pulmões, como pneumonia e bronquite, podem causar dor e desconforto ao respirar. Como no caso das doenças relacionadas ao sistema digestivo, os problemas pulmonares também são confundidos com dores cardíacas pela proximidade dos órgãos.

Durante uma atividade física, em crises de tosse e em situações de estresse e ansiedade, os músculos podem ser muito exigidos e ficar enrijecidos, gerando dor. Esta dor também pode ser na região do peito, principalmente, ao respirar profundamente. 

Quando a dor no peito é sinal de infarto?

Agora, vamos tratar da grande preocupação quando se fala em dor no peito: o infarto do miocárdio. Como é essa dor? A dor no peito que pode estar relacionada ao infarto se caracteriza por ser muito forte, localizada no meio do peito, que acompanha a sensação de queimação ou opressão.

A dor dura minutos e irradia para pescoço, mandíbula e braços. Normalmente, há algum tipo de formigamento que alcança o braço esquerdo. Nesta situação, é necessário procurar por um médico imediatamente.

Em suma, os sintomas mais comuns de dor no peito que podem indicar uma causa cardíaca são:

  • sensação de aperto no peito (muitas pessoas fecham a mão sobre o peito para sinalizar essa dor e como ela é);
  • dor que se espalha pelo corpo – costas, pescoço, nuca, ombros e braços (em especial o esquerdo);
  • dor recorrente com duração de  5 a 20 minutos, casos de angina, ou superior a 20 ou 30 minutos, em casos de infarto do miocárdio;
  • dor acompanhada de falta de ar, tontura, náusea e sudorese.

Assim, nos quadros em que a dor no peito se apresenta dessa forma, a indicação é a busca por atendimento médico imediato. Tanto o infarto como a angina devem ser tratados e acompanhados por um cardiologista. 

Fatores de risco para dor no peito e doença cardiovascular:

  • idade maior que 40 anos;
  • histórico de isquêmica cardíaca;
  • sedentarismo e dieta rica em gorduras saturadas;
  • histórico familiar de doença isquêmica cardíaca;
  • tabagismo;
  • obesidade;
  • diabetes mellitus;
  • hipertensão arterial;
  • colesterol alto; 
  • insuficiência renal crônica;
  • uso de cocaína. 

O que pode ser dor no coração

Como prevenir as causas das dores no peito?

Por fim, o que é possível fazer para evitar os males que causam a dor no peito? Cuidar do corpo, do coração e da mente, adotando um estilo de vida mais saudável é, sem dúvidas, a melhor forma de prevenção. Então,

  • inclua a prática de exercícios físicos na sua rotina, 
  • mantenha uma dieta alimentar equilibrada,
  • descanse,
  • durma bem,
  • tenha tempo de lazer e descontração,
  • diminua o consumo de álcool e evite cigarros e outras drogas,
  • faça seus exames e consultas de rotina.

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